Por um Mundo mais solidário


Livro de Visitas - COMENTÁRIOS

Data: 26-11-2016

De: Pr ALZIRA MARTINS FIGUEIREDO

Assunto: Comunicação

AQUI DEIXO A MINHA IMPRESSÃO, REESCREVENDO O MEU ARTIGO PUBLICADO NA PÁGINA JESUS O MESTRE.

Estando a terminar este mês da Bíblia, ontem deixei aqui uma mensagem sobre a COMUNICAÇÃO. E aqui estou, mais uma vez, a voltar ao tema. A Bíblia é comunicação pura. O apelo aos irmãos para refletirem este fim de semana sobre a Comunicação é extensivo a mais uma proposta para esse fim de semana da Comunicação. Aconselho a adquirirem a versão Kindle da Amazon, do livro O JULGAMENTO DE ADÃO E EVA, do escritor Aloisio Augusto da Cruz Ferreira da Casa.
Ele é comunicação pura. O autor deu-me a enormíssima honra de me permitir ter lido o livro, ainda antes de ele ser publicado. E ainda me incumbir a responsabilidade de incluir nele algumas linhas a constarem numa das orelhas. Não desejo repetir o comentário que fiz. Conheço bem este autor que não é de muitas falas. Lá está, o silêncio não significa ausência de comunicação. Este escritor é cheio de comunicação. Uma comunicação em íntima comunhão com Deus. De tal forma constatamos essa comunicação que ficamos estarrecidos e a repensar nos nossos estereótipos e verdades adquiridas ao longo de anos de vida, os preconceitos, as crenças absurdas. Na verdade, este autor é alguém que não vemos a dominar a Bíblia, da primeira palavrinha, à última. Sabendo de cor e salteado, todos os versículos, todo o conteúdo. E aí, somos tentados a nos deixar levar pelas nossas ideias e logo afirmar que ele deveria estudar mais a Bíblia, ter mais intimidade com Deus. Pobres de nós que mais uma vez não conseguimos comunicar, pois não entendemos a comunicação feita pelo autor e se o receptor não absorve o que o emissor lhe envia.... Meus amigos, acordem. É com toda a humildade, mas com inteira verdade que sou forçada a confessar, até porque Deus nos disse que não podemos mentir e a verdade deve assentar no sim, sim, não, não, a partir daí é de procedência maligna. Portanto aqui vai a verdade, pura e simples. Este autor tem muito mais conhecimento da Bíblia do que eu e do que a grande maioria de vós. Não é necessário andar com uma Bíblia debaixo do braço para conhecê-la. É preciso ter intimidade com Deus.
Este livro é de uma pureza, de uma total intimidade com Deus e revela o profundo, mesmo muito profundo conhecimento da Bíblia que o autor tem. Revela a forma extremamente lúcida e perspicaz como ele absorve a comunicação emitida por Deus, comunga com Ele e a extrema adoração a Jesus Cristo, um fiel discípulo do Mestre.
Em O Julgamento de Adão e Eva, o título leva-nos desde logo a cair numa armadilha. Quando pensamos estar a ser conduzidos ao julgamento deles, logo levamos com um violentíssimo murro no estômago, tratamento de choque para acordarmos. Somos nós quem estamos a ser julgados, são as nossas atitudes, egoísmo, a propensão para culpar os outros, a incapacidade de admitirmos as nossas falhas. Depois, somos levados a uma viagem através da Bíblia, uma sagaz forma encontrada pelo autor para nos revelar a Bíblia de outra forma. Só alguém com um grande conhecimento da Bíblia pode chamar a atenção para algumas das suas aparentes contradições, esmiuçando-as, indo ao mais íntimo pormenor das mesmas, até nos provar que afinal, na Bíblia não existem contradições e as aparentes se interligam e explicam facilmente, quando as entendemos. Ora vejam bem a importância da comunicação.
Na ciência vamos encontrar muitos fatos cientificamente comprovados. Isso significa que as teses e estudos efetuados pelos cientistas, as suas experiências, deram origem a leis que vieram a ter essa comprovação científica. No entanto, há muitas teorias que são perfeitamente plausíveis, obedecendo a um alinha de pensar perfeitamente lógica, muitas vezes, totalmente evidentes, mas que ainda não conseguiram obter a comprovação científica. Não podemos afirmar com exatidão absoluta: “Isto é assim”. Na Bíblia passa-se o mesmo. E também aqui, o autor revela enormíssimo discernimento, sabendo separar o que está comprovado, do que não está, mas está intrínseco. Fazendo-nos acompanhar a sua linha de raciocínio. Diz ele; aqui, este versículo diz uma coisa que estendemos ser assim, mas calma, observem este outro versículo que nos diz que não é bem assim... Depois debate, raciocina e nos demonstra que ambos estão certos e se complementam. Noutras ocasiões, ele aponta fatos que estão omissos na Bíblia, no entanto, por tudo o que ela revela, somos levados a pensar que esses eventos sucederam como pensamos, mas não podemos dizer: A Palavra de Deus, na Bíblia o diz. Um exemplo: Apenas como exemplo pois é demais irrelevante. Sabemos por tudo o que nos é dito na Bíblia que quando Jesus nasceu ,os pastores estavam no campo e em dezembro, fazia frio, era inverno e jamais os pastores poderiam levar seus rebanhos para o campo. Portanto, Jesus não poderia ter nascido em dezembro. Mas como a Bíblia não nos revela o dia em que Ele nasceu, apenas podemos teorizar essa conclusão. Apesar de ser muito provável que Jesus não nasceu em dezembro, não podemos dizer que A Bíblia o afirma. O autor sistematiza sua linha de pensamento, mas humildemente diz: “na minha opinião”. Que lição! Que grande intimidade com Deus e profundo conhecimento da Bíblia. Quando nós vemos por aí, tantos pregadores, pastores, teólogos, a tirarem suas conclusões, algumas bastante duvidosas e a venderem-nas como sendo a Lei de Deus, como sendo o que a Bíblia diz, sem a humildade de dizerem que essas afirmações são a sua conclusão. É como se falassem em nome de Deus, substituindo-se mesmo ao próprio Deus.
A importância da comunicação está bem presente neste livro, quando sabemos que ele retrata uma história verídica. Facilmente identificamos o Sem Abrigo da história. Ele se tornou famosos ao se assumir como um exemplo de luta contra a adversidade. Em determinada altura, ele contou com o apoio dos políticos e no seu casamento, até o Presidente da República, Cavaco Silva, esteve presente. Mas quem lhe terá salvo a vida? O autor revela aqui essa fabulosa viagem pela Bíblia o que parece levar-nos para o campo da ficção científica. Mas naquela noite, não terá sido exatamente esse o diálogo travado com o Sem Abrigo que ardia em febre, desistira da vida e se recusava a ser socorrido, mas foi muito semelhante. O autor lhe falou da Bíblia, exatamente da mesma forma como o faz no livro. Ele nem queria ouvir falar da Bíblia, afirmando que Deus não lhe perguntara se queria ter nascido nem lhe dera a oportunidade de escolher os pais. Vejam bem quanto conhecimento da Bíblia é necessário ter, quanta intimidade com Deus tem de haver, quanto amor ao próximo é necessário ter, para enfrentar uma noite gélida de temperaturas negativas e levar o Sem Abrigo a escutar a Bíblia, a ouvir o amor de Jesus, o amor do Pai, através de uma história, totalmente inspirada na Bíblia e dentro do que ela diz. Já antes, o autor, na Catequese, na Igreja Católica, fazia a diferença entre os catequistas. Dava a doutrina, mas também, pegava nos seus alunos e ia para o jardim, mata, praia, incentivando-os a descobrir Deus, Jesus, na sublime criação que herdamos do Pai. Uma extrema capacidade de levar as crianças a entender a mensagem. Se o autor não revela o nome do Sem Abrigo e da sua esposa, não me compete a mim fazê-lo, mas fui testemunha daquela noite e daquela luta para retirar o Sem Abrigo das ruas. E ele poderia ter como padrinho de casamento o próprio Cavaco Silva, no entanto, quem ele escolheu? O autor, reconhecendo o esforço daquela noite e depois, o apoio, quando muitas portas se fechavam. Mesmo quando, em determinada altura, o autor se afastou mais, decidido a não perder tempo com quem tantas recaídas teimava em ter. E como madrinha a jovem que também esteve sempre do seu lado. Com um coração mais mole. Coração de mãe. Já o autor, o amor e a dureza de um pai se revelou menos disposto a condescender perante tantas recusas em prosseguir no caminho reto, contudo, estando presente, com extremo amor, no momento de orientar sobre o caminho a seguir e voltou a estar presente quando finalmente ele decidiu seguir o caminho reto. Foram os padrinhos escolhidos pelo casal que acabou singrando na vida e estão juntos até hoje.
Por fim, dizer que este livro nos revela como devemos cuidar da educação dos nossos filhos, não a decorando, alerta para muitos dos perigos que as famílias de hoje enfrentam. Revela a grande importância da família. E também, a grande mensagem que deixou aos noivos no dia do seu casamento e que todos os jovens, ou menos jovens, que estão se preparando para o casamento deveriam adquirir o livro e ouvir, guardar e praticar a mensagem deixada aos noivos. De certeza que o seu casamento, se o fizerem, embora enfrentando dificuldades, irá resistir.
Muitos já vieram a terreiro dizer-se surpreendidos com o talento e capacidade do autor??? Deviam antes se surpreender com a sua incapacidade de comunicar. Neste mês Novembro, o mês da Bíblia, não foi por caso que escolhi como tema, a COMUNICAÇÃO. Se não soubermos comunicar, jamais podemos chegar a Deus. Deus criou. Ou recriou a Terra, nos seis dias de Gênesis, ao sétimo descansou. Vocês acham que Deus estava cansado? Certamente não acreditam nisso. Deus descansou, não para descansar, nem para ficar inativo. Ele descansou em contemplação, contemplando e observando a sua obra, a sua criação. E foi através dessa observação, contemplação, capacidade de comunicação que Ele pôde concluir que ERA BOM! Jesus também passou muito tempo em contemplação, observando, comunicando, obtendo a forma de conseguir levar as suas mensagens ao povo sofredor e lhes aliviar o peso, o coração. Agora você se surpreende porque não tem capacidade de contemplar. Absorver a comunicação, entender os sinais, perceber o mundo que o rodeia. Se não tem capacidade de entender esse mundo que o rodeia, como quer ter capacidade de comunicar. Pode até falar muito, interromper constantemente os outros, mas não comunica. Pois não passam de palavras vazias. Já o autor demonstra essa capacidade e só através dela, do seu profundo conhecimento bíblico, ele pôde absorver e entender a importância para a comunidade de um gari ou almeida, um trabalhador da recolha do lixo. Só pela sua capacidade de comunicar ele pôde compreender que o gari era tão importante como o engenheiro ou o doutor. Não é necessário ser doutor, letrado, para comunicar e ensinar. Deus capacita quem entende. O autor não foi escolhido por Deus para ser famoso ou milionário. Foi escolhido para ser MILIONÁRIO NO AMOR E NA SOLIDARIEDADE, NA ENTREGA PARA O PRÓXIMO. Deus o levou, ao longo da vida, aos locais onde a sua peculiar capacidade de comunicar, a sua percepção da Palavra de Deus, a sua intimidade com Deus, o levaram, por fazer falta e ser necessário. Se foi naquela noite aquela estação de metro, ou metrô, foi porque o Sem Abrigo necessitava dele ali. Se fez um importante trabalho voluntário, foi porque Deus o levou para esse campo, por necessitar da sua capacidade de entender a Bíblia ali. Se o levou a atravessar um imenso mar, o Atlântico, foi porque Deus necessitou dele lá do outro lado do mundo. Porque era necessário a alguém para fazer a diferença. Quantos livramentos já terão chegado a tantos irmãos, pela sua presença. O Sem Abrigo foi um que, não fora a sua presença naquela estação, talvez, provavelmente, estaria hoje morto, sem conhecer e descobrir a felicidade e o grato prazer de uma vida em comunhão com Deus. Se o autor não fosse levado por Deus naquele dia em que ele entrou num autocarro em chamas e salvou duas crianças, estas, provavelmente não estariam hoje entre nós. E; quem sabe, se lá do outro lado do Atlântico, alguém não teria já sucumbido, sem a sua presença em sua vida? Ah! Não! Aqui já alguns descrentes e incapazes de comunicar estarão prontos a dizer que isso não vale nada, afinal, o mérito é de Deus! Claro que o mérito é de Deus. Mas também é do autor. Quantos sinais Deus já lhe enviou e você ignorou? O autor não. Teve a capacidade de comunicar, de receber o sinal do seu Emissor. Deus guiou-o para lá do atlântico e ele foi, obedeceu. Deus o guiou até aquela estação de metro e ele foi, obedeceu. Podia ter ignorado e ficar comodamente na sua cama, podia não ter arriscado essa aventura no desconhecido, ficando resguardado na proteção do lar que conhecia.
Se você convive com alguém com tamanha capacidade de entender e conhecer a Bíblia e ignora-o, é você que perde. Não é o autor que está subaproveitado, é você que está desperdiçando o desfrutar de tão fabuloso tesouro, desaproveitando a sublime oportunidade que Deus lhe concedeu ao fazê-lo se cruzar com o autor ou com os seus livros. Este O JULGAMENTO DE ADÃO E EVA, é um livro para a família, da família, imprescindível para a educação e defesa da família. Da família que é Sagrada par Deus!
Irmão, leia este livro. Ofereça-o a familiares e amigos. É um livro que todos devemos ler. Eu já li, mesmo antes de ele ter sido publicado, mas já o baixei no meu Kindle e estou relendo-o. E estou aprendendo com quem conhece muito mais da Bíblia do que eu. Comunicamos assim, nos tornando seres humanos e cristãos melhores. A chave está na Palavra e no amor de Deus, mas para ter acesso á chave é necessário sabermos comunicar. Pensem nisso.

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Data: 09-11-2016

De: Faranaz Keshavjee (Paris)

Assunto: CARTA DE UMA MUÇULMANA AO ESCRITOR E AOS PORTUGUESES

Amei o seu livro, O Amor E O Terror. Uma grande visão e capacidade de refletir sobre o panorama do mundo atual, consciente, com respeito por todos, em nome da tolerância. Um grande serviço prestado a toda a humanidade. É de gente como você que o mundo necessita, não dos incendiários que ao mais pequenino foco incendiário lançam milhares e milhares de toneladas de madeira para incendiar e destruir tudo. Perdoe-me a ousadia. Sou conferencista e muçulmana e não resisti. Sei que esta página não é uma página para debate, mas através da minha carta, deixo a minha contribuição para o tema. É mais uma opinião.
A distância entre ser muçulmano e ser extremista ou potencial terrorista é tão frágil e vulnerável, que, a qualquer momento, o vizinho que ofereceu samussas ou um bocado do delicioso caril no outro dia, pode ser um potencial assassino
Sempre que inicio as aulas ou conferências, começo por uma premissa fundamental para entender tudo o que vou dizer a seguir: NÃO SE PODE NUNCA FALAR DE UM ISLÃO NO SINGULAR, MAS SIM, DE SOCIEDADES AFETADAS PELO FACTO ISLÂMICO. Porque o que existe no mundo inteiro são inúmeras e variadas as interpretações sobre o Islão, assim como inúmeras as comunidades onde a mensagem original foi apropriada em concordância com as práticas costumeiras consoante a tradição, língua, desenvolvimento civilizacional e geografia dos povos convertidos.
Foi assim que comecei a estudar o Islão e as sociedades muçulmanas em 1994; a premissa transmitida pelo professor Mohamed Arkoun, que investigava e lecionava na École Des Hautes Études de Paris, filho de família argelina refugiada, e recipiente da distinção mais elevada concedida pela república francesa – a Legion D’Honeur, serviu para conhecer o Islão como deve ser visto e analisado.
A premissa enunciada serve também para perceber que o meu pensamento nesta carta pode não representar o que muitos mais muçulmanos neste mundo, mesmo os da mesma comunidade de fé a que pertenço, ou o que os sunitas portugueses possam pensar.
E partir do principio de que a minha opinião não deve nem pode representar a de todo um mundo de 1,2 mil milhões de muçulmanos reflete exatamente uma visão fundamental de todos os muçulmanos porque contida no versículo da sagrada escritura em que Deus diz: “Oh Humanidade! Atentai sobre o vosso dever para com o Vosso Senhor, que Vos criou de Uma Alma apenas e dela criou o seu par e deles fez espalhar por todo o lado uma multidão de homens e mulheres para que vos conhecesseis uns aos outros”.
Este versículo é o que reflete a visão pluralista e a integração da diversidade humana no Islão. Ele revela que a partir de uma Unicidade Espiritual, a diferença se manifestou e que é precisamente a partir da diversidade e diferença que devemos e podemos construir uma nova ética cosmopolita*. (O conceito de Nova Ética Cosmopolita é introduzido por Sua Alteza o Principe Aga Khan e vem substituir o vulgar termo Tolerância, porque enquanto neste se aceita o outro, mesmo que não gostemos, na nova ética cosmopolita a tolerância vai mais longe e compromete-se não só a tolerar mas a descobrir o que a partir da diferença se pode construir).
Esta deveria ser a ética que deveria prevalecer não só no mundo dos muçulmanos mas também no imenso mundo fragmentado em que hoje todos vivemos.
Os trágicos e irreparáveis acontecimentos de Paris no dia 13/11, assim como os que dois dias antes sucederam no Líbano, onde igual número de mortos sucedeu, coincidem com um período festivo de importância universal na cultura Hindu, que é o Diwali. Entre os dias 11 e 15 de Novembro deste ano, todo o mundo Hindu celebra o Festival da Luz sobre as Trevas; montes de balões iluminados são largados para o céu na aspiração da vitória da bondade espiritual e no afastamento da escuridão espiritual. Cada balão de luz representa a luz dentro da pessoa quando a ignorância é afastada através do entendimento e da iluminação. Curiosamente, o evento coincidiu com a escuridão que assombrou os homens e mulheres que na cidade das Luzes gozavam da liberdade de viver e conviver na alta cultura que a civilização moderna conseguiu construir. Mais um atentado terrorista abalou a Europa e fez regressar o temor, o medo de viver livremente e em segurança nas nossas próprias casas, ruas, restaurantes, e desfrutar dos lugares de cultura.
Quem são os autores? O auto-designado “Estado Islâmico”, o ISIS, ou o Daesh. Uma continuação da Al-Qaeda mas com a fundação de um califado. Ele é o fantasma que emerge desde o 11 de Setembro para assombrar todo e qualquer muçulmano e fazer com que tenham de imediatamente agir e intervir nas redes sociais, ou com os amigos, para como que pedir desculpa por existir. Sim, porque a distância entre ser muçulmano e ser extremista ou potencial terrorista é tão frágil e vulnerável, que a qualquer momento, o vizinho que ofereceu samussas ou um bocado do delicioso caril no outro dia, pode ser um potencial assassino. Ou o filho dele; que era tão bom rapaz e que nunca pensamos poder “fazer mal a uma mosca”, fugiu para se juntar ao resto dos terroristas!
A minha vida, assim como, creio eu, a de todos os muçulmanos, nunca mais foi a mesma desde o 11 de Setembro. Mas também é verdade que, desde então, ao mesmo tempo que procuro ir ao fundo das questões, da causa das causas, fico cada vez mais convencida de que vivemos num mundo onde não nos conhecemos efetivamente.
Este é um mundo onde todo o tipo de teoria tem espaço para florescer, para difundir e, perigosamente, ficar impregnada. É a era do conflito de Verdades. Aquela em que a verdade de uns se sobrepõe à de outros, e vice-versa. É o tempo em que surgem “especialistas” de tudo o que tem que ver com o Islão ou as sociedades religiosas, dentro e fora das religiões. É um tempo de choque de ignorâncias. E o mais extraordinário é ver a facilidade com que nesta imensa circulação de informação, pelos inúmeros meios tecnológicos, se promove a desconexão, a escuridão, o confronto, e a desintegração. Um exemplo claro e muito próximo do que digo, é o do artigo publicado no jornal Público sobre o Estado Islâmico, a sua génese de formação e a teologia que apregoa. Encontro nesse artigo inúmeras incongruências e incoerências e ao mesmo tempo nenhum esforço para investigar sobre a veracidade ou congruência dos assuntos debitados ao longo do mesmo. Trata-se de um artigo traduzido de uma revista estrangeira. Não sabemos quem o terá inicialmente encomendado e quem será o mecenas das “verdades” nele expostas. É que, por virtude de formação, procuro sempre saber quem paga a quem para escrever o quê. Só para dar um exemplo do perigo deste tipo de procedimento, é recordar que Hitler tinha também encomendado estudos “científicos” que mostrariam a superioridade humana de uns sobre outros. E o resultado foi o que vimos. Este é o perigo das sociedades modernas no que respeita ao tratamento e difusão da informação. E isto só mostra que modernidade não é forçosamente sinónimo de progresso.
O verdadeiro progresso humano passa por combater as fontes de intolerância, alimentadas principalmente pelo medo do desconhecido, da tirania, da doença, da violência, da escassez, e do empobrecimento. Contribuir para o melhoramento da qualidade de vida humana promove a Esperança. E oferecer esperança aos povos é dar o passaporte para a construção de sociedades de paz e de dignidade humana.
Num mundo em que o diferente deixou de ser abstrato e distante, e no qual o desafio de viver juntos é cada vez mais complicado, e onde a maior informação pode significar menos contato e até maior confusão, é imperioso que trabalhemos no sentido de uma nova ética cosmopolita, que não entende apenas as diferenças, mas faz por conhecê-las, e aprender com elas, para que olhemos para a diversidade como uma oportunidade e não como um peso.
Neste sentido, e porque vivemos um período particular onde milhões de refugiados de guerras procuram esperança entre nós, cabe-me a mim, e creio que a todos nós, recordar que ou fomos algures refugiados, ou poderemos necessitar, eventualmente noutro momento da história, de viver num lugar seguro. Como refugiada de uma ex-colónia portuguesa, sei o que significa ter um tecto e sei o que significou para os meus pais que tivesse acesso a educação e a um futuro promissor. Sei o impacto positivo que teve a chegada dos “retornados” para o impulso positivo da economia portuguesa. Portugal não pode nem deve temer a entrada de novos refugiados. Há uma experiência de sucesso que podemos repetir e creio que temos os recursos necessários para saber distinguir, através da nossa intelligentsia, os que chegam para se integrar e os que não devem ficar para dividir. Mas esse é um assunto que seguramente as nossas autoridades saberão tratar com sabedoria e conhecimento. Assim como foram capazes de o fazer até hoje. Como portuguesa, muçulmana e como ex-refugiada, sei que Portugal pode ser um case-study para o resto da Europa e do mundo. E estarei presente, certamente junto com outros especialistas na matéria, para o que for preciso fazer para ajudar no conhecimento e na promoção de uma nova ética cosmopolita, uma ética que promova a integração do diferente, através do conhecimento e da dignidade humana, a partir das quais poderemos viver num ambiente de paz e de prosperidade.

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Data: 18-10-2016

De: Mamad Chagani (Representante da Comunidade Islamica de Lisboa)

Assunto: COM DIVERGÊNCIAS MAS FIEL À HISTÓRIA

Caro escritor, li o seu livro O Amor E O Terror é como todas as árvores que caminham sobre o tempo, sobre a passagem das estações, porque nenhum outro movimento lhes resta. Existem, simplesmente, dividindo-se entre o corpo visível que se estende à luz e o corpo inferior que vive de forma encoberta. Os seus frutos, contudo, são esperanças renascidas, Verão após Verão. Imagens do desejo de poder ser mais do que braços a estender-se ao céu, ao vento, à impiedade dos pássaros. Da vontade que todo o corpo, o poderoso corpo, pudesse sair da terra, com duas pernas móveis, e a fizesse estremecer de medo quando uma delas voltasse a pousar na superfície.
Sou mulçumana e não concordo com algumas das suas considerações. Temos pontos de vistas divergentes em muitos aspetos. Fica-me, apesar de tudo, a certeza de gostei do seu livro. A comunidade islâmica de Lisboa tem mais de 55.000 membros. Somos bastante numerosos. O seu livro é muito forte, muito bem estruturado e com observações repletas de humanismo, respeitando a fidelidade da história, um trabalho sério. O mais importante de tudo, sabe compreender o flagelo dos refugiados e nos faz justiça, ao concluir que não somos terroristas.
Creia que o drama dos ataques terroristas perpetuados por radicalistas e grupos fanáticos, mesmo criminosos, não representam a nossa religião. Nós também queremos paz. Nós também somos vítimas do terrorismo que apregoa os sagrados princípios do islamismo, mas não os respeita. Islamismo é uma coisa, Jihadismo. Mais do que falar ou escrever sobre este livro, guardo as reflexões a que me obriga a sua explicação. O amor será sempre suficiente para seguir os sonhos das pessoas, da humanidade, mesmo que os nossos não sejam compatíveis e tenham de ficar, necessariamente, para trás? Ou poderemos tornar nossos os sonhos do outro? Como se pode viver sem haver lugar para os nossos desejos? Podemos ser divergentes em muitas questões, mas temos de nos saber respeitar, uns aos outros. Ao contrário de muitos, como o jornal satírico, francês, Charlie Hebdo que desrespeitou a nossa religião, fazendo chacota de nossa religião e de nossos símbolos, você analisa as questões, com seriedade, com fidelidade à história, respeitando nossa religião, debatendo com propriedade, apelando ao amor e à Paz. Estou há mais de 30 anos radicada em Portugal, Lisboa e lhe agradeço por seu livro. Você deu um importante contributo para a Paz, apelando ao Amor, expondo as questões com sabedoria, sem necessitar de ofender ou troçar de ninguém.

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Data: 17-10-2016

De: MARIA REGINA DE JESUS

Assunto: SEU LUGAR NO REINO DOS CÉUS, AO LADO DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO ESTÁ GARANTIDO!

Caro escritor, perdoe-me por esta minha ousadia de lhe escrever aqui, na sua página. Sou uma jovem portuguesa, cuja sua grande ambição é Servir a Jesus. Desde muito pequenina, foram esses os valores que minha mãe me ensinou. Aprendi como quase todas as crianças portuguesas, a catequese, na Igreja Católica. Meus pais sempre foram católicos, daqueles que praticam, dos verdadeiros, dos que frequentam a Igreja e não faltam a uma missa dominical. Cresci e aprendi a olhar para horizontes mais vastos. Hoje não tenho preconceitos e desde há muito que aceitei Jesus. Não sou melhor que ninguém. Tenho tantos pecados, como qualquer outro ser humano, ou talvez até mais do que muitos deles. Não me considero de nenhuma Igreja. Vou com meus pais, já bem idosos, à missa, aqui na Penha de França, o Bairro de Lisboa onde moramos. Mas também vou às igrejas Batistas, Metodistas, Evangélicas, Pentecostais, ou outras. A única condição que exijo para entrar numa Igreja, é que LÁ DENTRO ESTEJA, A FALAR E A AMAR A JESUS E A DEUS! Se estão a falar de Jesus, então estarei pronta para ouvir e aprender. Por isso, embora não seja doutora, penso ter algum conhecimento e experiência que me permitam falar sobre Jesus. Já sobre literatura, não é o meu Departamento. Estudei o secundário, com muita dificuldade. Não tive oportunidade de seguir para a faculdade e como tal, não sou letrada. Mas posso viver, perfeitamente e feliz, com isso. A crise é grande e nós, os das famílias mais modestas, sempre sentimos mais a crise económica a nível mundial. Acabei por ter de me empregar, o primeiro emprego foi nos supermercados Pingo Doce, depois, como as empresas não apostam nos funcionários e não querem assumir encargos, os contratos não são renovados, seguiram-se outros. Atualmente, estou no Mac Donalds do Parque das Nações. A vida é uma luta. Diária e assim vamos vivendo. Tive uma vantagem sobre muitos jovens da minha idade. Tive Jesus, Jesus viveu com tão pouco, sua família terrena era bem modesta e Ele, se contentou e valorizou o que tinha. Porque havemos de fazer diferente? Porque haveria de exigir isto ou aquilo, o dinheiro que meus pais não me podiam dar, para ir a uma boite, discoteca, ou outras coisas iguais, supérfluas, passageiras, apenas por uma noite de ilusória felicidade? Se meus pais não me podiam dar, porque haveria eu de furtar, ou desviar, o dinheiro que fazia falta para eles colocarem alguma comida na mesa? Pagarem as contas? Acredite caro escritor que nunca senti a falta das discotecas, festas, boites, onde, salvo uma ou outra festinha modesta, nunca fui. Mas eu só estou a escrever estas linhas, porque tive o grato prazer de ver o seu vídeo, https://www.youtube.com/watch?v=sXxpfBkGZoI&feature=youtu.be o qual me marcou profundamente. Interessei-me pela sua Obra. Entrei neste site e no da sua editora, li e conheci mais sobre si. Tornei-me sua seguidora. O que eu aprendi seguindo Jesus, ouvindo falar sobre ele nas várias igrejas onde já fui, aprendendo mais, dão-me a capacidade de discordar de muitas postagens que aqui li. Meu Caro escritor, se Deus o mandou (creio que tem consciência disso, mas mesmo que a não tivesse, a verdade é que foi Deus quem o providenciou) para o Brasil é porque tinha um papel destinado a si. Se fosse a fama, o se tornar rico, o êxito que Deus lhe tinha reservado, porque haveria de mandá-lo até tão longe? Porque deveria se dar a tanto trabalho? Bastaria elevá-lo a um alto posto no seu trabalho, no qual era tão qualificado e competente! Ou promover uma brilhante carreira como ator, ensaiador, etc., na televisão, teatro, por aí fora. ESSA NÃO ERA A SUA MISSÃO NA TERRA! Acredite-me! Muitos até me poderão achar louca, mas não o sou e afirmo o que sinto e estou convicta do que afirmo. Ainda não lhe confessei, mas meu pai, já reformado, fui durante muitos anos um empregado da Câmara Municipal de Lisboa, um “almeida”, como por cá lhe chamam! Por si, fiquei, a saber, que no Brasil designam esses trabalhadores por “garis”. Não seis e sabe o quão dura era a vida profissional de meu pai? Saía de casa pelas nove horas da noite, juntava-se aos seus companheiros no depósito. Tomava lugar na camionete de recolha do lixo, saiam pelas dez horas da noite, percorrendo as ruas de Lisboa, fizesse bom, ou mau tempo, com a camionete avançando e meu pai e seus colegas, correndo atrás, passando pelas portas dos prédios, puxando pelos contentores do lixo neles colocados, quase sempre bem pesados. Era necessária muita força física. Depois leva-los até à camionete, engatá-los no dispositivo dela que os levantava e despejava no seu interior, recolocando-os no chão, para meu pai e os companheiros os recolocarem nas portas dos prédios, uma brincadeira, perante a sua leveza depois de vazios. De quando em quando, lá surgiam uns intervalos sem prédios e aí, meu pai e companheiros tinham de correr, saltar para o estribo da traseira da camionete e se segurar até haver novos contentores para despejar. Uma rotina noite dentro, até cerca das quatro horas da madrugada, quando terminavam a sua extenuante jornada de trabalho, sujos e cansados. Um bom duche seguiam para casa. Pelas seis horas, meu pai estava de volta ao lar. Na noite, ou no dia, nas lojas do bairro, muitos... mesmo muitos, sempre olharam para meu pai com desdém, com ares superiores, como se ele fosse inferior. Ah! Que preconceito! Um preconceito que nos magoa. Como me apetecia gritar: Loucos! Ignorantes! Meu pai é muito melhor que vocês, chega a casa estafado, derrubado, todas as noites, depois de recolher o vosso lixo, mas com a enorme satisfação de me ver a levantar, me lavar e arranjar, tomar o meu modesto pequeno almoço, um simples pão com manteiga, de longe em longe, lá vinha uma fatia de fiambre, e uma chávena de café. Depois partia para a escola. Não fui a discotecas nem a boites, mas amo meu pai porque com seu esforço, nunca me faltou esse pequeno almoço para muitos pode nada valer, mas para mim fui o maior dos manjares. Amo meu pai por ter essa iguaria na nossa mesa. Imagine, caro escritor, quando vi o seu vídeo, a forma como honra os trabalhadores como meu pai, a homenagem que nele presta aos “almeidas” ou aos “garis”, a forma como, constato a total humildade e sinceridade, como você, um escritor, se coloca ao nível de almeidas e garis. Sou seres muito inteligentes. Como você o compreende. Você não se diminuiu, em nada, pelo contrário, soube se elevar à nobreza de uns seres humanos que dia a dia, se sabem sacrificar por sua famílias, em vez de se lamentarem e as deixarem passar necessidades, fome. São homens duros que não viram a cara à luta. E de imediato compreendi que Deus o levou até aí, ao Brasil, para lhe proporcionar escrever difundido a Palavra de Deus! Para enviar as suas importantes mensagens e nos ensinar esses sublimes valores da honra, humildade, temor a adoração a Jesus e ao Nosso Deus. Não sei se um dia, um de seus livros alcançará a fama de que tantos falam aqui neste site. Alguns, mesmo parecendo chorando, angustiados por; supostamente, não ter seu valor reconhecido???? Esses são mais uns que engrossam o lote dos falsos e ignorantes, dos hipócritas. Disfarçam dessa forma, com palavrinhas mansas e palmadinhas nas suas costas, a inveja e a forma como se vangloriam. O que eles desejavam verdadeiramente dizer, mas não têm coragem. É: “muito bem, até vendeu uns livretos, mas não passa de um vulgar escritor, só tem êxito na sua esfera de amigos”. E ainda desejariam acrescentar: “não vale nada”. Só que engolem em seco e não o podem fazer, pois bem sabem que você alcançou sim, um êxito enorme, cumprindo com humildade a missão que Deus lhe confiou. Sendo verdadeiro, genuíno, fiel a seus sagrados princípios, da honra e do caráter. Que maior êxito queriam esses ignorantes que você alcançasse? Não sou nenhuma doutora, nem Jesus, nem Deus, me passaram qualquer procuração, ou me enviaram qualquer mensagem para eu lhe transmitir, mas afirmo sem medo de errar que: MEU CARO ESCRITOR, CONTINUE ASSIM E SEU LUGAR NO REINO DOS CÉUS, AO LADO DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO ESTÁ GARANTIDO!

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Data: 10-10-2016

De: CATHERINE VAUTRIN

Assunto: O PREÇO DO SILÊNCIO

É com grande surpresa que eu li aqui as postagens de Marie Laurine Barbosa Arnaud Lecavelier, uma jovem que certamente falou influenciada por sua tia. Eu, como trabalho na Câmara Municipal da Covilhã e também sou natural do Paul, vi com o agrado a Câmara ter recebido uma excelente atleta que representa a França. Sobre sua tia, pedindo perdão ao escritor Aloisio Ferreira da Casa que foi meu amigo, com quem trabalhei na Ericeira e que muito respeito, por este meu desabafo, mas ele impõe-se. Voltando à tia da menina, Helena Adalberto de Ferreira Rodrigues, compreendo e entendo a sua dor. Todos sabemos o quanto sofreu sua família, nomeadamente, sua irmã. O que eu estranhei, foi ter-se calado durante tantos anos e só agora vir denunciar a verdade sobre um caso que abalou a nossa terra. É verdade que o tal SR. Um tal de arquiteto Paulo, o qual eu já nada estranho. Eu própria sei bem o que sofri e o quanto mal esse senhor me fez. A questão é que o próprio escritor foi uma vítima desse senhor. Mas; ao saber o quanto custou esse silêncio, já fico admirada por a senhora vir agora desenterrar o caso???? Nem todos têm o caráter do escritor Aloisio Ferreira Casa, pois não lhe faltaram com ofertas e o atirar de dinheiro para a cara, para o comprarem. Incorruptível, nunca se vendeu e nem um tostão aceitou. Quanto aos que aqui se admiram pelo seu talento e outros blás blás, não passam de uns hipócritas. Eu sei que is monstros consagrados da literatura são ganham algum dinheiro, vendem milhões de livros, mas a quem for mais atento e der uma mirada, neste mesmo site, vai ver que o seu maior êxito, o Entre Os Trens E O Mar nestes quatro a cinco meses de publicação, já vendeu mais de 10.000 exemplares entre físico e digital. Mas não se preocupem, pois eu conheço bem o escritor que é de extrema humildade e de uma integridade como nunca encontrei igual. Não está aí para isso de vendas e fama. Ele escreve com mestria, pelo prazer de escrever, utilizando o seu talento para levar a Palavra de Deus a quem necessita dela, eu incluída. Uma alma ganha para Jesus, vale mais que mil milhões de vendas digitais ou físicas e ele já conseguiu várias. Voltando ao que a tia da menina postou, concluo só com o meu sincero: LAmento muito. O Paulo até pode ser mesmo um assassino, mas sua irmã calou o caso, pois não soube resistir ao "pilim", o "el contado". 250.000 EUROS deram muito jeitinho, permitiram ir para França e abrir um restaurante. Depois, com o esforço e trabalho próprio, conseguiram abrir mais outros dois. É o preço do silêncio. Foi preço do silêncio de sua irmã.

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Data: 13-10-2016

De: Romana

Assunto: Re:O PREÇO DO SILÊNCIO

Leio todos os comentários dessa pag,a que foi escrita em Francês li com dificuldade,nao domno o idioma,vc poderia fazer a tradução, por favor.

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Data: 07-10-2016

De: CARLOS ALBERTO ANDRADE MENDES (LISBOA/BENFICA)

Assunto: É COMO UM VENTO SELVAGEM!

Entre Os Trens E O Mar, é um livro sensacional. Apaixonei-me por ele. É como um vento selvagem que varre a hipocrisia e a falsidade deste velho mundo que nos rodeia. Depois de uma terrível história sobre uma cientista russa, envolvida num flagelo tão comum em nossos dias, com o mundo capitalista a ruir, incapaz de se sustentar e arrastando na devastação todos os povos, numa crise a nível mundial sem precedentes, o espetro do desemprego, vai ter de fugir e lutar desesperadamente pela salvação da sua filhota, vamos encontrar outras histórias e outros tantos flagelos. Uma pequena multidão de personagens move-se à volta desses flagelos. Lá vamos encontrar a podridão que durante muitos séculos se escondeu dentro dos muros dos conventos e igrejas, com total despudor, vilania e hipocrisia, numa miserável e torpe imitação dos sacerdotes do templo, nos dias em que Jesus andou pela Terra para nos salvar. Jesus os combateu. E hoje, tem de haver alguém que denuncie e combata as megeras dos nossos tempos. Nada contra as religiões, ou as igrejas, mas apenas e só, contra os falsos profetas de que a Bíblia nos adverte. Falsos profetas, falsos pastores, falsos padres, falsas freiras. Nada contra os verdadeir5os pastores, padres, freiras; os que são fieis a Jesus Cristo. Com motivações diversas e nem sempre confessáveis, ainda vamos encontrar a hipocrisia com que as nossas sociedades tratam os idosos, como matéria descartável. Ritinha e Daria tornam-se fieis companheiras, que vão contando as histórias. Entre recordações e segredos, descobriremos a verdadeira redenção de nossas vidas, aquela que só pode ser alcançada com Jesus Cristo e o Nosso Deus. Aloisio Augusto da Cruz Ferreira da Casa, apresenta-nos um livro tão romântico quanto doloroso, belo e elucidativo, dando vida a figuras humildes, sofredoras e inesquecíveis que animam as soberbas intrigas deste romance. Meu caro companheiro! Que surpresa. Que capacidade e talento! Longe vão os tempos em que trabalhou na Papelaria Ferros, da Baixa Lisboeta, quando meu pai ainda era vivo. Eu, o Carlos Andrade, estou verdadeiramente em estado de choque com o seu talento. Porque nos escondeu isso durante tantos anos? Eu e meu pai convivemos por quatro anos, com um empregado que irradia talento, sem nunca darmos por isso.

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Data: 06-10-2016

De: MARIE LAURINE BARBOSA ARNAUD LECAVELIER (PAMIERS, FRANCE//PAUL, PORTUGAL)

Assunto: NE PAS L' INSTIGATEUR LUI DE FAIRE

Ma tante m'a encouragé à lire votre livre, Entre Os Trens E O Mar. Était capable de lire, même si mon portugais est pas le meilleur. J'ai du mal avec la langue de ma mère. J'ai eu une sœur qui ne m'a pas donné l'occasion de rencontrer. Je vois ce que ma tante (Helena Adalberto Ferreira Rodrigues) posté ici commentant son livre et faire miennes les paroles de celui-ci. Je ne suis pas vraiment la bonne personne à commenter la littérature et des livres, mais je vous avoue que j'aimé le livre. Il suffit de lire par; presque la pose sur de ma tante. Je regrette de ne pas avoir eu l'occasion de le rencontrer personnellement, parce que, crois que nous avons beaucoup plus en commun que vous pourriez penser. Vie voulait tellement. Ou plutôt, un certain Seigneur. Aussi à ce sujet, vous avez écrit dans votre livre sur le rejet. Il est aussi douloureux que la solitude. Toujours vécu avec cette partie de l'histoire de ma famille, du côté maternel, incapable de parce qu'ils étaient silencieux pendant toutes ces années? Ma sœur a été victime, mon autre mère. Je ne peux pas me considérer comme tel, j'ai toujours eu une vie heureuse à Lyon. Ma mère a trouvé l'amour dans mon père qui lui fit surmonter tous les problèmes, ou au moins adoucir eux. Il a également laissé, mais il était un peu plus heureux. Un jour, je pense que ce sera moi de raconter cette histoire. Je suis la première fois pour visiter la terre, Paul, Covilha, Sarcedo, Teixoso, où sont les racines et les origines de ma famille, côté maternel. Il est une histoire à raconter. Peut-être que si l'auteur d'un certain écrivain, un jour, la rendre publique, même si vous changez les vrais noms des personnages. croire; Je ne suis pas l'instigateur lui de le faire, il suffit de commenter les faits.

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Data: 05-10-2016

De: HELENA ADALBERTO DE FERREIRA RODRIGUES (BIDART)

Assunto: IMPOSSÍVEL ESCREVER MELHOR

A explosão de dramatismo patente em Entre Os Trens E O Mar se prolonga com inexcedível angústia na mente dos leitores, envolvendo-os por completo, inclusivamente, levando-os a tomar parte ativa na trama, defendendo uns, naturalmente as vítimas e clamando por justiça e punição para os algozes. Mas eu tenho de designar este livro como imprudentemente poético, suave, encantatório. Passo a explicar. Creio que o autor, embora conduzindo os leitores através de um romance de ficção, nós, claramente nos apercebemos que ele é realidade. Realidade em cada uma das histórias que contém. Nalgumas, contudo, ele foi extremamente benevolente. Não creio que o seja intencionalmente, mas por desconhecer da “missa a metade”. O tal de Lojista, se estivesse entre nós, teria de beijar o chão, por ser tratado com tanta benevolência. É que ele merecia ser tratado como aquilo que e; ou antes, foi. Um cobardolas e um assassino. A história remonta ao ido ano de 1984 e não aceito que tivesse pago a sua culpa, com uma oferta miserável que uma mulher amargurada aceitou em desespero. Tenho todos os dados e talvez um dia queira reescrever a história ou escrever um outro romance. (Vou contatá-lo através do Webnode Pt – Espero que lhe enviem a minha mensagem – Não é assunto para tratar por aqui, em público). Cá pelo sul de França, numa pacata vila, Bidart, próximo de Boudeaux, cá vou vivendo. Não me conhece, mas não fora o tal de Lojista ter mudado o destino... Quem sabe????Em qualquer dos casos, tenho de o felicitar pelo seu talento que comprova que ler hoje o escritor Aloisio Ferreira da Casa é um raro exercício da prática de beleza e que a sua destreza psicológica em descrever estados de consciência (tristeza, riso, medo, assombro e mistério, doçura e crueldade, paixão e amor, dor psíquica e sofrimento físico...) é tão sólida quanto a da metamorfose do português comum em português estético. Impossível escrever melhor .

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Data: 22-09-2016

De: ANA CRISTINA MARTINS (LISBOA)

Assunto: SEM PALAVRAS

Já dei os parabéns ao escritor e meu amigo, Lu Ferreira, pessoalmente, no facebook. Vejam o link https://meocloud.pt/link/87cb1575-27ad-4502-bf21-aa583aab134a/Prova%20Aferi%C3%A7%C3%A3o.pdf/. Esta foi a prova escrita, (Prova de Aferição) de Língua Portuguesa, nos exames nacionais do 9º Ano de escolaridade. Vejam os dois textos selecionados! Excertos do Livro O AMOR E O TERROR do escritor. Alguém ousará contestar que esse é um grande êxito do meu amigo, escritor ALOISIO AUGUSTO DA CRUZ FERREIRA DA CASA? PARABÉNS ESCRITOR! SEI QUE FALAS POUCO, MAS NEM SÃO NECESSÁRIAS PALAVRAS, OS FATOS FALAM POR SI PRÓPRIOS. Imprime a prova e emoldura-a, não com vaidade, pois sei bem como és humilde, mas para relembrar que Deus não nega honra e mérito a quem é merecedor de tal! SEM PALAVRAS!

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Data: 18-09-2016

De: MARIA DE BELÉM ROSEIRA (LISBOA)

Assunto: LIVRO DE LUZ INTENSA

Tenho o hábito de começar a ler vários livros ao mesmo tempo. Não me incomoda começar um livro sem ter terminado outro(s), acho mesmo que é uma forma de fazer uma triagem. Há os que me levam a lê-los até ao fim e há os que ficam pelo caminho. Curiosamente, e por estar a gostar tanto de uma das leituras que tinha em curso, no dia em que este livro (O Amor E O Terror) chegou até mim, decidi (achava eu) que lhe pegaria quando terminasse o outro. Mas apenas por curiosidade (ou fraqueza) decidi ler o prefácio.
Para ser sincera, fiquei paralisada por um bom tempo. Já não sou propriamente uma mocinha, tenho já uma boa, muito boa, dose de experiência. Uma intensa vida pública na política, cuja último episódio foi a candidatura à Presidência da República de Portugal, cujo povo escolheu outro candidato. Fui Presidente do Instituto de Segurança Social de Lisboa e Vale do Tejo e não era nada parvinha, mas fui bem enganada. Recordo o trabalho realizado em Mafra e na Ericeira, o Campo de Férias Desportivas da Quinta do Forte e essa direção, da freira que mais tarde se descobriu que não era freira e do seu vice, Paulo, não me deixaram dúvidas sobre a sua conduta... Bem me enganaram. Era profissional e nunca dava nada de barato, a ninguém, muito menos quando se tratava de crianças e instituições cuidando destas. Quando em 2002 apoiei o SR Alosio Augusto da Cruz Ferreira da Casa para assumir a Direção do Centro, foi por ver o seu trabalho como voluntário. Era um jovem com uma energia inesgotável. Depois de um trabalho bem desgastante, nos Caminhos de Ferro, Alcântara, Lisboa, chegava e passava horas a cuidar de pormenores, em reuniões, metendo a mão na massa, para que nada faltasse às crianças. Se era necessário perder a noite, fazia uma direta, tinha vindo do trabalho, ficava até ter de voltar ao trabalho no dia seguinte, sem dormir, sem descansar, mas sempre bem disposto. Era necessário, isto ou aquilo, lá estava ele. Dizia sempre, vamos lá e caminhava. Nunca se lhe ouviu dizer: “Agora? Não tenho tempo! Não pode ficar para depois? Estou tão cansado! Mas é urgente?”. Não era de se negar, nem de desculpas. Havia algo para fazer, fazia-se. No campo de férias, não poupava canseiras, andava sempre de um lado para o outro, vigiando os equipamentos, procurando um simples parafuso em falta ou deteriorado, esmiuçando e passando tudo a pente fino, para garantir que as crianças não correriam o menor dos riscos, quanto á sua segurança e integridade física. Claro que o escolhi para Dirigir o campo. O seu caráter e honra eram acima de qualquer dúvida, competente e zeloso. Foi uma escolha natural. Os quatro anos da sua gestão deram inteira razão à minha escolha. Acertei em cheio. O Centro se tornou num modelo e assumiu uma qualidade muito acima da média, INTERNACIONAL. Era do melhor que existia na Europa.
Depois a crise económica sobreveio, os apoios públicos do Estado cessaram, a Centro fechou e o jovem Aloisio continuou a sua vida. Acabei por lhe perder o rasto e agora, reencontro-o e vejo que está a viver no estrangeiro, Brasil, mas o que me deixa paralisada, é vê-lo como escritor e ver que tem tido algum sucesso? Quem diria? Não pode ser? Aquele jovem é escritor? Que talentos que lhe desconhecíamos? Tive de ler o livro para matar a minha curiosidade. Confesso que sem grandes perspectivas e sem acreditar muito.
Dei uma olhada no primeiro capítulo só para ver como começava a coisa. Quando me apercebi o primeiro capítulo estava lido. Mantive, mesmo assim a decisão de o guardar para mais tarde, até porque o primeiro capítulo me foi um pouco doloroso de ler. Ou seja, refreei-me para não passar a noite agarrada ao livro (sim, gosto de leituras dolorosas), de modo a poder dedicar-me, no dia seguinte, a coisas mundanas, como trabalhar, mesmo já estando reformada sempre arranjo alguma coisa em que me ocupar. Mas o bichinho ficou lá. O autor que me perdoe. Acompanhei os ciclos deste livro na altura em que aconteceram, através das notícias, nos jornais, na televisão, nas redes sociais. O flagelo de um ataque a Paris que não sai das nossas mentes. Li muito, muitos comentários. Muitas opiniões dos mais renomados especialistas. Mas ao continuar a ler este livro, continuo como que paralisada e arrepiada. Confesso que a exposição do Aloisio a sua visão me impressiona a um ponto que nunca pensei ser possível. Não sei se lhe chame coragem ou loucura, mas fiquei agarrada ao livro e às reflexões do autor. Acompanho-as, digiro-as e volto a trás, releio, para me certificar do que está realmente escrito. Tanta coisa li, mas nada que exponha com tanta propriedade e tão claramente o problema do terrorismo, do radicalismo islâmico, da ameaça que paira sobre as nossas cabeças. Este escritor tem de dar o passo seguinte. É necessário que dê palestras e fale sobre O AMOR E O TERROR. Estivesse eu ainda ligada à política ou ao Partido Socialista, a uma qualquer organização e não fora esta maldita crise que leva todo o mundo a se encolher quando se fala em dispender verbas, e levaria este escritor a dar umas quantas palestras. É que o livro é um intenso manual de história e sociologia, uma profunda reflexão de vida que vai muito para além da questão do terrorismo que só ao alcance de um grande sociólogo, profundo observador da história e especialista na matéria, um grande crítico que faz o diagnóstico correto da problemática do radicalismo. É que não aponta o certo nem o errado, nem pretende defender teorias, mas expõe os fatos de forma tão lúcida que o próprio leitor consegue discernir essas questões. Com uma escrita limpa e fluída o Aloisio levou-me rapidamente até à última página, obrigando-me, com a sua acutilância e capacidade de levantar questões, a pensar no meu próprio percurso, a questionar, como ele, o significado que as grandes mudanças (as que aparecem de surpresa e que não escolhemos) podem ter naquilo que somos ou iremos ser, mas acima de tudo, me faz compreender de forma muito simples, o terrorismo e radicalismo, suas causas e efeitos, erros do mundo ocidental e me demonstra que, islamismo e cristianismo não estão assim tão distantes, um do outro e; acima de tudo, não são inimigos. Os inimigos são as duas fações que lutam à séculos pela hegemonia e o poder no meio islâmico, sob o falso argumento da religião e do combate aos infiéis. Profundamente libertador por mostrar com a mesma sinceridade a tristeza e a felicidade, é um livro honesto que se dá a ler sem se preocupar que gostem dele. Exige de quem lê, mas dá em troca, dá muito, eu senti-me claramente a ganhar pelo que ficou comigo depois de lê-lo. Impressionou-me a capacidade de resiliência. Ficam comigo as grandes reflexões, a chegada do amor de Jesus Cristo, a verdadeira solução para curar tão mortífero cancro. Não sei se referi algum humor que também transparece no livro… enfim, uma especialidade! É um livro de uma luz intensa. Leiam-no! E confesso que ainda não estou em mim. Onde estava tanta capacidade naquele jovem que trabalhou comigo na Ericeira e em Mafra? Nunca suspeitámos de todo o seu talento. Não passava de um humilde jovem, honesto, trabalhador, competente, nobre caráter... Mas tanto talento e sabedoria? Porque nos escondeu isso? Mas também fico triste. Que raio de país é este, Portugal, que um seu filho, tão sábio e eloquente, tem de debandar ao estrangeiro para revelar talentos e capacidades só ao alcance dos mais elevados expoentes da sabedoria? Espero que, pelo menos, lá no bairro onde mora, alguém aproveite, o escute e que possa dar alguma palestra para esclarecer essa questão: O AMOR E O TERROR

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Data: 16-09-2016

De: MARIE ANATRELLA ANDRADE (PAUL - COVILHÃ)

Assunto: POTENTE PERTUBADOR E ABSORVENTE

Entre Os Trens E O Mar.
Onde começa a trama? Passaram mais de três décadas desde que o mundo viu cair o muro de Berlim, assistiu a um disfarce de desarmamento, enfim, parece ter entrado na época da paz???? Pura ilusão! A cientista Marianna é apenas um exemplar da profunda mudança verificada com o fim da União Soviética. Nunca nos debruçamos sobre essa questão por considerarmos que não nos diz nada. Diz. Foi um dos fatos que mudou o nosso mundo. Algum tempo depois, ela constata que o pesadelo do desemprego, do suicídio do esposo, de se ver com uma filha recém-nascida e só, era apenas a face mais suave do seu tormento. Que mestria; a do autor, ao nos dar a entender essa questão e que grande lucidez. Vê-se obrigada a fugir por uma gélida Sibéria e atravessar a Europa até se refugiar neste cantinho à beira mar plantado, o nosso Portugal. Perseguida por uma máfia que lança longe, muito longe, os seus tentáculos, não tem como escapar e resta-lhe, no último suspiro, quando sabe que nada a poderá salvar, que foi cruelmente assassinada, só tem tempo de entregar a sua filhota para um amigo em quem confia. Um tema importante retratado pelo autor. De prisioneira de luxo, numa cidade secreta, a fugitiva desesperada, esposa que enviúva na flor da juventude, até moribunda, como Marianna se revela uma impressionante mulher, uma lutadora. Depois, andam por aí umas figurinhas a nos falar de emancipação da mulher, considerando emancipação uma infinidade de futilidades que em nada dignificam a mulher. Até chegam ao ponto de considerar a leviandade como emancipação??? Minhas caras; Emancipação da mulher, a verdadeira emancipação é aquela de que o autor nos fala neste livro, da luta e da capacidade de resistência dessa fabulosa personagem, Marianna. Ela não viveu para contar a sua história, mas a filhota, se encontra numa praia com uma desconhecida que, pouco a pouco, se vai transformar numa amiga e confidente. No entanto, a sua história não é a única e lá vêm mais revelações alucinantes, mais chamadas de atenção do autor para problemas graves da nossa sociedade. É muito bonito, um escritor que nos presenteia com o emocionante e magnificente romance cor de rosa, mas eu detesto esses autores, pelo contrário, amo escritores que nos sacodem, nos acordam da nossa letargia para a vida real e para os flagelos da nossa sociedade, com romances impugnados de amor, mas também de atualíssimo realismo. Pedofilia, a prostituição e pedofilia que se vive dentro das instituições religiosas e noutros locais, camufladas, são pontos importantes desta obra.
O escritor retrata as feridas atrozes, que se abrem com extrema crueldade, onde menos se esperaria que elas existissem. O desaparecimento de uma jovem cientista e o seu assassinato, são uma vergonha para o nosso Portugal que permite que mafiosos estrangeiros se movam com total liberdade dentro do nosso território. Há, mas quando ainda não conseguimos digerir essa realidade, já o escritor nos lança outra bomba no peito. Como pode o nosso país defender os cidadãos dessas máfias estrangeiras se nem é capaz de proteger as crianças que acolhe em suas instituições? Lá estão a falsa freira, a pedofilia, a Sarita, para nos mostrar outra vergonha da nossa sociedade.
Que relação podia haver entre as várias histórias? Depois de verificarmos a casualidade delas se acabarem por interligar entre si, lá o escritor revela o verdadeiro elo de ligação entre as mesmas. Uma sociedade que se afastou de Deus, se tornou mesquinha e egoísta em que cada qual se limita a olhar para o seu umbigo. E nos direciona no caminho certo, no caminho de Deus. Importante reflexão, para já não falar na chamada de atenção para a forma como estamos tratando os nossos idosos. É em Deus e com Jesus Cristo que podemos olharam para o passado, abandonarmos as nossas indiferenças e os velhos erros, por forma a nos curarmos e descobrirmos a verdadeira redenção com Deus e em Cristo. Um romance Potente, Perturbador e Absorvente, repleto de personagens inesquecíveis e de reviravoltas assombrosas, "Entre Os Trens E O Mar" é um thriller magistral, de um escritor que se revela um Mestre de suspense no panorama literário atual.

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Data: 16-09-2016

De: LILIANA VIEIRA (LISBOA)

Assunto: LEITURA AGRADÁVEL

Esta foi a minha estreia com este autor. Confesso que fiquei surpreendida pela positiva. Gostei das várias histórias que compõem o romance, assim como da escrita bem delineada, mas descontraída e suave que alcança o leitor... Vou continuar a ler mais obras deste autor que; acredito, não me desiludirá.

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Data: 10-09-2016

De: NORA CLEMENTINA DO NASCIMENTO PIRES (ALMADA)

Assunto: ADOREI

Adorei, uma historia que nos vai arrebatando do 1º ao ultimo livro com vária peripécias que nos vão mantendo num suspense constante, recomendo vivamente

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Data: 10-09-2016

De: ANA DANA DE ALMEIDA RURIZ (FEIJÓ)

Assunto: LIVRO APAIXONANTE

Ao começar a ler o livro pensei que iria deparar-me com uma historinha lamechas que iria terminar com um mar de rosas, e; de repente, eis que acontece o inesperado... Vemo-nos confrontados com uma sucessão de dramas, desde a fuga de uma cientista através da Sibéria, atravessando todo o continente europeu, em defesa da sua filha que acabará por ficar mesmo só e entregue a um amigo... Mas coração de mãe nunca se engana e o amigo foi o anjo da guarda da filha. Nada fazia prever a parte do final... Mas terminou bem... Terminou com o agir de Deus na vida dos bons e dos maus. Claro; agires diferentes para uns e outros!! São Historias que nos agarram, e fazem querer mais e mais... vou voltar a ler o livro do principio!! Livro apaixonante!!!

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Data: 10-09-2016

De: MADALENA GONÇALVES VIEIRA (PÓVOA DE SANTA IRIA)

Assunto: CATIVANTE

“Entre Os Trens E O Mar” é uma história que nos cativa do início ao fim. Para o amor vencer basta haver autores como este escritor que sempre, em seus romances, nos direciona no caminho de Deus e de Jesus. Tive o grato prazer de conhecer este autor, quando ele nos honrou com sua presença, em alguns cultos, na Igreja Evangélica Maná da Póvoa, nos arredores de Lisboa. Fico ansiosamente à espera do próximo livro, pois amo a forma comovente como ele fala de Jesus e de Deus.

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Data: 08-09-2016

De: MARIA DE FÁTIMA FERREIRA DA SILVA (LISBOA)

Assunto: É TÃO SIMPLES; NÃO É?

Lá diz o velho ditado; “vale mais tarde do que nunca”. Portanto, aqui estou a pedir desculpas ao meu brilhante aluno. Já lá vão muitos anos, era eu professora na Escola Preparatória Nuno Gonçalves, quando este escritor foi meu aluno. Não sei explicar as razões, mas ele preocupou-me, pois vi logo que era diferente, muito bem comportado, um exemplo, mas fora colocado numa turma com muitos repetentes. Todos eles com muitos vícios. Ainda não se dera o 25 de Abril, como tal, uma professora só podia alimentar suas preocupações, desabafando com as mães que nesses tempos, nenhum pai ia à escola. Isso era para as mães. Tive receio que ele se desvirtuasse, fosse influenciado pelos mais velhos, seguisse caminhos errados e não estudasse. Puro engano. Foi sempre igual a si próprio. No final do ano, por pouquíssimas décimas, não dispensou do exame do preparatório. Fiquei indignada, mas nesse tempo, o ensino era diferente, não havia conselhos de turma, discussões entre professores das diversas disciplinas, para que um elevasse um pouquinho a nota e permitisse ao aluno dispensar do exame e transitar de imediato para o Liceu. Claro que, como quem não quer a coisa, pessoalmente, se dava uma dica a este ou aquele professor, mas nenhum mudou a nota e o escritor teve de se submeter ao exame. Este era composto por duas provas, a escrita e os que reprovassem teriam de repetir o ano, já os outros, restava duas hipóteses, ter de se submeter à Prova Oral ou podiam dispensar desta. O escritor fez uma prova brilhante, impecável, na escrita e mal soube o resultado, eu não resisti, ainda antes das notas terem saído, telefona à mãe e anunciava que o escritor que na altura ainda o não era, estava no Liceu, dispensara da Prova Oral. Hoje vejo-o a participar com orgulho em Maratonas Literárias e só não compreendo algumas questões colocadas por quem nada sabe. Saramago é Saramago. Cada escritor é único. Ser terceiro colocado numa Maratona Literária é notável, brilhante. São muito poucos os escritores que conseguem ver seus livros selecionados para participar numa maratona literária. A grande vitória, o grande brilhantismo está em conseguir estar na Maratona, o resto é folclore. As maratonas foram criadas para incentivar os alunos a lerem livros e tomarem contato com a Língua Portuguesa, assimilarem a escrita, redação e leitura. Como é que se podia fazê-lo, selecionando maus livros? Não! Só os melhores lá chegam. Agora adotou-se, em virtude de outros interesses, a mania de dar prêmios, os quais passam por selecionar o livro como obra a ser discutida pela escola durante o ano letivo. Isso não é por causa dos escritores, mas por via dos interesses das editoras que querem é vender. Mas o que me leva a escrever aqui, nem é nada disso, são apenas desabafos meus. Um dia, num ponto (Prova escrita na minha disciplina, Ciências da Natureza), o escritor teve uma excelente nota, mas após a correção da prova, veio ter comigo e mostrou-me que eu havia me enganado numa questão que marcara como certa, quando ele tinha-a errado. Não alterava nada o resultado da prova, mas eu, uma ignorante, disse-lhe: “Tens razão, mas quando for assim não deves dizer nada, nós só falamos se for em nosso prejuízo e para subir a nota”. A professora acabava de levar uma notável lição do aluno e, com total ignorância, se dava ares de grande erudita e tudo saber. Não! Eu estava errada. Perante um nobre caráter, um ser superior, honesto e honrado, eu não fui capaz de assimilar a lição e ainda tentei desvirtuar tão nobre caráter. É POR ISSO QUE NÃO PASSO DE UMA PROFESSORA APOSENTADA E ELE, o aluno, É ESCRITOR! É tão simples, não é?

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Data: 02-09-2016

De: DIANA RAMIRES TAVARES DO VALE (CORROIOS)

Assunto: CUMPRE O PAPEL

Lá consegui ler um livro o qual eu estava querendo ler fazia um tempão: Entre Os Trens E O Mar, escrito por Aloisio Ferreira, um autor totalmente desconhecido, para mim. Acredito que muitas pessoas já devem ter ouvido falar nele, na história de sucesso desse autor, que terá começado a escrever livros já depois dos 50 anos de idade, numa mudança completa de rumo, em sua vida e carreira. Acredito que tenha acumulado, ao longo da vida, muitas experiências. É curioso, mas soube dele, precisamente nas bancadas do Estádio do meu Sport Lisboa e Benfica. Outros companheiros, também benfiquistas, no “mata tempo e conversa, enquanto a equipa não entra em campo, alguém lançou à baila esse nome e esse livro. Vai daí, no diz-se, diz-se, lá se me despertou a curiosidade.
“Ah Diana, mas tu tens de ler esse livro. Será assim tão bom como dizem? Se tu não o leres, como irás sabê-lo?”
Confesso que já o livro me surpreendeu, agradavelmente. É um romance alucinante, constantemente mudando de cenário, de protagonistas e de histórias, mas sem confusão, já que tudo se interliga e encandeia harmoniosamente entre si. Bom para refletirmos em tantas doenças da nossa sociedade. O pedofilismo, a prostituição, a ausência de amor e egoísmo com que tratamos nossos idosos, a traição, as máfias, e tantas outras coisas que todos sabemos que existem, mas teimamos em esquecer, em desejar esquecer, sendo necessário vir o autor, com seus géneros literários abordar o tema para nos motivar. Isso está muito presente no livro, e o que seria de nós sem essas pequenas motivações em nossas vidas, não é mesmo? Adoro ler livros assim, com experiências de vida que possam agregar algo em meu lado tanto pessoal quanto profissional e "Entre Os Trens E O Mar" com certeza cumpre esse papel.

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Data: 28-08-2016

De: MARGARIDA AFONSO DE LEMOS (MAFRA)

Assunto: NÃO SÃO NECESSÁRIAS MAIS PALAVRAS

George Orwell é um dos grandes nomes da literatura mundial. O nome é o pseudônimo utilizado por Eric Arthur Blair que foi jornalista, escritor, ensaísta e político, inglês. O livro 1984 é um dos seus maiores êxitos literários, um romance distópico terminado de escrever no ano de 1948 e publicado em 8 de junho de 1949, retrata o cotidiano de um regime político totalitário e repressivo no ano homônimo. No livro, Orwell mostra como uma sociedade oligárquica coletivista é capaz de reprimir qualquer um que se opuser a ela. O romance tornou-se famoso por seu retrato da difusa fiscalização e controle de um determinado governo na vida dos cidadãos, além da crescente invasão sobre os direitos do indivíduo. Desde sua publicação, muitos de seus termos e conceitos, como "Big Brother", "duplipensar" e "Novilíngua" entraram no vernáculo popular. O termo "Orwelliano" surgiu para se referir a qualquer reminiscência do regime ficcional do livro. O romance é geralmente considerado como a magnum opus de Orwell.
Confesso que sou uma apaixonada e admiradora do Senhor Aloisio Augusto da Cruz Ferreira da Casa, como cidadão, como exemplo de hombridade e lealdade, um grande caráter. O seu livro, O Amor E O terror é de uma qualidade superior, só ao alcance dos eleitos, da nata cimeira e mais pura. Não sou eu a dizê-lo, já que como admiradora e veneradora, para quem ele é um verdadeiro herói; herói da dignidade, da honra e da lealdade. Hoje sou Bacharel em Letras, formada na Faculdade de Letras de Lisboa, Professora de Língua Portuguesa, História e Humanísticas, além de Crítica Literária e Escritora. Possuo o meu blogue Fofocas Literárias, em conjunto com uma colega. Mas não foi muito fácil me formar. Foi bem difícil e apenas o consegui, recorrendo a sacrifícios tremendos, alguns humilhantes. Um dia, moradora em Mafra e o Aloisio trabalhando ali, como voluntário, a favor de nossas crianças, nos cruzámos e ao constatar a sua capacidade, o seu caráter, a sua conduta irrepreensível, ele se tornou o meu herói e também, um exemplo a seguir. A vida levou-o até ao Brasil e hoje é um escritor. Sua capacidade é reconhecida. Lamentavelmente, Santos da Casa, continuam a não fazer milagres. Uma carreira como escritor, artista, cantor, ator, etc., nunca é fácil. Uma máquina por trás sempre facilita. Em Portugal, a Wook é uma editora do tipo do Clube de Autores no Brasil. Eu já entrei no site dessa editora e recomendei todos os livros do meu herói. Basta acessar ao site do clube de autores brasileiro, não precisa se cadastrar, pode entrar com o facebook e votar nos livros do Aloisio, recomendando-os. Não custa nada, apenas alguns segundos e alguns cliques, mas poucos amigos do Aloisio e familiares o têm feito. Repare-se que apenas no Grupo Benfica Além Atlântico, ele possui mais de 12.500 seguidores. Entre as amizades do facebook e seus seguidores no mesmo, bastaria metade deles recomendarem seus livros no site do clube de autores do Brasil, para eles alcançarem o top como mais recomendados. Este fim de semana disputou-se a Maratona Literária do Gil Vicente e estive lá, acompanhei, até porque no próximo final de semana, o meu blogue em conjunto com a Escola Secundária José Saramago e a Câmara Municipal de Mafra leva a efeito a sua Maratona Literária, para a qual já mencionei o livro O AMOR E O TERROR como participante. O curioso é que falei com um familiar do Aloisio e convidei-o para me acompanhar até à Graça, ao Gil Vicente, para presenciar Maratona Literária e o referido familiar não se interessou e ainda me confessou que apenas leu um ou dois livros do Aloisio. Tem uma fina pérola na família e desconhece. Pois bem o resultado da Maratona não deixa dúvidas a ninguém. O Júri foi composto por 5 professores da Escola Secundária Gil Vicente, por escritores e críticos literários, tudo gente que sabe de livros e de letras. GEORGE ORWELL E O LIVRO 1984: 879,8 PONTOS; ALOISIO FERREIRA E O AMOR E O TERROR: 879,6 PONTOS. Ficar a 2 escassos décimos de ponto de um nome consagrado da literatura mundial é revelador da sua qualidade e do extremo interesse deste livro O AMOR E O TERROR. A pontuação máxima que cada jurado podia atribuir era de 50,0 pontos. Se entrarem no site dos Amigos Vicentinos e verificarem o quadro, irão constatar que este livro e Aloisio receberam pontuações de 46,6; 47,6 e 49,2, entre outras. Serão necessárias mais palavras para comprovar a estrema qualidade do autor e do livro?
A importância destas Maratonas Literárias! O que é uma Maratona Literária? Elas surgiram em Portugal no final dos anos noventa. Uma maratona literária consistiu, inicialmente, num desafio auto-proposto, quase sempre em escolas, mas também em coletividades, em que uma pessoa lia o maior número de livros que conseguisse em 24 horas. Cada pessoa se organizava da maneira que mais lhe convinha, mas o objetivo principal era ler o maior número de horas possível. Posteriormente, tal foi aproveitado para incentivar os nossos estudantes a lerem mais. Surgiram as Maratonas coletivas, se prolongando por 2, 3 ou 4 dias, com um número de livros selecionados, normalmente, entre 3 a 6,em que os mesmos são lidos coletivamente e depois debatidos, o que significa um fim-de-semana prolongado, inteiro de leituras e permite a cada participante tomar contato com mais livros e autores, conhecer melhor os meandros da literatura e adquirir o gosto pelos livros e leituras.

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Data: 25-08-2016

De: MARIA FERNANDA BRAZ

Assunto: INTENSO E SURPREENDENTE

“Entre Os Trens E O Mar” fascinou-me. É um romance intenso e surpreendente. São várias histórias, líricas e inquietantes, de personagens do quotidiano de nossas comunidades, com o seu passado perturbador e dos terríveis segredos que cada uma delas encerra, os quais nos flagelam ao serem revelados, nos despertando para a dura realidade das nossas sociedades que muitos tentam esconder a todo o custo, como sejam a subserviência dos políticos aos mafiosos, às redes de pedofilia, ao abandono de idosos, ao egoísmo do ser humano, que permanecerá com o leitor para além da última página, entrando no seu subconsciente e o obrigando a recordar. Poderia ser um romance sombrio e perturbador, de leitura imprescindível, mas sombrio e perturbador, não fora o autor ter a sagacidade de nos apontar o caminho da redenção, com Jesus Cristo e se chegando a Deus. O autor assume-se como um narrador extremamente astuto que leva o leitor a se sentir na dúvida quanto aos grandes dogmas das sociedades contemporâneas, na fluidez da verdade de suas palavras. Um romance notável… uma voz convincente. Engenhoso… complexo e provocador… o fascínio deste livro está na forma como o autor consegue conduzir o leitor até Deus e Jesus, quando ele menos espera.

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Data: 25-08-2016

De: Helena Sofia Turpin Voss Wahnon (LISBOA)

Assunto: MARATONA LITERÁRIA

Confesso que tenho uma grande responsabilidade, como responsável pela escolha das obras participantes na Maratona Literária da Escola Secundária Gil Vicente. Os livros que escolhi para a Maratona, naturalmente, obedecem, um pouco, ao meu gosto literário. Depois de lidos os livros vão ser debatidos. Gosto de sair da caixinha e ler um pouco de tudo. Não me julguem. Em Julho e Agosto gosto de ler livros leves e deixar os mais pesados para as outras estações do ano. Vai daí, de forma a cativar alguns leitores mais jovens e incentivá-los a ler decidi virar uma adolescente durante alguns dias. As minhas escolhas obedeceram a essa transformação em adolescente. De todos os livros, o que mais me impressionou, isto sem querer influenciar antecipadamente o debate, foi o livro deste autor; “O AMOR E O TERROR”. Um livro fascinante, de extremo interesse social e histórico, importantíssimo e de leitura obrigatória para os nossos jovens, como elemento de formação cívica. Não poderia deixa-lo de incluir nesta Maratona Literária. https://amigosvicentinos.blogs.sapo.pt/maratona-literaria-do-gil-vicente-6740. Este autor surpreendeu-me imenso, pois além dos elementos de que falo acima, ainda demonstrou uma; muito boa qualidade literária. Sendo um livro que trata um assunto de extrema atualidade; o terrorismo, portanto, tendencialmente, um livro que poderia supor-se de conteúdo mais pesado, no entanto, o autor trata de assunto tão sério e pertinente, de uma forma aligeirada, mais leve e como tal, perfeitamente cabível no pressuposto de livros leves que decidi privilegiar.

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Data: 21-08-2016

De: Анна Vyakhireva (Союза гандболистов Россия)

Assunto: Aloisio Феррейра и Евгений Трефилов

Был ребенок до сих пор, спустя 10 лет, не ничего политики, тем более кризис, который сталкивается моя страна, заставив своих родителей иммигрировать в Португалию. Я должен был выучить новый язык, новые привычки, новых друзей.
Именно там, в Эрисейры я научился играть в гандбол. Это было с господином Aloisio я дал первые шаги.
Мои земляки все один гигантский, подземный и девяноста до. Я, как они говорят на португальском языке, один Менорке. Мистер Aloisio научил меня и моих спутников к этой команде, уважать правила, важность дисциплины, принять, уважение, обычаи, культуры, различные способы видения жизни, товарищей по команде и противников. Прежде всего, он учил нас быть смиренными победой и поражением. Многие голоса были подняты против нас, класть их вниз, тем не менее, мы выиграли командует победы.
Господин Aloisio Ferreira, сегодня писатель, был первым великим человеком в моей жизни. Это было трудно, требуя, но всегда был на нашей стороне. Он кричал на нас, но был другом и в то время, победа была завершена тихо со сцены, оставив нам праздновать, отрекаясь свою справедливую долю видимости в нашу пользу. Скромный, искренний и великий человек, очень querm должен.
На сегодняшний день ничем не отличался. Я карьера в гандболе, я в конечном итоге будет играть в Германии. Однажды меня спросили, чтобы принять, представляют сборную Португалии и Alosio сказал queeu был великим игроком, не будет легким, но он мог получить доступ к выбору России и один день представлять свою страну. Россия будет иметь другие возможности, что Португалия не имеет. Был сделал посмешище. Немного, как я никогда не будет иметь место в выборе России. Я рискнул.
И я, наконец, добраться до выбора и представлять свою страну. Я встретил другого великого человека. Евгений Трефилов наш тренер. Кроме того, это очень трудно, плачет с нами, но, будучи всегда на нашей стороне, направляя нас. Вчера днем мы закончили, что выиграл титул на Олимпийских играх. И, как великие люди действуют? После окончания финале с Францией, гарантировал победу, он также вышел тихо со сцены, и мы были игроки, чтобы делать партию. Кто велик не нужно выставлять напоказ свое величие.
Маленькая девочка теперь олимпийский чемпион и был признан лучшим игроком в Олимпийских играх. Я должен поблагодарить, в первую очередь, к Богу. После этих двух великих людей: Алоизио Феррейра и Евгений Трефилов. СПАСИБО!

IDIOMA PORTUGUÊS
Era uma criança ainda, 10 anos, não comprendia nada de política, muito menos da crise que meu país enfrentou, obrigando meus pais a imigrarem para Portugal. Tive de aprender uma nova língua, novos hábitos, novos amigos.
Foi ali, na Ericeira que aprendi a jogar andebol. Foi com o Mister Aloisio que dei os primeiros passos.
As minhas compatriotas são todas umas gigantes, de metro e noventa para cima. Eu sou, como dizem os portugueses, uma minorca. Mister Aloisio ensinou-me a mim e minhas companheiras dessa equipa, a respeitar as regras, a importância da disciplina, a comprender, aceitar, respeitar, os costumes, culturas, diferentes formas de ver a vida, das companheiras de equipa e adversários. Acima de tudo, ensinou-nos a sermos humildes, nas vitórias e nas derrotas. Muitas vozes se levantavam contra nós, deitando-nos abaixo, no entanto, conseguimos grandes vitórias.
Mister Aloisio Ferreira, hoje escritor, foi o primeiro grande homem na minha vida. Era duro, exigente, mas estava sempre do nosso lado. Gritava conosco, mas era amigo e na hora em que a vitória se consumava, saia discretamente de cena, deixando-nos festejar, abdicando do seu quinhão de visibilidade em nosso favor. Humilde, sincero e um grande homem, a quem muito devemos.
Hoje não foi diferente. Fiz carreira no handebol, acabei por ir jogar na Alemanha. Um dia fui convidada e estive prestes a aceitar, representar a Seleção de Portugal e o Alosio disse que eu era uma grande jogadora, não seria fácil, mas podia chegar à Seleção da Rússia e um dia representar meu país. Pela Rússia teria outras oportunidades que Portugal não tem. Houve quem fizesse chacota. Uma pequenina como eu nunca teria lugar na Seleção da Rússia. Arrisquei.
E acabei por chegar à Seleção e representar o meu país. Conheci outro grande homem. Evgeni Trefilov o nosso treinador. Também ele muito duro, gritando conosco, duramente criticado por todos, não por nós, as suas jogadoras, mas estando sempre do nosso lado, nos orientando. Na tarde de ontem acabámos por conquistar o Título nos Jogos Olímpicos. E como agem os grandes homens? Após terminar a final com a França, garantida a vitória, também ele saiu discretamente de cena e fomos nós as jogadoras a ficar fazendo a festa. Quem é grande não necessita de ostentar sua grandeza.
A menina pequenina é hoje campeã olímpica e fui considerada a melhor jogadora das olimpíadas. Só tenho a agradecer, em primeiro lugar, a Deus. Depois a esses dois grandes homens: Aloisio Ferreira e Evgeni Trefilov. OBRIGADO! DEUS O PERMITIU E ESSES DOIS GRANDES HOMENS ME AJUDARAM A CRESCER, COMO JOGADORA E COMO MULHER!

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Data: 21-08-2016

De: Aloisio Ferreira Casa

Assunto: Re:Aloisio Феррейра и Евгений Трефилов

Querida Pupila. Estou muito feliz com seu êxito. Nosso papel como educadores é mostrar o caminho. Como país é ensinar a caminhar quando apenas sabe gatinhar. Depois, o percurso é fruto do seu esforço e o mérito é seu. Nós educadores não assumimos o insucesso dos que se perderam por escolher o mau caminho. Não é justo querer retirar a honra e o mérito de quem trilhou os bons trilhos. Devemos respeitar todos e suas diferenças. Como Jesus nos ensinou. Não só se deixou crucificar por amor a nós, como sendo perfeito e imaculado, a todas as tentações resistindo, como sendo nós tão falhos e pecadores, ainda nos concedeu o privilégio de nós aceitar como seus irmãos, afirmando mesmo não se envergonhar de ser nosso irmão. Hebreus 2. Seu sucesso é inteiramente merecido. PARABENS!

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Data: 16-08-2016

De: ANDREIA GOMES DE ALMEIDA (MIRA SINTRA)

Assunto: UM DOS MEUS PREFERIDOS

Já tinha lido um livro deste autor que achei interesante, sem que me tivesse convencido totalmente. Decidi dar uma segunda oportunidade e tirar ilações sobre o autor. Fiquei totalmente surpreendida! Devorei este livro em dois dias. Sei que me vou recordar para sempre deste romance e destas personagens. Esta história permitiu-me rir e chorar. É raro um livro proporcionar sentimentos tão distantes. A pedófilia é um assunto muito complexo, existindo diversas posições nomeadamente a este assunto. Ainda hoje, é mais comum as sociedades condenarem as vítimas e desculparem os criminosos. É o retrato de uma socieade que teima em se manter demasiado machista, embora, irónicamente e hipocritamente apregoem aos quatro ventos o adevento da emancipação da mulher, dos direitos da criança e tantos outros. Depois, o livro leva-nos a nos aproximar-mos de Deus. Em criança ia à missa com minha mãe. Hoje? Nem me lembrava quando foi a ultima vez que entrara numa igreja? Como foi possível me afastar de Deus? Como é possível que continuemos a nos afastar de Deus? Após a leitura deste livro, posso afirmar que me tornei muito mais próxima de Deus e retomei o velho hábito de ir á missa nas manhãs de domingo e minha vida tem vindo a melhorar. Não vivia nenhum drama, mas a vida está mais solta, mais relaxada, melhorou mesmo, depois de ter retomado esse velho hábito. Sem dúvia, Entre Os Trens E O Mar é um dos meus livros preferidos!

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Data: 16-08-2016

De: PATRÍCIA BELARMINO (SETÚBAL)

Assunto: ELES SE TORNAM A NOSSA FAMÍLIA

Entre Os Trens E O Mar é um romance que nos faz viajar entre trens, ou comboios, pela história, pelo mundo difícil das relações humanas e pelas convições preconceituosas de uma sociedade que cada vez se torna mais egoista. Devo confessar que iniciei essa leitura repleta de interrogações, esperando encontrar um livro chato, relatando viagens de comboio, rumo ao mar, mas me surpreendi totalmente. O livro nos desperta para um mar de reflexões sobre a vida, num contexto histórico da época que vivemos, com seus tabus e convenções sociais. Nesse ponto, o autor foi sucinto, mas eficaz. Entendemos com clareza as regras, preconceitos, flagelos sociais, as chagas e os costumes do período retratado, o que é importante para acompanharmos todos os receios, anseios e oposições que cercam os personagens.
Marianna é uma jovem mulher, cientista, perseguida pelos mafiosos que vivem à margem da alta sociedade russa, mas completamente à vontade e mesmo no nosso Portugal, se conseguem mover com esse mesmo à vontade.
A falsa freira é um monstro com uma máscara de santa imaculada, mais uma santa do pau oco, das que abundam por aí.
Sarita é mais uma vítima das redes pedofilas que ainda hoje se movem com inacreditável inpunição em nosso meio.
A Ritinha vive angustiada pela ausência de um pai que se tornou sem abrigo, por sua iniciativa, cedendo ao vício do alcoolismo, outra triste realidade dos nossos dias, na socieade portuguesa e noutras, como o foi no passado.
Os dois amigos do peito, inseperáveis, são também uma imagem comum em nossos dias e em nossas sociedades. Um puro e leal, o outro, não tanto. É amigo mesmo, mas quando lhe convém ou se seus designios falam mais alto, não se coibe de trair o amigo. Afinal; também isso é comum, o encontrar aqueles que se dizem amigos, mas não hesitam em se afastar, trair, dar fôlego às fofocas e mentiras que arrastam para a lama o nome do seu melhor amigo, o amigo leal e que sempre esteve ao seu lado, sem que ele o perceba. Notável, pois isso é o retrato fiel da nossa sociedade. Os verdadeiramente puros e mansos de coração, os de caráter, leais, capazes de despir a camisa e ficar nu para acudir ao amigo, ao seu próximo, sempre têm muia dificuldade em perceber as ciladas, pois de tão puros que são, se convencem que podem encontrar a mesma lealdade nos que consigo convivem e batem no peito, com palmadinhas falsas. Tolos ou ingénuos? Nada disso. Apenas seres superiores e com uma capacidade de amar que não está ao alcance de qualquer um, só dos eleitos. Confesso que admiro tais personagens e desejaria ter uma capacidade de amar assim, como eles amam.
Então, o autor, decidiu unir todos estes personagens com sinais que os interligam perfeitamente, uns aos outros. A sua narrativa é cativante. Um pequeno toque de humor e sarcasmo nos diálogos. Achei as descrições dos pensamentos e anseios dos personagens muito bem conseguidas. Situações como as narradas no romance, parecem improváveis, equívocos, desencontros e situações surreais na socieade em que nos inserimos, mas somos nós que nos recusamos a ver, pois elas são comuns. Entre Os Trens E O Mar é um romance apimentado com um final emocionante que nos leva a compreeender a necessidade de estarmos mais ligados ao nosso Deus e que é o deencontro com Deus que tem levado a sociedade atual para tanto sofrimento e angústia. É um romance da nossa época, gostoso de ler. De tal forma que conseguiu um lugar entre aqueles livros que são tão bons que merecem ser lidos muitas vezes. Cria-se um vínculo com eles. Eles passam a ser... Eles se tornam a nossa família.

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