Por um Mundo mais solidário


Livro de Visitas - COMENTÁRIOS

Data: 23-05-2016

De: RITA SILVA (ERICEIRA [A RITINHA])

Assunto: 9,5

Se há coisa que não se deve medir pelo tamanho é um livro, porque os há grandes e desprovidos de conteúdo, chatos e enfadonhos, como os há pequenos repletos de uma essência tão forte que parece matéria dos sonhos, mas, também temos muitos pequeninos e apesar de serem de tamanho mini, são tão enfadonhos como os outros e há aqueles que sendo grandes, tendo muitas páginas, estão repletos da mesma essência que nos apaixona, como este, “Entre Os Trens E O Mar”, ao longo das suas 699 páginas. Este foi um daqueles livros em que me vidrei, tanto que me forcei a parar, para não o terminar no dia em que o que comecei e porque eu, era uma das protagonistas, a Ritinha da história que procura uma resposta para o paradeiro do meu pai. Encontrei-o, no livro e na vida real, mas não o ganhei, pois está perdido, pelo menos, se perdido é ser morador de rua. Quis adiar aquela sensação de ficar órfã de leitura, que sentimos sempre que terminamos um bom livro, mesmo que a estante esteja repleta de bons livros que ainda não lemos, o que não é o caso, pois ela está praticamente vazia. Gosto de ler, mas moderadamente. De vez em quando, leio um bom livro e fico a aguçar o apetite durante alguns meses, até pegar noutro. Este livro é uma poderosa parábola que toda a gente deveria ler, pois é tão atual, não por ter acabado de ser publicado, um recém-nascido, mas porque os temas que trata, são de extraordinária atualidade. Não vos vou falar muito das histórias, apenas vos digo que são belas, emocionantes e tristes, como quase todas as que são boas. O autor surpreendeu-me, pois não pensei que tivesse tanto talento. Se tivesse de lhe atribuir uma nota, de uma a dez, daria um 9,5. Boas leituras.

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Data: 23-05-2016

De: ANA CUNHAL (LISBOA)

Assunto: TODOS TEMOS DOIS PAIS (UM PAI E UMA MÃE)

Ao ler este livro, “Entre Os Trens E O Mar”, confesso que me emocionei. O livro é excelente. Fala de grandes causas, como a pedofilia, a forma com brigadas da máfia russa se movimentam completamente à vontade em nosso solo pátrio, a solidão a que os nossos idosos estão votados, o; que não sendo eu uma ativista, como meu pai, o saudoso Álvaro Cunhal que dirigiu durante décadas o Partido Comunista Português, sou forçada a dar-lhe razão, isso só é possível pela ação do governo de direita e capitalista que nos governou nos últimos anos. Quantas injustiças foram cometidas. Sobre o último capítulo, a chamada Sentença de Deus, eu respeito o autor, a quem já chamam de evangelizador. Uma das leitoras que publicamente acaba por afirmar ter aceitado a Jesus depois de ler o seu livro, criando mesmo uma página de adoração a Jesus. https://renascer-em-cristo-jesus1.webnode.pt/nossa-vida-em-jesus/ Quanto a mim, desculpe-me o autor, mas continuo a não seguir qualquer religião e entendo que nenhum Deus lutará por nós. Jesus existiu sim, teve dois pais, ou mais concretamente, um pai e uma mãe, como todos nós. E dois pais chegam-nos muito bem, não é necessário arranjar mais meia dúzia, por mais que isso seja giro e moderno, ou possa amainar nosso sofrimento. Se nós não lutarmos pelas nossas conquistas, não será esse Deus ou esse Jesus, o qual, no seu tempo, viveu sim, foi um homem e um lutador contra o regime dominante e se tivesse vivido nesta nossa era, certamente estaria entre os grandes lutadores antifascistas da nossa época.

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Data: 22-05-2016

De: NUNO MIGUEL CASTRO (PORTO – ADEPTO DO F. C. PORTO)

Assunto: FAZER A DIFERENÇA

Apenas por uma feliz coincidência me deparei com esta página deste escritor, Aloisio Augusto da Cruz Ferreira da Casa. Na verdade nem sabia o seu nome. Mas pela foto, logo o identifiquei, como alguém com quem me cruzei hà cinco anos. Sou adepto ferrenho do meu F C Porto e este autor, está do outro lado, é também adepto ferrenho, mas do Sport Lisboa e Benfica. A rivalidade entre clubes, nem sempre tem páginas das mais bonitas. Naquele ano de 2010, os nosso clubes disputavam o Campeonato Nacional de Basquetebol e o jogo decisisvo foi na Luz, em casa do Benfica. Meu filho tinha apenas 12 anos e estava todo contente com a bandeira do Porto. Um lamentável erro da organização, venderam-me o bilhete para a bancada dos adeptos do Benfica. Foi um erro e não o fizemos de propósito, muito menos para provocar quem quer que seja. O Benfica acabou por ser Campeão. Mas o que interessa, é que, embora ninguém nos tenha agredido, alguns benfiquistas, irritados com a nossa presença num local que era deles, sem saber os motivos, acercaram-se do meu filhote e tiraram-lhe a bandeira que faziam tenção de queimar. O que é uma tremenda violência para uma criança. Este Senhor, o qual vejo agora que escreve com o amor no coração, de pronto atuou, devolvendo a bandeira a meu filho, dando-lhe um beijo na face, aplaudindo-o e desejando-lhe boa sorte para o jogo, acabou abrindo as portas das bancadas, para o terreno de jogo, levou-me e a meu filho, até à bancada contrária, saudou-nos e regressou ao seu lugar, mas o seu gesto teve o condão de levar muitos dos adeptos do Benfica a aplaudirem o meu filho e aqueles que lhe tinham tirado a bandeira, pediram desculpa. Curiosamente. O escritor passou comigo pelos Stewart’s, o corpo policial que estava encarregue da segurança e nada fez, limitando-se a assistir. Já nessa altura este autor tinha amor dentro do coração e fazia a diferença. Parabéns pelo sucesso.

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Data: 22-05-2016

De: ISABELA RAPOSO (CANEÇAS)

Assunto: BELEZA – BOM GOSTO - DEDICAÇÃO

Começo por confessar que conheci o autor, Aloisio Ferreira, quando ele viveu aqui em Caneças com sua pupila, Daria. Não sabia a história sofrida dessa jovem, mas fiquei verdadeiramente emocionada. Sempre admirei a vida pacata que ele e sua pupila levavam, sempre cordiais, cumprimentando-nos quando entrava ou saia e se cruzava conosco. Eles habitavam a modesta casinha ao nosso lado. Nunca pensei que nesse homem que morou tão perto tivesse tanto talento. Foi por acaso que soube deste livros, Entre Os Trens E O Mar, por uma professora de um netinho, da Escola Secundária de Caneças que solicitou à turma que lesse o livro, baixando-o na Internet e informando que ela fora aluna da escola e sua. Teria muitas palavras para descrever o livro, mas como sempre, como alguém mais inteligente que eu aqui já disse, seriam poucas. Trabalho cheio de beleza, bom gosto e dedicação. PARABÉNS.

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Data: 22-05-2016

De: JOSÉ MARCELINO SIMÕES (LISBOA)

Assunto: FALTAM ADJETIVOS

Tenho dois problemas quando quero escrever algo sobre este “Entre Os Trens E O Mar” do escritor Aloisio Augusto Ferreira da Casa, o qual conheci desde pequenino, vivendo dois prédios acima do meu, na Rua Sousa Viterbo, ao Bairro Lopes, em Lisboa. Faltam-me adjetivos, para qualificar uma obra tão intensa e tão boa e tendo a repetir-me, podendo até ser mal interpretado, pois conheço a sua família há anos, a mãe Tina, sempre presente, sendo a modista de minha esposa e de minha filha, quando ainda trabalhava. Depois vim a encontra-lo, quando ele trabalhou, também já lá vão uns aninhos, numa Papelaria da baixa lisboeta, a Ferros, onde eu era cliente, adquirindo muitos artigos para a minha firma. Era um profissional competente, muito respeitado por todos, clientes, companheiros de trabalho e patrões. A competência é, aliás, um apanágio seu. Por onde passou, sempre deixou essa imagem de grande competência e agora, continua a sê-lo, como escritor. Já li outros livros do autor e acho que não sei dizer coisas boas de maneiras novas. Preferi sempre em não escrever nada, primeiro porque qualquer texto ficará aquém daquilo que o livro e o autor merecem, e depois porque, inevitavelmente, vai ser mais ou menos igual ao que sempre digo no meu círculo de amizades. O Aloisio Ferreira é genial e único. Ele não consegue escrever mal. E dou por mim a repetir incessantemente, têm de ler um dos livros dele. Este, além de muito bem escrito, foca importantes flagelos sociais que afetam nossas cidades, nosso país, fala de coisas que nos incomodam, mas que é necessário que se fale, com a coragem e competência com que o autor o faz. Infelizmente, para os nossos políticos, o povo, as pessoas, só são importantes na hora de solicitar os seus votos, depois, rapidamente passam a ser números, que vivem dos números e para os números. Um cenário distópico em que a arte entretém de forma realista todos os flagelos focados, ou seja, leva-se um poeta para casa como quem adopta um animal de estimação. O cenário distópico não está assim tão distante dos números-pessoas que já somos, esta é a parte que não surpreende e, confesso, até me entristeceu um pouco saber que neste país, pessoas como Marianna continuam a morrer, assassinadas por membros de uma máfia internacional que sempre acaba impune, que Saritas continuam a ser vítimas de pedofilia, o que vem provar que o famigerado Caso Casa Pia e tantos outros que se lhe seguiram, não veio trazer nada de novo, muito menos proteção a esses seres indefesos que não fossem alguns escritores corajosos como o autor, estariam irremediavelmente votados ao esquecimento, sofrendo calados sem que ao menos, uma ou outra voz, soltasse esse grito de revolta que encontramos neste livro. A verdade é que já não há muito para dizer, pelo que me limito a acentuar essa minha opinião. Leiam que vale a pena. É de leitura obrigatória.

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Data: 21-05-2016

De: HORTENSIA MAR (VILA NOVA CERVEIRA)

Assunto: RENASCER

Decididamente, eu acabo de renascer. Todas as minhas convicções faleceram e uma nova perspectiva de vida nasceu em mim. Mas que fez comigo, caro escritor? Como é possível que, um dia, por acaso, tenha baixado no Kindle o seu livro, “Os Trens E O Mar” e ele tenha mexido tanto comigo, a ponto de me transformar numa nova pessoa? Já visitei os meus pais, minha mãe e meu pai que continua no Hospital. Eles nem queriam acreditar na nova filha que ganharam. Mas o que esse livro provocou em mim, foi tão intenso que, a sexta-feira, é dia de sair, ir à discoteca, à boite, estar com os amigos. E quando ninguém se mostrava disponível, lá vinha aquela dor, a tão sofrida solidão de que fala em seu livro. Ficava dando voltas pelo meu apartamento, sem que a internet, ou a televisão fossem competentes para me distrair. O padre da minha paróquia é um caso incompreensível. Qualquer trabalhador, aos setenta anos, em Portugal, a não ser que trabalhe por conta própria, tem de se reformar, obrigatoriamente. Pois bem, será que os padres não se reformam? É que ele já conta 76 anos completos e continua a dar as missas e orientar o rebanho da paróquia, mas a sua visão de Deus, é uma visão de um Deus opressor, castigador, um Deus que não nos cativa, pelo contrário, nos afasta dele. Aqui, ao contrário de outras localidades por esse Portugal fora, não existe outra igreja que não a Católica. E na minha Paróquia é o velhinho padre com suas concepções que dita as leis. Muito diferente da forma como você fala de Deus. Como eu o queria como meu; “Padre”; “Pastor”, “Orientador Espiritual”, sei lá o nome, mas que me falasse desse Deus e de Jesus como você o faz. Esta sexta-feira foi tão diferente. Saí do emprego pelas quatro horas e meia, da tarde, cheguei a casa cerca de uma hora depois, fiz o jantar e jantei, mas não saí. O curioso é que não senti angústia, nem qualquer dor, muito menos solidão. Nem liguei o computador, muito menos a televisão. Deitei-me na minha cama, baixei outro livro seu, “O Amor E O Terror”, fiquei madrugada dentro, a ler, até ao fim, já passava das dez horas da manhã, quando o terminei de ler. Minha nossa. Que Paz! Que serenidade que senti. Como você fala de Deus, de Jesus Cristo, que é o amor, como explica tão eloquentemente essa praga, o terrorismo e o radicalismo islâmico, como refere tão simplesmente, mas com total propriedade os erros do mundo ocidental. Como fala do islão, dos muçulmanos e de Maomé. Como ao ler este seu livro, tudo isso se torna tão claro para nós, compreendemos perfeitamente tudo e vemos como a intolerância nos impede de sermos felizes, venha ela, de onde vier. Não fui à discoteca, nem jantar com os amigos e não senti falta dessas coisas. Olhei para o meu passado recente e. de repente, não compreendi como pude valorizar essas coisas tão fúteis? Ontem, eram vitais para mim, hoje, nada me dizem. Mas quero ouvi-lo falar desse Deus e desse Jesus Cristo, da forma como o faz. Já tenho outros livros em mente: “O Agir de Deus” e “4 Minutos do Tempo Perfeito de Deus”. Meu caro escritor, você entrou definitivamente na minha vida, me apaixonei pela sua escrita e pela forma como fala de Deus. Bem; nas próximas sextas-feiras, finais de semana, também não vou sair, tenho mais livros para ler. Que poder pode ter uma noite de ilusão, passada numa discoteca, quando tenho tanto para aprender num simples livrinho que você escreveu, tanto para saber sobre esse Deus Amor e Esse Jesus, Perdão; o AMOR!

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Data: 21-05-2016

De: MARIA VIRGINIA GOMES (PROFESSORA E CATEQUISTA – REFORMADA)

Assunto: QUE SE PASSA?

Tenho vindo a seguir este escritor que conheci em criança, filho da Tina que além de ser uma paroquiana temente a Deus e com grande intimidade com o Pai, foi minha modista. Quando ouvi os rumores sobre este novo livro, logo decidi que tinha de o ler. “Entre Os Trens E O Mar” não defraudou as minhas perspectivas, bem pelo contrário. É um livro que fala do amor, como todos deste autor, trata de assuntos sérios e atuais, da nossa sociedade, como a pedofilia, as drogas, a solidão, e fá-lo, escudado na palavra de Deus. Estando de visita a esta página do escritor, acabei de dar uma vista de olhos sobre o que outros postaram sobre o livro. Qua maior prova da excelente qualidade, que esta unanimidade de todos, referenciando o livro como de leitura obrigatória. E, a esmagadora maioria daqueles que se pronunciaram, são pessoas ligadas à cultura, com um elevado grau intelectual, sabendo bem o que dizem. Uma curiosidade me levou a recordar uma passagem da Bíblia, onde Jesus Cristo afirma que os profetas não fazem sucesso em sua própria cidade, ou casa. É curioso. Não consegui ver uma única postagem, uma única linha, escrita por familiares do escritor. Que se passa? Será que apenas a família dele está cega e muda, perante tanto talento do autor e não o lê? Que estranha coincidência.

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Data: 21-05-2016

De: ANTÓNIO RIBEIRO (ALMADA – MÚSICO//UHF)

Assunto: UMA OBRA ABRANGENTE

“Entre Os Trens E O Mar” é um livro que nos dá uma visão sobre as relações humanas. Decidi debruçar-me sobre esta obra por ser abrangente em termos geográficos, indo desde a Sibéria, a este Portugal, um cantinho à Beira-Mar Plantado e porque nos permite retirar algumas lições para o nosso dia-a-dia. O autor utiliza histórias reais, para nos alertar para o fato de, mesmo ao nosso lado, se passarem tantas situações, se praticarem tantos crimes, tantas vítimas sofrerem, sem que demos por isso. E são vários os ensinamentos que retiramos desta leitura: a verdade deve sempre prevalecer, porque tem perna curta; a ambição desmedida não traz benefícios e querer ter proveito próprio a qualquer preço só nos conduz ao abandono por parte dos outros; nas situações difíceis devemos ser persistentes, mas temos que ter a capacidade de nos adaptarmos a cada situação; o trabalho em equipa é muito importante na superação das dificuldades; devemos respeitar as diferenças e não nos deixarmos levar pelas “conversas doces” de quem não conhecemos, até, mesmo, daqueles que pensamos conhecer, mas realmente não conhecemos. As relações humanas são difíceis…muito difíceis. Há mentira, inveja, ambição, trapaças, desunião… Daí, os conflitos, as zangas, os homicídios, os massacres, as guerras…o ódio. Tudo surge porque o ser humano tem personalidades diferentes que, muitas vezes, geram conflito de interesses. Mas é na diferença que está a riqueza do Homem e disso devemos saber tirar proveito. Muitas outras histórias poderiam ter sido usadas pelo autor para nos fazer refletir. Suas histórias são repletas de realismo, mas também e história, respeita os usos e tradições, seja de que região forem, estão repletos de lições no que diz respeito às relações humanas. Este livro é um alerta para a necessidade de repensarmos as nossas atitudes e o futuro da Humanidade. Acreditamos que o ser humano é naturalmente bom e que é a vida em sociedade que o molda para a maldade. Será utópico pensar que, um dia, as relações entre os homens serão, sempre, pacíficas, com o amor a vencer em todas as situações, mas cabe a cada um de nós dar o seu contributo para um mundo melhor. E respeitando as crenças do autor, Se Deus e Jesus vierem para nos dar essa pacificação, serão muito bem vindos.

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Data: 21-05-2016

De: DARIA VULKOVA (SAN SEBASTIEN – ESPANHA)

Assunto: COMO SE ESCREVE A PALAVRA FIM?

Como é que se escreve a palavra fim? Aquela que é difícil de proferir, é dura de escutar, é terrível de sentir. Aquela palavra que fecha a porta, a tranca e esquece-se onde deitou a chave. Aquela que nos deixa num oceano vazio, onde as marés de palavras foram derretidas pela devastação dos sentidos. Como é que se percebe uma palavra que se esconde por entre maleitas, por entre expectativas, ilusões sonhadas. Palavra que não deixa que o amor se revele, que impede que o coração fale, que os corpos se unam. Perde-se o abraço, o conforto de uns braços que protegem. Perde-se o detalhe do beijo, dos lábios que se partilham e se acarinham. Perde-se a carta, com aquelas frases que nos ensinaram a amar, que nos mostraram que a paixão é um início e não uma suspeita. Perde-se a memória, a recordação de todos os instantes que nos tornaram nomes adocicados pelo proferir do outro. Perdem-se anos, esperanças que apenas servem como facas afiadas no peito. Perde-se o riso, até mesmo a lágrima que limpamos com a precisão de um gosto. Tenho nos dedos a palavra. Procuro, percorrendo todo o universo, precisar onde ficou o dicionário que apagará o fim. Mas não recordo o seu destino. Como se esse caminho fosse suprimido da história, esta minha margem que fugiu da tua. O escritor fica, envergonhado no seu canto. Despiu a folha de preceitos, deixando-a deslavada, ausente dos momentos que as palavras descrevem. O escritor ficou perdido no firmamento dos pensamentos, que se revoltam, como cães danados, em busca de um pedaço da carne ferida pela palavra. A mesma que procura perceber como se escreve. A mesma que lhe perdeu rasto, mas que no entanto veio no seu encalçe. E ficam as fotos. Estranha relação com a lembrança. Aquela que decapitou todas as vontades, retirando-lhes a coragem de agir. Escrever essa palavra tão ínfima quanto efémera é o produto de um chegar. Junto ao morro, onde os pés parecem querer fugir. É abrir o peito e retirar o coração, suspendê-lo junto ao abismo e de olhos em lágrimas, deitá-lo abaixo, para junto do desespero. Não existem formas bonitas, belas, simpáticas ou meramente poéticas para se escrever tal palavra. E quando já desistimos, eis que a palavra fim, acaba por ser falsa. O fim, nem sempre é um fim, mas sim um recomeço. No dia em que minha mãe morreu e fiquei só no mundo, essa palavra assumiu aspetos de tenebrosos. Não passava de uma criança com nove anos. No entanto, ganhei um pai? Mais que um pai, ganhei um anjo. Este autor que durante anos e anos foi injustiçado, pois não lhe deram o devido valor. Muitas vezes, acabou por perder, se anulou, ganhou sofrimentos, quezílias com a sua primeira esposa, por mim. Mas esteve sempre do meu lado, acolheu-me em sua casa, cuidou de mim, apoiou-me e teve a paciência de me aturar quando, também eu fui injusta para com ele, transferindo para cima dele uma raiva que me sangrava por dentro, por minha mãe ter morrido. Depois, acabou acusado injustamente por pessoas sem escrúpulos de ter tido uma relação com minha mãe, quando a única que relação que ele teve com minha mãe, foi a de um anjo que, nem lhe prometeu cuidar de mim, pois não teve a oportunidade de lhe ouvir o pedido, ela morreu antes que lhe o pudesse ter feito. De um enorme caráter, sincero, leal, justo, nobre, sempre honrou a sua palavra, mas perante mim e minha mãe, ele honrou mesmo a palavra que não tivera tempo de dar. Até hoje, não conheci ninguém tão puro e tão leal, como este meu pai, não de sangue, mas um verdadeiro pai com um coração cheio de amor. Um pai que mesmo, eu não sendo sua filha de sangue, mesmo nenhuma responsabilidade tendo para comigo, me amou desde a primeira hora, deu o melhor de si, para me proporcionar uma boa educação, garantir que tivesse a oportunidade de estudar. Mais tarde, já divorciado, com os seus verdadeiros filhos, a viverem com a mãe, mas sempre presentes na vida dele, convivendo diariamente, ele acabou se mudando para Caneças e lá, acabei por viver três anos com ele, testemunhando a sua entrega, a dedicação, o cuidado para que nada me faltasse. Garantiu em devido tempo, a minha oportunidade de estudar numa universidade e ter um curso superior. Lá, por Caneças, às sempre felinas más línguas, chegaram a opinar que ele e eu tínhamos um caso. Calado, tudo suportou. Eu própria, em muitos momentos, tentei manter alguma distância dele, para não o prejudicar mais. Este livro é a minha história. É também a história de outras personagens. Com ele, também aprendi a agradecer as coisas boas que Deus me tem dado na vida. Com ele e com o Padre Yuriy, aprendi a amar a Deus. Mas foi com ele que compreendi que Deus tinha uma razão, podemos até não o compreender, mas tinha, para permitir que minha mãe partisse tão jovem, me deixando completamente só, num país estranho, à mercê de um infortúnio que certamente adviria, se Deus, na sua infinita sabedoria, não tivesse providenciado um anjo que me haveria de guardar por toda a adolescência, me ajudando a me tornar mulher. Ele foi o pai e foi a mãe, o amigo, o companheiro, o confidente e o escudeiro fiel, o anjo que me protegeu. Como veem, a palvara fim, neste caso, não foi o final, mas o recomeço, o encerrar de um ciclo e o nascer de outro, o fechar de uma porta, mas o abrir de outra. Tudo no Tempo Certo de Deus. Agora, traduzi este livro e vou levar uma pequena edição, apenas 100 exemplares, para a aldeia de Ladoga que viu minha mãe nascer, a qual conta com menos de meia centena de habitantes, mas sempre recebe um ou outro visitante, assegurando a manutenção dos trens que passam por ela. Meu querido pai, depois de tudo me dares, ainda me deste algo de tão valioso, o qual nunca procurei, mas que muitos dariam ouro e joias para o conseguir.... Tu deste-me a Imortalidade. Um dia não estarás cá, eu também não. Todos nós, um dia deixaremos esta vida, mas seremos imortais. Serei sempre a Daria do livro, Entre Os Trens E O Mar e tu o CAXITO do mesmo. Por mim, agradeço todos os dias a Deus, por te ter colocado na minha vida, QUERIDO PAI!

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Data: 21-05-2016

De: JOSÉ MENDES (ALMADA)

Assunto: PARABÉNS

Venho aqui publicamente dar os parabéns ao escritor Aloisio Augusto Ferreira da Casa, meu chefe nos comboios de Portugal, até ter partido para o Brasil. Gostei do livro, muito bom. Realmente, o título foi muito bem escolhido, pois se essa, ou pelo menos, uma das histórias principais narradas é a dele, eu sou testemunha da divisão do tempo, entre os Trens e a Ericeira com o seu mar e suas praias.

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Data: 21-05-2016

De: TERESA LIMA (LISBOA – GRUPO TEATRO TIL)

Assunto: EXTRAORDINÁRIO! OBRIGATÓRIO!

Sou hoje uma atriz que se dedica ao teatro infantil. Estudei no Conservatório, mas foi no liceu que me iniciei no teatro, no GAJA, com este autor, na altura um ator de um teatro que se poderia classificar como ligeiro, mas também, um escritor de muitas das peças do grupo. Liderou o grupo teatral e logo demonstrou todas as qualidades literárias de um bom escritor, teatrólogo e intérprete. Este livro, “Entre Os Trens E O Mar” não deixa de ser uma completa surpresa. Da sua influente escrita romancista, ficam muitos registos históricos, importantíssimos conceitos sobre as ciências sociais e humanas, sobre a cidadania, que se podem consultar, como imprescindíveis manuais de apoio a estudantes. É uma obra notável, começa com um inesperado e fugaz encontro entre duas jovens, Daria e Ritinha, numa chuvosa e fria noite de inverno, primavera, numa praia da Ericeira. Um ponto de partida, para uma sucessão de dramas, entre os quais, vamos encontrar uma das fases mais transcendentais da vida do próprio autor, na personagem do Caxito. Vinte e cinco anos, divididos, entre a sua atividade profissional, nos Trens, e sua atividade voluntária, em prole das crianças e jovens mais desfavorecidos, da comunidade ericeirense, uma vila rendida ao mar que a banha. Curiosamente, outra personagem é o Lojista, também uma referência a outro importante membro desse nosso grupo de teatro do liceu, o Paulo. O seu temperamento que nem sempre é o mais adequado, podendo mesmo chegar a ser deplorável, apenas confirmou a tendência que já revelava nesses tempos. O episódio narrado no livro, quando atuámos na Voz do Operário é a prova disso. Lojista/Paulo, era um talentoso comediante, mas nada corajoso. Ele ao ter assegurado a apresentação na Voz do Operário, na altura, era o Presidente do grupo, apavorou-se com receio de um fracasso. Realmente, a Voz do Operário era um marco para os grupos de teatro amadores e um sonho, poder se apresentar nesse mítico palco, mas também, um tremendo desafio, pois não eram muitos os que conseguiam se apresentar lá e ainda menos os que conseguiam encher a sala. O medo de ter a sala vazia, falou mais alto e ele desapareceu, mas no dia, com a maior “cara de pau”, quando viu a lotação esgotada, se apresentou pronto a colher os louros que não eram seus. Acho que ficou sempre uma mágoa, desse episódio, pois, embora todos lhe perdoássemos, teve consequências. Retiramo-lo da Presidência do grupo, a entregando com inteira justiça ao Caxito/autor. A sua relação com os amigos, companheiros e atores não se deteriou mas no fundo do seu íntimo, a mágoa ficou. Neste livro, realce ainda para os diversos episódios pitorescos, como aquele em que o Lojista insistia com a professora para a necessidade do Lojista ir ao WC. Passada a brincadeira, todo o romance está impregnado de intensa poesia. A narrativa sobre os trens e as suas várias viagens, são repletas de poesia. Os dramas vividos por Sarita, Daria e Marianna, entre outros, bem como a solidão em que vivem os nossos idosos, são retratos fieis e importantes sobre esses flagelos da nossa sociedade e que frequentemente passam despercebido ao comum dos mortais. Em suma, um livro extraordinário e de leitura obrigatória do meu antigo companheiro de tantas lutas estudantis.

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Data: 21-05-2016

De: TENENTE RIBEIRO (GUARDA)

Assunto: FAZER A DIFERENÇA

Este autor tem o condão de nos emocionar! Depois do 1º encontro, que tive com ele, já lá vão uns bons aninhos, quando eu era o responsável pelo Departamento de Alfabetização da zona de Bragança e ele, o líder de uma brigada que atuou na aldeia de Vilarelhos. Já nessa época ele me deixou confuso. Quando, um jovem, muito jovem, na altura, resolver enfrentar um padre e toda uma aldeia dominada pelo padre e pelos caciques. Foi algo que não deveria ter acontecido e aconteceu. Devíamos ter retirado logo, mas tudo foi diferente, e para melhor... bem melhor. Naquele momento, pensei tratar-se de um jovem com “pelo na venta”, irresponsável. Depois, fiquei confuso e abismado. Como um jovem, na altura, creio que teria uns dezesseis, ou dezessete anos, podia ter tanta maturidade? Tanta coragem e tanto sentido de responsabilidade, aliado a uma perspicácia que encontrei em muito pouca gente. Com essa capacidade, logrou enfrentar o padre e os caciques, a população que aos poucos foi ganhando para o nosso lado, acabando por ser uma aliada e, na hora da despedida, as pessoas daquela aldeia despediram-se dos jovens e do seu líder com lágrimas de emoção e muita saudade. Aquele jovem nunca deixou de estar presente nas minhas lembranças. Um dia, deu-se o segundo encontro, não com ele, mas com um dos seus livros que acabei por ler e constatar, com surpresa, que o jovem continuava a nos emocionar, era diferente e fazia a diferença onde quer que estivesse. Estou a envolver-me com a sua escrita e com o seu estilo. Cada vez que leio um livro seu, dá-me vontade de ler outro. Neste livro, “Os Trens E O Mar” acabei por tomar conhecimento das situações que envolveram o seu relacionamento com o Lojista. É curioso, quando ainda ninguém se apercebera disso, naquela brigada de alfabetização, não me passou despercebida a grande amizade entre esse jovem e o seu amigo, Lojista, ou Paulo. No entanto, também notei que ele, o Caxito provocava ciúme e inveja, pois era tudo o que o Lojista sempre quis ser, como homem e amigo. Não deveria ser assim! Mas as fraquezas humanas não são racionais. Este livro revela mais uma vez a coragem do autor, ao denunciar a Máfia Russa. Emociona as histórias do Caxito, das suas pupilas, nomeadamente, Daria. Da Ritinha e do pai. A grande angústia da solidão que afeta muitos dos nossos idosos, sem que quem tem responsabilidades, sociais e políticas, se detenha sobre o assunto. E ainda a forma como o autor sempre fala com amor e carinho do Deus que ama. Confesso que não sou muito dado à religião, mas através dos livros deste autor, tenho vindo a procurar entender mais sobre esse mistério: Deus e Jesus Cristo.

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Data: 20-05-2016

De: HORTENSIA MAR (VILA NOVA CERVEIRA)

Assunto: DE RASTOS

Gostaria de dizer que este livro me marcou profundamente. Nem sequer sou idosa, pelo contrário, ainda sou bastante jovem, acabei de completar no dia 10 de Maio, 46 anos. “Entre Os Trens E O Mar” é um livro que nos prende, do princípio ao fim. É claro que me emocionei com as histórias da Marianna, da sua filha Daria, da Sarita e da Ritinha, assim como do pai de Ritinha. Não é fácil ler tais relatos e não nos emocionarmos. Lamentavelmente, passamos por muitas situações sem dar por isso. Mas onde o livro me tocou profundamente, foi no seu capítulo final. Foi essa “Sentença de Deus”. O relato da solidão dos idosos, dos filhos falseanes. Mas que palavra? Acho que o autor criou uma nova palavra da língua portuguesa??? Mas ela é terrível. Ele fere-nos bem no fundo, crava-se como uma lança no nosso peito, trespassa nosso coração e deixa-o em sofrimento profundo. Não mais parei de chorar. Eu sou a mais nova de uma família muito numerosa. Meus pais tiveram 8 filhos. Já são bem velhinhos, nasceram em Vila Meã, onde eu também nasci e todos os meus irmãos. O autor não será capaz de imaginar como o seu livro me deixou de rastos. Meus pais nunca tiveram uma vida fácil, cuidar de oito filhos, no interior de Portugal, onde tudo faltava, as condições eram bem más, o dinheiro, uma miragem. Nas eles estiveram lá, cuidaram e; de certeza que terão dado o melhor que nos puderam dar. Eu amo-os, sempre os amei, mas esqueci-me disso. Os meus irmãos cresceram e seguirem o seu caminho, enquanto meus pais iam ficando mais sós. Eu também cresci e dei muitas preocupações a minha mãe, quando ia para Vila Nova de Cerveira, uns sete a oito quilômetros a pé, reclamando e revoltada por não me darem dinheiro para o autocarro, obrigada a me humilhar, a pedir, para ir a uma festa, na discoteca. Algo que todos os jovens procuram. Afinal, a vida, não é só escola, ou trabalho, temos de nos divertir. Depois, aos tropeções, lá consegui concluir o secundário e foi até à universidade, tirei meu curso e hoje sou empregada numa boa empresa, a Mota Engil. Mudei-me para Vila Nova de Cerveira, acabei por ter um primeiro relacionamento que não deu certo, depois, um segundo e um terceiro. Não sei onde estará o mal? Serei eu? Serão os homens? O que é certo é que estou sozinha. No entanto, como sou jovem, formei-me há pouco, tenho muitos amigos, aos sábados à noite não perdoo a discoteca e sempre há um ou outro convite para sair, ocupar os tempos livres. Nunca pensei nisso. Mas, ao ler o seu livro, a pergunta assolou no meu cérebro: E meus pais? Já bem idosos. Nem eu, nem os meus irmãos temos tempo para ir até Vila Meã, meu pai até está em Viana do Castelo, no hospital, bem doente. Ainda não tive tempo de o visitar. Minha mãe, também já com bastante idade, para lá está, sozinha, na sua modesta casinha, em Vila Meã e eu; sem tempo. Nunca tenho tempo. E ao ler este livro, aquela palavra falseane me fere profundamente. Aquela menção à viagem no trem da vida, em que os filhos falseanes, são novos, sem tempo para cuidar dos pais, mas aquele aviso, o alerta que o escritor faz. O trem continua a correr nos trilhos velozmente, bem depressa a juventude se irá, os amigos não estarão disponíveis, os filhos ficarão longe. Eu nem sequer tenho filhos, ainda. Diz o autor: Um dia iremos ficar sós, sem ninguém e nem sequer teremos esse grupo de voluntários, em apoio aos idosos. As lágrimas começaram a escorrer-me pelas faces e não consegui deixar de parar de chorar. Uma revolta interior que tomou conta de mim. Caramba! Que raio de vida esta? Foi necessário um escritor, lá longe, escrever um livro assim, para eu reparar como meu pai e minha mãe sofrem. Como a solidão magoa. Como é terrível, meu pai, estar no hospital e os filhos a quem tudo deu, não terem tempo para o ir visitar. Que raio de filha tenho eu sido? Uma falseane. Ah! Amanhã vou ver meu pai e vou ter com minha mãe. Mas como tenho sido tão burra. Ingrata. O autor não precisava de me dizer como a solidão é terrível. Afinal, sou nova e já senti essa dor, nos momentos em que nenhum amigo, nem ninguém está disponível. Espero ainda ir a tempo de ser uma boa filha. Gostaria de poder falar, ou ter um contato com este autor. Ele fala de Deus, da Sentença de Deus. Há muito que não vou a uma igreja. Agora, depois de ouvir este autor a falar da Sentença de Deus, decidi procurar Deus e Jesus. Só que o padre da igreja aqui, perto de minha casa, não soube explicar o que o autor quis dizer, sobre a Sentença de Deus. Como eu desejaria que esse autor se correspondesse comigo e me falasse de Jesus e de Deus, como o faz neste livro. Será que ainda tenho jeito?

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Data: 20-05-2016

De: ADELAIDE FERREIRA (LISBOA)

Assunto: ABRIR E FECHAR DE PORTAS

O meu amigo Aloisio Ferreira da Casa, para nós, o Caxito, acaba de publicar mais um livro. “Entre Os Trens E O Mar”, é uma viagem maravilhosa, com um imenso Coração. Já no tempo do nosso grupo de teatro, o GAJA, onde eu comecei uma carreira, como amadora, mas depois, seguida como cantora. Conheço muito bem essa luta, do abrir e fechar de portas. Não é fácil para uma cantora, começar uma carreira, o que mais a espera, são as portas fechadas na cara. O mesmo sucede com os escritores. As portas que se abriram para o meu amigo, permitindo que publicasse vários livros, são mais que justas. Ele, continua a abrir-nos portas, como sempre o fez, comigo, um bom amigo que me apoiou quando no início da minha carreira as portas se fechavam, dando-me coragem para continuar. Hoje, com este livro, muito bem escrito, de forma simples, acessível a todos, ele abre as portas ao grito de protesto, ao grito clamando por justiça de todas as vítimas e injustiçados: Sarita, Marianna, Daria, Vitó, Ritinha, o próprio Caxito, os nossos idosos que morrem afogados na indiferença humana e na solidão. É importante que o mundo tenha escritores, como este meu amigo, que as portas à revolta desses sofredores anônimos.

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Data: 20-05-2016

De: MANUELA ROCHA (ESPINHO)

Assunto: SE DESLIGARMOS O DESPERTADOR A CULPA SERÁ NOSSA

O livro do escritor Aloisio Ferreira Casa, “Entre Os Trens E O Mar”, é digno de ser lido. É um livro muito rico do ponto de vista social, da atualidade dos assuntos que aborda, contados sobre a forma de romance, com realismo, mas fiel a alguns dos mais prementes problemas que afetam a nossa sociedade, a começar pela clara incapacidade que demonstramos, hoje, em cuidar e proteger as nossas crianças, pois se o fossemos, não permitiríamos que histórias como a de Sarita fossem possíveis. E é algo de tão grave que coloca em causa o nosso futuro como raça humana. Se deixarmos destruir as nossas crianças, estamos a dar os passos primários, na extinção da própria raça. Outras atitudes a lá conduzem, mas a proliferação e tantos casos de pedofilia e de atentados aos mais elementares direitos das crianças, são um grave problema. O autor pegou nele e fez o seu papel, denunciou, alertou, nos despertou, agora, se nós desligarmos o despertador, virarmos para o outro lado e continuarmos a dormir, então a culpa será nossa. Os alertas contidos neste importante e transcendental obra, não se ficam por aí. São prementes e de muita importância. Como esse alerta, mais um, sobre a mandamento de Deus, HONRARÁS PAI E MÃE! Nós sempre acabamos por colocá-lo um bocadinho de lado. Uma predisposição perigosa que evidenciamos. Honrar Pai e Mãe? Quantos filhos o fazem, o cumprem integralmente? Nem vou tentar adivinhar as respostas, mas quando colocada a questão, em relação ao Pai de todos nós? Deus? Então, teremos de responder que muito poucos o honram. Basta ver o flagelo dos idosos. Deus e Jesus chamam, mas quantos respondem à chamada? O Caxito e os seus companheiros do Apoio Solidário a Idosos, são um minúsculo oásis, no meio do gigantesco deserto da nossa indiferença. São idosos que já contribuíram para a nossa sociedade, ajudaram a criar os valores e tantas coisas boas que a sociedade nos oferece, mas desgastaram-se, ficaram cansados, já não podem contribuir tanto, então, fugimos à nossa responsabilidade, viramos a cara para o lado e abandonamo-los. É grave. Veio o autor com este livro e disse-nos: “Alto lá! Aprendam, enquanto é tempo”. Começamos por negar as evidências, negando que estejamos a descumprir o mandamento. Não somos todos filhos de Deus? Não temos obrigação de cuidar de nossos irmãos? Então busquem o exemplo do escritor e mudem de atitudes. Nossas sociedades, a humanidade, se continuar a ignorar os nossos irmãos idosos, a deixá-los morrer na angústia da mais completa solidão, tão bem descrita pelo autor, que através desse seu contato, desse apoio aos idosos solitários, tão bem conhece e com tanto realismo nos adverte para a urgência de mudarmos de atitude. Não dava importância a certas coisas, mas estamos completamente errados. Custará assim tanto, chegar junto da porta do seu vizinho que vive só, bater, perguntar: “Está tudo bem? Precisa de alguma coisa?”. O dia tem 24 horas, 1440 minutos, 86400 segundos. Se dedicar 5 segundinhos, para saber se está tudo bem com o seu irmão, acha que vai perder o Mundo? HONRE O PAI E A MÃE! COMECE POR HONRAR O NOSSO PAI, DEUS, colocando um pouco do amor que este escritor demonstra ter, no seu coração e seja mais solidário. São livros como este que despertam nossas consciências e como seria importante que mais escritores seguissem este rumo.

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Data: 19-05-2016

De: FÁTIMA CRISTINA COELHO SEQUEIRA DA SILVA

Assunto: AGRADEÇA A DEUS

O livro Entre Os Trens E O Mar, do escritor Aloisio Augusto da Cruz Ferreira da Casa, o qual conheci em criança, éramos vizinhos, eu morava no prédio em frente do outro lado da rua. Não sabia que ele era um escritor tão talentoso e fiquei impressionada com o número de livros que ele já publicou, no Brasil. Só demonstra que tem talento, mas fico feliz, ao constatar como fala de Deus em seu livro, o que pressupõe que lhe agradeça pelo sucesso. É um mercado difícil e complicado. Não desejo fazer comparações, as quais não seriam justas para nenhum deles, afinal cada um tem o seu estilo próprio, mas até o grande José Saramago, Prémio Nobel da literatura, viu anos, e anos a fio, seus livros derem recusados pelas editoras. Só Deus, poderia abrir os caminhos. Estou certa que grão a grão, aos poucos, mais pessoas o vão conhecendo, vai lentamente ultrapassando a barreira da simples roda de amigos que apesar de numerosa, não é suficiente para o atravessar a fronteira, passando para o lado dos consagrados. Mas um dia, espero que lá chegue.

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Data: 19-05-2016

De: PAULA MARQUES

Assunto: AGORA SOMOS MAIS QUE AMIGOS VIRTUAIS

Acabei de ler o livro Entre Os Trens e o Mar, do escritor Alosiio Augusto Ferreira, o meu amigo Lu Ferreira, até hoje, um amigo virtual e que agora passa a ser muito mais que isso, pois o seu livro é excelente e apenas desejo dar-lhe os parabéns pela sua magnífica obra.

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Data: 19-05-2016

De: BÁRBARA FILIPA (LISBOA)

Assunto: ENSINAR É MARCAR UM ENCONTRO COM UM ALUNO

Hoje já estou reformada. Mas durante muitos anos, fui professora da instrução primária. Este autor que escreveu este belo, livro, “Entre Os Trens E O Mar”, foi um dos meus alunos. Algo de muito gratificante, é ser professora. Ensinar é marcar um encontro com o aluno, fazer o relato de uma experiência. Muitas vezes, os professores também têm culpa pelo desinteresse dos alunos. Porquê? Porque como em todas as áreas profissionais há professores incompetentes, desmotivados, e que não fazem um esforço para motivar os alunos. Eu não era boa, nem má. Cabe-nos a nós mostrar o caminho a nossos alunos, dotá-los do saber, ensinar os números e as letras. Enfim, dar-lhes as asas. A partir daí, é com eles. O voo é o deles. Como os passarinhos ninho que os pais ensinam a voar e quando estão prontos, eles partem e deixam os pais a vê-los ir sabendo que jamais poderão voar por eles, também nós ficamos a ver nossos alunos efetuarem os seus voos. Vou contar-vos o que se passou com este aluno de há muitos anos, do passado. Ele pegou nas frágeis asinhas que lhe demos e voou muito mais alto que a própria professora. Já na instrução primária ele dava nas vistas e mostrava dons de escritor. Este aluno se transformou num belo rio, imponente que detém um brilhante desempenho, desde a nascença, até ao presente em que corre para a foz, sabe-se lá onde ela ficará. O êxito é todo seu. Seu e de Deus e fico ainda mais satisfeita, ao ver que ele está inteiramente voltado para Deus. O ambiente descrito na trama do livro, pode ser visto como um rio meandrizado que, face a um obstáculo, o contorna aproveitando as áreas menos acidentadas para prosseguir o seu percurso. Como a velocidade e o seu caudal não são suficientemente poderosos para desbravar caminhos, vê-se obrigado a enveredar pelo facilitismo. O caso de algumas personagens que se deixam prender, fracas, incapazes de se libertarem, ficam à mercê dos esbirros. Fazem o leitor sentir revolta quando vê uma criança ser violentada, revolta muito maior, pois não é ficção, mas uma triste realidade com que temos de conviver na nossa sociedade, nos faz dar voltas e mais voltas, sendo insuportável ver uma jovem cientista nuclear ser assassinada e deixar só uma filha com apenas 9 anos. Isto tudo perante políticos desatentos que teimam em não ver e provavelmente, nem vão ler este livro, mas deviam. Eu própria, acabo por admitir que sinto tendência a me deixar ser empurrada pela corrente em direção ao facilitismo, o que me forçou a nadar “contra a maré” e a estabelecer medidas para que o processo de ensino-aprendizagem me dotou de alguma experiência nesse campo, mas jamais teria a coragem de desafiar a máfia russa para denunciar os casos que este notável escritor e de rara coragem denunciou em seu livro. Este facilitismo tem mesmo de ser combatido, contudo, implica uma disponibilidade interna para enfrentar as inovações e essa condição não é comum aos interesses dos responsáveis. De facto, só os eleitos, como o autor ousam preocupar-se com tais questões, procurando que possamos ter no futuro, sociedades mais justas, mais propensas ao amor. Perante este “afluente vigoroso” lá fiquei a ver este meu aluno iniciar o seu voo, me despedi dele, nosso encontro tinha sido marcado, ambos tínhamos comparecido e ele tinha as suas asas, podia voar rumo ao seu destino. Deixei-me levar pelo prazer de descobrir... passou a ser para mim tarefa relevante e indispensável. Tive de me debruçar sobre o assunto para melhor poder empreender esta tarefa, e revi muitos dos meus esforços para “marcar um encontro” com este aluno. Agora estava tranquila. E; decorridos tantos anos, já reformada, tenho um novo encontro com este aluno. Se fosse possível recuar no tempo, certamente, ele iria ele beneficiar e toda a turma, sempre distraída com as suas pantominas. Mas pobre de mim. Sou tão pequenina ao pé do meu antigo aluno. Agora sou eu, que tenho de aprender com ele, pois ao pé dele, não passo de uma vulgar analfabeta. E no fim quem fica a ganhar sou eu. Li o livro, mas não resisto, tenho de o ler mais uma vez.... Quem sabe, quantas mais?

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Data: 19-05-2016

De: FÁBIO LEITÃO (LISBOA)

Assunto: NÃO PODEM ESTAR TODOS ERRADOS

É neste Portugal que, em vez de se puxar para cima, em nome da cultura e da sua complexidade, em nome da língua e da sua criatividade, em nome da conversação entre nós todos que é a democracia, se puxa para baixo não porque os povos o desejem, mas porque há umas elites que acham que a única pedagogia que existe é a facilidade. Este escritor, Aloisio Augusto da Cruz Ferreira da Casa, não conseguiu obter êxito dentro de portas, mas chegado ao Brasil, já ultrapassou, em menos anos que os dedos de uma mão, mais de uma dezena de livros publicados. E brinda-nos com este livro que é verdadeiramente notável e uma grande obra literária. “Entre os Trens e o Mar” é-o, e não sou apenas eu que o digo e que não sou a pessoa mais qualificada para falar sobre o assunto. Basta observar as postagens aqui, nesta sua página, quase todas de gente conceituada, ilustres, com grande perspicácia, intelectuais, do livro, do teatro, do desporto, tudo gente com conhecimento. Todos unanimes em considerar um grande livro. Não podem estar todos errados.

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Data: 19-05-2016

De: DIANA BARBOSA (Mafra)

Assunto: SUBSTRATO QUE FAZ TODA A DIFERENÇA

Na minha opinião, como crítica literária da Rádio Voz de Mafra, este livro, “Entre Os Trens E O Mar” é um livro que não desilude o leitor. Posso garantir que gostei muito. O autor brinda-nos com uma obra que é um misto de romance, drama, resenha histórica, uma caraterística do autor. Para quem gosta de suspense, o livro tem todos os ingredientes: mistério, crime, traições, angústia, vilania. Dramas como a pedofilia, a luta de uma jovem contra uma doença terrível, um câncer. Mergulhamos no livro e temos lá tudo isso, embrenhamo-nos nas histórias das personagens, acabamos por recordar aspetos tão importantes da própria história de Portugal, a Revolução dos Cravos, vivida por duas das personagens, mas também da própria história da humanidade, com o desarmamento e o desmembramento da União Soviética e os dramas lancinantes que esse desmembramento acarretou, contrastando com a esperança que o mundo viveu com o desarmamento. E já no final, foca ainda o problema da solidão de muitos dos idosos das nossas sociedades, os quais maltratamos. Um escritor atento e preocupado com os flagelos sociais da nossa sociedade, dando voz, através dos seus romances, aos mais desfavorecidos, além de fazer notável referência aos comboios e ao mar. Afinal, tal associação, uma curiosidade do título, está inteiramente justificada, pois a sua principal personagem, o Caxito, passa a sua vida entre os trens e o mar da Ericeira. É um grande livro, só ao alcance de um escritor com muita bagagem. Para ser um excelente escritor, não basta escrever muito bem, ter qualidade literária. Ela é necessária, mas o que dá realmente vida a um livro que marca a diferença, é o substrato. A experiência de vida e suas vivências do escritor. Este escritor, Aloisio Ferreira da Casa, nasceu em Lisboa, estudou no Liceu Gil Vicente, começou por trabalhar com o pai, em vendas de vinhos, foi carteiro, empregado numa conceituada livraria da baixa lisboeta, mudou para a região de Vale de Cambra onde viveu um ano e trabalhou numa fábrica de arcas de madeira, rumou a Paris, onde trabalhou numa brasserie noturna, regressou para passar longos 25 anos a trabalhar nos comboios de Portugal, efetuou trabalho voluntário com jovens e adolescentes, acabou emigrando para o Brasil. Esse percurso, essa convivência com muitas realidades distintas, de vidas de comunidades totalmente opostas, os contatos com a juventude e os adolescentes, sendo um excelente observador, respeitando as culturas e usos de cada estrato social, conseguindo relacionar-se cordialmente com os mais variados estratos sociais, acabou lhe proporcionando essa bagagem essencial que faz a diferença entre o interessante e o relevante. É esse substrato que faz toda a diferença.

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Data: 19-05-2016

De: KÁTIA GUERREIRO (FADISTA)

Assunto: MAIS UNS ABANÕES

Mais um livro do meu amigo Aloisio Ferreira da Casa. Um livro notável. Um livro que dá voz a tantas vítimas dessa hedionda máfia russa, organizações criminosas, com uma exemplar coragem. A guerra é a mesma dos últimos tempos. É a mesma de sempre. Um livro que fala de coisas sérias e lança reptos. Um livro que apaixona o leitor, indo ao encontro da maioria dos consumidores de livros que amam um bom romance e com muito suspense. Esta eterna guerra entre o bem e o mal. O autor aproveita o seu talento e qualidade de escrita, para nos dar mais uns, dos seus habituais abanões que nos impelem a reagirmos e pensar mais no nosso próximo, no nosso semelhante. E como necessitamos desses abanões, pois sempre acabamos por nos fechar nas nossas conchinhas e vidinhas, esquecendo que há mais gente, neste nosso mundo e todos somos filhos de Deus.

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Data: 19-05-2016

De: DANIELA APARECIDA PEREIRA

Assunto: MAIS UM EXCELENTE LIVRO

Desde há muito que acompanho este escritor. Aloisio Augusto Ferreira da Casa é um excelente autor. Já nos habituou a uma excelente qualidade. Foi mais que um pai para mim e, embora eu esteja hoje mais afastada, até mesmo das redes sociais, do facebook onde encerrei a minha conta, continuo a acompanhar a sua carreira e a ler os seus livros, neste recando isolado, das ilhas das Berlengas. “Entre Os Trens E O Mar” é mais um excelente livro.

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Data: 19-05-2016

De: ELIZABETE DUARTE (MURTEIRA)

Assunto: A SENTENÇA DE DEUS

Caro amigo, o seu livro, Entre Os Trens E O Mar volta a focar a história da minha adorada filha. Agradeço, pois sempre foi um bom amigo da minha família, meu, da Sarita e de meu esposo. Hoje estou só, não sei se é castigo, ou não, mas perdi meu marido, perdi minha filha e já não aguentava viver na Ericeira, mudei-me para uma modesta casinha na Murteira. A vida não é muito alegre. Mas compreendo bem o que diz sobre a solidão. Eu nem sequer sou assim tão idosa quanto os seus velhinhos que com tanto carinho visitava. O mundo necessita de pessoas como você.

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Data: 19-05-2016

De: GRAZIELA ALMADA (LISBOA)

Assunto: UMA HISTÓRIA REAL

A verdade é que acabei de ler esta obra “Entre Os Trens E O Mar”, a qual achei muito interessante, o que nos faz sentir a falta daquele amor que o livro transmite, em especial, o amor de Deus. As personagens enfrentam realidades distintas, mas que se interligam entre si. A morte de Marianna deixa-nos emocionados e com as lágrimas nos olhos, seguindo a sua dramática fuga. A história de Daria e de Sarita nos arrepia. Chamando a atenção para realidades que não desejamos ver, nem reconhecer, mas que existem. Nestes ternos e comoventes relatos, os momentos mais intensos e reveladores, são o inferno vivido por Sarita, a sua luta contra a doença e aquele emocionante final, em que o autor fala sobre a Sentença de Deus e nos faz voltar a ter fé no futuro e alegria de viver. Uma história Real!

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Data: 19-05-2016

De: GUILHERMINA FLORES (LISBOA)

Assunto: CEGOS E PRECONCEITUOSOS

Já referi diversas vezes como me orgulho dos meus alunos que se tornaram alguém na vida. Gosto de recordar os anos em que fui professora na Escola Preparatória Nuno Gonçalves, recordando os alunos que mais me marcaram. E este Aloisio Ferreira da Casa foi um dos que mais me marcou. Fico admirada, como tanta gente vem a esta página do escritor confessar surpresa pelo seu talento. Nada tem de surpreendente. Logo se via que o tinha, ainda nos tempos de escola, suas redações eram sempre excelentes, de longe, as de maior qualidade. Editam-se muitos livros, diariamente, mas o equilíbrio entre o que se escreve de boa qualidade e os verdadeiramente superiores, além de que é clara a preferência pelas traduções de obras de autores estrangeiros, quanto a mim, é pouco justo, a meu ver. Ainda por cima com tanto potencial nacional e com uma língua tão bonita como é a língua portuguesa. Fico feliz quando leio mais um livro que representa uma aposta nos “nossos”, ainda que publicado fora de portas, como este “Entre Os Trens E O Mar” e, principalmente quando me agrada, o que é o caso. Quando leio um livro de tão grande qualidade e simbolismo como este, retratando questões tão atuais da nossa sociedade, fico com uma sensação de orgulho por ter sido professora do autor. Confesso que o talento é todo do autor. Este já é o segundo livro que leio dele. Achei-o consideravelmente melhor do que “O Julgamento E O Pinheirinho”, mantem o interesse do leitor constante, ao longo das 699 páginas. O poder que o livro tem de nos prender, de nos agarrar realmente, é único. A escrita do autor é simples e fluída, nada de “berlicoques” nem invenções, o que é, é. Gosto disso. O melhor é a história, comovente, uma mistura de realismo, das sagas de Marianna, Daria, Sarita, do próprio Caxito, mas também, reveladora de uma imaginação e criatividade muito ricas, que associadas aos conhecimentos da nossa História recente, colocando os trens a falar e agirem como personagens humanizadas, em viagens que são únicas, tecendo uma teia de mistério num livro que é uma espécie de romance policial, drama e relato histórico, de ciências humanas e sociais. Ainda para mais, uma obra que se escuda no agir de Deus e de Jesus, demonstrando que o que nos sucede na vida não é por acaso, mas sim, devido à inevitável Sentença de Deus. A que pode recuperar de todas as maleitas, físicas, espirituais. Quanto aos que não foram capazes de descobrir este talento do autor e se surpreendem com o talento do autor, apenas posso concluir que são afetados por uma grande cegueira. Inexplicavelmente, conviveram com um poço de talentos e a sua visão retrógada, não lhes permitiu percebê-lo. É o sucede quando se tem ideias pré-concebidas, capazes de sentenciarem que um simples e humilde trabalhador que cuida da segurança de quantos trabalham e dos milhares de passageiros que diariamente passavam por Alcântara não tenha asas suficientes para voos mais altaneiros. Olham o exterior o evidente, o que transparece e descuram o interior e aquilo que não é tão visível. Cegos e preconceituosos.

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