Por um Mundo mais solidário


Livro de Visitas - COMENTÁRIOS

Data: 10-04-2024

De: RITA MARRAFA DE CARVALHO, Lisboa

Assunto: Só Naftalina

Auto-me-defino como Jornalista da RTP, sarcasticamente rigorosa. Escritora e Cronista medianamente incrível. Venho aqui com o intuito de comentar a particular tendência deste escritor em falar da Ideologia de Género e acima de tudo, a falange de notáveis admiradores do escritor que aqui postam vassalagem ao mesmo e deliram com seus ideais em defesa dessa aberração a que chamam Família Tradicional. Fique registado. Estou apenas ditando o meu comentário, não faço jornalismo. Para isso, vejam a RTP.
Na família tradicional, defendem essas vozes, a mulher nasceu para ser mãe. Uma dádiva divina. O tantas! Por acaso até sou mãe. E por experiência própria renego essa tal da dávida divina. Ahhh a Maternidade… não achei incrível a gravidez. Mas fica “feio” dizer isso. A amamentação foi um pesadelo, mas a pressão social é devastadora e nos oprime. Com o meu parceiro, lá enfrentei o pesadelo. Funcionámos em equipa. Eu e o pai do rebento dividimos as licenças de “maternidade” equitativamente. E sim. Há mais mulheres como eu. Lidem com isso. E passo a citar Lopes da Silva: “Com a banalização do sexo a mulher perdeu as suas duas únicas virtudes: a virgindade e a maternidade”. Lá está, essa máxima dos defensores da Família Tradicional, negando à mulher o direito de fazer e dispor do seu corpo como lhe apetecer.
Já agora, tomem lá mais esta refutação à belíssima família tradicional, onde o macho é quem mais ordena. Não foram raras as vezes em que eu era o que ganhava menos no casal e mesmo assim assumi o papel de "dona de casa". (Sou uma dona de casa muito aceitável!).
Os casais organizam-se como bem lhes prouver e lhes trouxer estabilidade. Portanto me desculpem, mesmo sendo tão obtusos, pensem...
Vamos lá ver bem as coisas… mas alguém quer saber o que pensam alguns iluminados sobre o conceito de família tradicional? Isso alimenta alguém? Dá tecto a alguém? Enriquece alguém? Dá-lhe emprego? Estabilidade?Traz-lhe felicidade? Não! É um logro. Fizeram uns livrinhos bafientos que não acrescentam nada. É só naftalina.
Por isso, não se sintam ofendidos, com o meu singelo e simples desabafo. Não é mais que isso, um desabafo...
Ora ponham lá a vossa "familia tradicional" no cu, fachos de merda.

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Data: 29-02-2024

De: Sera

Assunto: ai eu salvei meu casamento

Quero compartilhar com o mundo como o Dr. Ajayi, o Grande homem, foi abençoado por seus ancestrais com poder espiritual. Ele me ajudou a reencontrar meu casamento com meu marido, que terminou comigo há 2 anos, tenho tentado recuperá-lo e quase desisti, mas o Dr. Ajayi conseguiu me fazer sorrir novamente. Dr. Ajayi é um verdadeiro lançador de feitiços, você também pode recuperar seu ex e viver uma vida feliz para sempre com a ajuda do Dr. E-mail de contato: drajayi1990@gmail.com ou Whatsapp: +2347084887094

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Data: 31-01-2024

De: DR Pedro Abreu Loureiro

Assunto: Testemunho

Acabei de baixar o livro Renascida deste autor, escritor e Capelão Civil. Hoje tive o grato prazer de o conhecer. Esta tarde fiz uma cirurgia num jovem de 15 anos, para retirar dois coágulos no cérebro. Cirurgia delicada, pois os mesmos se encontravam em zona de difícil acesso, se movendo e estando a aumentar de volume, não cedendo aos tratamentos. Um quadro clinico que inspirava apreensão. O pai entendeu por bem chamar este escritor e Capelão, para rezar ao Bom Deus, intercedendo pela vida do jovem e pelo sucesso da cirurgia. Testemunhei a sua simplicidade, humildade, fazendo suas orações. Confesso que assim que começamos a cirurgia, tive uma agradável surpresa. Os coágulos que por mais de semana e meia teimavam em não ceder aos tratamentos e mesmo aumentando de volume, quase haviam desaparecido, tendo sido bem mais fácil a sua remoção. No final, quando falei com o pai e com este Capelão, sossegando seus corações e a anunciando o sucesso da cirurgia, não pude deixar de cumprimentar o Capelão, felicitando-o pelo êxito de suas orações, ele recusou os louros, dizendo que deveria agradecer a Deus, pela sua bondade, só a Deus e não a ele que nada fizera e que muita gente tinha estado em oração pelo jovem, sua esposa, em casa, logo de manhã, todos os dias clamava por ele, o seu Pastor Emerson e os irmãos da Igreja Casa da Família, de Arrifana, Abrantes que levantaram um clamor, o Padre Francisco de Ericeira, Mafra e muitos outros. Confesso que me arrepiei todo e vim para casa pensando como somos tão pequeninos. Nós, médicos, somos importantes, mas sem Deus, sem essa força maior, não somos nada. Agora tenho de conhecer a Obra Literária do Escritor. Como Capelão já vi que é um Senhor, com esse maiúsculo. E, é claro que agradeci a Deus a sua ajuda na cirurgia do jovem.

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Data: 19-01-2024

De: Rute Carvalho Farias

Assunto: Cintilante Estrelinha

Como professora e educadora tive a sorte de conhecer este escritor. Já li alguns livros dele, sem dúvida uma fonte de saber que nos traz ensinamentos e conhecimento. As suas palestras na Escola que é hoje, numa fase remodelada do ensino, uma extensão do Liceu Nacional de Gil Vicente. Humilde, de caráter, profundo conhecedor da Bíblia, suas mensagens são uma luz que nos ilumina. Tive uma educação cristã e no convívio com este escritor Vicentino, o que mais aprendi foi pelo poder da Observação. Honrarás Pai e Mãe! É, talvez, o maior segredo da Bíblia que Deus nos deixou. Muitos dirão que ao longo da vida, pelos livramentos que Deus lhe concedeu, pela forma como Deus sempre o protege, que o escritor é um favorito do Senhor. É mesmo. Porque sempre foi obediente, sempre foi um elemento que honrou pai, mãe, a família, colocando os reais interesses da família à frente dos seus, como quando perante uma fase de doença do pai, impedido de trabalhar e consequentemente de receber o ordenado, abdicou de ir para a faculdade, assumindo o trabalho do pai e garantindo o sustento familiar. Igualmente honrou pai e mãe quando num natal ficou ao lado do pai, se recusando a deixá-lo só. Nas noites de tempo limpo podemos observar o céu iluminado por infinitas estrelinhas. Também na terra temos estas estrelinhas que nos iluminam a vida e apontam o caminho. Este escritor é sem dúvida uma dessas estrelinhas. E ainda que de quando em vez alguém procure apagar o seu brilho, ela continua reluzente e cintilante. Se alguém tivesse o poder de subir aos céus e tentasse apagar o brilho de alguma das suas estrelas, não o iria conseguir. É impossível, acabaria por ser derretido e a estrelinha continuaria a brilhar. Do mesmo modo, é impossível apagar o brilho desta estrelinha, deste escritor. É uma honra, para mim, continuar a seguir esta estrelinha.

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Data: 02-01-2024

De: José Manuel Teixeira de Matos

Assunto: Uma agradável surpresa

Adoro ler. Não sei o que me chamou a atenção ao pesquisar no Kindle mais um livro para ler, neste RENASCIDA? Não conheço o autor. Li e reli. Emocionante história, verídica, contada pelo autor que foi um dos intervenientes. Num mundo tão egoísta como o nosso, mergulhado em guerras, desavenças, encontrar profissionais como o Chefe de Segurança, altamente profissional, sem deixar de ser absolutamente humano. E acima de tudo, uma um testemunho de como é importante viver conectados com Deus. Exemplo para todos, demonstrando que nos devemos voltar para Deus. Cada vez mais, neste final dos tempos.

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Data: 29-12-2023

De: JASMIM (Vera Marques)

Assunto: MAGIA

Bom Dia, meu amigo, meu querido Aladino. Constatei com alguma tristeza o teu desabafo. Sobre a Magia do Natal perdida. Permite-me discordar. Viva! Natal é um espaço de encontro, interconhecimento e partilha. Sentir a ilha que cada um de nós representa no contexto Natalino e da vida. É, no mar de liberdade que todos abraçam, a seu modo, de acordo com a negritude ou a plenitude do mais íntimo de seus corações. Os últimos unem, já os primeiros desunem, separam...
Como sempre acontece, o Natal passou por aí. Por entre os vidros das janelas veem-se luzinhas que brilham numa árvore colocada ali, de propósito, outras cintilam em varandas saudando o mundo, quem passa pela rua. Mais à frente, um pai natal surge pendurado, do lado de fora de uma casa, espreitando para dentro, trazendo nas costas a saca dos desejos, de crianças e adultos. Todos esperam receber um bem, uma notícia ou algo de bom, venha de onde vier, do Pai Natal ou do Menino Jesus. 
Ai, Ai. Logo surge a infindável discussão. O Pai Natal não existe! Existe sim! Lá está, uns se preocupam em expressar a sua negatividade, desunem, criam atritos. Mas quem tem realmente a Magia dentro de si, ultrapassa as clivagens, como tu. Foi contigo que aprendi que o Pai Natal existe sim, mas não dá presentes. É um ator representando o seu papel nessa grande peça teatral da vida. Um simpático velhinho, solidário, humilde, sem poderes, mas assumindo o papel de Distribuidor, Entregador dos presentes que Aquele que tem efetivamente o Poder, nos faz chegar às mãos, através de pais, irmãos, outros familiares, amigos. Mas só quem tem Jesus dentro de si, possui a verdadeira Magia do Natal. Tu tens, um e outra. E enquanto a mantiveres, sempre estará presente a Magia do Natal.
No Natal as casas abrem-se ao mundo, renovadas e brilhantes.
Fazem-se as limpezas da festa; cheira a óleo de cedro e a cera; as cortinas são mudadas, as paredes lavadas. Está tudo pronto, tal como na tua infância vias acontecer, como barras no teu livro Para O Menino Jesus O Melhor. Até teu pai tinha o cuidado de requisitar o Limpa Chaminés para que a chaminé estivesse a brilhar, te recomendando que limpasses bem o sapatinho, para que após a consoada confeccionada, fogão limpo a brilhar, colocassem o sapatinho na chaminé, por onde o Menino Jesus desceria e colocaria os presentes nos respetivos sapatinhos. Para o Menino Jesus O Melhor e quem reserva o Melhor para Jesus tem sim, a verdadeira Magia do Natal consigo. Mesmo quando não se tem muita gente, grandes iguarias na consoada, como aquela em que passaste apenas com teu pai, enquanto a família se reunia em casa da tua sobrinha com grandioso repasto, tendo optado por umas simples caras de bacalhau, umas batatas, uma ou outra broa Castelar e uma fatia de bolo rei regada com um cálice de vinho do Porto. Simples, humilde, mas infinitamente inundado de Magia Natalina. Ela está dentro de ti, no teu coração. Fazes parte do grupo dos que unem, apoiam, se doam. E o menino que já não era menino, tinha deixado para trás as coisas de menino, já não passava as noites de Natal acordado vigilante, para ver o Menino Jesus descer pela chaminé e colocar os presentes no sapatinho, descobriu Jesus, nessa noite de grande paz, reflexo da Magia do Natal, no sono retemperador e calmo, conseguiu sentir Jesus o visitando, abraçando. Jesus sempre abraça quem honra pai e mãe, quem se doa em amor, com humildade, enfim, os verdadeiros detentores da Magia do Natal.
A Magia do Natal está nos humildes e mansos de coração, não nos convites ao consumo desenfreado, que nos alienam, as dificuldades dos outros fazem-nos sentir frágeis, vulneráveis e mais sensíveis.
Podemos criticar as iniciativas, privadas e públicas, que oferecem cabazes de bens essenciais, porque são gotas num oceano de dificuldades. Mas, talvez possamos pensar no bem que isso pode representar para algumas famílias, para quem essa dádiva abre um parêntesis de conforto, numa narrativa dramática que, infelizmente, irá regressar depois das festas, se mais nada acontecer e outras respostas não forem dadas.
Não sei se nós representámos a maior peça teatral alguma vez representada. Tiveste o cuidado de dizer que nada fizeste, sem mim, dispondo do meu tempo, uns dias de férias, sem o Comandante Carlos, e os outros pilotos, se disporem também do seu tempo, sem a disponibilidade da TAP em ceder o avião, não teria sido possível levar aquelas crianças à Eurodisney de Paris. Mas não posso aceitar tanta humildade, demasiada, pois como organizador, gestor do Programa do Projeto Para Ti Se Não Faltares, nunca esqueci a adaptação que fizeste desse tradicional conto infantil, Aladino. Começou com a representação da peça nesse hangar adaptado do Aeroporto de Lisboa, até aquele momento hilariante proporcionado por ti e pelo Paulo, o Génio da Lâmpada.
"- Para que é que eu quero um Génio inútil como tu? Pedi um tapete mágico para levar a minha Princesa Jasmim e estes meninos à descoberta da Magia do Natal! Voar mundo fora à descoberta da Magia.
- Oh Amo ingrato. Como não acontece nada? Pediste o teu desejo, eu satisfiz. Agora que culpa tenho eu que neste novo século os Tapetes voadores sejam diferentes. Porque não espreitas pela porta? Porque não vais lá fora ver?".
Depois, fomos todos para a porta e saímos. Bem vi os olhitos daquelas crianças ao verem o avião. Enquanto vocês continuam o despique.
"- Pronto. Aî tens o teu tapete mágico. (Apontando para o avião).
- Como o meu tapete? O que é aquilo? Aquela coisa boa?".
E todo o mundo tomou o seu lugar no avião. 4 Dias que aquelas crianças, hoje adultas, nunca esqueceram, 4 dias em que mantivemos a representação do Aladino e da Jasmim. Não faço ideia se nalgum cantinho deste nosso mundo terá havido outra peça teatral durando 4 dias, sem interrupções e se os espetadores aguentariam? Ali, eles, os espetadores eram as 191 crianças que puderam realizar o seu sonho de ir na Eurodisney. E sempre com uma divertida altercação entre ti e o Génio para gáudio das crianças que riram a bom rir. O Comandante Carlos, no seu papel de Chefe da Guarda do Palácio e os pilotos, guardas. Um dos momentos mais virados pelas crianças foi a recepção na Eurodisney, pelo Mickey e ele levar o grupo até à Sala onde assinante o Grande Livro do Natal, como Embaixador da Disney Para o Natal. Mas o momento maior, foi quando o Comandante Carlos chamou cada uma a se sentar no cockpit e ter a ilusão de pilotar o avião, recebendo o respetivo Diploma de Batismo de voo e de pilotagem. Ainda hoje recebo uma ou outra carta dessa pequenada, sempre me tratando por Princesa Jasmim. Por isso, meu amigo, ainda que o mundo esteja repleto de conflitos, guerras, violência, desavenças, nunca penses que se perdeu a Magia do Natal. Ela está dentro de ti.
Natal é tempo de “portas abertas”, de sorrisos e votos de “Boas festas”. Desejamos que passe por cada um essa “boa onda” que aproxima, aglutina, une, esse sentimento de comunidade que reúne e transforma os conflitos em paz, os egoísmos em solidariedade.
Natal é tempo de convites: passa lá por casa! Vem ver o meu Menino Jesus! A porta está sempre aberta!
O mundo seria bem diferente, se pudéssemos e quiséssemos manter sempre as portas abertas. Ao invés, desconfiamos, temos medo, pomos ferrolhos e alarmes, grades nas janelas e trancas nas portas, das casas e o pior de tudo, as trancamos e aferrolhamos as portas dos nossos corações.
A Paz só acontece quando abrimos a porta do coração para escutar os outros. E como faz falta a Paz neste tempo de guerras, onde morrem tantas crianças.
A Paz não é silêncio, nem mesmo “pausa humanitária”, mas entendimento e diálogo.
A Paz só acontece no Natal, como no restante do ano, quando as casas e os corações, tal como no estábulo de Belém, são lugares de passagem que acolhem o milagre do Amor. Portanto, descansa, não tens o poder de transformar o mundo inteiro, mas sempre acolhestes o Milagre do Amor e com tua entrega, essa maravilhosa e generosa capacidade de te doares por inteiro, para todos, sem nada pedir em troca. Não mudaste o mundo, mas transformates a esperança e levastes a Magia aquelas crianças, como a levastes ao teu pai naquele Natal passado a sós, com ele. Voltaste a levar a Magia aos idosos que escutaram teus livros em áudio. E mais uma vez, levastes a Magia aos Sem Abrigo,vá quem estendidas a mão nas frias madrugadas, integrado nas brigadas voluntárias solidárias, bem como aos idosos que visitante e escutaste no Apoio Solidário ao Domicílio.... Não meu amigo, a Magia do Natal está em ti, faz parte do teu ADN. Também eu recebi essa tua Magia, como tua Jasmim, como parceira dessa ida à Eurodisney. E mais uma vez te digo que é pena o Paulo já não estar entre nós. O Génio! E não é que aquela coisa continua a voar... Quem semeia Magia, colherá Magia. Alguns meses depois daquela aventura, de volta ao meu trabalho como Assistente de Bordo, continuei a voar e acabei surpreendida por esse louco, na altura meu namorado, o Rui que sabendo que estava de serviço num voo de Lisboa para Barcelona, comprou bilhete, conseguiu convencer o Comandante e alguns colegas e no meio do voo, testemunhado por todos os passageiros e tripulação me pediu em casamento. Já lá vão 14 anos e continuamos juntos, honrados pelo meu Aladino e pelo Génio da Lâmpada que estiveram presentes no meu casamento e nos dias mais difíceis, na tempestade, temos o prazer de te ter como amigo, o meu Aladino que nos ensinou esses mistérios do Primeiro Milagre de Jesus. O da transformação, porque não podemos beneficiar dos outros milagres se não passarmos pela transformação primeiro, nos tornarmos novas criaturas. E o outro mistério, vital, importantíssimo. Quando a crise nas bodas eclodiu e o vinho faltou, Jesus já estava presente, não foi chamado à última da hora, fora convidado. E isso nos demonstra que temos de convidar Jesus para o seio do nosso matrimónio. E tendo-o conosco, as crises surgem, mas Ele atua de imediato. Meu querido Aladino, moras dentro do nosso coração, do meu e do do Rui. E continuamos a colher um pouco da Magia que tens dentro de ti. Obrigada Aladino. A tua Jasmim.

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Data: 29-12-2023

De: Brüno Ferreira

Assunto: Re:MAGIA

Bravo Jasmim. Muito lindo defenderem assim o teu Aladino? Fica a minha dúvida... Se é o teu Aladino porque não casaste com ele. Podiam voar mundo fora... Naquela coisa... E Serem Felizes para Sempre.

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Data: 29-12-2023

De: JASMIM (Vera Marques)

Assunto: Re:Re:MAGIA

Bom, creio que és o Bruno, filho do escritor Aloisio Ferreira Casa. Não casei com o teu pai porque não sou, nem nunca fui. Nunca seria a esposa dele. Sou a esposa do Rui. Do meu Rui, enquanto marido. Quanto ao Aladino, sou a sua Jasmim. A Jasmim da história. Creio que tens capacidade de entender o que te disse aqui. São coisas diferentes. E quem te disse que não somos felizes? Eu e o meu esposo Rui. Eu a Jasmim e o meu Aladino. O escritor Aloisio e a sua esposa. Meu caro Bruno, tormentas sempre teremos de enfrentar. Mas podes crer que somos todos felizes, pois temos a Magia dentro de nós. Temos Jesus dentro de nós. E tu? És feliz? Tens Jesus dentro de ti? Experimenta chamar Jesus para fazer parte da tua vida. Te doa para Jesus e verás como serás completamente feliz, independente das tempestades que tiveres de enfrentar. A JASMIM

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Data: 14-12-2023

De: VERA MARQUES SILVA (a Jasmim)

Assunto: Carta de uma Assistente de Bordo (Hospedeira) para o Daniel

Li mais este livro Renascida. Emocionante. Mais emocionante, contudo, é o testemunho do Daniel, o filho do escritor. E é para o filho do escritor que eu escrevo estas linhas. Bem pode se orgulhar do pai que tem. Conheci o seu pai quando ele trabalhou no Projeto Para Ti Se Não Faltares. Seu pai me marcou e tenho profunda admiração por ele. Faz hoje 15 anos que partimos rumo a Paris. Sou Assistente de Bordo, (hospedeira). Seu pai foi o responsável por levar 182 crianças à Eurodisney de Paris, crianças desfavorecidas, de famílias muito carentes, a maior parte delas, muitas vezes passando fome. Nenhuma delas tinha qualquer hipótese de ir ao Natal da Disney. Eu estava de folga e prescendi dela para participar no programa. Os pilotos também. E estávamos todos vestidos a caráter, representando figuras Disney. Sei pai vestido de Aladino. Eu de Princesa Jasmim. O Arquiteto Paulo, infelizmente já não estando entre nós, de Génio da Lâmpada. O programa foi destinado a crianças de menores recursos económicos e que tivessem bom comportamento escolar e aproveitamento regular. Hoje assistimos a descazos e mais descazos, tráfico de influências e corrupção. O caso das gémeas é mais um triste exemplo. Ninguém duvida que houve favorecimento. Pois bem, não sou parva, muito menos cega. Na altura bem vi algumas movimentações de gente que tem a mania que é importante. E fiquei bem atenta, vigilante. Pronta a desmascarar alguma trafulhice. Seu pai trabalhava nos comboios, um trabalho duro, estressante. É claro que ninguém lhe terá oferecido malas com dinheiro, como agora está na moda. Pelo menos que eu saiba. Mas houve muitos paizinhos, ricos, empresários que tudo fizeram para que seu pai, este escritor fechasse os olhos, passasse para trás algumas crianças com direito ao programa, levando os filhinhos desses empresários no lugar dessas crianças. Sei, vi, e tenho provas caso seja necessário, um dia, que um empresário de uma das firmas mais importantes de Portugal, uma das famílias do o Jet set. Oferecer a seu paizinho lugar importantíssimo na Administração dessa empresa onde iria ganhar doze vezes mais do que ganhava nos comboios e com uma cláusula onde garantiam o contrato com dez anos de duração, ressalvando que caso fosse denunciado antes por parte da empresa, seu pai seria indemnizado garantindo dez anos de salários. Confesso que seria tentador. Eu teria intervindo e não estava disposta a patctuar com injustiças, mas até hoje tenho gravadas as palavras de seu pai para o empresário em questão. O senhor pode levar o seu filho as vezes que quiser à Eurodisney. As crianças selecionadas não têm essa hipótese e se esforçaram para garantirem o lugar, estudando, tendo bom comportamento na escola. A decisão é minha e não as vou trair. Vou esquecer esta conversa pois se o não esquecesse teria de denunciar o caso e a sua tentativa às autoridades. Vamos encerrar a conversa aqui. O empresário engoliu em seco e seu pai ganhou Nesse dia alguns inimigos. E Nesse dia testemunhei o grande caráter de seu pai. Ele poderia também ter levado-o a si e ao seu irmão. Mas nem os filhos levou, respeitando as crianças beneficiárias por direito. Nunca mais me encontrei com seu pai, mas tenho muito orgulho em ter sido a sua Jasmim naquela ida à Eurodisney. As crianças que foram hoje são adultas, mas tenho a certeza que nunca esqueceram esses 4 dias, nem esquecerão mais. Por isso Daniel, pode se orgulhar de seu pai. Homem de caráter que tem o doce e tranquilo prazer de uma consciência limpa.

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Data: 10-11-2023

De: Ana Maria Bernardes dos Santos - Lisboa

Assunto: LUSOFOBIA

Caro escritor e Capelão, tomo a liberdade de publicar aqui este meu desabafo, pois sei de suas ligações ao Brasil, a começar pela sua atual esposa. Eu própria tenho as mesmas ligações, com um cunhado brasileiro. Fomos vizinhos, sempre tive muito apreço e admiração por seu paizinho e por sua mãezinha. Fui mesmo cliente dela, uma grande modista. Infelizmente já não estão entre nós. Nada tenho contra os brasileiros, muito pelo contrário e podia falar... Afinal a nossa vida, minha e do meu esposo se complicou muito por causa de um brasileiro. A família de meu esposo pediu, implorou, que passássemos uma Carta Convite que era mais que isso, um autêntico Termo de Responsabilidade. Para um jovem, sobrinho do meu cunhado. Nunca o deviamos ter feito, mas fizemos. Acreditava eu que temos obrigação de ser solidários. Ajudar. Em especial, sendo família. Qualquer um que sintonize a TV num canal brasileiro, Record vê oquê? Assaltos, Crimes, Violência. O dia inteiro. Então, de certa forma o que A TV brasileira passa cá, para os portugueses, é essa realidade. Não são os portugueses que passam essa imagem de criminosos, bandidos. No entanto, nem por isso eu caio no ridículo de dizer que os brasileiros são todos bandidos. Não são. E também reconheço que por cá, também temos portugueses que andam fora da lei. O jovem a quem passámos a Carta era bandido? Não. Apenas procurava uma oportunidade para ter uma vida melhor. Enfrentou dificuldades, sujeitou-se a empregos onde ganhava menos do que a lei ditava e sem quaisquer direitos trabalhistas. O jovem trabalhava num restaurante da Baixa de Lisboa. Não se meteu em conflitos, não frequentava noites ou casas noturnas. Mas o dinheiro não abundava. Noutros tempos, do meu paizinho e do seu, ia-se a pé para o trabalho e voltava-se a pé para casa. E perante distâncias maiores. Os jovens de agora não se sujeitam a isso. Um dia fomos surpreendidos pela chegada da notificação do tribunal. O jovem tinha sido apanhado no metro sem bilhete. Foram mais de 8 multas por esse motivo e como responsável e emissor da Carta Convite, meu esposo está obrigado a pagar. A conta já vai em 3.856,83 euros. Falamos com o jovem e a família e a resposta foi "se calhar queria que ele fosse a pé". Meu marido de imediato notificou o SEF agora extinto, informando que o jovem estivera em nossa casa, mas mudara e segundo sabíamos tinha pedido a Manifestação de Interesse, nada mais tendo a ver com ele. Mesmo assim, ainda temos 1.638,94 euros que nos exigem o pagamento, referente às autuações anteriores à data da Manifestação de Interesse. Nunca dissemos nada, temos procurado resolver a questão, mas agora, perante um vídeo que circula na internet em que supostamente uma portuguesa é acusada de Xenofobia contra uma brasileira e um alto dirigente do Governo Brasileiro resolveu vir publicamente destilar a sua arcaica lusofonia contra Portugal e os portugueses não me contive. Não posso julgar o caso, pois não sei o que se passou. Quem tem razão? A portuguesa ou a brasileira? Se a brasileira se sentiu lesada, devia respeitar o país onde vive e que a acolheu e recorrer às autoridades portuguesas, eventualmente, aos tribunais portugueses. O tal membro do governo brasileiro não manda aqui nada. Eu não vou me meter na jurisdição brasileira, não se metam na nossa. Lusofonia? Sim, há lusofobia no Brasil. Não é nada de novo para quem navega na net mas vamos tentar perceber de onde ela vem: Antes demais convém referir o legado cultural que deixámos de desresponsabilização. Tal como em Portugal a culpa é da crise, no Brasil a culpa é do colonizador. Uma das teorias que pode pelo menos explicar o ódio irracional de muitos Brasileiros a Portugal é o seu actual regime. O regime republicano no Brasil (tal como em Portugal), como todos os regimes, é sempre um pouco revisionista daquele que o precede. No caso brasileiro, a monarquia dos Bragança. Assim se explica por exemplo que os manuais de história brasileiros ignorem para além do essencial, o período português da história do Brasil e que por outro lado contenham barbaridades sobre Portugal nas raras ocasiões em que o referem. Acusam-nos de sermos xenófobos... Mas é precisamente o contrário. Enfim a ignorância... "ABUNDA" nos brasileiros. O que é facto também, é os brasileiros terem um ódio visceral por Portugal, mas o que é certo é que cada vez mais este "cantinho do céu" está cheio de brasileiros e cada vez virão mais, mesmo com esse ódio todo, aproveitam para ter acesso à cidadania portuguesa, logo europeia, e já vi tanta coisa no YouTube de brasileiros que vieram para cá, e põem-se a "vender" Portugal com a maior das latas e desrespeito por nós e por este país. Não consigo perceber como é que as nossas autoridades não vêem esta pouca vergonha, que não vê só quem não quer. Peço desculpa pela extensão do meu desabafo ou de algum erro ortográfico... Afinal sou apenas uma simples professora primária. E tenho muitos alunos brasileiros a quem trato, exatamente da mesma forma que trato os portugueses, até porque não julgo o povo brasileiro pela mesma medida desses lusofóbicos. E já ajudei muito brasileiro, famílias enganadas por seus compatriotas que vendem Portugal como se fosse propriedade sua e pretendem nos impor sua cultura, seus hábitos e, pior, o seu jeitinho brasileiro enchendo os bolsos à custa dessas famílias que enganadas se vêem sem recursos, por vezes, até para voltar à sua pátria. Assim também se explica todo o paradigma de modernidade que viu a arquitectura de tradição colonial portuguesa ser substituida por betão e minimalismo e deixar monumentos históricos ao abandono. Lá pelo Brasil. Talvez também daqui se explique o porquê de haver tantas correntes dentro do Brasil que defendam a separação do Português enquanto lingua oficial do Brasil. Um outro é a rivalidade de legados. No Brasil, os italo-descendentes e os germanico-descendentes fazem questão em deturpar e secundarizar os feitos dos Portugueses. Por exemplo, as novelas falam dos grandes épicos da imigração italiana mas quando é produzida uma com o título "caminho das índias", Portugueses e história de Portugal nem vê-la. Assim a mentalidade leva a que alguns Brasileiros culpem o ex-colonizador, a educação republicanista faz com que o preconceito perdure e a rivalidade étnica propaga o sentimento. Termino deixando uma sugestão para si, investigue, pesquise e escreva um livro sobre essa lusofonia. Quanto ao ministro brasileiro, será melhor cuidar da violência, do crime organizado que subjuga o povo brasileiro, aprenda um pouco de história e não meta foice em seara alheia que lhe fica tão mal. Ah! E a todos deixo um conselho, Cartas Convite não passem para ninguém e se tiverem passado alguma, dêem baixa e desliguem-se da responsabilidade. Curioso, o SEF levava meses, anos, a atender os pedidos de Manifestação de Interesse, mas quando meu esposo se desligou da carta passada ao jovem, rapidamente o chamaram, não para resolver a situação, mas para solicitar comprovativo de ter meios de subsistência para se manter e como o ordenado dele foi considerado insuficiente, mandaram-no de volta ao Brasil e eu e meu marido ganhamos no meu cunhado e família mais uns inimigos. Tudo porque o menino não podia ir a pé, do bairro Lopes para a baixa de Lisboa e achou que tinha o direito de andar nos transportes públicos sem pagar... O tal jeitinho brasileiro que por cá não pega...

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Data: 15-10-2023

De: DANIEL SANTOS - Estrasburgo

Assunto: Não Encontrei Deus lá em cima... Terei encontrado agora?

Meu pai sabe que nunca fui de ler. Nunca li nenhum livro dele, porque não leio. Reconheço que gosto de ser independente e já é hora de assumir a gestão de minha vida. Não sou a favor de uns, nem de outros. Nem quero discutir religião. Em criança, na catequese, em casa, sempre me diziam que Deus está lá em cima? Na primeira vez que andei de avião, fui lá acima e não o vi. Nunca me deram uma explicação lógica ou plausível. Meus pais acabaram se separando. Minha mãe dizia cobras e lagartos de meu pai. Meus avós diziam cobras e lagartos de minha mãe. Já a meu pai, nunca ouvi uma palavra sequer sobre minha mãe, nunca disse mal dela na minha frente. Nos últimos meses a minha vida deu uma volta de 360⁰. Precisei fazer uma prova a nível profissional que exigia conhecer bem a região de Mafra e Ericeira, a história, as lendas e os monumentos. Minha prima conhece bem a região, mas não estava disponível, nem ela, nem muitos outros. Todos me bateram com a porta na cara. Todos, menos o meu pai. Ele hoje tem outra família. Outra esposa. Mas passou 2 dias comigo, me ajudando na prova e ajudando muito. Não sei nada dessa esposa atual. Só a vi uma vez, ainda meus avós eram vivos, em casa deles. Mas como meu pai disse que ela foi a primeira a incentiva-lo a vir a Ericeira me ajudar, se eu precisava do pai, ele tinha de apoiar. E se meu pai o disse é porque foi assim. Meu pai, tal como meu avô era, A palavra deles é segura e não mentem. Pela fiabilidade da sua palavra, meu avô era referenciado por todos, vizinhos, família, meio profissional e o mesmo sucede com meu pai. Atitude bem diferente de outros familiares, bem mais próximos que me bateram com a porta na cara. Consegui realizar a prova e obter o Certificado do curso, sendo grato a meu pai por isso, e à compreensão da sua esposa. No entanto, o apoio de meu pai surgiu acompanhado de uma grande surpresa. Vida está difícil. Nenhum jovem tem capacidade de conseguir alugar um apartamento, por mais minúsculo que seja, sozinho. E como disse, preservou a minha independência. A alternativa foi alugar um quarto. Na Ericeira. Inacreditável, minha senhoria, tinha se cruzado com meu pai, 18 anos antes, no dia do seu 20⁰ aniversário, numa noite em que se vendo traída pelo seu noivo, com casamento marcado, com a sua melhor amiga, ela entrou nas instalações dos comboios, Alcântara, para se suicidar. Jamais imaginava como era difícil a profissão de meu pai, ter de lidar até com situações de suicídio, tendo de demover seus autores de as concretizar. ????? Mas como era possível? 18 anos depois, ela era minha senhoria e reencontrava meu pai, que não se limitou a convencê-la a não cometer o suicídio, como pagou um táxi para levá-la a casa. Como era possível??? As voltas que o mundo dá? Para meu pai foi apenas mais uma noite de trabalho, esqueceu, mas para a jovem, minha senhoria foi um marco, ela nunca esqueceu as palavras de meu pai que acompanharam ao longo de todos esses 18 anos. Por diversas vezes quis ir a Alcântara pagar o táxi. Mas nunca foi. Meu pai falou naquela noite de Deus, do trigo e do joio, Jesus. Palavras que caíram fundo no coração dela e, segundo ela, a conduziram, guiaram nos 18 Anos decorridos sobre essa noite. Sinceramente, nesse campo da religião, como disse, não me convenceu. Se já era complicado perceber as voltas que a vida dá e esse reencontro com meu pai, 18 anos depois, da minha senhoria, mais inacreditável seria o que se passou depois... Essa jovem enfrentou uma grande depressão, demorou, mas acabou reagindo, se formou em Direito, tirou a licenciatura, depois o mestrado e finalmente o doutoramento. E estava a meio de um processo seletivo, concorrendo a importante cargo, chefiando um Gabinete na Sede do Parlamento Europeu, em Estrasburgo. Mais inacreditável, ela ter direito a motorista e tendo o direito de opção, apresentou a minha candidatura e acabei sendo contratado, como motorista, no caso dela, pelo Parlamento Europeu. E aqui, há mês e meio, quer a nível profissional, quer particular, tem sido muito gratificante e algo com que nunca me atrevera sequer a sonhar. E todos têm demonstrado admiração e acima de tudo, satisfação e confiança no meu desempenho profissional. Lá está, ela e meu pai dizem que é o Agir de Deus. Eu refleti se não será a Lei da Semeadura ou do Retorno? Prática o bem e ele, um dia retornará para ti. O contrário é igualmente verdade, se praticares o mal, ele retornará para te atingir. Ou... Quem sabe? Meu pai e a minha, agora chefe, têm razão e será Deus? Estou meditando. Como disse, fui lá acima, na minha primeira viagem de Avião e não encontrei Deus, mas talvez o tenha encontrado agora. Naquela noite de serviço de meu pai nos comboios, na formação da jovem, neste novo emprego. Não gosto de falar, muito menos comentar, simplesmente sigo a minha vida. Apenas dei agora este testemunho porque alguém na família comentou que meu pai tinha conseguido me afastar para longe. Não afastou. Acredito que sem querer, naquela noite, ao convencer a jovem a não cometer suicídio, lhe terá aberto uma porta que proporcionou agora que outras se abrissem e uma delas, para mim, a porta deste meu novo emprego. Nem sequer sei se é justo? Afinal a dívida da jovem era para com meu pai e acabou a pagando para mim? Mas sou grato a meu pai pelo seu zelo profissional naquela noite que me abriu agora esta porta.

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Data: 04-11-2023

De: FERNANDO MANUEL SILVA ROCHA

Assunto: Re:Não Encontrei Deus lá em cima... Terei encontrado agora?

UM HOMEM DE FAMÍLIA
A vida é tão fértil em nos surpreender que por vezes ficamos atordoados com alguns episódios que ela nos reserva. Hoje, com os meus 65 anos, recordo os bons tempos do Gil Vicente. Recordo o Paulo, o Branquinho, o Vicente e; é claro, este escritor. Fomos colegas de turma na década de 70 e eramos muito unidos. Recordo que concluído o Curso Liceal, o Paulo seguiu para o ISEL, onde acabaria por tirar o seu curso de Arquitetura. O Branquinho seguiu o seu curso superior no Instituto Superior Técnico, Engenharia. Já o Vicente, optou pelas Ciências da Comunicação. Eu formei-me em História e Literatura, na Faculdade de Letras, Universidade de Lisboa. Ao concluir o liceu, lamento até hoje aquela inútil discussão que tive com este amigo. Sabia do seu sonho, ou, pelo menos, desejo de cursar medicina. Nós o desafiámos a seguir para o Conservatório, onde ele certamente se teria formado e tornado um grande artista e teatrólogo. A dado momento, sentimos que estava indeciso, entre os dois caminhos a seguir. Ele era a alma do nosso grupo de teatro, O GAJA. Pois bem, nem medicina, nem Conservatório. O pai adoeceu com uma úlcera no estômago, Não sei bem como era, mas o pai era vendedor, não lembro bem o que vendia, mas parece que apenas recebia uma percentagem sobre o valor das vendas, Ora no hospital, não vendia nada, também não ganhava. Este meu amigo era muito ligado ao pai, o acompanhava nos tempos livres, conhecia os clientes e acabou não prosseguindo os estudos. Não sei? Ele disse que o pai não pediu, nem queria, foi decisão sua. Foi ele fazer a visita aos clientes e garantir o ordenado do pai. Para nós era inaceitável. Sentimos que estava a hipotecar o seu futuro. Qual o pai que permitia que o filho arruinasse o seu futuro, abdicando da sua formação, para ir fazer o trabalho do pai? Acabámos discutindo e ele deixou de me falar, pois disse algumas coisas sobre o pai que nunca devia ter dito. Sabia como ele reverenciava o pai, mas aquilo era demais. Ele acabou me dizendo: “Não admito a ninguém falar mal do meu pai. Desde que nasci, aprendi com ele a importância da família, de proteger a família. Cuidar de nós, uns dos outros. E com minha mãe aprendi o mesmo. Minha mãe também não continuou os estudos, ficou pela quarta classe e era uma aluna brilhante, também podia se ter formado, mas necessitou trabalhar para garantir o bem estar da família. Hoje é uma excelente modista. Nas vossas famílias não sei, mas na minha é assim. Meu pai não queria, mas eu tenho a obrigação de o fazer. Ele não pode porque está doente. Nunca teve preguiça. Chegou a se levantar de madrugada para atender a chamada do patrão. Não me deixou faltar nada. Agora é a minha vez de contribuir”. Desde esse dia, já lá vão mais de 43 anos, nunca mais nos falamos. Eu acabei emigrando para a Alemanha. Não voltei a ouvir falar deste amigo e antigo colega. Qual não é o meu espanto, quando agora, estando de volta a Portugal, falando com um amigo comum, do nosso glorioso Sport Lisboa e Benfica, Carlos Andrade, ele me conta que este antigo colega e amigo, tinha andado por fora, Paris, chegou a ser empregado na Papelaria Ferros, empregado do Carlos Andrade, ou antes do pai dele, o SR Alves que era o dono da papelaria. Casou, se divorciou, voltou a emigrar para o Brasil, casou de novo e se tornou escritor. Não resisti a dar uma olhada nesta página e este testemunho do filho me emocionou. Afinal eu estava errado. Devo um pedido de desculpas ao meu amigo que sempre foi um HOMEM DE FAMÍLIA, colocando a família em primeiro lugar. Um exemplo.

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Data: 04-11-2023

De: DANIEL SANTOS - Estrasburgo

Assunto: Re:Re:Não Encontrei Deus lá em cima... Terei encontrado agora?

Tem toda a razão meu Senhor! MEU PAI É UM EXEMPLO E MEU AVÒ TAMBÉM ERA. É UM ORGULHO SER SEU FILHO/NETO.

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Data: 22-09-2023

De: TÂNIA FLÁVIA LAGRIMINHA FURTADO

Assunto: UMA SOLUÇÃO

Este livro do escritor Aloisio Ferreira, RENASCIDA, É mais um no seguimento dos anteriores. Nestes tempos, nova atividade profissional, tempo muito ocupado, fui forçada a reduzir a velocidade de leitura, demorando um pouco mais, mas concluí, com muita emoção a leitura desta história da Talita que é a minha própria história. Excelente livro- E ainda por cima, desde já me resolveu algo que não sendo um problema, todos os anos me ocupa algum tempo e muitas indecisões. Aproxima-se o Natal. Prendas é problema resolvido, já recebi a minha encomenda da FNAC, livros RENASCIDA PARA TODOS AMIGOS, FAMILIARES, COLEGAS MAIS CHEGADOS DE TRABALHO E SUPERIORES COMO PRENDA DE NATAL. E podem estar certos de que ficarão a ganhar.

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Data: 04-07-2023

De: Tânia Flávia Lagriminha Fortunato

Assunto: TIVE DE FAZER UMA PAUSA

Baixei este livro no Kindle porque queria conhecer melhor este escritor. Ponderei muito antes de dar este testemunho, um ato de gratidão, mais que justificado que apenas peca por tardio. Confesso que estou muito emocionada, não consegui conter as lágrimas, perante o pedido de perdão da Vovó, para a mãe do autor. Não sei nada, muito menos sei o que quer que seja sobre comboios, para além do verificar horários, comprar bilhete e viajar neles. Sou temente a Deus, católica apostólica e não perco a missa dominical aqui na igreja da Ericeira. É claro que os tempos são difíceis, a inflação não para de subir. Como dizem os políticos são os tempos das vacas magras. No dia 30 de maio completei 38 anos de idade. Consegui a minha licenciatura em Direito e trabalho na Mafrense, Empresa de viação cujos autocarros, entre muitos outros destinos, levam os passageiros da Ericeira até Lisboa, como jurista, ou seja, prestando aconselhamento jurídico para a empresa. Foi nesta empresa que conheci o meu marido, motorista na empresa. Temos uma filha com 4 anos. Se chorei e me emocionei com o pedido de perdão da Vovó, muito mais me emocionei e tive mesmo de fazer uma pausa na leitura com a passagem em que a mãe deste escritor caminha angustiada, dilacerada, para fazer um aborto que não queria fazer, perante as carrascas, a Vovó e a madrinha. Deus, o Deus grandioso não permitiu que ela fizesse esse aborto. OBRIGADA MEU DEUS! A minha emoção, perante esse episódio que só agora, ao ler o livro, tomei conhecimento, se deve à minha própria existência… Nesse dia Deus não mudou apenas a história deste escritor, da sua mãe, da Vovó. Não foi apenas o papai que viu nascer o seu filho homem, tão desejado, o companheiro dos seus sonhos. O grande Deus é incrível… Eu, não era sequer projeto de vida, meus pais não existiam ainda, como poderia eu ser nascida. Foi preciso esperar 26 anos para eu nascer. Meu pai nasceria 2 anos depois e minha mãe, 5, do dia em que o escritor nasceu. Mudou nesse dia, secretamente, apenas Deus sendo conhecedor, minha vida, minha história ainda virgem de episódios, mudou. Há momentos em que sentimos que a nossa vida é um infindável novelo de problemas, a tal ponto que é um fim… O beco sem saída. Surge um, depois outro, segue-se um terceiro e um quarto problema, todos insolúveis e continuam a surgir cada vez mais. Nunca pude esquecer o dia 30 de maio de 2005, o dia em que completei 20 anos de idade, um dia que deveria ser dos mais felizes da nossa vida, com uma festa numa das Discotecas Top de Alcântara, com o meu noivo, praticamente com o casamento marcado, com as minhas colegas da Universidade Católica e as amigas mais chegadas, entre elas, aquela que era a minha melhor amiga. Crescemos juntas, nossas famílias moravam no mesmo prédio no Cacém, inseparáveis, sempre juntas, confidentes e parceiras nas festas, idas à praia, viagens. Eramos unha com carne. Pouco depois de entramos na discoteca, minha amiga disse que ia à casa de banho… Entretanto, meu noivo disse que tinha de ir ao carro, esquecera a carteira. O carro estava estacionado junto à Estação de Alcântara Terra. O tempo passava e nem minha amiga regressara da casa de banho, nem meu noivo depois de ir buscar a carteira. Não desconfiei de nada. Creio que era mesmo ingénua… Acabei pensando que algo sucedera com o meu noivo e nem estava preocupada com a minha amiga. Resolvi ir ver, onde o carro estava estacionado, preocupada. Quando lá cheguei o mundo desabou em cima de mim. O meu noivo estava no carro, com a minha amiga, fazendo sexo. Corri dali para fora, era o meu fim de linha, acabei indo até à Estação dos comboios, caminhei ao longo da gare e depois ao longo da linha, havia um caminho que dava acesso à parte de cima do túnel de Alcântara, era ingreme e perigoso, mas acabei subindo por ele e na parte de cima do túnel, uma faixa muito estreitinha de terra, pareceu-me o local ideal. Era só esperar um comboio e me lançar lá do alto. Não queria viver mais, e seria a forma de me vingar deles, ficariam cheios de remorsos, remorsos para toda a vida por terem sido responsáveis pela minha morte, suicídio. Acima de tudo minha amiga que me traíra com o meu noivo. Só pensava no próximo comboio, mas eram cerca de três horas da madrugada e o 1º comboio só saía da Estação pelas 5 horas e 35 minutos. De repente um dos funcionários dos comboios, não sei como me detetou ali, chegou junto de mim. Soube depois que era o Chefe da Segurança da Estação. Ele esteve ali, falando comigo, por mais de 3 horas, num local de equilíbrio difícil. Eu queria morrer, me atirar, mas aquele local era perigoso e mesmo quem estava decidido a viver corria o risco de ao menor descuido, cair na linha. Passaram pelo menos 3 comboios. Eu só me lembrava dos comboios de passageiros, mas havia também os de mercadorias. Do que esse funcionário me foi dizendo, guardei as palavras duras me acordando… Quais remorsos? Nem minha amiga. Nem meu noivo teriam quaisquer remorsos… Seguiriam a sua vida e eu desistia da minha por quem não me merecia. Se me traiam, não me mereciam. Aos 20 anos a vida teria muito para me dar… Muito e muito melhor. Acabei aceitando a mão dele, quase caímos, mas ele conseguiu me levar até à Estação. Deu-me um café no bar da Estação… Será que isso faz parte do treino deles? Não sei. Mas de certeza que nenhum treino, nenhum profissional teria como obrigação fazer o que esse Chefe da Segurança fez. Convenceu-me a lhe dar a minha morada. Nessa altura morava com os meus pais, como é natural.. Chamou um taxista dos que ficavam na Estação e deu-lhe a minha morada e pediu para me levar a casa e só regressar quando meus pais abrissem a porta e tivesse a certeza que eu chegara e disse para o taxista que pagava o serviço. O Cacém fica a cerca de 23Km da Estação. Não sei quanto custou o táxi. Então eu soube nesse dia que problemas todos temos, e grande parte deles, sem solução à vista. É algo que acontece e perante tantas preocupações temos de ser gigantes para conseguir resolver e ultrapassar tudo. Afinal não seria o meu fim de linha, porque um funcionário dos comboios, mesmo arriscando a vida, podendo cair, foi até onde eu estava e perdeu umas horas comigo que não lhe era nada. Ainda pagara do seu bolso um táxi para garantir que eu chegava a casa em segurança. E falou-me de Deus, de Jesus… Afinal, meu noivo que nunca mais vi, nem voltei a falar com ele, minha ex-amiga, a sua traição, não valiam nada. Alguém se preocupara comigo e me apoiara, mesmo não me conhecendo. E essa boa alma me lembrara que Jesus deu a sua vida por todos nós, para nossa salvação. Muitas vezes quis ir a Alcântara, procurar esse funcionário, pagar o táxi, mas por uma coisa, ou outra, acabei não indo e nunca soube mais nada dele. Mas não esqueci. Eu nunca paguei essa dívida, mas ao ler este livro, no caso, outro episódio em que o escritor narra que o filho caiu da bicicleta e um misterioso homem, ou anjo? Anjo homem? Homem anjo? Que importa? Na minha interpretação, aqueles que não creem em Deus dirão que é a Lei do Retorno. Mas eu entendo que Deus providenciou o socorro do filho deste escritor, porque ele, muitos anos antes, tinha providenciado o meu. Lei do Retorno, Sim! Do retorno divino. Não sei o que Deus pretende agora? 18 anos passados sobre esse dia, como a vida está difícil, embora tendo herdado a casa de meus sogros, acabámos tendo de alugar um dos quartos de nossa casa, a um jovem. Bom rapaz, introspetivo, muito educado, mas tímido, nunca falando de sua família, o que naturalmente respeitamos. Só sabíamos que era motorista por aplicativo, da Uber e da Bolt. Há poucos dias, contudo, casualmente, comentou sobre o pai, contando que era escritor, passara mais de 10 anos no Brasil, regressando há dois anos. E revelando que antes, trabalhara 25 anos nos comboios. Fiquei curiosa e procurei saber mais. Fora Chefe de Segurança em Alcântara. Saltei do sofá onde estava sentada. Não era possível? Meu Deus! Seria o meu jovem inquilino filho daquele funcionário? Seria o mesmo Chefe de Segurança que me fizera desistir de tirar a minha vida naquele dia. Claro que não! Era impossível! Só podia ser mera coincidência. Mas deixou-me com a pulga atrás da orelha, insisti e quis saber mais. Afinal era mesmo o Chefe de Segurança. Não sei que volta Deus está dando ao voltar a colocar no meu caminho essa boa alma. Sei que os problemas sempre nos acompanham, inultrapassáveis, mas não nos podemos esquecer da formiga que avalia uma gota de água como se fosse um tsunami. Tudo depende do ponto de vista. Temos de ter coragem, sermos guerreiros, para nos tornarmos gigantes. Quando o problema parece imenso, temos de nos afastar dele, porque ao ficar cada vez mais longe ele vai ficando cada vez mais pequeno. Minha amiga e meu noivo foram ficando tão pequenos que hoje não são nada. Nunca mais soube deles, nem quero saber. Casei, sou feliz, tenho uma filha e uma vida. Se o problema habitar na nossa cabeça, temos de manter o foco na solução. Quando a solução parece impossível, temos de procurar alternativas, quando as alternativas não surgem, vamos procurar fora da caixa, sermos criativos e irmos mais além daquilo que é óbvio e acima de tudo, como este escritor diz neste livro, temos de chamar Jesus para a nossa vida. Se um visionário contempla uma saída sem êxito, tenhamos Jesus para resolver o problema. Se perfeccionistas analisamos as diferentes perspetivas, sem limites e nada de achar a solução, em Jesus a encontraremos. Se estrategas definimos a nossa estratégia acreditando que chegaremos à solução, mas ela não surge, temos Jesus para a garantir. Podemos ser conquistadores, apoderarmo-nos de nossas vidas com determinação, mas só nos agigantaremos definitivamente, só tornaremos os problemas tão pequenos e insignificantes que não nos poderão atingir, tendo Jesus connosco. Meu Deus, mas ao ler este livro e tomar conhecimento dos planos da Vovó e da madrinha em relação ao aborto, tenho de dar graças a Deus. Se este escritor não tivesse nascido, afinal, eu, provavelmente não estaria viva hoje. Teria me atirado para debaixo do comboio naquele dia. Neste livro aprendi mais uma lição. Não importa o tamanho do problema. Solus Christ! É a solução. Jesus é a solução.

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Data: 04-07-2023

De: Serafim Dionísio Fernandes

Assunto: Re:TIVE DE FAZER UMA PAUSA

Deus! Jesus! Jesus! Deus! Tudo muito lindo, mas também muito utópico. Este escritor foi meu colega em Alcântara, antes de endoidecer por completo e abalar até ao Brasil, de onde acabou por voltar, com o rabiosque entre as ditas cujas (perninha). Mas já era doido. E todos comentávamos, mesmo dizendo-lhe: "olha lá bom samaritano, eu também sou filho de Deus. Passa aí umas notas da tua carteira para a minha". Era Chefe de Segurança, mas talvez o fanatismo em torno dessa utopia chamada Deus, o fazia confundir a profissão com Abono de família dos desvalidos. A menina escolheu o caminho errado, suicídio. Minha cara, foi traída, responda à letra, traia 20 vezes com os primeiros que lhe apareçam na frente. Mas o amigo, agora escritor, abono de família dos desvalidos até lhe pagou o táxi. Uma criança apanhou o comboio errado, não parou na estação onde devia ter saído e veio parar a Alcântara, sem dinheiro e o passe não dando, precisando de ir para a escola, lá estava o nosso Abono de Família dos desvalidos a pagar o bilhete da criança para que ela pudesse ir para a escola. E muitos outros casos nós assistimos. Quem tem que resolver os problemas sociais são os governos, as assistentes sociais. Não nos cabe a nós resolver os problemas do mundo. O que o nosso Abono de Família ganhou com essa doideira? Minha menina, se se limitasse a fazer o seu serviço, às obrigações profissionais, e guardasse o dinheiro dessa utópica solidariedade, hoje teria um bom pecúlio. Agora me venham com essas histórias de que quem dá aos desvalidos empresta a Deus. Quando Deus irá devolver o dinheiro do táxi da menina, do bilhete da criança, e por aí fora, ao meu amigo. Se Deus não passasse de uma utopia, eu teria de dizer que era um grande caloteiro. Ah! E essa outra dica... o meu amigo Abono dos Desvalidos, está ajuntando tesouros no céu. Para quê? Em que banco celestial? Quando partimos c'est finish. Acabou. E os tesouros do céu ficam para quem? Pois é, meu querido colega, amigo, Abono de Família dos Desvalidos só desperdiçou dinheiro que era seu, por direito, pelo esforço do seu trabalho e hoje, não ganhou nada. Não sei como vive, que dificuldades passa, mas os tempos estão difíceis e só espero que não seja ele a precisar de apoio... irá descobrir uma triste realidade. Todos lhe vão virar as costas e dizer "desenrasque-se"... Não é problema nosso ... E os tesouros acumulados no céu não passam de utopia, não lhe valerão de nada.

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Data: 05-07-2023

De: Maria de Fátima Carmona Travancinha Leal Gil

Assunto: Re:Re:TIVE DE FAZER UMA PAUSA

Meu caro Serafim és a vergonha dos Ferroviários. Falas mas não passas de um burro falante. Ao contrário de ti que estás suspenso com processo disciplinar em curso por ilícitos cometidos, o escritor quando deixou Alcântara para ir para o Brasil saiu com ficha limpa, imaculada. Muitos não gostavam dele pelo seu rigor mas era o primeiro a cumprir para tormento de todos que desesperavam por apsnha-lo em falta. Nunca apanharam. Foi um exemplo para todos, fez a diferença, juntando o humanismo ao seu ilibado profissionalismo. Este testemunho é a prova disso. E um valioso tesouro que está muito além da tua capacidade de compreender.

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Data: 04-07-2023

De: Serafim Dionísio Fernandes

Assunto: Re:TIVE DE FAZER UMA PAUSA

Deus! Jesus! Jesus! Deus! Tudo muito lindo, mas também muito utópico. Este escritor foi meu colega em Alcântara, antes de endoidecer por completo e abalar até ao Brasil, de onde acabou por voltar, com o rabiosque entre as ditas cujas (perninha). Mas já era doido. E todos comentávamos, mesmo dizendo-lhe: "olha lá bom samaritano, eu também sou filho de Deus. Passa aí umas notas da tua carteira para a minha". Era Chefe de Segurança, mas talvez o fanatismo em torno dessa utopia chamada Deus, o fazia confundir a profissão com Abono de família dos desvalidos. A menina escolheu o caminho errado, suicídio. Minha cara, foi traída, responda à letra, traia 20 vezes com os primeiros que lhe apareçam na frente. Mas o amigo, agora escritor, abono de família dos desvalidos até lhe pagou o táxi. Uma criança apanhou o comboio errado, não parou na estação onde devia ter saído e veio parar a Alcântara, sem dinheiro e o passe não dando, precisando de ir para a escola, lá estava o nosso Abono de Família dos desvalidos a pagar o bilhete da criança para que ela pudesse ir para a escola. E muitos outros casos nós assistimos. Quem tem que resolver os problemas sociais são os governos, as assistentes sociais. Não nos cabe a nós resolver os problemas do mundo. O que o nosso Abono de Família ganhou com essa doideira? Minha menina, se se limitasse a fazer o seu serviço, às obrigações profissionais, e guardasse o dinheiro dessa utópica solidariedade, hoje teria um bom pecúlio. Agora me venham com essas histórias de que quem dá aos desvalidos empresta a Deus. Quando Deus irá devolver o dinheiro do táxi da menina, do bilhete da criança, e por aí fora, ao meu amigo. Se Deus não passasse de uma utopia, eu teria de dizer que era um grande caloteiro. Ah! E essa outra dica... o meu amigo Abono dos Desvalidos, está ajuntando tesouros no céu. Para quê? Em que banco celestial? Quando partimos c'est finish. Acabou. E os tesouros do céu ficam para quem? Pois é, meu querido colega, amigo, Abono de Família dos Desvalidos só desperdiçou dinheiro que era seu, por direito, pelo esforço do seu trabalho e hoje, não ganhou nada. Não sei como vive, que dificuldades passa, mas os tempos estão difíceis e só espero que não seja ele a precisar de apoio... irá descobrir uma triste realidade. Todos lhe vão virar as costas e dizer "desenrasque-se"... Não é problema nosso ... E os tesouros acumulados no céu não passam de utopia, não lhe valerão de nada.

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Data: 09-06-2023

De: Leonor Mendes Guimarães, psicóloga Ericeira

Assunto: Basta!

Este livro me deixou profundamente indignada. O autor que conheci através do trabalho com as crianças do Centro de Férias da Ericeira, parece ter ficado alienado na sua passagem pelo Brasil. Afinal quem vai para o Brasil? Alienados em busca de retiros religiosos. Aliás, Portugal tem sido vítima dessa alienação por via dos milhares de Brasileiros que todos os dias chegam aqui, tentando inverter a história. De colonizados, querem agora nos colonizar. JESUS CRISTO, foi apenas uma personagem imaginária.. UM MITO... Usado para calar o povo enquanto continua a ser explorado e escravizado.
Até DEZ MIL ANOS ANTES DE CRISTO, o DEUS mais seguido pelos povos era o SOL.
Há 12.000 ANOS atrás, a sabedoria das grandes massas humanas era quase uma NULIDADE.. As pessoas em esmagadora maioria, incluindo os sábios desses tempos, não raciocinavam como hoje.. viam o mundo de forma estranha, aceitavam a lógica de que por exemplo um trovão era a VOZ de DEUS, ou um ARCO ÍRIS era um aviso de deus sobre acontecimentos invulgares próximos, etc... O raciocínio humano estava desligado da REALIDADE, das LEIS UNIVERSAIS DA FÍSICA.. valia tudo sobre o conceito de deus porque ainda não tinha sido descoberta a LÓGICA DAS COISAS, de tal forma que , se algum líder da crença em Deus afirmasse que Deus gostava de ver as pessoas torturarem-se a si próprias por amor a DEUS, as pessoas aceitavam isso como COISA BOA, como a perfeição, a sapiência e o amor absolutos da consciência do pai de todos nós...
Os humanos de há 10 mil anos atrás tinham pouco a ver com os de hoje. Era-lhes ensinado pelos supostos sábios de então que DEUS (o sol), MORRIA todos os anos no dia 22 de Dezembro, e NASCIA no dia 25 de Dezembro; tal era a alienação e a ignorância das LEIS DA FÍSICA e todas as outras, responsáveis por tudo o que acontece no universo incluindo a vida, as estações do ano, a morte, etc...
Essa crença baseava-se no facto de o nosso planeta girar á volta do sol com uma inclinação tal, que o sol vai baixando no horizonte desde 22 de junho até 22 de Dezembro; e a partir de 25 de Dezembro sobe no horizonte até 22 de junho.. e assim por diante por cada volta que o planeta dá em redor do sol. Mas os sábios desses tempos ignoravam todos esses mecanismos cósmicos, e, tudo era visto em função das lógicas imaginárias talhadas pela ignorância. Fala o autor contra uma das figuras mais proeminentes da história atual, Judith Butler. Desde cedo a mulher foi oprimida e escravizada pelo homem, pelas sociedades dominadas pelo homem. Mas a mulher por via dessa opressão, da forma como foi delineado o seu papel na sociedade pelos opressores, é sim vítima da opressão da natalidade, gestação que querem lhe impor. Ora nenhuma mulher nasce mulher, ou homem, nem tão pouco como máquina reprodutiva. Só que ainda os bebés não abriram os olhos, já a sociedade opressora lhe incute essas coisas, procurando a alienação da mulher para que continue submissa. Cada indivíduo tem de ser liberto para em sua consciência decidir o que quer ser. Menino, menina, ou até cão. Este autor refere o japonês que decidiu viver como cão, como exemplo da degradação humanas. Quando foi que ele falou com o japonês? Sabe se ele se sente degradado? A mim, pelos relatos da mídia, vejo ele feliz, dentro daquilo que ele se sente. Mas é claro que para o autor é fácil falar e acenar com o perigo da extinção da nossa raça humana. Na sociedade opressora ao homem está reservado o papel do prazer, da realização dos seus desejos gestacionais. A mulher enfrenta as dores, o sofrimento, nove meses carregando o peso dentro de si, sujeita-se a dar à luz com grande dor e sofrimento, depois, ainda tem de abdicar de mil e uma coisas para cumprir seu suposto papel materno, enquanto o homem pode continuar a se divertir, ir ao futebol, cinema, e por aí fora. Basta! Chegou a hora de acabar com a opressão gestacional da mulher, a sua opressão. Chegou a hora de permitir a felicidade de todos os indivíduos, dentro daquilo que sentem e como se sentem. Temos de calar as vozes retrógradas.

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Data: 02-06-2023

De: RUTE FARIA (Gil Vicente) Lisboa

Assunto: PROVÉRBIOS 8

Este é um livro que nos fala de Jesus, como só você, Setor sabe fazê-lo, como nos falou, naquela sexta-feira de novembro último, na Palestra para os finalistas do 11º Ano da Escola Secundária Gil Vicente. Se me permite um comentário, sem dúvida que na retrospetiva da sua vida, sua mãe foi a boa alma que salvou sua avó. Mas você também foi. Acredito que Deus vos enviou para salvarem a alma de sua avó. Mas se me permite, coloco-o no mesmo patamar de todos os setores.
… se é jovem, não tem experiência
… se é velho, está superado
… se não tem carro, é um coitado
… se tem carro, chora de barriga cheia
… se fala em voz alta, grita
… se fala em tom normal, ninguém o ouve
… se não falta às aulas, é um tontinho
… se falta, é um turista
… se conversa com outros setores, está a falar mal de nós, alunos
… se não conversa, é um desligado
… se dá a matéria toda, não tem dó de nós, alunos
… se não dá matéria, não nos prepara, os alunos
… se brinca com a turma, arma-se em engraçado
… se não brinca, é um chato
… se chama a atenção, é um autoritário
… se não chama, não se sabe impor
… se o teste de avaliação é longo, não dá tempo
… se o teste de avaliação é curto, tira-nos as chances, alunos
… se escreve muito, não explica
… se explica muito, o caderno não tem nada
… se fala corretamente, ninguém o entende
… se fala a nossa língua, alunos, não tem vocabulário
… se nós, alunos, somos reprovados, é perseguição
… se nós, alunos, somos aprovados, o setor facilitou
Então é isso, setor, os setores sempre estão errados, mas quem estiver a ler este comentário, só está a ler porque existem setores… se não fossem os setores, eu nunca seria capaz de escrever, ler e ser o que sou hoje. Aquela palestra, a forma como falou de Jesus, do judaísmo, islamismo, nos marcou e nos aproximou, uniu, católicos, muçulmanos e outras crenças. Vejo que no seu livro, faz dedicatória à sua + QUE TUDO, sua esposa Ada que sempre é honrada e enaltecida em suas obras e mesmo na Palestra mencionada. São belas palavras, para a esposa, mas são também palavras úteis. Muitos terão palavras tão belas como as suas, mas completamente inúteis, ditas no pós morten… Para serem úteis necessitam de ser ditas enquanto a sua + QUE TUDO está viva, as pode escutar. Ontem o 11º Ano se juntou, para confraternizar e reunir uns trocados para podermos presentear aqueles que sempre estão errados, os setores, mas que nos transmitem a sabedoria de que fala Provérbios 8.

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Data: 08-06-2023

De: + QUE TUDO

Assunto: Re:PROVÉRBIOS 8

Aos amigos e estudantes vicentina se vocês gostaram partilhem por favor

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Data: 12-09-2022

De: Maria Manuela Gomes Duarte (Famalicão)

Assunto: O Nosso Futebol

FUTEBOL EM PORTUGUÊS?
Não! A atual Sociedade.

Eu já nem falo, nem comento. Não vale a pena. Confesso que não li nenhum livro seu. Aliás não leio. Nada contra os livros. É mesmo falta de tempo. Levanto-me às quatro e meia da madrugada, todos os dias, excepto ao domingo. Entro na fábrica da Pastelaria pelas 5 horas. Uma jornada que vai até às 15 horas. Depois, de sair da fábrica ainda vou trabalhar num mini mercado, das 16 às 22 horas. Quando chego a casa, já só tenho olhos para a minha caminha. Bem sei que não foi bem esses horizontes que me levaram a estudar 12 anos e fazer um primeiro ano da faculdade que acabei tendo de desistir. Mas não me queixo. Afinal há quem não tenha sequer emprego. Sou de Famalicão e do Famalicão, do Clube. Sou por ser o clube da terra. Já do S L Benfica sou do coração. Sou a primeira a lamentar tudo o que se passou no jogo.
Mas fico muito triste quando nos acusam, aos de Famalicão, de Animais. Já li bastantes notícias e comentários sobre o episódio. Ninguém deveria ter de despir a camisola do seu clube para poder ver um jogo de futebol num estádio de outro clube. Ninguém deveria ter de esperar 30 minutos (ou mais) para sair de um estádio depois de ver um jogo de futebol em casa adversária. Ninguém merece ver um jogo de futebol com uma rede à frente, depois de pagar um bilhete. Ninguém deveria ser impedido de entrar com guarda-chuva, garrafa de água ou outro qualquer objeto que tenha necessidade de usar. O problema não está na criança que ontem teve de assistir a um jogo de futebol sem a camisola do seu clube vestida. O problema é bem mais profundo e os culpados são todos os que direta ou indiretamente contribuem para esse fenómeno que é o futebol. São as normas e a empresa de segurança as comprio e fez cumprir, sem ter a sensabilidade que o Senhor teve nesse jogo de basquete, protegendo uma criança que apenas empunhava uma bandeira da cor adversaria. Aí soltaram todas as virgens ofendidas de moral duvidosa, a notícia é que o que escrevo acontece em todos os estádios do futebol português. Mesmo que ninguém nos obrigue a despir a camisola do nosso clube, é preciso muita coragem para se vestir com as nossas cores num estádio de uma equipa de outras cores. Por todas estas razões, não iria ao futebol, se tivesse tempo para ir. Não tenho. Mas sempree pensaria duas vezes antes de decidir ir assistir a um jogo de futebol em que o FC Famalicão, ou o Benfica joguem fora. E nunca levsria as minha cores à mostra e não me manifestaria, se me sentasse numa bancada adversária. E nesse caso, nrm fedtejaria as vitórias do meu Benfica ou do meu Famalicão. Não o faria, não por medo, mas por respeito ao adversário. Porque não vou para a casa de alguém mostrar a minha alegria e esfregar a minha satisfação na cara de alguém que não estará tão satisfeito. É uma questão de respeito.
Não me parece bem que agora se faça do FC Famalicão e das suas gentes os maus da fita. Os que não sabem receber, os que até obrigam uma criança a despir a sua camisola no nosso estádio. A situação é fruto do clima que a maioria gosta de criar e contribuir para que assim seja. E a maioria dos que criticam com bastante moral são os mesmos que apelidam o clube de pequenino e desejam a descida de divisão. A minha sugestão é que os três grandes (talvez quatro) façam todos os anos um campeonato entre si, com 6 ou 7 voltas, e levantem as taças que lhes apetecerem, deixando uma outra competição para os restantes. Podem jogar sozinhos. E dessa forma acho também que mais de metade dos problemas do futebol português desapareciam. Para se ganhar e ter mérito nas vitórias são precisos adversários. Pequenos, médios, grandes, melhores ou piores, há que respeitar toda a gente.
Mas essa é apenas uma face da mesma moeda. Será só no Futebol? E na política? Vemos na televisão todos os dias o triste espetáculo dado pelos diversos candidatos às eleições do Brasil? Do Brasil? E os outros? E em Angola? E mesmo por cá, quando há eleições?
Para a maioria das pessoas não interessa a opinião do putro. Por isso, chega de falsos moralismos, indignação e muita admiração. Este é o futebol que a maioria quer e para o qual contribui. Porque é o espelho da nossa sociedade atual. Somos todos intolerantes. Até nas igrejas essa intolerância está bem viva. E só ficamos muito chateados, quando a pedra cai em cima do seu notelhado de vidro.

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Data: 28-08-2022

De: Vanda Simões São Pedro do Sul

Assunto: Sementinha

Educação! É evidente que começa em casa. Mas ao longo da vida vamos nos cruzar com professores, na escola, colegas, chefes, na vida profissional, vizinhos, amigos, com elementos que acabam sendo importantes na nossa educação, no nosso evoluir como seres humanos.
Mister! Você não foi importante. Foi fundamental! Tive a honra de ser uma das suas pupilas. No Programa Para Ti Se Não Faltares. De comum com as outras companheiras, e consigo, Nosso Monitor, a paixão pelo Andebol. A Irene Henriques que escreveu aqui na sua página, uma das nossas guarda-redes, e em de especial a Daniela, também guarda-redes, a Judite, a Vulkova que nos deixou tão cedo e de quem o Mister foi tutor, eram bem mais talentosas que eu.
Foi com o Mister que aprendi, aprendemos todas, a distinguir o que era supérfluo do essencial, o certo do errado. Ensinou-nos a sermos equipe, não um conjunto de miúdas. Ensinou-nos a crescer com as diferenças. Eu era da Amadora, de uma família bem modesta. Havia outras, algumas vivendo ainda com maiores dificuldades que eu, mas também tínhamos as ricaças, oriundas de famílias das classes mais altas, ainda que fossem apenas 3. Até havia duas oriundas de Instituições Sociais de Acolhimento. Histórias de vida, hábitos sociais e culturais, tão díspares que alguns consideraram ser impossível conciliar. Só que o Mister nos incentivou a escutar umas às outras, a expormos nossas ideias e acima de tudo, discutir com o coração aberto algum choque entre nós, acabando por compreender que esse choque era outra forma de viver, outros hábitos, outras culturas e acima de tudo, nos ensinou a pegar nessas diferenças e trocá-las umas com as outras, aprendermos umas com as outras e com isso, as diferenças não nos enfraqueceram. Pelo contrário, nos deram força, nos tornaram mais fortes.
O Mister nos fez ver como o Desporto era importante, muito para lá da vertente competitiva. Era o cuidar do nosso corpo, o corpo que Deus nos deu. E ensinou a nos respeitamos umas às outras, respeitar os adversários, dirigentes, todos. O Mister nos ensinou a viver em sociedade, na comunidade. Nunca esqueci as palavras suas, quando íamos a outras terras. "Todos temos o direito de dar de nós próprios a imagem que entendermos. Podemos até ser conflituosos, arrogantes, quando estamos sós e ninguém nos conhece. Mas em grupo, quando vestimos a camisola do nosso clube, numa terra em que ninguém nos conhece, não podemos manchar a camisola que vestimos. Ninguém sabe quem eu sou, quem é o A, B ou C, mas vêem a camisola que vestimos e vão apontar o dedo, não a mim, ao A, ou ao B, mas ao clube cuja camisola vestimos".
Eu era bem rebelde. Revoltada e confesso, tinha dificuldade em cumprir regras. Também estava habituada a que mas impusessem, obrigassem a cumprir, mas em que aqueles que mas impunham eram os primeiros a não as cumprir. O Mister foi uma grande surpresa. Exigia, era duro, mas sempre cumpria. Isso foi determinante para nós, no respeito por si, no aceitar das normas. Depois, o Mister deixou de ser o Mister, passou a ser o amigo, o confidente, o ombro de apoio, sempre que enfrentávamos algum problema. Se sabia que uma de nós não estava bem, mesmo fora dos jogos e dos treinos, nos telefonava, prontificava-se a se encontrar connosco, a nos ouvir. Discretamente. Confiavamos porque uma conversa, confidência tida consigo, ficava entre si e a confidente.
O seu caráter, a sua conduta foram determinantes para o cimentar da grande união do nosso grupo.
Um episódio que nunca esqueci, foi aquele dia em que jogamos no velhinho Liceu D. João V, com esse liceu, em Sete Rios, bem perto do Estádio da Luz e que ganhamos. Após o jogo, muito felizes, seguimos todos para o Estádio. Noite grande no Pavilhão Nº 2. Era a decisão do Campeonato de Basquetebol, e o adversário era o Porto, um eterno rival. Pavilhão cheio, quase todos adeptos do Benfica. Nunca soube de quem foi o erro? Dá organização? Do homem? Mas de um momento para o outro, entrou um senhor, com uma criança pela mão. Devia ter uns 12 a 15 anos no máximo, para a bancada onde estávamos e que era só para os benfiquistas. Logo um, ou outro adepto mais tacanho entendeu ser uma provocação e dois benfiquistas, resolveram proferir uma infindável onda de ameaças e palavrões dirigidas à criança e ao pai. Um mais exaltado chegou a tirar a bandeira do Porto da mão da criança e fez questão de a queimar. A criança chorava e o pai puxava-a para si, sem pronunciar palavra. Então; vimos o Mister se dirigir ao Benfiquista mais exaltado, pegar a bandeira e devolvê-la à criança. Dizer ao pai que a bancada deles era a oposta, acompanhando-os, abrindo mesmo a porta da pequena vedação que separava o recinto de jogo das bancadas. Com o Comandante dos Stuarts, batalhão da Polícia especial para os recintos desportivos em jogos considerados de risco elevado, a abrir o porta, respeitosamente para o nosso Mister que acompanhou pai e filho até às bancada onde alguns adeptos do Porto estavam e regressar ao seu lugar junto de nós. A verdade é que vi muitos adeptos do Benfica aplaudindo. Um momento que a Benfica TV transmitiu em direto. Essa imagem creio que talvez tenha marcado essa criança. Não sei? A mim marcou-me e num ou outro comentário, nos dias seguintes, na escola, me dei conta de entusiasticamente dizer, orgulhosa:
- É o meu Mister.
Mister, formei-me em Ciências do Desporto e essa sementinha lançada por si, está dando frutos. Hoje vivo em São Pedro do Sul, estou dando os primeiros passos como treinadora das juniores da Associação e ontem, na Apresentação, fiz questão de falar a elas de si e tentar lhes passar todos os valores que me transmitiu.

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Data: 04-09-2022

De: Ada lima

Assunto: Re:Sementinha

Que comentario delicado,obrigada pelo q vc relator acerca do escritor,realmente ele é maravilhoso e os livros sao exelente,gratidao mesmo.

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Data: 21-08-2022

De: Aloisio Augusto da Cruz Ferreira da Casa

Assunto: SÃO RATOS DE ESGOTO

Eles são uma espécie de seres vis e repugnantes. Por vezes até se parecem com gente... Mas não são gente. Mas afinal de que espécie se trata?
São os ratos de esgoto. Vivem atolados em sua ignomínia, miserabilidade e imundice.
Os ratos de esgoto não passam de seres obscuros, em trevas profundas, semeando tempestades. Vis traidores, até se revestem de falsa doçura... Chegam mesmo a serem capazes de beijar e dizer com a maior doçura do mundo... "Eu te amo!". Mas tal declaração não passa de logro, da mais vil das falsidades... Afinal, também foi com um beijo que Judas traiu Jesus.
Ratos de esgoto são traidores e não se deixem enganar por ilusórias máscaras. Não passam de ratos de esgoto.
Por vezes conseguem chegar à mesa do Rei, comer na mesa do rei, mas não são realeza. E não passam de brevissimos fogachos que depressa se esvaiem na negritude das trevas.
Afinal não passam de ratos de esgoto. Nascem ratos de esgoto. Vivem como ratos do esgoto. E morrem como vis ratazanas do esgoto. E nem será preciso lançar-lhes isco mortal... Eles morrem envenenados com o seu próprio veneno. SÃO RATOS DE ESGOTO!

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