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Livro de Visitas - COMENTÁRIOS
Data: 29-12-2024
De: OLGA FILIPA QUEIROZ - LISBOA
Assunto: COMO FICO... Questionada
Não me vou pronunciar sobre este livro. Todos têm direito a expressar suas ideias. Respeito a ideologia religiosa do Capelão Aloisio F Casa. Contudo, não posso aceitar que prossiga com o leccionar da Disciplina Estudo Bíblico dentro dos muros da escola onde sou professora. Isso me fez enviar uma exposição ao Ministério da Educação. Entendo que o teor de algumas lições ministradas colide claramente com a matéria curricular que o Ministério nos manda leccionar. No caso específico, do relacionado com a Ideologia de Género. Como ficou eu, enquanto professora, dando a matéria que o programa me induz e manda dar, quando 4 alunos meus, frequentando o Estudo Bíblico recebem informação contrária. Acabam se questionando e no fim, a minha autoridade enquanto professora fica abalada. Espero a tomada de uma posição por parte do Ministério, pois essa disciplina deverá ser impedida de ser ministrada dentro da Escola Gil Vicente. Os pais que solicitaram o ministrar dessa disciplina devem encontrar outras instalações fora da Escola. Se o Ministério não tomar medidas, serei forçada a apresentar a minha demissão.
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Data: 01-01-2025
De: Leonor Mariana Amorim Lisboa
Assunto: Re:COMO FICO... Questionada
Stôra, me perdoe dizer, mas, claramente não fica. Nem, nem nenhum dos meus colegas do Estudo Bíblico, seus alunos, alguma vez a contestamos. Temos pontos de vista opostos. A Stôra adora Judite Butles. Eu não. Mas sabe uma coisa? Nas aulas do Estudo Bíblico fomos ensinados e incentivados a respeitar e honrar os professores, pais, autoridades e todos os outros nossos irmãos. Como tal, seu questionamento é absurdo e sem fundamento. Quanto à pressão e ameaça de demissão, nem sei como classificar. Acredi
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Data: 12-01-2025
De: Michelle Belone Faro
Assunto: Re:Re:COMO FICO... Questionada
Sou uma autarca, Membro da Assembleia da Freguesia de São Vicente, eleita pelo PCP. Sim, sou comunista com muito orgulho. E sou mãe de dois alunos da Escola Secundária de Gil Vicente. Não me posso calar, nem ficar indiferente. Estou totalmente ao lado da Professora OLGA FILIPA QUEIROZ. O Capelão Aloisio Ferreira da Casa não pode usar as instalações da Escola Gil Vicente, para violar a lei e ensinar doutrinas totalmente contrárias aos programas curriculares oficiais, falando em nome de um Deus que não passa de uma miragem. Infelizmente, muitos pais deixam-se alienar pela lábia do Capelão e dominando a Direção de Pais e Encarregados de Educação, até já movem absurdo processo judicial contra o Ministério da Educação que, obviamente dá razão à Professora Olga. E vão ao ponto de ceder as Instalações da Associação de Pais e Encarregados de Educação do Gil Vicente para o Capelão poder prosseguir com as suas aulas. Uma clara violação dos meus direitos como mãe. A Direção não pode agir em nome dos Pais e Encarregados de Educação nesta matéria. Curiosamente, verifico que o Capelão Aloisio mudou muito. Todos conhecemos a sua história e o prestígio como Vicentino e como Presidente e fundador do Grupo de Teatro O GAJA, anos setenta. Tive o cuidado de pesquisar nos arquivos do Gil Vicente sobre esse grupo e saber um pouco mais das suas atuações. Por exemplo, na peça A Falta de Verba do Senhor Ministro, representando o papel de Ministro das Finanças, ao receber um colega governamental... Quando o mesmo declara que a sogra morreu, ele lhe dá efusivamente os parabéns. E na cena do Guarda Prisional este reinvindica verbas entre outras coisas, para pagar as prostitutas que seriam oferecidas aos presos. É claro que se trata de uma peça cómica. Mas nesse tempo não era tão altruísta defendendo Deus... Só um exemplo. Hoje, no entanto, está muito mais santificado. Acérrimo defensor de um logro. A ideologia de género só existe em delírios de conservadores de direita como ele. É muito curioso, e simultaneamente expectável, que num tão curto espaço de tempo, após as eleições, tenhamos regredido no logo do Governo, tenha sido lançado um livro sobre “Identidade e Família”, heterocêntrico e conservador, e que o Arraial dos Cravos em Lisboa tenha sido cancelado nos moldes habituais, por falta de apoio logístico da Câmara de Carlos Moedas. Da mesma forma como os livros deste escritor são a mesma identidade e família, heterocêntricos e conservadores. Nos últimos tempos, temos visto uma direita governativa a crescer no mundo ocidental. O que é que isto significa? Que, automaticamente, os direitos das mulheres, da comunidade LGBTQ e dos imigrantes estão em risco. Sempre foi assim, mas sempre haverá contestação e defesa dos direitos humanos. Estas minorias de poder (mas não de quantidade populacional) são sempre tratadas como “as outras pessoas”, “aquelas pessoas”, numa perspetiva de cisma entre “nós” e “os outros”. Ora, eu pergunto: não fazemos parte da mesma sociedade? Não somos todos seres humanos?
Neste contexto, tem-se falado imenso de “ideologia de género”, nos media, nos partidos de direita, em livros e artigos. Assunto em que este escritor está convicto que é um verdadeiro expert. No entanto, a verdade é que não existe “ideologia de género” na prática, apenas nas teorias ideológicas nas mentes em delírio de conservadores contra a aceitação da diversidade. Este termo, cunhado pela Igreja Católica, no final dos anos 90, destina-se a designar de forma depreciativa o termo “identidade de género”. Esta troca de “identidade” para “ideologia” pressupõe a crença, errada, de que há uma doutrina de conversão (veja-se o exemplo da Doutrina Católica) levada a cabo pelas pessoas LGBTQ, no sentido em que acreditam, erradamente, que a comunidade LGBTQ tem como objetivo transformar pessoas hetero em homossexuais e pessoas cis em transgénero. Longe disso. A comunidade LGBTQ luta pelo direito de poder manifestar a sua orientação sexual e identidade de género com liberdade, sejam elas quais forem.
Pois bem, chama-se orientação sexual e não escolha sexual (como já venho a dizer há muito, graças ao livro de Ruth Manus) e chama-se identidade de género e não escolha voluntária de género. As pessoas não conseguem mudar a sua identidade de género real só porque alguém lhes disse que a que têm “é errada”. Acho que não é difícil de perceber, pelas altas taxas de tentativa e efetivo suicídio de pessoas LGBTQ, que é bem mais fácil ser hetero e cisgénero nesta sociedade do que gay e transgénero. Logo, ao se ser trans ou gay atravessam-se vários entraves a nível social e laboral. É, ainda, importante realçar, que esta alta taxa de tentativa de suicídio não se deve necessariamente ao facto de serem LGBTQ, mas sim à falta de aceitação social e familiar dessa realidade. Ora, para todas as pessoas cis que dizem que não se identificam com “cis”, honestamente, é falta de informação e aceitação de diversidade. Se em vez de dizerem “estou a comer batatas” disserem “estou a comer um tipo de tubérculos”, isso não faz com que seja menos verdade estarem a comer batatas. É só uma questão de nome. Se se identificam com o género que vos foi atribuído à nascença conforme o órgão genital com que nasceram, são cisgénero. Tão simples quanto isso.
Dito isto, é muito curioso, e simultaneamente expectável, que num espaço de meia dúzia de meses, após as eleições, tenhamos regredido no logo do Governo, e aberto campo a agentes como este escritor e capelão e que o Arraial dos Cravos em Lisboa tenha sido cancelado nos moldes habituais, por falta de apoio logístico da Câmara de Carlos Moedas. (Evidentemente, aconteceu na mesma, porque força popular não falta).
Dito isto, mesmo quando se fala de inclusão da comunidade LGBTQ, maioritariamente fala-se de uma perspetiva heterocêntrica: a pessoa hetero que aceita “aquelas pessoas”, que aceita “os outros”. Claro que isto é importante, tendo em conta a vaga de não tolerância que atravessamos. No entanto, esta realidade, que vai desde o colega de trabalho, a este Capelão e até ao Papa Católico, só mostra que a maior parte dos lugares de fala, das posições de destaque, das pessoas que têm acesso a uma plataforma grande onde se fazem ouvir, são heterossexuais e cis. Se por um lado é importante que as pessoas hetero cis usem o seu lugar de fala para promover a inclusão, por outro lado também é gritante a falta de acesso a grandes plataformas que as pessoas LGBTQ têm na generalidade.
As pessoas trans, gay, bi, queer não são as “outras pessoas”. Sou eu, a tua prima, a avó da amiga, a tia do amigo, a cunhada do irmão, a filha da melhor amiga. A inclusão não pode ser representada sempre em “nós, hetero” e “os outros, não hetero”. Mas, olhem, como as coisas estão, pelo menos que se promova a inclusão de alguma forma, que já não é tão mau quanto apelar a uma família tradicional a todo o custo.
Como disse a personagem “Callie” em Anatomia de Grey: “You cannot pray the gay away”.
Para concluir, não se esqueçam que quando um lado começa a gritar mais alto, o outro também vai gritar. Onde houver perseguição à diversidade, a diversidade de certeza se revoltará e erguer-se-á ainda mais forte.
Se houvesse mais empatia, haveria menos estupidez e tacanhês em que o Capelão Aloisio Casa é fértil. Não passa de pura estupidêz em sua tacanha essência.
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Data: 24-11-2024
De: Uma simples aluna Terrugem (Sintra)
Assunto: Manual de Instruções
Começo por pedir desculpa ao escritor por ter optado por manter o anonimato. No caso, para o escritor apenas um meio anonimato, pois sou aluna dele, no Estudo Bíblico. Provavelmente não será difícil ao Stôr descobrir quem sou. Na disciplina o Stôr nos deu indicação deste seu livro, Manual de Instruções. Com dificuldade, lá consegui adquirir o livro. A vida não está fácil. Para mim, creio que posso dizer que nunca foi. Tenho 16 anos. E posso dizer que estou sozinha, se bem que tenho tios, uma tia em Lisboa e outros espalhados pela França, pela Alemanha e pela Suiça. De meu pai, as recordações que tenho são autênticos pesadelos. Nasci numa pequena terra, Almoçageme, Sintra, onde vivo atualmente. Voltei à casa onde sempre vivi, depois de ano e meio vivendo com minha tia e família de Lisboa, Quinta dos Peixinhos, Bairro Lopes. Voltando ao meu pai, morreu tinha eu sete anos. Chegava a casa bêbado, agredia minha mãe, verbalmente, adorava chamar minha mãe de Monte de Esterco. Era a comida que não prestava, nunca estava pronta a horas. De tanto vinho e aguardente, um dia o fígado não aguentou. Uma cirrose o levou e para minha mãe foi uma libertação. Vivi com minha mãe em paz. A nossa casinha era bem pequena e ao longo dos tempos foi-se degradando. Com dificuldade minha mãe lá foi conseguindo amenizar os estragos, mas nunca conseguimos recuperá-la a 100%. Há 3 anos, em Janeiro de 2021, a COVID levou minha mãe. Deixou-me esta casinha e uma Pensão de Sobrevivência, da Segurança Social. 304€, cerca de 40% do ordenado de minha mãe e temporária. No dia em que completar os 18 anos termina a pensão. Na altura, estava com 13 anos e diz a Segurança Social que com 13 anos não somos capazes de gerir nossa vida. Felizmente tinha uma tia em Lisboa. Família é familia. Acolheram-me, nunca vi um tostão da pensão de sobrevivência. Meus tios geriam o dinheiro. E logo fui avisada que tinha de colaborar. O colaborar era ser uma autêntica criada, fazer tudo, atender meus tios e os filhos deles, um primo com 17 anos e uma prima com 19. Meu tio, o esposo de minha tia, fez varias tentativas de se esticar e avançar, mas logo reagi e deixei claro que não permitiria e se ele insistisse ia fazer tudo para me defender. Lá se segurou e não passou disso, insinuações, tentativas. Um dia minha tia disse que a situação estava insustentável, o dinheiro não chegava. Ela tinha uma vizinha que conhecia alguém que tinha um bar noturno. Conseguiu um trabalho para mim, embora fosse ilegal. Com 15 anos não podia trabalhar, muito menos num bar noturno. É duro, lá continuo. Entro ás 19 e 30 e saio ás 3 da manhã. Folgo segunda, e sextas, sábados e domingos, nunca consigo sair antes das 5 horas. Recebo à semana. 150€ por semana. Somos 2 menores, eu e uma rapariga com 14 anos. E dois jovens, mais três,moças, brasileiros. Já estamos bem treinados, se surge a ASAE ou a polícia, fiscalizando, rapidamente desaparecemos até passar a inspeção. Nós primeiros 2 meses o dinheiro tive de entregar aos meus tios. Todo. Há cerca de ano e meio resolvi bater o pé. Concordei que a vida está difícil, para todos, então embora a Segurança Social não permitisse eu viver sozinha, não tinham necessidade de saber. Eu iria viver na minha casinha de Almoçageme e eles podiam até continua a receber a Pensão. Torceram o nariz mas acabaram aceitando. É duro, um grande sacrifício. Tenho aulas no período da manhã, depois de uma noite de trabalho, no balcão do bar. Mais cerca de uma hora de comboio e autocarro. Aturar alguns bêbados também e estressante, mas aprendi que desde que não dê confiança e ignore os chamados piropos, não tenho grandes problemas. Em média, durmo cerca de 3 horas por dia, e tiro a desforra no final de semana. E por incrível que pareça, os 600, a que se juntam mais uns 200, 300, das gorjetas que vão para uma caixa e são divididas por todos, acabo por ficar feliz e estou muito melhor que quando estava com minha tia. Mas Stôr, desculpe, afinal estava apenas a colocar o comentário ao seu livro, Manual de Instruções. Eu vejo que ele é um prolongamento das aulas, muito importante... e sim mexe com a gente! Encontrei nesta disciplina de Estudo Bíblico, algo maravilhoso, por vezes, divertido e engraçado, que nos muda. A primeira lição foi sobre a Criação, mas elevando o homem a uma posição que nunca tinha pensado que tivéssemos, como Coroa da Criação de Deus. Muitas vezes, a vida nos faz ter menos apreço por nós próprios, e as suas aulas nos têm puxado para cima, nos faz ter grande estima por nós próprios, nós torna confiantes. Eu posso até ser suspeita, mas comentando uns com os outros todos sentem o mesmo. Aquele lição em que chama a atenção para Deus que soprou em nós, o homem o fôlego da vida, o próprio fôlego de Deus, um importante pedaço de Deus que transportamos dentro de nos. E isso nos faz realmente compreender como somos importantes, como Deus nos dá verdadeira honra. E tendo a consciência de que todos transportam esse fôlego de Deus e como tal, passamos a olhar os outros com outro olhar, vendo a aura de Deus neles, e desvalorizando os seus erros, afinal todos somos pecadores. Acredite Stôr que até consigo compreender e ser condescendente com minha tia e sua família. Ri-me quando percebi que já não consigo ter raiva deles. Não posso garantir que um ou outro colega do Estudo Bíblico não tenham um pouco menos de entusiasmo, mas é notório esse entusiasmo na esmagadora maioria, direi mesmo na quase totalidade. Casa um tem a sua própria experiência, no meu caso, perante o adquirir do conhecimento de que tenho de mim o fôlego de Deus, de que Deus sempre está do meu e do lado de todos nós, perdoando as falhas, nos protegendo, zelando por nós, hoje quando chega o final do dia, não reclamo, não lamento o cansaço, não mais me vejo como o ser humano mais infeliz do mundo, para agradecer mais um dia, agradecer por ter tido força para superar os obstáculos. E não mais dispenso esse Manual de Instruções. Hoje, finalmente sou feliz?". Mas é como é... É isso mesmo, o Manual de Instruções, o Estudo Bíblico, as suas aulas, Stôr, trouxeram-me o mapa do Caminho para Ser Feliz... Ah, não sou a única. Não sou muito boa com números, mas acho que devem fazer um estudo, os responsáveis, pois segundo as tais estatísticas, todos nós, seus alunos, neste primeiro período, obtivemos melhor desempenho, melhores notas, melhor comportamento. Porquê? Stôr, se não for por causa do Manual de Instruções... Não sei que mais possa ser...
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Data: 26-09-2024
De: ALCINA CARLA RAMOS DE ANDRADE - LISBOA
Assunto: ESTUDO BÍBLICO
Eu e meu marido chegámos a Portugal no início de 2020 e cerca de um mês depois, mandámos vir a nossa filha. Foram tempos muito difíceis, não apenas porque nunca é fácil nos adaptar a novos hábitos, nova cultura e fazê-lo como imigrantes. Nossos planos receberam rude golpe quando logo a seguir tudo fechou, surgiu a COVID, o confinamento. Não era fácil, mas eu e o meu esposo estávamos empregados e dava para aguentar. Saímos de São Paulo por causa da violência e dos constantes assaltos, tiroteios que nos faziam viver no medo. Já não era vida. Portugal pode ter muita coisa ruim, mas deu-nos paz, a possibilidade de andar na rua sem medo, sem olhar para todos os cantos. Com os confinamentos, o desemprego porque tudo fechou, acabámos por passar fome. No entanto, agradecemos a Deus. Moramos num pequeno apartamento, ao Bairro Lopes, numas águas furtadas, uma cozinha, uma mini sala, um quarto e um banheiro. Uma escada bem íngreme e escura, obrigando-nos a subir cinco pisos na pernada. A renda era, e continua a ser, 680€. A senhoria nunca aumentou a renda. O que muitos dos nossos compatriotas não encontraram, encontrámos nós. Durante longos 14 meses, sem dinheiro, não pagámos renda e bem que seriamos mais uns a viver na rua. Foi aí que contámos com o bom coração de nossa senhoria que disse compreender a situação e que estava tudo parado, confinado, quando a situação melhorasse, logo pagaríamos e aos poucos iriamos pagando os atrasados. Quando voltámos a estar empregados, retomamos o pagamento da renda. Nos primeiros três meses não pudemos pagar nada do que estava atrasado, mas no quarto mês, já conseguimos pagar mais 320€ do atrasado, junto com a renda do mês. Mais uma vez, a senhoria declinou e disse que esquecêssemos os atrasados, afinal a COVID tinha sido terrível e estávamos todos vivos. Isso é que importava. Em São Paulo sempre congregámos na Assembleia de Deus. O que mais me custou foi ficar sem ir numa igreja. Eu e a minha família sempre fomos assíduos na igreja. Aqui, encontrámos uma igreja, Assembleia de Deus, na Penha de França, um bairro de Lisboa. Mas sentimos a falta da nossa EBD. Já experimentámos outras igrejas. Até ensinam, mas muito superficial, não como a EBD. Em especial, por nossa filha, hoje com 15 anos. Habituada à EBD que frequentou desde a classe das crianças, passando pelos adolescentes. Hoje seria na dos jovens. E faz falta aos jovens esse elo com o nosso Deus. Na escola não ensinam doutrina. Em nome do pluralismo religioso. No Brasil as escolas também não ensinam, mas a igreja preenche essa lacuna. Aqui em Portugal, não. Soubemos que existia a possibilidade de a escola, através da solicitação dos pais, obedecendo a normas específicas garantirem aulas, de teatro, desporto e doutrinais, sendo os pais responsáveis pelos encargos e a escola nada ter a ver, apenas concede as instalações, sala. Através da Associação de Pais conseguimos este ano ter uma turma de Estudo Bíblico. O Professor, Capelão Civil é este escritor. Não é fácil, nestes tempos, termos mais um encargo, uma quota de 20€ mensais para garantir a aula. Como Professor Particular e Capelão este escritor recebe 9,95€ por hora/aula. O restante é para encargos administrativos e para as Apostilas. Confesso que foi uma grata surpresa. Não pensei que as Apostilas tivessem a grande qualidade que têm, mas acima de tudo, a excecional qualidade das aulas. Minha filha mostra-nos as Apostilas da aula e já não perco a revisão em casa, com minha filha, da aula. Estou aprendendo muito. Esta semana, são excecionais a aulas A Doutrina da Trindade e A Bíblia Fonte de Doutrina, muito boas, na sequência das duas primeiras aulas A Coroa da Criação de Deus e O Projeto de Salvação do Homem. Na apostila de ontem, um dos tópicos é Manual de Instruções e realmente a Bíblia e todo este Estudo Bíblico é um verdadeiro Manual de Instruções e como é feita alusão ao Livro deste escritor com esse nome, já o encomendei em clube de autores pt. Aguardo a sua chegada. As Apostilas vou guardá-las com cuidado e no final do ano, as encadernar pois são excelente Manual para estudo sobre Deus, a Bíblia. E como nota mais importante, o Capelão Aloisio está dando as aulas, realçando a importância da Bíblia na vida dos jovens na atualidade, na necessidade e importância de eles serem discípulos da palavra de Deus e se tornarem mais obedientes, em casa, na comunidade, na escola. Excelente. É uma pena que o Capelão não possa dar uma aula para os pais, na Igreja. Mostrei e falei com o nosso Pastor, ele achou, também, muito bom o contéudo, mas quando sugeri chamar o Capelão para dar aulas na nossa igreja, o Pastor não adinatou nada, ou antes, disse que teria de se ver… Já havia uma programação definida e não era fácil de encaixar… Enfim, uma forma de dizer que não, o que lamento.
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Data: 06-06-2024
De: PAULA BOAVISTA SIMÕES ROCHA VALENTIM MACHADO
Assunto: nÃO FOI ACASO
Acho que os tempos estão cada vez mais difíceis. Nunca esperei passar pelos tormentos que tenho passado, eu e o meu marido, acima de tudo a minha filha. Não entendo estes novos tempos. Temos tentado educar a nossa filha nos caminhos retos, não acuso, nem descrimino ninguém, cada um deve levar a vida como entender, ter as opções que desejar. Parece que antes era difícil, para alguns cuja opção sexual fosse diversa do habitual, homossexuais, lésbicas, se escondendo, como dizem os sábios e entendidos, viviam no armário, escondidos, supostamente infelizes. Agora é o contrário, parece que quem opta pela sexualidade tradicional, entre homem e mulher, é que tem que se esconder. Na escola e nas atividades extras curriculares, minha filha pratica desporto, andebol, frequentava o Conservatório de Música de Oeiras. Os amigos, mesmo uma professora, a pressionaram e atormentaram para que seguisse essa orientação sexual, obrigando-a a ser lésbica. Se o fosse, confesso que ficaria desgostosa, mas não repudiaria a minha filha. Mas ela não se reviu nessa orientação sexual e caiu fora. Aí começou um verdadeiro tormento, com as amigas, naturalmente anónimas, mas sabemos de onde partiram, a enviar as mais humilhantes mensagens, fazendo a vida de minha filha num inferno. Ela pediu a nossa ajuda e nós, pais temos de ajudar. Aí, um grupo de proeminentes estudantes, com professores pelo meio, nos denunciaram perante a CPCJ local e posteriormente, perante o tribunal. Quiseram nos tirar a nossa filha, alegando que a maltratávamos e a tínhamos fechada em casa, afastada de amigos e da escola, fizeram o argumento tão bem feito que a CPCJ local, o Ministério Público e da parte das autoridades, nos olhavam e tratavam como se eu e o pai fossemos monstros. Não somos. Apenas tivemos de proteger a nossa filha que acabou deixando o Conservatório, o andebol e sendo obrigada a mudar de escola. Não foi fácil, mas optámos pelo Gil Vicente. E não foi por acaso. Parece que o mundo teima em nos atirar algumas pedras para o caminho, nalguns casos, verdadeiros pedregulhos. Vencemos a Pandemia. Vencemos? Á medida que saímos do túnel da pandemia, um acelerador de fenómenos, mais intuímos efeitos contraditórios: à euforia do restabelecimento das ligações humanas, contrapôs-se o tempo do isolamento físico com a escola no centro das análises e dos debates. E acima de tudo, do desafio inscrito pelo digital, sublinharam, os entendidos, que há um dever de otimismo através da ideia de deixar um mundo melhor. E a escola, que é, quase por definição, uma instituição desafiada para um novo rumo apesar do recomeço anual inspirado no mito de Sísifo, devia ser um espaço de renovação de gerações que espelha a formação da personalidade dos mais jovens. Podia e devia ser um vulcão de esperança, mas se torna cada vez mais num covil que integra conflitos e contradições. Amor, ódio, ciúme, amizade, inveja, mentira, boato, alegria e tristeza são exemplos de categorias intemporais essenciais ao desenvolvimento do homo sapiens que a cibersociedade amplia. Os professores deviam ser mestres na moderação e usarem o ensino para elevar o exercício e a democracia, contudo estão presos aos presos aos programas curriculares infestados pelas novas ideologias de género. Muitos até lutam, mas não são ouvidos, não adianta chover no molhado. Apesar de tudo, ainda… sempre serão imprescindíveis. Estamos numa encruzilhada. Dá ideia que a escola navegará entre o possível e a ilusão. No caso escolar português, e de resto nas nações com turmas numerosas, há objetivamente riscos de ilusão. Se olharmos para o recente Plano de Recuperação de Aprendizagens (PRA), a elementaridade impôs-se. Não se alargou ainda mais o calendário escolar e destinou-se para a educação cerca de 3% dos 15 mil milhões de euros do Plano de Recuperação e Resiliência. É da norma e da lógica orçamental. Mas é no interior desta letargia que se captam sinais de que talvez não se distinga a aparência da realidade.
Desde logo, há dois decréscimos muito críticos que permanecem abaixo da linha de água: a natalidade, em que Portugal perdeu 18.280 estudantes (cerca de 1,1%) dos ensinos básico e secundário no ano letivo anterior e 328.682 alunos (cerca de 17%) na última década, e a falta estrutural de professores. O anúncio de mais 3300 professores no PRA é ilusório face ao "êxodo" em aposentações; e, como se sabe, os jovens nem querem ouvir falar em ser professor. Por isso, urge enfrentar o que existe. Se é obviamente impensado desejar que a quebra da natalidade seja tão acentuada que reduza substancialmente o número de professores, é ilusório acreditar que o digital os substituirá ou que se recorrerá com eficiência, como nas décadas de 70 e 80 do século passado, a profissionais doutras áreas. Bom, são desabafos de uma mãe. Mas se sou mãe, também fui filha. Minha mãe resistiu â Pandemia, mas partiu há cerca de ano e meio. Vou aqui deixar um link. https://www.youtube.com/watch?v=QJpCwHFq_Sk No confinamento. Minha mãe ouviu vezes infinitas este audiolivro do escritor Aloisio Ferreira da Casa. Pensei que era uma questão de senilidade, de idosa. Até ao dia em que me decidi a ouvir o longo audiolivro DEUS. Foi ai que descobri Deus. E soube que este escritor está na Assistência Social do Gil Vicente e essa foi a razão da nossa opção. Capelão Civil? Não sei o que é, faz, um Capelão Civil? Mas sei que este escritor é diferente, e se há alguém capaz de mudar o rumo da história de nossa filha e do abismo que se abateu sobre nós é ele. Já começou a fazer a diferença. Obrigado.
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Data: 08-05-2024
De: EDGAR GUIMARÃES DE CAMPOS
Assunto: QUER CONHECER ALGUÉM - DÊ-LHE PODER
Se querem conhecer bem uma pessoa, édar-lhe algum poder. Isso se aplica a este escritor. Alguém que admiro e por quem tenho um grande respeito. Conheci este escrior e capelão há mais de 20 anos. Fui seu superior quando ele era Chefe de Segurança do Complexo Ferroviário de Alcântara. Eu era o Supervisor da área. Fui muito exigente e era tido pelo pessoal como duro, castigador. Era, quanto a mim, aoenas exigente e para mais, quando tinhamos a nossa responsabilidade tantas vidas humanas dos milhares de passageiros que utilizam os comboios suburbanos de Lisboa. Ele sempre foi meticuloso e cumpridor. Não esqueço um dia em que de visita ao Complexo e com pouco tempo, fiquei insisposto por ele não estar ali, disponível, à minha espera, estando a tratar dos cães. Disse-lhe: "porra, vocè tem mais trabalho porque não sabe mandar. Se soubesse mandar. tinha mandado um dos homens tratar dos cães, assim tem mais trvalho e eu estou aqui à espera". Com a fama, entre os homens de que eu era useiro e vezeiro a fazer a folha a todo o mundo, confesso que não era verdade. As vezes que abri processos disciplinares a alguém, foram todos merecidos. Bom, nenhum de nós é santo e eu cometi erros. Por vezes, devendo fazer a ronda pelos vários postos de Lisboa e Vale do Tejo, de noite, ficava em casa e deixava antecipadamente algumas fohas de relatório assinadas e quando não comparecia, pedia ao respins+avel de serviço que utilizasse uma dessas follhas com a asssinatura e colocasse no relatório que eu tinha estado presente e a hora que deviam colocar. Era errado? Claro que era. Mas, não que sirba de desculpa, eu não podia deixar minha esposa só, com uma leucemia terminal que acabou pur levá-la, quando ela tinha uma das muitas crises. Ganhava bem, mas não consegui juntar um tostão, pois até à Suiça cheguei a levar minha esposa na esperança de a salvar, Curar. Todos me chamavam parvo, doiso, não valia a pena, não havia nada a fazer. Quando me dizem que este escritor em todos os srus livros gaz homenagem e enaltece a esposa, vejo o mesmo amot que me levou a lutar pela minha esposa. Como seu superior, sempre fui respeitado por este escritor. Sempre pude contar com a sua lealdade e até cumplicidade, nas tais minhas falhas dos reloatórios assinados. Mas um dia, quando tive de participar de um elemento que teve uma falha gravíssima, esse elemento contou na empresa que eu tinha relatórios assinados e de noite não cumpria as rondas. Fui alvo de processo disciplinar e veja, bem as coisas, tiraram-me o cargo de supervisor e fiquei como vigiliante, igyal a todos os outros, a esmajadora maioria. E fui parar a Alcântara. Muitos dos homens que chefiei se apressarm a passar por lá e troçarem da minha queda, uma vingança deles. E o escritor, com as voltas que o destino dá, de meu inferior hieráquico, passou a meu Chefe. E aí reconheci o meu erro, tratou-me com respeito, nunca manecionou a minha despromoção e nem admitiu que aqueles que vinham para se vangloriar da minha queda o fizessem dentro das instaçações. Como Chefe este escritor tratou-me sempre em pé de igualdade. Recongeci que também naquele dia em que lhe dissera que não sabia mandar estav errado. Sabia mandar sim. E sabia exercer o poder que tinha como Chefe, com diplomacia, reverência e sabedoria, não deixando que o poder lge subisse à cabeça a abussasse do poder que tinha. Um grande homem que tem todo o meu respeito.
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Data: 10-04-2024
De: RITA MARRAFA DE CARVALHO, Lisboa
Assunto: Só Naftalina
Auto-me-defino como Jornalista da RTP, sarcasticamente rigorosa. Escritora e Cronista medianamente incrível. Venho aqui com o intuito de comentar a particular tendência deste escritor em falar da Ideologia de Género e acima de tudo, a falange de notáveis admiradores do escritor que aqui postam vassalagem ao mesmo e deliram com seus ideais em defesa dessa aberração a que chamam Família Tradicional. Fique registado. Estou apenas ditando o meu comentário, não faço jornalismo. Para isso, vejam a RTP.
Na família tradicional, defendem essas vozes, a mulher nasceu para ser mãe. Uma dádiva divina. O tantas! Por acaso até sou mãe. E por experiência própria renego essa tal da dávida divina. Ahhh a Maternidade… não achei incrível a gravidez. Mas fica “feio” dizer isso. A amamentação foi um pesadelo, mas a pressão social é devastadora e nos oprime. Com o meu parceiro, lá enfrentei o pesadelo. Funcionámos em equipa. Eu e o pai do rebento dividimos as licenças de “maternidade” equitativamente. E sim. Há mais mulheres como eu. Lidem com isso. E passo a citar Lopes da Silva: “Com a banalização do sexo a mulher perdeu as suas duas únicas virtudes: a virgindade e a maternidade”. Lá está, essa máxima dos defensores da Família Tradicional, negando à mulher o direito de fazer e dispor do seu corpo como lhe apetecer.
Já agora, tomem lá mais esta refutação à belíssima família tradicional, onde o macho é quem mais ordena. Não foram raras as vezes em que eu era o que ganhava menos no casal e mesmo assim assumi o papel de "dona de casa". (Sou uma dona de casa muito aceitável!).
Os casais organizam-se como bem lhes prouver e lhes trouxer estabilidade. Portanto me desculpem, mesmo sendo tão obtusos, pensem...
Vamos lá ver bem as coisas… mas alguém quer saber o que pensam alguns iluminados sobre o conceito de família tradicional? Isso alimenta alguém? Dá tecto a alguém? Enriquece alguém? Dá-lhe emprego? Estabilidade?Traz-lhe felicidade? Não! É um logro. Fizeram uns livrinhos bafientos que não acrescentam nada. É só naftalina.
Por isso, não se sintam ofendidos, com o meu singelo e simples desabafo. Não é mais que isso, um desabafo...
Ora ponham lá a vossa "familia tradicional" no cu, fachos de merda.
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Data: 29-02-2024
De: Sera
Assunto: ai eu salvei meu casamento
Quero compartilhar com o mundo como o Dr. Ajayi, o Grande homem, foi abençoado por seus ancestrais com poder espiritual. Ele me ajudou a reencontrar meu casamento com meu marido, que terminou comigo há 2 anos, tenho tentado recuperá-lo e quase desisti, mas o Dr. Ajayi conseguiu me fazer sorrir novamente. Dr. Ajayi é um verdadeiro lançador de feitiços, você também pode recuperar seu ex e viver uma vida feliz para sempre com a ajuda do Dr. E-mail de contato: drajayi1990@gmail.com ou Whatsapp: +2347084887094
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Data: 31-01-2024
De: DR Pedro Abreu Loureiro
Assunto: Testemunho
Acabei de baixar o livro Renascida deste autor, escritor e Capelão Civil. Hoje tive o grato prazer de o conhecer. Esta tarde fiz uma cirurgia num jovem de 15 anos, para retirar dois coágulos no cérebro. Cirurgia delicada, pois os mesmos se encontravam em zona de difícil acesso, se movendo e estando a aumentar de volume, não cedendo aos tratamentos. Um quadro clinico que inspirava apreensão. O pai entendeu por bem chamar este escritor e Capelão, para rezar ao Bom Deus, intercedendo pela vida do jovem e pelo sucesso da cirurgia. Testemunhei a sua simplicidade, humildade, fazendo suas orações. Confesso que assim que começamos a cirurgia, tive uma agradável surpresa. Os coágulos que por mais de semana e meia teimavam em não ceder aos tratamentos e mesmo aumentando de volume, quase haviam desaparecido, tendo sido bem mais fácil a sua remoção. No final, quando falei com o pai e com este Capelão, sossegando seus corações e a anunciando o sucesso da cirurgia, não pude deixar de cumprimentar o Capelão, felicitando-o pelo êxito de suas orações, ele recusou os louros, dizendo que deveria agradecer a Deus, pela sua bondade, só a Deus e não a ele que nada fizera e que muita gente tinha estado em oração pelo jovem, sua esposa, em casa, logo de manhã, todos os dias clamava por ele, o seu Pastor Emerson e os irmãos da Igreja Casa da Família, de Arrifana, Abrantes que levantaram um clamor, o Padre Francisco de Ericeira, Mafra e muitos outros. Confesso que me arrepiei todo e vim para casa pensando como somos tão pequeninos. Nós, médicos, somos importantes, mas sem Deus, sem essa força maior, não somos nada. Agora tenho de conhecer a Obra Literária do Escritor. Como Capelão já vi que é um Senhor, com esse maiúsculo. E, é claro que agradeci a Deus a sua ajuda na cirurgia do jovem.
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Data: 19-01-2024
De: Rute Carvalho Farias
Assunto: Cintilante Estrelinha
Como professora e educadora tive a sorte de conhecer este escritor. Já li alguns livros dele, sem dúvida uma fonte de saber que nos traz ensinamentos e conhecimento. As suas palestras na Escola que é hoje, numa fase remodelada do ensino, uma extensão do Liceu Nacional de Gil Vicente. Humilde, de caráter, profundo conhecedor da Bíblia, suas mensagens são uma luz que nos ilumina. Tive uma educação cristã e no convívio com este escritor Vicentino, o que mais aprendi foi pelo poder da Observação. Honrarás Pai e Mãe! É, talvez, o maior segredo da Bíblia que Deus nos deixou. Muitos dirão que ao longo da vida, pelos livramentos que Deus lhe concedeu, pela forma como Deus sempre o protege, que o escritor é um favorito do Senhor. É mesmo. Porque sempre foi obediente, sempre foi um elemento que honrou pai, mãe, a família, colocando os reais interesses da família à frente dos seus, como quando perante uma fase de doença do pai, impedido de trabalhar e consequentemente de receber o ordenado, abdicou de ir para a faculdade, assumindo o trabalho do pai e garantindo o sustento familiar. Igualmente honrou pai e mãe quando num natal ficou ao lado do pai, se recusando a deixá-lo só. Nas noites de tempo limpo podemos observar o céu iluminado por infinitas estrelinhas. Também na terra temos estas estrelinhas que nos iluminam a vida e apontam o caminho. Este escritor é sem dúvida uma dessas estrelinhas. E ainda que de quando em vez alguém procure apagar o seu brilho, ela continua reluzente e cintilante. Se alguém tivesse o poder de subir aos céus e tentasse apagar o brilho de alguma das suas estrelas, não o iria conseguir. É impossível, acabaria por ser derretido e a estrelinha continuaria a brilhar. Do mesmo modo, é impossível apagar o brilho desta estrelinha, deste escritor. É uma honra, para mim, continuar a seguir esta estrelinha.
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Data: 02-01-2024
De: José Manuel Teixeira de Matos
Assunto: Uma agradável surpresa
Adoro ler. Não sei o que me chamou a atenção ao pesquisar no Kindle mais um livro para ler, neste RENASCIDA? Não conheço o autor. Li e reli. Emocionante história, verídica, contada pelo autor que foi um dos intervenientes. Num mundo tão egoísta como o nosso, mergulhado em guerras, desavenças, encontrar profissionais como o Chefe de Segurança, altamente profissional, sem deixar de ser absolutamente humano. E acima de tudo, uma um testemunho de como é importante viver conectados com Deus. Exemplo para todos, demonstrando que nos devemos voltar para Deus. Cada vez mais, neste final dos tempos.
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Data: 29-12-2023
De: JASMIM (Vera Marques)
Assunto: MAGIA
Bom Dia, meu amigo, meu querido Aladino. Constatei com alguma tristeza o teu desabafo. Sobre a Magia do Natal perdida. Permite-me discordar. Viva! Natal é um espaço de encontro, interconhecimento e partilha. Sentir a ilha que cada um de nós representa no contexto Natalino e da vida. É, no mar de liberdade que todos abraçam, a seu modo, de acordo com a negritude ou a plenitude do mais íntimo de seus corações. Os últimos unem, já os primeiros desunem, separam...
Como sempre acontece, o Natal passou por aí. Por entre os vidros das janelas veem-se luzinhas que brilham numa árvore colocada ali, de propósito, outras cintilam em varandas saudando o mundo, quem passa pela rua. Mais à frente, um pai natal surge pendurado, do lado de fora de uma casa, espreitando para dentro, trazendo nas costas a saca dos desejos, de crianças e adultos. Todos esperam receber um bem, uma notícia ou algo de bom, venha de onde vier, do Pai Natal ou do Menino Jesus.
Ai, Ai. Logo surge a infindável discussão. O Pai Natal não existe! Existe sim! Lá está, uns se preocupam em expressar a sua negatividade, desunem, criam atritos. Mas quem tem realmente a Magia dentro de si, ultrapassa as clivagens, como tu. Foi contigo que aprendi que o Pai Natal existe sim, mas não dá presentes. É um ator representando o seu papel nessa grande peça teatral da vida. Um simpático velhinho, solidário, humilde, sem poderes, mas assumindo o papel de Distribuidor, Entregador dos presentes que Aquele que tem efetivamente o Poder, nos faz chegar às mãos, através de pais, irmãos, outros familiares, amigos. Mas só quem tem Jesus dentro de si, possui a verdadeira Magia do Natal. Tu tens, um e outra. E enquanto a mantiveres, sempre estará presente a Magia do Natal.
No Natal as casas abrem-se ao mundo, renovadas e brilhantes.
Fazem-se as limpezas da festa; cheira a óleo de cedro e a cera; as cortinas são mudadas, as paredes lavadas. Está tudo pronto, tal como na tua infância vias acontecer, como barras no teu livro Para O Menino Jesus O Melhor. Até teu pai tinha o cuidado de requisitar o Limpa Chaminés para que a chaminé estivesse a brilhar, te recomendando que limpasses bem o sapatinho, para que após a consoada confeccionada, fogão limpo a brilhar, colocassem o sapatinho na chaminé, por onde o Menino Jesus desceria e colocaria os presentes nos respetivos sapatinhos. Para o Menino Jesus O Melhor e quem reserva o Melhor para Jesus tem sim, a verdadeira Magia do Natal consigo. Mesmo quando não se tem muita gente, grandes iguarias na consoada, como aquela em que passaste apenas com teu pai, enquanto a família se reunia em casa da tua sobrinha com grandioso repasto, tendo optado por umas simples caras de bacalhau, umas batatas, uma ou outra broa Castelar e uma fatia de bolo rei regada com um cálice de vinho do Porto. Simples, humilde, mas infinitamente inundado de Magia Natalina. Ela está dentro de ti, no teu coração. Fazes parte do grupo dos que unem, apoiam, se doam. E o menino que já não era menino, tinha deixado para trás as coisas de menino, já não passava as noites de Natal acordado vigilante, para ver o Menino Jesus descer pela chaminé e colocar os presentes no sapatinho, descobriu Jesus, nessa noite de grande paz, reflexo da Magia do Natal, no sono retemperador e calmo, conseguiu sentir Jesus o visitando, abraçando. Jesus sempre abraça quem honra pai e mãe, quem se doa em amor, com humildade, enfim, os verdadeiros detentores da Magia do Natal.
A Magia do Natal está nos humildes e mansos de coração, não nos convites ao consumo desenfreado, que nos alienam, as dificuldades dos outros fazem-nos sentir frágeis, vulneráveis e mais sensíveis.
Podemos criticar as iniciativas, privadas e públicas, que oferecem cabazes de bens essenciais, porque são gotas num oceano de dificuldades. Mas, talvez possamos pensar no bem que isso pode representar para algumas famílias, para quem essa dádiva abre um parêntesis de conforto, numa narrativa dramática que, infelizmente, irá regressar depois das festas, se mais nada acontecer e outras respostas não forem dadas.
Não sei se nós representámos a maior peça teatral alguma vez representada. Tiveste o cuidado de dizer que nada fizeste, sem mim, dispondo do meu tempo, uns dias de férias, sem o Comandante Carlos, e os outros pilotos, se disporem também do seu tempo, sem a disponibilidade da TAP em ceder o avião, não teria sido possível levar aquelas crianças à Eurodisney de Paris. Mas não posso aceitar tanta humildade, demasiada, pois como organizador, gestor do Programa do Projeto Para Ti Se Não Faltares, nunca esqueci a adaptação que fizeste desse tradicional conto infantil, Aladino. Começou com a representação da peça nesse hangar adaptado do Aeroporto de Lisboa, até aquele momento hilariante proporcionado por ti e pelo Paulo, o Génio da Lâmpada.
"- Para que é que eu quero um Génio inútil como tu? Pedi um tapete mágico para levar a minha Princesa Jasmim e estes meninos à descoberta da Magia do Natal! Voar mundo fora à descoberta da Magia.
- Oh Amo ingrato. Como não acontece nada? Pediste o teu desejo, eu satisfiz. Agora que culpa tenho eu que neste novo século os Tapetes voadores sejam diferentes. Porque não espreitas pela porta? Porque não vais lá fora ver?".
Depois, fomos todos para a porta e saímos. Bem vi os olhitos daquelas crianças ao verem o avião. Enquanto vocês continuam o despique.
"- Pronto. Aî tens o teu tapete mágico. (Apontando para o avião).
- Como o meu tapete? O que é aquilo? Aquela coisa boa?".
E todo o mundo tomou o seu lugar no avião. 4 Dias que aquelas crianças, hoje adultas, nunca esqueceram, 4 dias em que mantivemos a representação do Aladino e da Jasmim. Não faço ideia se nalgum cantinho deste nosso mundo terá havido outra peça teatral durando 4 dias, sem interrupções e se os espetadores aguentariam? Ali, eles, os espetadores eram as 191 crianças que puderam realizar o seu sonho de ir na Eurodisney. E sempre com uma divertida altercação entre ti e o Génio para gáudio das crianças que riram a bom rir. O Comandante Carlos, no seu papel de Chefe da Guarda do Palácio e os pilotos, guardas. Um dos momentos mais virados pelas crianças foi a recepção na Eurodisney, pelo Mickey e ele levar o grupo até à Sala onde assinante o Grande Livro do Natal, como Embaixador da Disney Para o Natal. Mas o momento maior, foi quando o Comandante Carlos chamou cada uma a se sentar no cockpit e ter a ilusão de pilotar o avião, recebendo o respetivo Diploma de Batismo de voo e de pilotagem. Ainda hoje recebo uma ou outra carta dessa pequenada, sempre me tratando por Princesa Jasmim. Por isso, meu amigo, ainda que o mundo esteja repleto de conflitos, guerras, violência, desavenças, nunca penses que se perdeu a Magia do Natal. Ela está dentro de ti.
Natal é tempo de “portas abertas”, de sorrisos e votos de “Boas festas”. Desejamos que passe por cada um essa “boa onda” que aproxima, aglutina, une, esse sentimento de comunidade que reúne e transforma os conflitos em paz, os egoísmos em solidariedade.
Natal é tempo de convites: passa lá por casa! Vem ver o meu Menino Jesus! A porta está sempre aberta!
O mundo seria bem diferente, se pudéssemos e quiséssemos manter sempre as portas abertas. Ao invés, desconfiamos, temos medo, pomos ferrolhos e alarmes, grades nas janelas e trancas nas portas, das casas e o pior de tudo, as trancamos e aferrolhamos as portas dos nossos corações.
A Paz só acontece quando abrimos a porta do coração para escutar os outros. E como faz falta a Paz neste tempo de guerras, onde morrem tantas crianças.
A Paz não é silêncio, nem mesmo “pausa humanitária”, mas entendimento e diálogo.
A Paz só acontece no Natal, como no restante do ano, quando as casas e os corações, tal como no estábulo de Belém, são lugares de passagem que acolhem o milagre do Amor. Portanto, descansa, não tens o poder de transformar o mundo inteiro, mas sempre acolhestes o Milagre do Amor e com tua entrega, essa maravilhosa e generosa capacidade de te doares por inteiro, para todos, sem nada pedir em troca. Não mudaste o mundo, mas transformates a esperança e levastes a Magia aquelas crianças, como a levastes ao teu pai naquele Natal passado a sós, com ele. Voltaste a levar a Magia aos idosos que escutaram teus livros em áudio. E mais uma vez, levastes a Magia aos Sem Abrigo,vá quem estendidas a mão nas frias madrugadas, integrado nas brigadas voluntárias solidárias, bem como aos idosos que visitante e escutaste no Apoio Solidário ao Domicílio.... Não meu amigo, a Magia do Natal está em ti, faz parte do teu ADN. Também eu recebi essa tua Magia, como tua Jasmim, como parceira dessa ida à Eurodisney. E mais uma vez te digo que é pena o Paulo já não estar entre nós. O Génio! E não é que aquela coisa continua a voar... Quem semeia Magia, colherá Magia. Alguns meses depois daquela aventura, de volta ao meu trabalho como Assistente de Bordo, continuei a voar e acabei surpreendida por esse louco, na altura meu namorado, o Rui que sabendo que estava de serviço num voo de Lisboa para Barcelona, comprou bilhete, conseguiu convencer o Comandante e alguns colegas e no meio do voo, testemunhado por todos os passageiros e tripulação me pediu em casamento. Já lá vão 14 anos e continuamos juntos, honrados pelo meu Aladino e pelo Génio da Lâmpada que estiveram presentes no meu casamento e nos dias mais difíceis, na tempestade, temos o prazer de te ter como amigo, o meu Aladino que nos ensinou esses mistérios do Primeiro Milagre de Jesus. O da transformação, porque não podemos beneficiar dos outros milagres se não passarmos pela transformação primeiro, nos tornarmos novas criaturas. E o outro mistério, vital, importantíssimo. Quando a crise nas bodas eclodiu e o vinho faltou, Jesus já estava presente, não foi chamado à última da hora, fora convidado. E isso nos demonstra que temos de convidar Jesus para o seio do nosso matrimónio. E tendo-o conosco, as crises surgem, mas Ele atua de imediato. Meu querido Aladino, moras dentro do nosso coração, do meu e do do Rui. E continuamos a colher um pouco da Magia que tens dentro de ti. Obrigada Aladino. A tua Jasmim.
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Data: 29-12-2023
De: Brüno Ferreira
Assunto: Re:MAGIA
Bravo Jasmim. Muito lindo defenderem assim o teu Aladino? Fica a minha dúvida... Se é o teu Aladino porque não casaste com ele. Podiam voar mundo fora... Naquela coisa... E Serem Felizes para Sempre.
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Data: 29-12-2023
De: JASMIM (Vera Marques)
Assunto: Re:Re:MAGIA
Bom, creio que és o Bruno, filho do escritor Aloisio Ferreira Casa. Não casei com o teu pai porque não sou, nem nunca fui. Nunca seria a esposa dele. Sou a esposa do Rui. Do meu Rui, enquanto marido. Quanto ao Aladino, sou a sua Jasmim. A Jasmim da história. Creio que tens capacidade de entender o que te disse aqui. São coisas diferentes. E quem te disse que não somos felizes? Eu e o meu esposo Rui. Eu a Jasmim e o meu Aladino. O escritor Aloisio e a sua esposa. Meu caro Bruno, tormentas sempre teremos de enfrentar. Mas podes crer que somos todos felizes, pois temos a Magia dentro de nós. Temos Jesus dentro de nós. E tu? És feliz? Tens Jesus dentro de ti? Experimenta chamar Jesus para fazer parte da tua vida. Te doa para Jesus e verás como serás completamente feliz, independente das tempestades que tiveres de enfrentar. A JASMIM
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Data: 14-12-2023
De: VERA MARQUES SILVA (a Jasmim)
Assunto: Carta de uma Assistente de Bordo (Hospedeira) para o Daniel
Li mais este livro Renascida. Emocionante. Mais emocionante, contudo, é o testemunho do Daniel, o filho do escritor. E é para o filho do escritor que eu escrevo estas linhas. Bem pode se orgulhar do pai que tem. Conheci o seu pai quando ele trabalhou no Projeto Para Ti Se Não Faltares. Seu pai me marcou e tenho profunda admiração por ele. Faz hoje 15 anos que partimos rumo a Paris. Sou Assistente de Bordo, (hospedeira). Seu pai foi o responsável por levar 182 crianças à Eurodisney de Paris, crianças desfavorecidas, de famílias muito carentes, a maior parte delas, muitas vezes passando fome. Nenhuma delas tinha qualquer hipótese de ir ao Natal da Disney. Eu estava de folga e prescendi dela para participar no programa. Os pilotos também. E estávamos todos vestidos a caráter, representando figuras Disney. Sei pai vestido de Aladino. Eu de Princesa Jasmim. O Arquiteto Paulo, infelizmente já não estando entre nós, de Génio da Lâmpada. O programa foi destinado a crianças de menores recursos económicos e que tivessem bom comportamento escolar e aproveitamento regular. Hoje assistimos a descazos e mais descazos, tráfico de influências e corrupção. O caso das gémeas é mais um triste exemplo. Ninguém duvida que houve favorecimento. Pois bem, não sou parva, muito menos cega. Na altura bem vi algumas movimentações de gente que tem a mania que é importante. E fiquei bem atenta, vigilante. Pronta a desmascarar alguma trafulhice. Seu pai trabalhava nos comboios, um trabalho duro, estressante. É claro que ninguém lhe terá oferecido malas com dinheiro, como agora está na moda. Pelo menos que eu saiba. Mas houve muitos paizinhos, ricos, empresários que tudo fizeram para que seu pai, este escritor fechasse os olhos, passasse para trás algumas crianças com direito ao programa, levando os filhinhos desses empresários no lugar dessas crianças. Sei, vi, e tenho provas caso seja necessário, um dia, que um empresário de uma das firmas mais importantes de Portugal, uma das famílias do o Jet set. Oferecer a seu paizinho lugar importantíssimo na Administração dessa empresa onde iria ganhar doze vezes mais do que ganhava nos comboios e com uma cláusula onde garantiam o contrato com dez anos de duração, ressalvando que caso fosse denunciado antes por parte da empresa, seu pai seria indemnizado garantindo dez anos de salários. Confesso que seria tentador. Eu teria intervindo e não estava disposta a patctuar com injustiças, mas até hoje tenho gravadas as palavras de seu pai para o empresário em questão. O senhor pode levar o seu filho as vezes que quiser à Eurodisney. As crianças selecionadas não têm essa hipótese e se esforçaram para garantirem o lugar, estudando, tendo bom comportamento na escola. A decisão é minha e não as vou trair. Vou esquecer esta conversa pois se o não esquecesse teria de denunciar o caso e a sua tentativa às autoridades. Vamos encerrar a conversa aqui. O empresário engoliu em seco e seu pai ganhou Nesse dia alguns inimigos. E Nesse dia testemunhei o grande caráter de seu pai. Ele poderia também ter levado-o a si e ao seu irmão. Mas nem os filhos levou, respeitando as crianças beneficiárias por direito. Nunca mais me encontrei com seu pai, mas tenho muito orgulho em ter sido a sua Jasmim naquela ida à Eurodisney. As crianças que foram hoje são adultas, mas tenho a certeza que nunca esqueceram esses 4 dias, nem esquecerão mais. Por isso Daniel, pode se orgulhar de seu pai. Homem de caráter que tem o doce e tranquilo prazer de uma consciência limpa.
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Data: 10-11-2023
De: Ana Maria Bernardes dos Santos - Lisboa
Assunto: LUSOFOBIA
Caro escritor e Capelão, tomo a liberdade de publicar aqui este meu desabafo, pois sei de suas ligações ao Brasil, a começar pela sua atual esposa. Eu própria tenho as mesmas ligações, com um cunhado brasileiro. Fomos vizinhos, sempre tive muito apreço e admiração por seu paizinho e por sua mãezinha. Fui mesmo cliente dela, uma grande modista. Infelizmente já não estão entre nós. Nada tenho contra os brasileiros, muito pelo contrário e podia falar... Afinal a nossa vida, minha e do meu esposo se complicou muito por causa de um brasileiro. A família de meu esposo pediu, implorou, que passássemos uma Carta Convite que era mais que isso, um autêntico Termo de Responsabilidade. Para um jovem, sobrinho do meu cunhado. Nunca o deviamos ter feito, mas fizemos. Acreditava eu que temos obrigação de ser solidários. Ajudar. Em especial, sendo família. Qualquer um que sintonize a TV num canal brasileiro, Record vê oquê? Assaltos, Crimes, Violência. O dia inteiro. Então, de certa forma o que A TV brasileira passa cá, para os portugueses, é essa realidade. Não são os portugueses que passam essa imagem de criminosos, bandidos. No entanto, nem por isso eu caio no ridículo de dizer que os brasileiros são todos bandidos. Não são. E também reconheço que por cá, também temos portugueses que andam fora da lei. O jovem a quem passámos a Carta era bandido? Não. Apenas procurava uma oportunidade para ter uma vida melhor. Enfrentou dificuldades, sujeitou-se a empregos onde ganhava menos do que a lei ditava e sem quaisquer direitos trabalhistas. O jovem trabalhava num restaurante da Baixa de Lisboa. Não se meteu em conflitos, não frequentava noites ou casas noturnas. Mas o dinheiro não abundava. Noutros tempos, do meu paizinho e do seu, ia-se a pé para o trabalho e voltava-se a pé para casa. E perante distâncias maiores. Os jovens de agora não se sujeitam a isso. Um dia fomos surpreendidos pela chegada da notificação do tribunal. O jovem tinha sido apanhado no metro sem bilhete. Foram mais de 8 multas por esse motivo e como responsável e emissor da Carta Convite, meu esposo está obrigado a pagar. A conta já vai em 3.856,83 euros. Falamos com o jovem e a família e a resposta foi "se calhar queria que ele fosse a pé". Meu marido de imediato notificou o SEF agora extinto, informando que o jovem estivera em nossa casa, mas mudara e segundo sabíamos tinha pedido a Manifestação de Interesse, nada mais tendo a ver com ele. Mesmo assim, ainda temos 1.638,94 euros que nos exigem o pagamento, referente às autuações anteriores à data da Manifestação de Interesse. Nunca dissemos nada, temos procurado resolver a questão, mas agora, perante um vídeo que circula na internet em que supostamente uma portuguesa é acusada de Xenofobia contra uma brasileira e um alto dirigente do Governo Brasileiro resolveu vir publicamente destilar a sua arcaica lusofonia contra Portugal e os portugueses não me contive. Não posso julgar o caso, pois não sei o que se passou. Quem tem razão? A portuguesa ou a brasileira? Se a brasileira se sentiu lesada, devia respeitar o país onde vive e que a acolheu e recorrer às autoridades portuguesas, eventualmente, aos tribunais portugueses. O tal membro do governo brasileiro não manda aqui nada. Eu não vou me meter na jurisdição brasileira, não se metam na nossa. Lusofonia? Sim, há lusofobia no Brasil. Não é nada de novo para quem navega na net mas vamos tentar perceber de onde ela vem: Antes demais convém referir o legado cultural que deixámos de desresponsabilização. Tal como em Portugal a culpa é da crise, no Brasil a culpa é do colonizador. Uma das teorias que pode pelo menos explicar o ódio irracional de muitos Brasileiros a Portugal é o seu actual regime. O regime republicano no Brasil (tal como em Portugal), como todos os regimes, é sempre um pouco revisionista daquele que o precede. No caso brasileiro, a monarquia dos Bragança. Assim se explica por exemplo que os manuais de história brasileiros ignorem para além do essencial, o período português da história do Brasil e que por outro lado contenham barbaridades sobre Portugal nas raras ocasiões em que o referem. Acusam-nos de sermos xenófobos... Mas é precisamente o contrário. Enfim a ignorância... "ABUNDA" nos brasileiros. O que é facto também, é os brasileiros terem um ódio visceral por Portugal, mas o que é certo é que cada vez mais este "cantinho do céu" está cheio de brasileiros e cada vez virão mais, mesmo com esse ódio todo, aproveitam para ter acesso à cidadania portuguesa, logo europeia, e já vi tanta coisa no YouTube de brasileiros que vieram para cá, e põem-se a "vender" Portugal com a maior das latas e desrespeito por nós e por este país. Não consigo perceber como é que as nossas autoridades não vêem esta pouca vergonha, que não vê só quem não quer. Peço desculpa pela extensão do meu desabafo ou de algum erro ortográfico... Afinal sou apenas uma simples professora primária. E tenho muitos alunos brasileiros a quem trato, exatamente da mesma forma que trato os portugueses, até porque não julgo o povo brasileiro pela mesma medida desses lusofóbicos. E já ajudei muito brasileiro, famílias enganadas por seus compatriotas que vendem Portugal como se fosse propriedade sua e pretendem nos impor sua cultura, seus hábitos e, pior, o seu jeitinho brasileiro enchendo os bolsos à custa dessas famílias que enganadas se vêem sem recursos, por vezes, até para voltar à sua pátria. Assim também se explica todo o paradigma de modernidade que viu a arquitectura de tradição colonial portuguesa ser substituida por betão e minimalismo e deixar monumentos históricos ao abandono. Lá pelo Brasil. Talvez também daqui se explique o porquê de haver tantas correntes dentro do Brasil que defendam a separação do Português enquanto lingua oficial do Brasil. Um outro é a rivalidade de legados. No Brasil, os italo-descendentes e os germanico-descendentes fazem questão em deturpar e secundarizar os feitos dos Portugueses. Por exemplo, as novelas falam dos grandes épicos da imigração italiana mas quando é produzida uma com o título "caminho das índias", Portugueses e história de Portugal nem vê-la. Assim a mentalidade leva a que alguns Brasileiros culpem o ex-colonizador, a educação republicanista faz com que o preconceito perdure e a rivalidade étnica propaga o sentimento. Termino deixando uma sugestão para si, investigue, pesquise e escreva um livro sobre essa lusofonia. Quanto ao ministro brasileiro, será melhor cuidar da violência, do crime organizado que subjuga o povo brasileiro, aprenda um pouco de história e não meta foice em seara alheia que lhe fica tão mal. Ah! E a todos deixo um conselho, Cartas Convite não passem para ninguém e se tiverem passado alguma, dêem baixa e desliguem-se da responsabilidade. Curioso, o SEF levava meses, anos, a atender os pedidos de Manifestação de Interesse, mas quando meu esposo se desligou da carta passada ao jovem, rapidamente o chamaram, não para resolver a situação, mas para solicitar comprovativo de ter meios de subsistência para se manter e como o ordenado dele foi considerado insuficiente, mandaram-no de volta ao Brasil e eu e meu marido ganhamos no meu cunhado e família mais uns inimigos. Tudo porque o menino não podia ir a pé, do bairro Lopes para a baixa de Lisboa e achou que tinha o direito de andar nos transportes públicos sem pagar... O tal jeitinho brasileiro que por cá não pega...
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Data: 15-10-2023
De: DANIEL SANTOS - Estrasburgo
Assunto: Não Encontrei Deus lá em cima... Terei encontrado agora?
Meu pai sabe que nunca fui de ler. Nunca li nenhum livro dele, porque não leio. Reconheço que gosto de ser independente e já é hora de assumir a gestão de minha vida. Não sou a favor de uns, nem de outros. Nem quero discutir religião. Em criança, na catequese, em casa, sempre me diziam que Deus está lá em cima? Na primeira vez que andei de avião, fui lá acima e não o vi. Nunca me deram uma explicação lógica ou plausível. Meus pais acabaram se separando. Minha mãe dizia cobras e lagartos de meu pai. Meus avós diziam cobras e lagartos de minha mãe. Já a meu pai, nunca ouvi uma palavra sequer sobre minha mãe, nunca disse mal dela na minha frente. Nos últimos meses a minha vida deu uma volta de 360⁰. Precisei fazer uma prova a nível profissional que exigia conhecer bem a região de Mafra e Ericeira, a história, as lendas e os monumentos. Minha prima conhece bem a região, mas não estava disponível, nem ela, nem muitos outros. Todos me bateram com a porta na cara. Todos, menos o meu pai. Ele hoje tem outra família. Outra esposa. Mas passou 2 dias comigo, me ajudando na prova e ajudando muito. Não sei nada dessa esposa atual. Só a vi uma vez, ainda meus avós eram vivos, em casa deles. Mas como meu pai disse que ela foi a primeira a incentiva-lo a vir a Ericeira me ajudar, se eu precisava do pai, ele tinha de apoiar. E se meu pai o disse é porque foi assim. Meu pai, tal como meu avô era, A palavra deles é segura e não mentem. Pela fiabilidade da sua palavra, meu avô era referenciado por todos, vizinhos, família, meio profissional e o mesmo sucede com meu pai. Atitude bem diferente de outros familiares, bem mais próximos que me bateram com a porta na cara. Consegui realizar a prova e obter o Certificado do curso, sendo grato a meu pai por isso, e à compreensão da sua esposa. No entanto, o apoio de meu pai surgiu acompanhado de uma grande surpresa. Vida está difícil. Nenhum jovem tem capacidade de conseguir alugar um apartamento, por mais minúsculo que seja, sozinho. E como disse, preservou a minha independência. A alternativa foi alugar um quarto. Na Ericeira. Inacreditável, minha senhoria, tinha se cruzado com meu pai, 18 anos antes, no dia do seu 20⁰ aniversário, numa noite em que se vendo traída pelo seu noivo, com casamento marcado, com a sua melhor amiga, ela entrou nas instalações dos comboios, Alcântara, para se suicidar. Jamais imaginava como era difícil a profissão de meu pai, ter de lidar até com situações de suicídio, tendo de demover seus autores de as concretizar. ????? Mas como era possível? 18 anos depois, ela era minha senhoria e reencontrava meu pai, que não se limitou a convencê-la a não cometer o suicídio, como pagou um táxi para levá-la a casa. Como era possível??? As voltas que o mundo dá? Para meu pai foi apenas mais uma noite de trabalho, esqueceu, mas para a jovem, minha senhoria foi um marco, ela nunca esqueceu as palavras de meu pai que acompanharam ao longo de todos esses 18 anos. Por diversas vezes quis ir a Alcântara pagar o táxi. Mas nunca foi. Meu pai falou naquela noite de Deus, do trigo e do joio, Jesus. Palavras que caíram fundo no coração dela e, segundo ela, a conduziram, guiaram nos 18 Anos decorridos sobre essa noite. Sinceramente, nesse campo da religião, como disse, não me convenceu. Se já era complicado perceber as voltas que a vida dá e esse reencontro com meu pai, 18 anos depois, da minha senhoria, mais inacreditável seria o que se passou depois... Essa jovem enfrentou uma grande depressão, demorou, mas acabou reagindo, se formou em Direito, tirou a licenciatura, depois o mestrado e finalmente o doutoramento. E estava a meio de um processo seletivo, concorrendo a importante cargo, chefiando um Gabinete na Sede do Parlamento Europeu, em Estrasburgo. Mais inacreditável, ela ter direito a motorista e tendo o direito de opção, apresentou a minha candidatura e acabei sendo contratado, como motorista, no caso dela, pelo Parlamento Europeu. E aqui, há mês e meio, quer a nível profissional, quer particular, tem sido muito gratificante e algo com que nunca me atrevera sequer a sonhar. E todos têm demonstrado admiração e acima de tudo, satisfação e confiança no meu desempenho profissional. Lá está, ela e meu pai dizem que é o Agir de Deus. Eu refleti se não será a Lei da Semeadura ou do Retorno? Prática o bem e ele, um dia retornará para ti. O contrário é igualmente verdade, se praticares o mal, ele retornará para te atingir. Ou... Quem sabe? Meu pai e a minha, agora chefe, têm razão e será Deus? Estou meditando. Como disse, fui lá acima, na minha primeira viagem de Avião e não encontrei Deus, mas talvez o tenha encontrado agora. Naquela noite de serviço de meu pai nos comboios, na formação da jovem, neste novo emprego. Não gosto de falar, muito menos comentar, simplesmente sigo a minha vida. Apenas dei agora este testemunho porque alguém na família comentou que meu pai tinha conseguido me afastar para longe. Não afastou. Acredito que sem querer, naquela noite, ao convencer a jovem a não cometer suicídio, lhe terá aberto uma porta que proporcionou agora que outras se abrissem e uma delas, para mim, a porta deste meu novo emprego. Nem sequer sei se é justo? Afinal a dívida da jovem era para com meu pai e acabou a pagando para mim? Mas sou grato a meu pai pelo seu zelo profissional naquela noite que me abriu agora esta porta.
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Data: 04-11-2023
De: FERNANDO MANUEL SILVA ROCHA
Assunto: Re:Não Encontrei Deus lá em cima... Terei encontrado agora?
UM HOMEM DE FAMÍLIA
A vida é tão fértil em nos surpreender que por vezes ficamos atordoados com alguns episódios que ela nos reserva. Hoje, com os meus 65 anos, recordo os bons tempos do Gil Vicente. Recordo o Paulo, o Branquinho, o Vicente e; é claro, este escritor. Fomos colegas de turma na década de 70 e eramos muito unidos. Recordo que concluído o Curso Liceal, o Paulo seguiu para o ISEL, onde acabaria por tirar o seu curso de Arquitetura. O Branquinho seguiu o seu curso superior no Instituto Superior Técnico, Engenharia. Já o Vicente, optou pelas Ciências da Comunicação. Eu formei-me em História e Literatura, na Faculdade de Letras, Universidade de Lisboa. Ao concluir o liceu, lamento até hoje aquela inútil discussão que tive com este amigo. Sabia do seu sonho, ou, pelo menos, desejo de cursar medicina. Nós o desafiámos a seguir para o Conservatório, onde ele certamente se teria formado e tornado um grande artista e teatrólogo. A dado momento, sentimos que estava indeciso, entre os dois caminhos a seguir. Ele era a alma do nosso grupo de teatro, O GAJA. Pois bem, nem medicina, nem Conservatório. O pai adoeceu com uma úlcera no estômago, Não sei bem como era, mas o pai era vendedor, não lembro bem o que vendia, mas parece que apenas recebia uma percentagem sobre o valor das vendas, Ora no hospital, não vendia nada, também não ganhava. Este meu amigo era muito ligado ao pai, o acompanhava nos tempos livres, conhecia os clientes e acabou não prosseguindo os estudos. Não sei? Ele disse que o pai não pediu, nem queria, foi decisão sua. Foi ele fazer a visita aos clientes e garantir o ordenado do pai. Para nós era inaceitável. Sentimos que estava a hipotecar o seu futuro. Qual o pai que permitia que o filho arruinasse o seu futuro, abdicando da sua formação, para ir fazer o trabalho do pai? Acabámos discutindo e ele deixou de me falar, pois disse algumas coisas sobre o pai que nunca devia ter dito. Sabia como ele reverenciava o pai, mas aquilo era demais. Ele acabou me dizendo: “Não admito a ninguém falar mal do meu pai. Desde que nasci, aprendi com ele a importância da família, de proteger a família. Cuidar de nós, uns dos outros. E com minha mãe aprendi o mesmo. Minha mãe também não continuou os estudos, ficou pela quarta classe e era uma aluna brilhante, também podia se ter formado, mas necessitou trabalhar para garantir o bem estar da família. Hoje é uma excelente modista. Nas vossas famílias não sei, mas na minha é assim. Meu pai não queria, mas eu tenho a obrigação de o fazer. Ele não pode porque está doente. Nunca teve preguiça. Chegou a se levantar de madrugada para atender a chamada do patrão. Não me deixou faltar nada. Agora é a minha vez de contribuir”. Desde esse dia, já lá vão mais de 43 anos, nunca mais nos falamos. Eu acabei emigrando para a Alemanha. Não voltei a ouvir falar deste amigo e antigo colega. Qual não é o meu espanto, quando agora, estando de volta a Portugal, falando com um amigo comum, do nosso glorioso Sport Lisboa e Benfica, Carlos Andrade, ele me conta que este antigo colega e amigo, tinha andado por fora, Paris, chegou a ser empregado na Papelaria Ferros, empregado do Carlos Andrade, ou antes do pai dele, o SR Alves que era o dono da papelaria. Casou, se divorciou, voltou a emigrar para o Brasil, casou de novo e se tornou escritor. Não resisti a dar uma olhada nesta página e este testemunho do filho me emocionou. Afinal eu estava errado. Devo um pedido de desculpas ao meu amigo que sempre foi um HOMEM DE FAMÍLIA, colocando a família em primeiro lugar. Um exemplo.
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Data: 04-11-2023
De: DANIEL SANTOS - Estrasburgo
Assunto: Re:Re:Não Encontrei Deus lá em cima... Terei encontrado agora?
Tem toda a razão meu Senhor! MEU PAI É UM EXEMPLO E MEU AVÒ TAMBÉM ERA. É UM ORGULHO SER SEU FILHO/NETO.
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Data: 22-09-2023
De: TÂNIA FLÁVIA LAGRIMINHA FURTADO
Assunto: UMA SOLUÇÃO
Este livro do escritor Aloisio Ferreira, RENASCIDA, É mais um no seguimento dos anteriores. Nestes tempos, nova atividade profissional, tempo muito ocupado, fui forçada a reduzir a velocidade de leitura, demorando um pouco mais, mas concluí, com muita emoção a leitura desta história da Talita que é a minha própria história. Excelente livro- E ainda por cima, desde já me resolveu algo que não sendo um problema, todos os anos me ocupa algum tempo e muitas indecisões. Aproxima-se o Natal. Prendas é problema resolvido, já recebi a minha encomenda da FNAC, livros RENASCIDA PARA TODOS AMIGOS, FAMILIARES, COLEGAS MAIS CHEGADOS DE TRABALHO E SUPERIORES COMO PRENDA DE NATAL. E podem estar certos de que ficarão a ganhar.
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Data: 04-07-2023
De: Tânia Flávia Lagriminha Fortunato
Assunto: TIVE DE FAZER UMA PAUSA
Baixei este livro no Kindle porque queria conhecer melhor este escritor. Ponderei muito antes de dar este testemunho, um ato de gratidão, mais que justificado que apenas peca por tardio. Confesso que estou muito emocionada, não consegui conter as lágrimas, perante o pedido de perdão da Vovó, para a mãe do autor. Não sei nada, muito menos sei o que quer que seja sobre comboios, para além do verificar horários, comprar bilhete e viajar neles. Sou temente a Deus, católica apostólica e não perco a missa dominical aqui na igreja da Ericeira. É claro que os tempos são difíceis, a inflação não para de subir. Como dizem os políticos são os tempos das vacas magras. No dia 30 de maio completei 38 anos de idade. Consegui a minha licenciatura em Direito e trabalho na Mafrense, Empresa de viação cujos autocarros, entre muitos outros destinos, levam os passageiros da Ericeira até Lisboa, como jurista, ou seja, prestando aconselhamento jurídico para a empresa. Foi nesta empresa que conheci o meu marido, motorista na empresa. Temos uma filha com 4 anos. Se chorei e me emocionei com o pedido de perdão da Vovó, muito mais me emocionei e tive mesmo de fazer uma pausa na leitura com a passagem em que a mãe deste escritor caminha angustiada, dilacerada, para fazer um aborto que não queria fazer, perante as carrascas, a Vovó e a madrinha. Deus, o Deus grandioso não permitiu que ela fizesse esse aborto. OBRIGADA MEU DEUS! A minha emoção, perante esse episódio que só agora, ao ler o livro, tomei conhecimento, se deve à minha própria existência… Nesse dia Deus não mudou apenas a história deste escritor, da sua mãe, da Vovó. Não foi apenas o papai que viu nascer o seu filho homem, tão desejado, o companheiro dos seus sonhos. O grande Deus é incrível… Eu, não era sequer projeto de vida, meus pais não existiam ainda, como poderia eu ser nascida. Foi preciso esperar 26 anos para eu nascer. Meu pai nasceria 2 anos depois e minha mãe, 5, do dia em que o escritor nasceu. Mudou nesse dia, secretamente, apenas Deus sendo conhecedor, minha vida, minha história ainda virgem de episódios, mudou. Há momentos em que sentimos que a nossa vida é um infindável novelo de problemas, a tal ponto que é um fim… O beco sem saída. Surge um, depois outro, segue-se um terceiro e um quarto problema, todos insolúveis e continuam a surgir cada vez mais. Nunca pude esquecer o dia 30 de maio de 2005, o dia em que completei 20 anos de idade, um dia que deveria ser dos mais felizes da nossa vida, com uma festa numa das Discotecas Top de Alcântara, com o meu noivo, praticamente com o casamento marcado, com as minhas colegas da Universidade Católica e as amigas mais chegadas, entre elas, aquela que era a minha melhor amiga. Crescemos juntas, nossas famílias moravam no mesmo prédio no Cacém, inseparáveis, sempre juntas, confidentes e parceiras nas festas, idas à praia, viagens. Eramos unha com carne. Pouco depois de entramos na discoteca, minha amiga disse que ia à casa de banho… Entretanto, meu noivo disse que tinha de ir ao carro, esquecera a carteira. O carro estava estacionado junto à Estação de Alcântara Terra. O tempo passava e nem minha amiga regressara da casa de banho, nem meu noivo depois de ir buscar a carteira. Não desconfiei de nada. Creio que era mesmo ingénua… Acabei pensando que algo sucedera com o meu noivo e nem estava preocupada com a minha amiga. Resolvi ir ver, onde o carro estava estacionado, preocupada. Quando lá cheguei o mundo desabou em cima de mim. O meu noivo estava no carro, com a minha amiga, fazendo sexo. Corri dali para fora, era o meu fim de linha, acabei indo até à Estação dos comboios, caminhei ao longo da gare e depois ao longo da linha, havia um caminho que dava acesso à parte de cima do túnel de Alcântara, era ingreme e perigoso, mas acabei subindo por ele e na parte de cima do túnel, uma faixa muito estreitinha de terra, pareceu-me o local ideal. Era só esperar um comboio e me lançar lá do alto. Não queria viver mais, e seria a forma de me vingar deles, ficariam cheios de remorsos, remorsos para toda a vida por terem sido responsáveis pela minha morte, suicídio. Acima de tudo minha amiga que me traíra com o meu noivo. Só pensava no próximo comboio, mas eram cerca de três horas da madrugada e o 1º comboio só saía da Estação pelas 5 horas e 35 minutos. De repente um dos funcionários dos comboios, não sei como me detetou ali, chegou junto de mim. Soube depois que era o Chefe da Segurança da Estação. Ele esteve ali, falando comigo, por mais de 3 horas, num local de equilíbrio difícil. Eu queria morrer, me atirar, mas aquele local era perigoso e mesmo quem estava decidido a viver corria o risco de ao menor descuido, cair na linha. Passaram pelo menos 3 comboios. Eu só me lembrava dos comboios de passageiros, mas havia também os de mercadorias. Do que esse funcionário me foi dizendo, guardei as palavras duras me acordando… Quais remorsos? Nem minha amiga. Nem meu noivo teriam quaisquer remorsos… Seguiriam a sua vida e eu desistia da minha por quem não me merecia. Se me traiam, não me mereciam. Aos 20 anos a vida teria muito para me dar… Muito e muito melhor. Acabei aceitando a mão dele, quase caímos, mas ele conseguiu me levar até à Estação. Deu-me um café no bar da Estação… Será que isso faz parte do treino deles? Não sei. Mas de certeza que nenhum treino, nenhum profissional teria como obrigação fazer o que esse Chefe da Segurança fez. Convenceu-me a lhe dar a minha morada. Nessa altura morava com os meus pais, como é natural.. Chamou um taxista dos que ficavam na Estação e deu-lhe a minha morada e pediu para me levar a casa e só regressar quando meus pais abrissem a porta e tivesse a certeza que eu chegara e disse para o taxista que pagava o serviço. O Cacém fica a cerca de 23Km da Estação. Não sei quanto custou o táxi. Então eu soube nesse dia que problemas todos temos, e grande parte deles, sem solução à vista. É algo que acontece e perante tantas preocupações temos de ser gigantes para conseguir resolver e ultrapassar tudo. Afinal não seria o meu fim de linha, porque um funcionário dos comboios, mesmo arriscando a vida, podendo cair, foi até onde eu estava e perdeu umas horas comigo que não lhe era nada. Ainda pagara do seu bolso um táxi para garantir que eu chegava a casa em segurança. E falou-me de Deus, de Jesus… Afinal, meu noivo que nunca mais vi, nem voltei a falar com ele, minha ex-amiga, a sua traição, não valiam nada. Alguém se preocupara comigo e me apoiara, mesmo não me conhecendo. E essa boa alma me lembrara que Jesus deu a sua vida por todos nós, para nossa salvação. Muitas vezes quis ir a Alcântara, procurar esse funcionário, pagar o táxi, mas por uma coisa, ou outra, acabei não indo e nunca soube mais nada dele. Mas não esqueci. Eu nunca paguei essa dívida, mas ao ler este livro, no caso, outro episódio em que o escritor narra que o filho caiu da bicicleta e um misterioso homem, ou anjo? Anjo homem? Homem anjo? Que importa? Na minha interpretação, aqueles que não creem em Deus dirão que é a Lei do Retorno. Mas eu entendo que Deus providenciou o socorro do filho deste escritor, porque ele, muitos anos antes, tinha providenciado o meu. Lei do Retorno, Sim! Do retorno divino. Não sei o que Deus pretende agora? 18 anos passados sobre esse dia, como a vida está difícil, embora tendo herdado a casa de meus sogros, acabámos tendo de alugar um dos quartos de nossa casa, a um jovem. Bom rapaz, introspetivo, muito educado, mas tímido, nunca falando de sua família, o que naturalmente respeitamos. Só sabíamos que era motorista por aplicativo, da Uber e da Bolt. Há poucos dias, contudo, casualmente, comentou sobre o pai, contando que era escritor, passara mais de 10 anos no Brasil, regressando há dois anos. E revelando que antes, trabalhara 25 anos nos comboios. Fiquei curiosa e procurei saber mais. Fora Chefe de Segurança em Alcântara. Saltei do sofá onde estava sentada. Não era possível? Meu Deus! Seria o meu jovem inquilino filho daquele funcionário? Seria o mesmo Chefe de Segurança que me fizera desistir de tirar a minha vida naquele dia. Claro que não! Era impossível! Só podia ser mera coincidência. Mas deixou-me com a pulga atrás da orelha, insisti e quis saber mais. Afinal era mesmo o Chefe de Segurança. Não sei que volta Deus está dando ao voltar a colocar no meu caminho essa boa alma. Sei que os problemas sempre nos acompanham, inultrapassáveis, mas não nos podemos esquecer da formiga que avalia uma gota de água como se fosse um tsunami. Tudo depende do ponto de vista. Temos de ter coragem, sermos guerreiros, para nos tornarmos gigantes. Quando o problema parece imenso, temos de nos afastar dele, porque ao ficar cada vez mais longe ele vai ficando cada vez mais pequeno. Minha amiga e meu noivo foram ficando tão pequenos que hoje não são nada. Nunca mais soube deles, nem quero saber. Casei, sou feliz, tenho uma filha e uma vida. Se o problema habitar na nossa cabeça, temos de manter o foco na solução. Quando a solução parece impossível, temos de procurar alternativas, quando as alternativas não surgem, vamos procurar fora da caixa, sermos criativos e irmos mais além daquilo que é óbvio e acima de tudo, como este escritor diz neste livro, temos de chamar Jesus para a nossa vida. Se um visionário contempla uma saída sem êxito, tenhamos Jesus para resolver o problema. Se perfeccionistas analisamos as diferentes perspetivas, sem limites e nada de achar a solução, em Jesus a encontraremos. Se estrategas definimos a nossa estratégia acreditando que chegaremos à solução, mas ela não surge, temos Jesus para a garantir. Podemos ser conquistadores, apoderarmo-nos de nossas vidas com determinação, mas só nos agigantaremos definitivamente, só tornaremos os problemas tão pequenos e insignificantes que não nos poderão atingir, tendo Jesus connosco. Meu Deus, mas ao ler este livro e tomar conhecimento dos planos da Vovó e da madrinha em relação ao aborto, tenho de dar graças a Deus. Se este escritor não tivesse nascido, afinal, eu, provavelmente não estaria viva hoje. Teria me atirado para debaixo do comboio naquele dia. Neste livro aprendi mais uma lição. Não importa o tamanho do problema. Solus Christ! É a solução. Jesus é a solução.
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Data: 04-07-2023
De: Serafim Dionísio Fernandes
Assunto: Re:TIVE DE FAZER UMA PAUSA
Deus! Jesus! Jesus! Deus! Tudo muito lindo, mas também muito utópico. Este escritor foi meu colega em Alcântara, antes de endoidecer por completo e abalar até ao Brasil, de onde acabou por voltar, com o rabiosque entre as ditas cujas (perninha). Mas já era doido. E todos comentávamos, mesmo dizendo-lhe: "olha lá bom samaritano, eu também sou filho de Deus. Passa aí umas notas da tua carteira para a minha". Era Chefe de Segurança, mas talvez o fanatismo em torno dessa utopia chamada Deus, o fazia confundir a profissão com Abono de família dos desvalidos. A menina escolheu o caminho errado, suicídio. Minha cara, foi traída, responda à letra, traia 20 vezes com os primeiros que lhe apareçam na frente. Mas o amigo, agora escritor, abono de família dos desvalidos até lhe pagou o táxi. Uma criança apanhou o comboio errado, não parou na estação onde devia ter saído e veio parar a Alcântara, sem dinheiro e o passe não dando, precisando de ir para a escola, lá estava o nosso Abono de Família dos desvalidos a pagar o bilhete da criança para que ela pudesse ir para a escola. E muitos outros casos nós assistimos. Quem tem que resolver os problemas sociais são os governos, as assistentes sociais. Não nos cabe a nós resolver os problemas do mundo. O que o nosso Abono de Família ganhou com essa doideira? Minha menina, se se limitasse a fazer o seu serviço, às obrigações profissionais, e guardasse o dinheiro dessa utópica solidariedade, hoje teria um bom pecúlio. Agora me venham com essas histórias de que quem dá aos desvalidos empresta a Deus. Quando Deus irá devolver o dinheiro do táxi da menina, do bilhete da criança, e por aí fora, ao meu amigo. Se Deus não passasse de uma utopia, eu teria de dizer que era um grande caloteiro. Ah! E essa outra dica... o meu amigo Abono dos Desvalidos, está ajuntando tesouros no céu. Para quê? Em que banco celestial? Quando partimos c'est finish. Acabou. E os tesouros do céu ficam para quem? Pois é, meu querido colega, amigo, Abono de Família dos Desvalidos só desperdiçou dinheiro que era seu, por direito, pelo esforço do seu trabalho e hoje, não ganhou nada. Não sei como vive, que dificuldades passa, mas os tempos estão difíceis e só espero que não seja ele a precisar de apoio... irá descobrir uma triste realidade. Todos lhe vão virar as costas e dizer "desenrasque-se"... Não é problema nosso ... E os tesouros acumulados no céu não passam de utopia, não lhe valerão de nada.
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Data: 05-07-2023
De: Maria de Fátima Carmona Travancinha Leal Gil
Assunto: Re:Re:TIVE DE FAZER UMA PAUSA
Meu caro Serafim és a vergonha dos Ferroviários. Falas mas não passas de um burro falante. Ao contrário de ti que estás suspenso com processo disciplinar em curso por ilícitos cometidos, o escritor quando deixou Alcântara para ir para o Brasil saiu com ficha limpa, imaculada. Muitos não gostavam dele pelo seu rigor mas era o primeiro a cumprir para tormento de todos que desesperavam por apsnha-lo em falta. Nunca apanharam. Foi um exemplo para todos, fez a diferença, juntando o humanismo ao seu ilibado profissionalismo. Este testemunho é a prova disso. E um valioso tesouro que está muito além da tua capacidade de compreender.
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Data: 04-07-2023
De: Serafim Dionísio Fernandes
Assunto: Re:TIVE DE FAZER UMA PAUSA
Deus! Jesus! Jesus! Deus! Tudo muito lindo, mas também muito utópico. Este escritor foi meu colega em Alcântara, antes de endoidecer por completo e abalar até ao Brasil, de onde acabou por voltar, com o rabiosque entre as ditas cujas (perninha). Mas já era doido. E todos comentávamos, mesmo dizendo-lhe: "olha lá bom samaritano, eu também sou filho de Deus. Passa aí umas notas da tua carteira para a minha". Era Chefe de Segurança, mas talvez o fanatismo em torno dessa utopia chamada Deus, o fazia confundir a profissão com Abono de família dos desvalidos. A menina escolheu o caminho errado, suicídio. Minha cara, foi traída, responda à letra, traia 20 vezes com os primeiros que lhe apareçam na frente. Mas o amigo, agora escritor, abono de família dos desvalidos até lhe pagou o táxi. Uma criança apanhou o comboio errado, não parou na estação onde devia ter saído e veio parar a Alcântara, sem dinheiro e o passe não dando, precisando de ir para a escola, lá estava o nosso Abono de Família dos desvalidos a pagar o bilhete da criança para que ela pudesse ir para a escola. E muitos outros casos nós assistimos. Quem tem que resolver os problemas sociais são os governos, as assistentes sociais. Não nos cabe a nós resolver os problemas do mundo. O que o nosso Abono de Família ganhou com essa doideira? Minha menina, se se limitasse a fazer o seu serviço, às obrigações profissionais, e guardasse o dinheiro dessa utópica solidariedade, hoje teria um bom pecúlio. Agora me venham com essas histórias de que quem dá aos desvalidos empresta a Deus. Quando Deus irá devolver o dinheiro do táxi da menina, do bilhete da criança, e por aí fora, ao meu amigo. Se Deus não passasse de uma utopia, eu teria de dizer que era um grande caloteiro. Ah! E essa outra dica... o meu amigo Abono dos Desvalidos, está ajuntando tesouros no céu. Para quê? Em que banco celestial? Quando partimos c'est finish. Acabou. E os tesouros do céu ficam para quem? Pois é, meu querido colega, amigo, Abono de Família dos Desvalidos só desperdiçou dinheiro que era seu, por direito, pelo esforço do seu trabalho e hoje, não ganhou nada. Não sei como vive, que dificuldades passa, mas os tempos estão difíceis e só espero que não seja ele a precisar de apoio... irá descobrir uma triste realidade. Todos lhe vão virar as costas e dizer "desenrasque-se"... Não é problema nosso ... E os tesouros acumulados no céu não passam de utopia, não lhe valerão de nada.
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