Por um Mundo mais solidário


Livro de Visitas - COMENTÁRIOS

Data: 06-06-2016

De: DANIELA DOMINGOS JARDIM (SANTARÉM)

Assunto: SÓ OS VERDADEIROS TALENTOSOS SÃO ILIMITADOS

Só os verdadeiros talentosos são ilimitados, tudo o resto é infinito. Este livro, “Entre Os Trens E O Mar” reflete as histórias de pessoas comuns que levam o leitor por si próprio ao exercício da reflexão e da representação visual, proporcionando um imaginário que a cada um somente pertence. Um livro que prende o leitor e demonstra o talento do autor. Achei o título deste livro bastante engraçado, mas que foi excepcionalmente bem concebido, pois retrata fielmente a trajetória de uma das personagens. É um livro com uma escrita clara e simples que aglomera contos da vida quotidiana e de realidades comuns ou, quem sabe, algumas memórias e dedicatórias. São três ou quatro histórias, cada uma é diferente da anterior, mas que acabam se relacionado entre si, como se fosse uma única história.

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Data: 06-06-2016

De: SUELI MORAIS SILVEIRA RIOS (SETÚBAL)

Assunto: UM AUTOR QUE DEFENDE A CULTURA

“Entre Os Trens E O Mar”, é um livro que me deixou profundamente comovido. Não só pelas suas histórias, nomeadamente, a de Daria e a de Sarita. No livro, Aloisio Ferreira da Casa, o autor, joga com as palavras à maneira dos parnasianos, colocando pontos essenciais e características importantes defendidos e cultuados pelos parnasianos, a exemplo da sonoridade e métrica regular. Manuel Bandeira também fez uso de recursos como ironia, sarcasmo e paródia. Ele demonstra também um notável realismo e uma eloquente escrita. Muitas das hipocrisias da nossa sociedade foram ridicularizadas e atacadas com veemência, nos alertando para a sua existência. Em determinada altura do livro, o autor recorre à exceção que confirma a regra; em oposição ao rigor gramatical e ao preciosismo linguístico parnasianos, valoriza a incorporação de gírias e de sintaxe irregular, e a aproximação da linguagem oral de vários segmentos do calão popular, como essa palavra “falseanes”. Para lá do livro e do seu valor literário, tenho de dar os parabéns ao escritor, pois assume o seu papel, responsável e; como escritor, protege a cultura, age em prol da cultura, ao contrário de muitos outros. Hoje, temos a possibilidade de baixar livros no nosso celular, mas mesmo sendo mais baratos, eles custam dinheiro. Eu amo ler. Sou apaixonada pela leitura e mesmo na versão digital, já tive de renunciar a muitos livros que amaria ter lido, pois não tenho dinheiro para os baixar. A crise que Portugal viveu e ainda vive, mesmo dizendo, os políticos que está melhor, está passando, a verdade é que na pele, não sinto melhoras nenhumas, ela, a crise, me levou a casa, que tive de entregar ao Banco, me levou muito mais coisas, hoje vivo com meu marido e meu filhinho de oito anos, num quarto, alugado, na cidade de Setúbal e, na maior parte do tempo, não vivemos, nos limitamos a sobreviver. A Kindle Amazon criou uma biblioteca que empresta livros. Basta comprar, baixar um livro por ano, e poderemos recorrer à biblioteca, durante o resto do ano, baixando por empréstimo o livro que queremos ler e o mesmo fica disponível por duas semanas, em nosso celular. Agradeço ter permitido que o seu livro fosse colocado na Biblioteca, pois muitos autores, esquecendo as suas obrigações para com a cultura e permitir que mais pessoas tenham acesso a ler livros, mais preocupados com as vendas e lucros, direitos autorais, não permitem que seus livros sejam disponibilizados na biblioteca. Sei que; para vós autores, ela funciona com uma verba específica, um montante que a Amazom tem, mensalmente, para distribuir pelos autores que incluam seus livros na referida biblioteca, recebendo uma pequena verba mensal, certamente inferior aos direitos autorais, mas mesmo assim, uma justa recompensa, sendo o valor calculado pelo número de obras baixadas na Kindle. Quem tiver mais vendas e empréstimos na biblioteca, recebe mais um pouco que aqueles que menos tiveram suas obras baixadas. Obrigado por me ter permitido ler os eu livro. Espero novas obras suas, para as baixar. Parabéns por ser um autor que defende a cultura.

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Data: 05-06-2016

De: CARLA ASSIS (SILVES)

Assunto: EU NÃO SOU NADA.

Meu Amigo, o que espera uma atleta? Apenas e só, ficar no topo, vencer. A vitória é o mais importante. No Estádio da Luz, do nosso Sport Lisboa e Benfica, realizou-se a GIMNÁGUIA, CAMPEONATO NACIONAL DE GINÁSTICA RITMICA DESPORTIVA 2016. Concorri em individual feminino, onde fiquei em segundo lugar, medalha de prata. HÁ 3 ANOS QUE EU E O MEU PAR, O LUÍS, ANDAMOS A TREINAR, PARA CHEGAR AO TÍTULO, EM PARES. DEPOIS DE TERMOS VINDO EM CONTINUADA ASCENÇÃO, ERAMOS CONSIDERADOS COMO UM DOS PRINCIPAIS FAVORITOS AO TÍTULO DESTE ANO. UM ESTÚPIDO ACIDENTE DE VIAÇÃO DEITOU AMEAÇOU TERMINAR COM O SONHO. MEU AMIGO ESTAVA FORA E EU TINHA DE ENCONTRAR OUTRO PAR. DEPOIS LI O SEU LIVRO, “ENTRE OS TRENS E O MAR”. E FIQUEI A PENSAR NA SETENÇA DE DEUS, NA SUA CONSTANTE ENTREGA EM APOIO AO SEU SEMELHANTE. NA SOLIDARIEDADE QUE SEMPRE TEVE, PARA COM TODOS E DECIDI QUE NÃO IRIA ATUAR COM MAIS NENHUM PAR. A LEALDADE E OS VALORES DA SOLIDARIEDADE QUE APRESENTA EM SEU LIVRO, ME INFLUENCIARAM. FICÁMOS EM 5º LUGAR, ENTRE 24 PARES. EU NÃO SOU NADA, COMO VOCÊ DIRIA. MAS O LUÍS É UM VERDADEIRO CAMPEÃO. NÃO GANHÁMOS, MAS ESTOU FELIZ, O PÚBLICO APLAUDIU DE PÉ. OS JURIS APALUDIRAM DE PÉ. TODOS APLAUDIRAM DE PÉ. O VÍDEO QUE A FAMÍLIA BENFIQUISTA POSTOU SÓ PODE SER VISTO POR MEMBROS DO GRUPO NO FACE E SÓCIOS DO BENFICA, MAS REPASSO AQUI O LINK: https://www.facebook.com/carla.assis.77/videos/10155085233068438/
De Silves para a Gimnáguia, o Luís, uma lição de força de vontade e de espírito de luta. Temos tanto que aprender! Obrigado. Estou feliz.

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Data: 03-06-2016

De: Etelvina Carmo Dos Santos Santos

Assunto: Jesus Vos Ama E Eu Também

Boa Noite meu anjo. Lindo o jantar à Luz de Velas que ofereceste a tua esposa. Abençoado o homem que reconhece o valor de uma sabia esposa. Continua assim, humilde e agradecendo as Deus todas as Bênçãos que ele tem para te dar. Abençoada sexta feira para ti e tua esposa..Muita Paz e Luz!!!! Que tenham um abençoado amanhecer na paz de Deus!!!
"Nada melhor do que um dia após do outro e Deus a frente de tudo, para que Ele possa trazer sonhos a realidade e respostas as orações. No tempo de Deus tudo é perfeito. Anjo de luz, presenteaste-nos com mais um belo livro. Os amigos da Associação Popular do Lumiar, onde colaboraste como voluntário, ficam felizes por tit. Parabéns. Muitos beijinhosssss com muito carinho meu pra ti e tua esposa, Jesus vos ama e eu também...

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Data: 03-06-2016

De: MARIA LEONOR DA COSTA DUARTE (LISBOA – BAR AZM)

Assunto: UM BRINQUEDO CARO!

Há mais de vinte anos que exploro o bar da Estação de Alcântara-Terra, o AZM. Conheci nesta estação o Sr Aloisio Augusto da Cruz Ferreira da Casa, enquanto Chefe de Segurança deste complexo. Congratulo-me pelo seu êxito como escritor. Mas lamento tê-lo perdido, pois era uma garantia para todos nós, aqui. Pelo seu brio profissional e pelo cuidado com que executava as suas obrigações. Relembro uma bela noite, perto das vinte e três horas, em que ele foi chamado de urgência, a um comboio acabado de entrar na Estação. Um idoso estava passando mal e desacordado. Ele conseguiu salvá-lo. Ao lhe ministrar uns choques elétricos, com o desfibrilador portátil, Hoje, possivelmente o idoso morreria. Ninguém nesta estação, apesar de a lei o exigir, sabe utilizá-lo. Tudo isso, porque, mesmo responsáveis e auferindo o ordenado de responsáveis, não estão dispostos a perder tempo, cerca de 24 horas divididas em 12 dias, para tirar o respetivo curso, uma vez que esse curso é tirado em tempo de folga e não remuneradas as horas. Um desfibrilador é um brinquedo muito caro, cerca de 3000€, para estar inativo e sem ninguém que o saiba utilizar e possa salvar uma vida numa emergência, o que até está na lei, como obrigatório, todos os complexos ferroviários terão de ter um, e claro está, uma pessoa qualificada para o manejar. O Sr Aloisio passou essas 24 horas num curso não remunerado, mas salvou uma vida, o que, parece ser algo desnecessário para muitos ilustres funcionários e chefias dos comboios, em Portugal.

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Data: 01-06-2016

De: ISABEL ATALAIA (LISBOA – ATRIZ TIL – Teatro Infantil de Lisboa)

Assunto: MESMO MUITO BOM!

Nos últimos anos tenho aprendido muito. Na verdade, conheci o autor, Aloisio Augusto Ferreira da Casa, ainda nos tempos do liceu. O bichinho do teatro ficou enraizado em nós, fizemos ambos parte do GAJA – Grupo de Ação Juvenil de Arroios. Eu segui a minha carreira artística, no teatro e hoje faço parte do elenco do TIL – Teatro Infantil de Lisboa. O meu antigo companheiro e amigo, muitas coisas me ensinou, entre as quais, a ser mais tolerante. Confesso que não era muito chegada a Deus, ou à religião, mas este bom escritor, tem vindo a me influenciar para que me torne mais próxima Dele. Nos tempos da juventude, era fértil em ideias feitas e pré-concebidas, hoje sou mais relaista. Nunca mais atiro pedras a quem disser que não tem dinheiro para ter um segundo filho ou até quem diga que não tem dinheiro para ter sequer 1. É aquela velha história, eles criam-se. Como era antigamente? Ninguém ficava por criar. A sabedoria popular é que sabe, sempre houve dinheiro para se criarem os filhos. Só que não é bem assim. Um casal de 40 anos com dois filhos um de 14 e outro de 10 necessita de 766 euros mensais para ter uma “alimentação digna”. 766€???? Um casal cujos ordenados sejam próximos do ordenado mínimo estão no mínimo em falência técnica, suponhamos que recebem entre os dois 1200€ se retirarmos 766€ para alimentação sobram 434€ para todas as outras despesas, incluindo, renda/prestação da casa, eletricidade, água e saneamento, gás, vestuário, transportes e educação. Mas mesmo que recebam os dois 1500€ se retirarmos os 766€ sobram apenas 734€. O estudo refere que contabiliza algumas refeições fora de casa e ainda a visita de amigos, que convenhamos são programas que qualquer família deveria conseguir fazer. Um estudo muito benevolente e irrealista. Quem é que ainda ousa almoçar fora de casa, quando, nem sequer em casa tem dinheiro que chegue? O que todos sabem é que só há uma alternativa, PASSAR FOME! A verdade é que comento várias vezes com o meu marido e com amigos que a alimentação está muito cara e que a qualidade dos alimentos é cada vez menor. Fazer uma alimentação equilibrada e saudável, com carne, peixe, legumes e frutas de qualidade não é fácil. Obriga a uma gestão controlada, muita atenção às promoções e uma seleção muito detalhada das ementas. Mas as famílias vivem com bem menos, mas será que vivem ou sobrevivem? Não é de estranhar que os casos de obesidade, diabetes estejam a aumentar nas crianças e que a hipertensão comece a aparecer em jovens de 18 anos e que o colesterol seja um problema de pessoas com 20 anos. Comemos mal, mas será que podemos comer bem? Basta fazer uma ronda pelas promoções dos supermercados para percebermos que a maioria dos alimentos em promoção não estão indicados para fazerem parte da ementa diária de uma criança ou jovem. Comida processada, pré-confecionada, rica em açúcares e pobre em proteínas e vitaminas. Não tarda nada será mais barato comprar um litro de refrigerante do que uma garrafa de água. Já vi pães-de-leite industriais mais baratos que os pães normais, para não falar do pão escuro que é mais saudável e mais caro. É quase impossível entrar num supermercado para lanchar e afastar-nos dos alimentos não saudáveis, eles estão em todo lado e com preços mais apetecíveis do que as peças de fruta. Salvam-nos as maças e as peras, porque a restante fruta não está acessível a toda a gente, talvez as bananas. Muitas pessoas adorariam substituir a batata pela batata-doce ou a abóbora, mas o preço é proibitivo. Não seria de estranhar que nas zonas mais rurais onde cada um cultiva uma pequena horta e o que não se tem pede-se ou compra-se fresco do campo do vizinho, onde quem tem sorte até tem um pequeno espaço para criar animais, as pessoas sejam mais saudáveis. Se calhar vivem com menos mas acabam por ser mais saudáveis. Já existem alguns estudos que confirmam que nas cidades alguns tipos de cancro são mais comuns devido ao consumo de comida processada. Se nada se fizer para que as famílias portuguesas tenham acesso a uma “alimentação digna” estamos condenados a dois cenários ou à redução radical da taxa de natalidade ou às doenças derivadas de uma alimentação incorreta. Em qualquer um dos cenários estamos condenados à falência. Acho que é desta que me vou virar para a agricultura. Nunca mais atiro pedras a quem disser que não tem dinheiro para ter um segundo filho ou até quem diga que não tem dinheiro para ter sequer 1.
É os efeitos da crise, estarão vocês a pensar. Ela enlouqueceu. Vem aqui falar de um livro, “Entre Os Trens E O Mar”, e apenas fala de comida, ter 1, 2 ou mais filhos, de supermercados e alimentação??? Que terá isso a ver com esta obra do autor? Meus caros, lamento muito desapontá-los, mas TEM TUDO A VER! Serve para justificar o que representa esse livro e toda a sua qualidade. Hoje, cada vez mais me angustio, ao ver o teatro vazio, quase ninguém vai ao teatro. Não por ser inculto, mas por tudo o que disse nessa reflexão. Como é que um casal, ganhando 1.500€ se pode dar ao luxo de levar os filhos ao teatro. Assim, a nossa cultura vai por água a baixo. Quem é que pode dispor de sete euros, uns míseros sete euros, para baixar um livro no Kindle Amazon, ou noutro lado qualquer? Se para os escritores consagrados, os monstros da literatura, não está muito fácil vender livros, quanto mais para um autor que ainda não chegou ao estrelato? Vi aqui muitas postagens, enaltecendo o livro, a sua qualidade, o fato de ser muito bem escrito, muitos e muitos argumentos a favor, mas nenhum deles, na minha modesta opinião, é tão expressivo, quanto este fato: “A Amazon publicou o seu ranking de livros vendidos em Maio no Kindle Europe. O “Entre Os Trens E O Mar”, está no topo, como o livro mais vendido do mês. Não venham os arautos e profetas da desgraça, afirmar que os autores consagrados não publicam no Kindle, José Saramago, por exemplo, não tem nenhum livro no Kindle. E isso que importa. Não anula esse fato indesmentível: É MUITO BOM! SE A CRISE É GRANDE EM PORTUGAL, NO BRASIL NÃO ESTÁ MELHOR, BEM PELO CONTRÁRIO! As pessoas não têm dinheiro nem para comer, quanto mais para ler livros, ou ir ao teatro. Ter um livro como o mais vendido, ainda que no Kindle, na atual conjetura, é preciso ser muito, mas mesmo muito bom!

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Data: 30-05-2016

De: MANUEL FERNANDO VIRGÍLIO (PORTALEGRE)

Assunto: TORNEI-ME MAIS CHEGADO A MEUS PAIS

Quando vi este título, Entre Os Trens E O Mar, fiquei surpreendido, mas acabo por constatar que o autor venceu o desafio do livro que encanta leitor. Eu consegui rever-me nalgumas das histórias, nomeadamente, na pouca atenção dada a meus pais, acabando por prometer dar mais de mim mesmo, para estar mais tempo com eles. Aqui está um excelente motivo para me obrigar a ler este livro, mais uma vez, para me relembrar de meus pais. Eu devo estar louco, porque sou desorganizado e distraído, com a dificuldade que realizar todas as tarefas diárias e a minha relutância em ler livros, o mais certo seria que não conseguisse ler este até ao fim, até porque tem 699 páginas. Estava enganado, para minha surpresa, consegui lê-lo e adorei, ainda para mais, me tornei mais chegado a meus pais. Prometo que farei os possíveis para não os deixar sofrer com essa solidão de que o autor fala.

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Data: 29-05-2016

De: MARIA DO ROSÁRIO PEDREIRA (CANEÇAS)

Assunto: SENSIBILIZADA

Fiquei sensibilizada com este livro e com a história da Daria. Sim, ele contém outras histórias, mas foi essa a que mais me tocou, até porque ela foi minha aluna, aqui, na Escola Secundária de Caneças. Estava eu posta em sossego; se é que alguma vez consigo sossegar no meio desta crise global e com o stress que carrego há anos, tentando dar um pouco do meu conhecimento a meus alunos, quando descobri este livro, “Entre Os Trens E O Mar”. Devo desde já avisar que este comentário é muito egocêntrico e que, se não quiserem assistir à minha vaidade, podem parar já de o ler e regressarem ao que estavam a fazer antes. Mas, como ia dizendo, o livro tocou-me e resolvi discuti-lo com os meus alunos. Por acaso, eles, boas almas misteriosas, vieram dizer-me que o livro os tocou profundamente, mas desconfio de tanta sensibilidade. Irei aprofundar durante o trabalho que faremos em conjunto com ele. É que eles parecem passar ao lado das lições que o livro contém, mas estão entusiasmados com essa nova palavra que ouviram. Agora, aqui na escola, não só na turma, mas de forma generalizada, todos eles usam e abusam do termo FALSEANES. Pois bem, o livro é excelente e de grande ensino, muito bem escrito, mas por estes meus alunos, ele já ganharia notícia o prémio literário da Escola e por unanimidade! o que dá alguma segurança. O júri, os meus queridos alunos, abnegados, o dariam apenas e só, por essa palavra FALSEANES, a qual se deve ter enraizado definitivamente no vocabulário escolar. Parece ter engraçado, o motivo do êxito entre os meus alunos, pois eu acho que ele até poderia merecer o galardão, mas pela sua temática que era suficientemente qualificada para o merecer. Uma coisa boa, para variar, num ano triste como este, em que a cultura portuguesa continua a ficar mais pobre, mais falha de apoios e a crise continua a nos afetar a todos.

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Data: 29-05-2016

De: ANA CRISTINA GOMES (FOZ DE AROUCE – Mãe da Daniela Aparecida Pereira)

Assunto: O ESCRITOR MERECE

Mais um bom livro do escritor, Aloisio Ferreira da Casa. Os meus parabéns, pois o escritor merece.

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Data: 27-05-2016

De: FERNANDO ROCHA (LISBOA)

Assunto: A ESCRITA ESTÁ-LHE NAS VEIAS

Este livro, “Entre Os Trens E O Mar”, foi muito especial para mim: foi o recordar de um bom companheiro, dos tempos da escola, da nossa turma, de um bom amigo que sempre evidenciou o seu valor, bem como a sua hombridade. Eu e muito outros, fomos picados pelo bichinho do teatro, no Gil Vicente, mas já nesse tempo, na nossa turma, as melhores redações eram as deste autor. A escrita estava=lhe nas veias. Nem sempre a vida nos proporciona desenvolvermos as atividades que temos nas veias. A vida é um jogo. Nós, quais jogadores em hora de decisão do campeonato, ficamos nervosos, mas as contas acabam por sair e rapidamente entendemos que, pelo bem da nossa vida, da nossa vitória, às vezes, devemos abdicar dos sonhos, daquilo que nos está nas veias. De tal maneira acabamos por nos adaptar que embora menos felizes, acabamos mesmo por abraçar atividades que nos enfadonha e nada têm a ver conosco. Creio que isso é perceptível, no livro e na história do Caxito que todos percebemos ser o próprio autor. Durante 25 anos, a desenvolver uma atividade profissional, entre os trens ou os comboios, certamente, algo que fazia bem, suportava, era eficiente, responsável, sabia que tinha muitas vidas dependendo do seu brio profissional, mas não era o que lhe corria nas veias. Sem estresses, resignadamente, cumpriu e conferiu o seu toque pessoal, em todos os que conviveram com ele nessa atividade profissional. Um lutador, um vencedor, um verdadeiro campeão, como é apanágio de todos os benfiquistas. Como qualquer jogador de nomeada, sujeitou-se a atuar fora da sua área, mas fê-lo com brio e eficiência, fazendo a diferença. Soube esperar e um dia; “voilà”, ele teve a oportunidade de brilhar na escrita, como era seu sonho, como lhe ia nas veias e com suprema qualidade. Resta-me focar feliz pelo antigo companheiro e lhe dar os parabéns.

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Data: 27-05-2016

De: Maria Alzira Semião dos Santos Seixo (Critica literária e Professora Catedrática da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa - BARREIRO)

Assunto: FORA DO VULGAR - IMPRESSIONANTE VERSATILIDADE

O autor revela, maia uma vez, em “Entre Os Trens E O Mar”, ser um imenso rio, gigantesco no talento, com múltiplos afluentes: romancista, historiador, teólogo, sociólogo, naturalista dramaturgo, comediante, professor e educador infantil. Nesta obra, ele navega entre o romance e o drama, conta a sua própria história, a qual se mistura com outras histórias, de outras personagens. É de um grande realismo, utiliza uma linguagem simplista, permitindo que qualquer leitor tenha acesso ao teor do livro, ou seja, o compreenda. No entanto, o estilo é rebuscado. Mesmo nesta obra, podemos navegar em vários desses afluentes, o sociólogo que fala das ciências naturais, humanas e sociais, o teólogo que fala de Jesus e Deus com a autoridade de quem é profundo historiador e foca com sabedoria os fatos históricos, o dramaturgo que narra os dramas das várias personagens que compõem a história, mas falo-o num estilo romancista, muito bem concebido. E aí, estará o segredo para conseguir conquistar alguns leitores com diversos gostos. Uma grande versatilidade impressionante. É realmente um grande livro, este e outros do mesmo autor. Veja-se, como exemplo marcante dessa versatilidade, os seus últimos três livros: “O Amor E O Terror”, impressionante manual sobre o terrorismo, o radicalismo islâmico, um notável ensaio, sobre o tema que assusta a humanidade, sobre os refugiados, indo ao fundo da questão e evidenciando com notável lucidez, o flagelo dos refugiados, as origens do maometismo, os erros dos ocidentais e aponta soluções, com grande realismo, apelando ao amor. Depois, mudança completa de estilo, presenteia-nos com uma doce história infantil, de grande rigor didático, incentivando os mais novinhos, a se preocuparem com a preservação do ambiente e a importância da água, no livro “O Gui E A Gotinha de Água”. E segue-se esta notável obra, “Entre Os Trens E O Mar”. Uma versatilidade e capacidade, fora do vulgar, só ao alcance de uma minoria de iluminados.

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Data: 26-05-2016

De: MÁRCIA FERNANDES (VILA NOVA DE GAIA)

Assunto: AMEI

“Entre Os Trens E O Mar” é, em primeiro lugar, um livro muito bem escrito, depois, é um livro que fala de comboios, ou, neste caso, de trens, o que é a mesma coisa. No meu caso pessoal, uma vida trabalhando na Refer, uma simples operadora, não pude ficar indiferente e aqui venho deixar a minha humilde opinião. Não sei dizer as coisas tão bonitas que outros aqui falaram, mas fui uma fiel leitora, curiosa e atenta, perspicaz e bem disposta. O que gosto, o que não gosto, o que me apaixona, o que me deprime, o que me move, o que me comove. Os meus gostos...os meus desgostos...os amigos do coração...os de toda a vida...os que perdi e os que vou ganhar. Tudo isso sei dizer e sobre este livro, só posso dizer que amei.

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Data: 26-05-2016

De: LUÍS FARINHA (LISBOA)

Assunto: SURPREENENDO O LEITOR

«Entre Os Trens E O Mar», o mais recente romance de Aloisio Ferreira Casa, é um livro que está mexendo com um conjunto de pessoas que conviveram com o autor e desconheciam-lhe essa capacidade para escrever um grande romance. Nos restaurantes onde ele ia, naquele que foi o seu local de trabalho, durante mais de duas décadas, o autor está causando surpresa, porque gosta de repensar continuamente a sua forma de escrever, o que motiva os leitores a se reinventaram. Em “Entre Os Trens E O Mar”, o autor opta por uma rara narração que tão depressa está na primeira pessoa, como já figura na terceira. Notável capacidade para baralhar o leitor de forma absolutamente lucida. Veja-se que ele acaba por contar a sua própria história, no entanto, como não sendo ele o narrador, mas sim uma terceira pessoa, neste caso, a jovem Daria que a conta para uma amiga que encontra numa praia. Eu diria que era um caminho perigoso, pois tende a fazer nascer a confusão, no entanto, a génese de “Entre Os Trens E O Mar” está tão bem conseguida que essa perigosa opção, se torna natural e perfeitamente lógica. Aloisio Augusto Ferreira da Casa utiliza histórias reais para construir um universo ficcional. Seus romances são ficção, mas são realidade. A fronteira entre ficção e realidade, vista através da literatura Aloisio Ferreira Casa, é algo muito ténue. O leitor é transportado para um mundo novo com ligações a algo concreto e conhecido. As histórias apenas fazem sucesso, porque retratam aspetos mundanos em que acabamos por, aqui e ali, ver algo que nós próprios vivemos. Ao contar as histórias reais, em modo de ficção, ou a ficção em modelo real, acaba por resgatar algumas das nossas próprias memórias, surpreendendo o leitor que julgava tal ser uma impossibilidade. É por isso que causa sucesso entre aqueles que com ele conviveram e não o suponham capaz de tanta versatilidade.

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Data: 26-05-2016

De: JOÃO TORDO (VALE DE MILHAÇOS)

Assunto: O DICIONÁRIO FICOU MAIS RICO COM ESSA NOVA PALAVRA

É engraçado como uma palavra de repente se torna tão mística? Sem que consigamos perceber o porquê? Apetece dizer, soltar um grito lancinante: "Faremos os possíveis. Resistiremos à pequenez a que nos prendem, ao nome que somos, ao corpo ridículo que temos, resistiremos à Conservatória, ao estado larvar a que fomos condenados, porque somos muito mais compridos do que isso, muito mais antigos, muito mais vastos. Temos asas coloridas de borboletas dentro dos casulos pútridos e cinzentos a que chamamos realidade objetiva ou identidade ou individualidade. Resistiremos. Não nos renderemos." Tudo isto vem a propósito desta obra “Entre Os Trens E O Mar”, do autor, Aloisio Augusto da Cruz Ferreira da Casa, o qual, foi meu vizinho, viveu por mais de dez anos, aqui, em Vale de Milhaços, na Margem Sul do Tejo. Era meu freguês, comprava na minha modesta mercearia, da Rua da Niza. Ao ver o que outrem, com tanto a propósito, escreveu aqui, sobre as e os FALSEANES, uma palavra inventada pelo autor nesta obra e que nos faz ficar com um dicionário mais rico, mais completo com essa nova palavra. Não sendo hipócrita, mas já que há tantos falseanes, porque não, também eu? Apenas para tirar uma lasquinha? Já li o livro no Kinder, mas se conseguir o físico o livro impresso, como os antigos livros, eu o irei adquirir, até lá, apetece-me colocar uma foto do livro, gigante, coloca-la na montra da minha mercearia e acrescentar por baixo: “VIVA O GRANDE ESCRITOR, VIVEU AQUI NO NOSSO BAIRRO E FOI CLIENTE DESTE MERCEARIA”. E depois? Pouco ético? Não. Apenas mais um falseane. E já que falamos de falseanes, acrescentem lá mais um, ou uma. Aquela que compartilhou a vida, por mais de doze anos, com o escritor, a sua primeira esposa. Cara amiga que escreveu sobre as e os falseanes, você esqueceu essa. Durante anos e anos, assistimos eu e minha esposa, ao escritor chegar do supermercado, carregado que nem um “burro”, sem ofensa para ele, esbarrando na intolerância da esposa, sempre destilando seu veneno, insultando-o, afirmando que apenas comprava porcaria. Ela nada fazia, além de ir e vir, do trabalho, beber até ficar embriagada. O seu esposo, amado por todos aqui, o que mais enciumava a esposa Falseane, carregava que nem um burro, fazia as compras, tratava dos filhos, ia à escola e uma única vez em que a esposa falseane foi a uma reunião escolar, o filho mais novo ficou envergonhado. Muitas moças, desde novas, a algumas com mais experiência de vida, suspiravam pelo escritor e diziam: “Como aquela mulher trata esse homem que é um Santo. Quem me dera ter um assim. O marido que toda a esposa deseja”. E a esposa falseane, bem pode agradecer ao BOM DEUS, pelo marido que tinha e não soube conservar. Era honesto. Oportunidades não lhe faltaram e muitos outros, bem teriam colocado, muitos e muitos pares de chifres na esposa, pois não faltava quem quisesse o agora escritor, nem que fosse por uma noite. E nem se importariam com essa questão do extrato social. Ele é que não deu hipóteses. Sempre mal disposta, a esposa FALSEANE, nunca se dispunha a sair ou a passear e quando o fazia, com o esposo e os filhos, sempre era com má cara. Uma vez, numas férias que foram passar na Madeira, voltaram mais cedo por já não puderem suportar a “carranca” da esposa e da mãe. Eu e minha esposa sempre comentávamos: “Um dia o homem chateia-se e vai embora”; “Nesse dia ela é que vai se dar conta do bem precioso que tinha a seu lado”; “só depois de perdido o ouro é que se lhe dá o valor”. Era evidente e apenas uma questão de tempo. Um dia ele ia embora, como foi. Nesse dia, os filhos apenas ficaram com a mãe, por piedade dela, uma pessoa amarga, amargurada, infeliz e incapaz de fazer, quem que seja, feliz, uma falseane, mas era com o pai que conviviam e com ele é que passeavam, com ele é que contavam para tudo. Pois acrescentem lá, mais essa falseane ao rol dos falseanes. E já agora, acrescentem-me também a mim que nada percebo de literatura, mas coloco a minha mercearia nos píncaros da lua, apenas com essa afirmação: “O escritor foi meu cliente, como sou importante, afinal, não é todos os dias que temos um escritor entre a nossa clientela”.

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Data: 26-05-2016

De: NELSON ÉVORA (LISBOA)

Assunto: ESPERO QUE ME SIRVA DE INSPIRAÇÃO

Um atleta olímpico não vive só de treinos. Vou estar mais uma vez nos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro e vou levar alguns livros para ler. Gosto muito de ler e é sempre bom para descontrair, à noite, no quarto, deitamo-nos sempre cedo. Ler faz-nos ativar a mente e deixa-nos descansar o corpo. Ouvi rasgados elogios a este livro, para mais, escrito por um grande Benfiquista. Já o baixei, garantindo a leitura para essas noites, no Rio de Janeiro, entre as provas. Só espero que me sirva de inspiração.

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Data: 25-05-2016

De: ELIZABETE GOMES (LISBOA)

Assunto: A BELA HOMENAGEM AOS PAIS

“Entre Os Trens E O Mar” é a mais recente obra publicada do escritor Aloisio Augusto da Cruz Ferreira da Casa, o meu antigo vizinho. Viveu muito tempo aqui, na Rua SousA Viterbo, onde vivem ainda e desde que os conheço, seus pais, Ferreira e Tina. Não é uma família com quem tivesse muito contato, além do normal cumprimento quando nos cruzávamos. Trata-se de família respeitada e uma das tradicionais famílias portuguesas, o livro aborda, invariavelmente, fatos relevantes da vida quotidiana de muitas personagens, as quais, notamos corresponderem a pessoas reais, ainda que possam ter outro nome, de uma boa qualidade literária ou artística e ainda, abordando temas considerados relevantes na vida local, de uma estação de trens/comboios e de uma vila piscatória, importante estancia turistica. Esta obra parece surgir no seguimento de outra obra que publicou há tempos e que gerou grande controvérsia e agitação; “Anjos e Demônios Na Vida de Sarita”, a qual trata da saga da Sarita. Aliás, este autor parece ser um autor sem papas na língua, dizendo o que tem de ser dito. O título curioso, é inteiramente justificado pelo teor da história e por ela retratar a sua vida, dividida entre a Ericeira e A estação de trens/comboios onde trabalhava, mas verdadeiramente emocionante, é o brilho que ele transfere para as personagens do próprio pai e da mãe. O Ferreira e a Tina devem estar orgulhosos pelas belas palavras e a linda homenagem que o autor lhes presta. Nesta obra, Aloisio Ferreira Casa dota os pais de luzes tão brilhantes e intensas que os fazem cintilar como uma constelação de estrelas e, particularmente nos tempos atuais, em que parece, cada vez mais, pais e filhos andarem e costas voltadas, divorciados, em sociedades perigosamente feridas dos mais vis atentados ao sagrado valor da família, ver um filho a honrar os pais como o autor o faz, é digno de admiração e realce. Pode ser muito emocionante e nos trazer as lágrimas aos olhos, a história da jovem russa, Marianna, da Sarita e de tantas outras, mas eu continuo a achar a parte mais bela do livro, a declaração de amor e a forma como o autor honra os pais.

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Data: 25-05-2016

De: CRISTINA EMILIA AMORIM (LISBOA)

Assunto: FALSEANES

Li com gosto o livro do escritor Aloisio Augusto da Cruz Ferreira da Casa, “Entre Os Trens E O Mar”, um excelente livro que meu um prazer enorme. O autor foi meu amigo e continua a sê-lo, apesar de viver agora muito longe. Na verdade, tenho-me divertido imenso com alguns comentários que postam aqui na sua página. Eu vivia com a minha mãe, na Estação de Alcântara-Terra, filha de ferroviário, o qual cedo faleceu, vítima de um acidente em que um comboio, ou trem lhe ceifou a vida. Habitue-me a falar e trocar impressões com o autor. Por vezes, no verão, em noites mais quentes, em que era difícil adormecer, estando ele de serviço, nós ficávamos até altas horas a conversar. Pelos Santos Populares, eu e minha mãe, sempre lhe oferecíamos um manjerico, um negócio que tínhamos, plantando e tratando dos populares manjericos que em junho vendíamos para vendedores ambulantes. Algumas das más línguas até chegaram a aventurar que tivéssemos algum caso e um namorico. Nunca tivemos, mas fomos como irmãos. Mas voltando ao livro, que magnifica palavra essa, FALSENES! Como me tenho divertido. Ontem fiz sucesso quando visitei minha mãe nessa estação, e distribui generosamente uns imensos falseanes. Muita gente vem aqui dizer que estão surpreendidos, de boca aberta, ao descobrir todo o talento deste escritor??? Falseanes, respondo eu. A DRª Manuela, era e..., certamente ainda o será, tenho a certeza que sim, loucamente apaixonada por esse escritor. Via-se nos mais pequeninos pormenores, até na forma como suspirava quando passava por ele. E também está abismada com o talento do escritor???? Falseanes, respondo eu. Ela sabia, Faz-me lembrar uma vez que fui ao supermercado e comprei uma maçãs lindas, totalmente limpinhas, sem uma única mancha, casca imaculada e quando as abri, estavam todas podres por dentro. Por vezes, compro algumas muito menos vistosas, exteriormente, mas por dentro, sãs e saborosíssimas. É o mal de quem só vê o exterior. Mas continuo a insistir, FALSEANES. Todos esses doutores e doutoras. E naõ era apenas a Doutora Manuela, muitas ladies, muitas doutoras e executivas estavam perdidinhas por ele, completamente pelo beicinho. Deus faz tudo bem feito. Se ele já fosse escritor nessa altura, as ladies andariam à pancada para o disputar. O autor era respeitado pelo seu caráter, pela competência, mas perante os extratos sociais, faltava-lhe alguma coisa, isso, claro para a hipocrisia de uns quantos falseanes. Faltava ele ultrapassar a fronteira. E um modesto funcionário dos trens, por mais eloquente, inteligente e talentoso que seja, com um caráter ilibado, no fundo, sempre é um modesto funcionário, prestável, leal, competente, sério, mas um modesto funcionário. Como é que na alta roda as sociedade, uma doutora preocupada com a sua carreira, em clara ascenção, a caminho do topo, dos topos, do limite do seu sonho, nas festas da sua alta sociedade apresenta: “Olhe. Deixe-me apresentar, este é o meu esposo, o meu namorado, um modesto funcionário dos comboios”. Aqueles a quem ela iria apresentar, outros hipócritas e falseanes, certamente iriam torcer o nariz e sendo gente influente, talvez a Doutora não chegasse ao topo. Digo e repito, até porque adorei e me apaixonei por esta belíssima palavra FALSEANE. Eu sempre vi o caráter, o talento e Inteligência desse escritor e todos notavam que era diferente. Diferente, pois tinha um brilho que não engana, a intima comunhão com Deus. Deus estava presente em sua vida e isso faz toda a diferença. Eu que o diga que amo o meu Deus acima de todas as coisas. E só tenho motivos para lhe agradecer. Um dia, ia com minha mãe para o norte e na autoestrada sofremos um gravíssimo acidente, o meu carro ficou totalmente destruído, perda total, os bombeiros tiveram de serrar o carro para nos libertar, pois ficámos presas no meio dos destroços. Não sofri nada, nem um arranhão, com exceção de uma dor no corpo, em especial nas costas que me apoquentou por alguns dias, o mesmo sucedeu com minha mãe. Isso só foi possível porque Deus estava conosco. Deus nos mostra que por vezes somos ridículos e hipócritas, ao privilegiar os bens materiais, o dinheiro, ouro, extratos sociais, posição e tantas outras coisas fúteis. De um momento para o outro, os bens se perdem, um terramoto um temporal pode destruir nossa casa e a qualquer momento podemos ficar sem nada, mas se tivermos Deus, nunca estaremos vazios, sempre nos reabilitaremos. Quando voltei a Alcântara. Depois do acidente, o meu amigo escritor lá estava, sempre pronto a apoiar-nos, abraçou-me carinhosamente e, juntos agradecemos a Deus. Por isso, não me venham com histórias, Deus faz toda a diferenças em nossas vidas e todos viam que o modesto funcionário era diferente. Faltava só transpor a fronteira. Falseanes, roam-se de inveja agora. Ele passou-a. Agora é escritor. Mesmo que não tivesse o talento que tem e ainda que não vendesse um único livro, seria muito charmoso. A doutora sentiria orgulho em o apresentar nas suas festas, aos seus amigos da alta sociedade. “Deixe-me apresentar o meu esposo, o meu namorado, o ESCRITOR”. Como soa bem. Como tem um som tão maravilhoso. É uma honra. FALSEANES. A algumas doutoras, a vida já ensinou a cruel lição, ensinou a valorizar os verdadeiros valores morais e de que nada somos sem Deus. QUERIDOS FALSEANES, aprendam a lição e que lhes sirva para o futuro, busquem Deus e deixem as futilidades, esqueçam os valores errados porque têm norteado suas vidas e enfim.... DEIXEM DE SER FALSEANES!

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Data: 25-05-2016

De: PAULO GUILHERME (ERICEIRA)

Assunto: POR MORRER UMA ANDORINHA

Lá diz o velhinho ditado português. “Por morrer uma andorinha não acaba a primavera”. Só que por vezes. Isso não é tão verdadeiro como seria desejável. Já tenho alguns aninhos, uma vida passada aqui na Ericeira, onde sou proprietário de um pequeno Restaurante, por felicidade, bem frequentado e que até conseguiu, mais ao menos, resistir à crise. A questão que coloco é; para onde vai este País? Neste livro “Entre Os Trens E O Mar”, muito bem escrito e. embora não seja especialista em Literatura, sou formado, um curso superior, em Administração de Empresas e, como tal, sei alguma coisinha. Não querendo falar muito do livro, até porque, quem quiser saber, deve-o ler e com uma enorme vantagem, a de muito ir aprender, com toda a certeza. O autor foi um frequentador do meu restaurante, O Gafanhoto. Quando por aqui passou, trabalhando com jovens necessitados, dirigindo um Campo de Férias desportivas, onde, no tempo em que esteve à frente dele, se tornou numa referência a nível Nacional. Basta ler os muitos números do Jornal O Ericeirense, da época, consultar os relatórios públicos do Mafra Imaspi e ouvir aqueles que foram utentes do mesmo. Claro que a famigerada Vera, uma falsa freira que pôs e dispôs por aqui, tem os lucros, por ter sido a enorme benfeitora que criou o tal campo. Na verdade, não compreendo como tanta gente ainda hoje, defende tal personagem que, acredito eu, sendo Deus justíssimo, hoje estará ardendo nos quintos do inferno. Na verdade, ela nada fez, a não ser se apoderar de um vasto rol de bens, se criou algumas instituições, foi para, em oculto, fazer fortuna à custa da imagem de santa e benfeitora e quando a sua obscura atividade foi descoberta, logo todas as instituições que ela criou, foram por água a baixo. Instituições de Solidariedade, Apoio a Idosos, a jovens, a mães solteiras, onde estão hoje? O Campo de Férias Desportivas, depois de este autor o ter deixado, definhou claramente, a ponto de um dia, ainda algumas pessoas desta vila e assistentes sociais de Mafra terem procurado trazer de volta o autor, já a viver no Brasil, mas que a freira resolveu desativar e recusar a cedência do mesmo, visto ele estar em seus terrenos e ela não ter prorrogado o aluguer do mesmo. Equipamentos caríssimos ficaram a se deteriorar, degradando-se, fustigados pelas intempéries, um importante patrimônio que foi pago, em mais de sessenta por cento, com dinheiro da segurança social e apoio governamental, portanto, com o dinheiro dos nossos impostos. O site de pedofilia que ela mantinha era uma afronta a todos os Ericeirenses de honra. Os crimes que cometeu são dos mais vis. No entanto, nesta terra há muita gente que não quer ver e ainda chora pelo monstro que em boa hora desapareceu. Mas esse é o estado do país. A Ericeira perdeu nos últimos seis a sete anos, instituições de apoio à jovens e crianças, a idosos, a mães solteiras, mas perdeu igualmente, 4 estabelecimentos de ensino básico dos primeiro e segundo ciclos, 2 escolas do ensino básico do terceiro ciclo e uma escola secundária, obrigando os nossos alunos que concluam o nono ano de escolaridade, a se deslocar até Mafra, para ingressarem na Escola Secundária José Saramago. Além de muitas outras perdas. Hoje vive-se bem pior, na Ericeira, do que há seis anos atrás. O Caso de pedofilia envolvendo a freira, onde está? Ela já se foi, mas dos acusados, quantos foram condenados? Muito poucos. Desses, quantos estão na prisão? Nenhum, estão presos, confortavelmente, em suas casas, em prisão domiciliária, podendo gerir seus negócios e suas vidas, à vontade. E; eu? Pergunto-me: Tenho um restaurante aberto, sou pacífico e não ando a envolver-me em brigas, muito menos, resolvo os meus assuntos à pancada, mas, a vida ensinou-me a nunca dizer, desta água não beberei. Se um cliente não pagar a conta e tentar fugir, eu ao tentar segurá-lo, lhe der um encontrão que o desequilibre, ele cair e bater com a cabeça nalguma mesa ou outra coisa e falecer? Que me acontecerá? Naturalmente serei preso, mas ficarei na prisão, não em casa. Há crimes e crimes. Há criminosos e criminosos e também aqui, há os criminosos comuns e os VIPS. E já agora, quanto ao outro caso, o da Casa Pia? Também estão em liberdade. E os escândalos de corrupção? E? .... E? .... Voltando ao livro, a pobre Marianna acabou sendo assassinada aqui, na nossa terra, na Ericeira, por mafiosos russos que vivem por cá, em total liberdade, atuando sinistramente sem que ninguém os incomode e depois, muitos cidadãos desta vila choram e defendem a falsa freira, só faltando torna-la num novo Dom Sebastião que há séculos é esperado o seu regresso, numa manhã de nevoeiro. Como foi possível um crime como esse acontecer debaixo do nosso nariz. Pessoas de bem, como a Sarita e os pais, tiveram de deixar a Ericeira, pois sendo as vítimas, eram tratados e acusados como se fossem criminosos e mesmo, suas habitações alvo de ataques e apedrejamento ou incêndios criminosos. É revoltante. Quanto ao escritor, apenas tenho uma pequena mágoa. Quando a alguns anos esteve de visita aqui, à Ericeira, não ter vindo almoçar no meu humilde restaurante, ainda tendo estado à porta mas decidindo ir a outro lado.

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Data: 25-05-2016

De: JAIME BRANCO DOS SANTOS (LISBOA)

Assunto: MAIS UM NOME A DECORAR

Amo as palavras! Sou um apaixonado por livros! E quem me conhece sabe que sou um verdadeiro fã de um bom romance. Na reunião de pais e professores da turma do meu filho, na Escola Secundária Gil Vicente, antigo Liceu Gil Vicente, a professora acabou informando com entusiasmo que estava lendo um livro de um antigo aluno do liceu e que era excelente. Resolvi baixá-lo e confesso que me impressionou. É mais um nome a decorar, não conhecia o autor, mas não terei nenhum constrangimento em o colocar os melhores autores não só contemporâneo, mas de sempre. Tenho o meu ereader repleto de livros, mas ainda com espaço para livros deste autor. É um excelente livro que nos tira o folego. Sem dúvida, foi uma sentida ler este autor e esta obra ENTRE OS TRENS E O MAR. Esta pequena crítica literária é apenas um agradecimento pela felicidade que o autor me proporcionou, ao ler a sua obra

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Data: 24-05-2016

De: JOÃO MANUEL RAPOSO (CHEFE DE ESTAÇÃO DE ALCÂNTARA-TERRA)

Assunto: VALE A PENA

Tal como o meu colega aqui já disse, o Chefe de Estação de Alcântar-Mar, também eu conheci este Aloisio Ferreira da Casa, quando trabalhou por cá e fez grandes amigos. Sobre a sua competência, faço minhas as palavras ditas pelo meu colega, quanto à nova carreira deste amigo, ela me deixa completamente surpreendido. Por vezes pensar em no muito que suportamos num trabalho tão duro como este, nos comboios deixa-me triste. E de todas essas vezes, a razão é o medo de algo correr mal, haver um acidente. O medo de uma falha nossa, fazer desmoronar muitas vidas, pais, esposos que podem não voltar a ver seus entes queridos, os abraçar, beijar, fazerem amor com suas esposas. É nesse amigo que penso quando em sossego me deito, e avalio o meu dia, à beira do meu brando suspiro que antecede o sonho. É lá que o reencontro, nas saudosas recordações que me deixou, livres de condições. Não vou parar de sonhar. Tive a sorte de encontrar e conviver com alguém tão capaz, quanto ao acusarem-no de ser muito rigoroso, extremamente duro, basta recordar as palavras que disse atrás. Como é que querem que alguém que tem a responsabilidade por zelar pela segurança da circulação de tantos comboios, ou trens, em que o menor descuido pode originar uma catástrofe, fazer ceifar muitas vidas, quam tem tantas vidas em suas mãos, se pode dar ao luxo de ser flexível e mole? Sejam realistas. Não posso ter mais, mas não posso ter menos. Vale a pena não ter o que não tenho. Vale a pena ter o que tenho. Essa foi uma lição que o autor nos deu neste livro e ainda nos fez o favor de falar dos trens, ou dos comboios que são a nossa vida profissional, por vezes se sobrepõem mesmo às vidas pessoais. Obrigado escritor.

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Data: 24-05-2016

De: CARLOS LISBOA (DIRETOR DAS MODALIDADES – S. L. BENFICA)

Assunto: OS TRENS, O MAR E O AMOR

Foi o primeiro trabalho que li do autor, Aloisio Augusto da Cruz Ferreira da Casa é um grande benfiquista e um velho amigo, e devo dizer que me surpreendeu pela positiva. Começando pela capa do livro, que é a sua cara, a cara de quem passou 25 anos a trabalhar nos trens e muitos dias junto ao mar que também adora, vê aqui espelhada uma grande paixão. É de uma beleza enorme, de uma simplicidade e envolvência sem igual. O título entrelaça-se com o conteúdo adivinhando as linhas que constituem a sinopse e os três elementos comuns em cada página: os Trens, o Mar e o Amor. Um romance, leve, fluido, de uma leitura marcante mas descontraída, em que os sentimentos e as emoções têm um papel essencial. As personagens são marcantes, mas tão atuais e reais que se podem facilmente se confundir com qualquer pessoa que cruze o nosso caminho. A escrita é descritiva, mas na medida certa, nota-se que é um livro cuidado, com bastantes revisões e de uma qualidade acima da média. Graficamente é um livro apelativo e muito bem estruturado. Analisando agora o conteúdo de cada história, a primeira foi a que menos me encantou. Terminou de uma forma que me fez querer saber mais, mais detalhes e pormenores. Fiquei com uma sensação de um certo vazio, uma sensação agri-doce. Apetecias-nos saber mais sobre essa aldeia russa de Ladoga.Vazio esse completamente colmatado pela segunda história, emocionante, da Marianna e da sua filha Daria. Esta foi de longe a minha favorita, muito completa, surpreendente e muito real. E a terceira, a da Sarita, sempre atual e a última do livro, com um carácter mais reflexivo que nos faz meditar sobre muitas questões com que já nos podemos ter deparado neste caminho que é a vida, nomeadamente a solidão.

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Data: 24-05-2016

De: ANA GOMES (LISBOA – CRÍTICA LITERÁRIA RCM MAFRA 93.7FM)

Assunto: UFA! QUE VIAGEM!

Ao ler este livro; “Entre Os Trens E O Mar”, a primeira conclusão que tirei, é que o autor, talvez por via da sua veia desportiva, se lança num jogo perigoso que nenhum leitor pode recusar… Afinal, somos portugueses e esta é..., Ainda é, a nossa Pátria. O autor embora a viver no Brasil, não esqueceu esse pormenor e denunciou os crimes impunes, dessa corja de mafiosos, a máfia russa, completamente à vontade no nosso Portugal, assassinos cruéis de uma jovem cientista russa, na Ericeira, uma das vilas de veraneio mais famosas dos arredores de Lisboa. O autor demonstra conhecer aquela, como a palma da sua mão, onde passou, grande parte da sua vida a cuidar de crianças e jovens adolescentes das classes mais desfavorecidas dessa comunidade, o que desde logo marca a intensa qualidade e realismo da narrativa. Não só escreve muito bem, como o faz sobre vidas de pessoas, comunidades, extratos sociais e grupos profissionais, com os quais está intimamente familiarizado. Escreve com a autoridade de um profundo conhecedor dos temas, das vidas e dos usos e costumes dos extratos sociais retratados na obra. Esse fator é decisivo. No fundo, o autor, nos faz uma oferta simples: tomarmos conhecimento das tramas que envolvem cada uma das personagens, pararmos para pensarmos e nos conscientizarmos das nossas reais responsabilidades, nos incentivando em deixarmos o nosso egoísmo de lado e pensarmos um pouco mais naqueles que vivem ao nosso redor, alertando para os trilhos perigosos que são obrigados a enfrentar e, para os quais, um pouco de solidariedade da nossa parte pode mudar por completo suas histórias de vida e suavizar um pouco as dores próprias daqueles que necessitam do nosso apoio. A alta sociedade sempre nos seduz pelo muito que nos pode oferecer, mas não devemos esquecer a riqueza que cada digno representante do povo, independentemente do seu estrato social, nos pode oferecer, apenas sendo necessário um benfeitor que nos chame a atenção e mostre essa riqueza. O autor dá voz aos mais inocentes, às vítimas e aos injustiçados. E o que começa por ser um calculismo frio em breve se transforma numa paixão avassaladora que prende o leitor. Incapaz de o controlar, acabando por se esquecer, até de comer, para não largar tão apaixonante livro. Numa obra de drama e romance, história e ciências, naturais, humanas e sociais, não falta uma generosa pitada de humor, uma habilidade rara para retratar fielmente personagens complexas e convincentes e com uma escrita que é como um forte soco emocional, traz-nos um livro cheio de sensualidade e perigo. Aloisio Augusto da Cruz Ferreira da Casa é um daqueles raros escritores que são de leitura automática para mim. E ainda mais raro, todos os livros que publicou se juntaram ao primeiro na minha prateleira. Entre Os Trens E O Mar, não é exceção. Ele prova mais uma vez por que motivo a estrela do raro talento deste escritor irá continuar a brilhar durante muito tempo. Foi difícil largar Entre Os Trens E O Mar e, quando finalmente o acabei, pensei Ufa, que viagem! Recomendo-o vivamente.

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Data: 24-05-2016

De: ADELAIDE CERQUEIRA (LISBOA – FADISTA AMADORA)

Assunto: ENCARAR A VIDA COM CONFIANÇA NO NOSSO DEUS

Um livrinho que se lê e retorna a ler. Achei este “Entre Os Trens E O Mae”, um livro muitíssimo bem escrito. É um livro com uma escrita clara e simples que aglomera contos da vida quotidiana e de realidades comuns ou, quem sabe, algumas memórias e dedicatórias. Cada história é repleta de atualidade e realismo, havendo espaço para bastantes temas. Para o amor, histórias divertidas, de solidão, de luxúria ou simplesmente histórias em forma de desabafo. O autor ainda demonstra a capacidade de nos guiar, caminhando de mão dada em direção à luz, DEUS E JESUS, na ingenuidade de uma vida levada por pequenas coisas singulares, simples e singelas. Neste percurso, faz-nos procurar o sexto sentido que é o culminar de uma série de obstáculos sonoros e visuais com que se deparam e de texturas que se apalpam e que aos poucos numa luta por cada um se transformarão num só. Qualquer dos personagens tem os seus sofrimentos, exaustos, mas percebem que foram absorvidos por algo belo, romântico e sedutor, o suficiente para que sintam que ali, lado a lado, podem encarar a vida com confiança no Nosso Deus.

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Data: 24-05-2016

De: JOANA AMARAL (LISBOA – LÍDER DO AGIR)

Assunto: PARA LER E RELER APROFUNDADAMENTE

Li este livro “Entre Os Trens E O Mar”. É um daqueles livros que ficam presentes em nós, há espera de serem relidos, o tempo vai passando e eles continuam dentro de nós. Segundo me foi dado a perceber, este é o livro onde o autor revela mais de si, da sua história. Partindo dessa história, ele conta outras, das pessoas que foi conhecendo ao longo do tempo e que o marcaram, ficando mais ligadas a si. São, todas elas, histórias que nos emocionam e fazem-nos repensar, impregnadas de realismo, mas também de um intenso romantismo e de muita poesia. É um livro interessante, com pequenas histórias de vários personagens, todas centralizadas, na do próprio autor, onde são retratados os mais variados temas: Perseguição e crime, de mafiosos russos, pedofilia, o terror da solidão. Gostei imenso logo da primeira história, a saga de uma cientista russa, com sua filha, a sua adaptação a uma nova realidade após a saída, diga-se despedimento da cidade secreta que o não era mais, mas que depois se viu forçada a uma fuga épica. O retrato tão lúcido sobre o flagelo, não do envelhecimento, mas do desespero de quem fica na mais atroz solidão que sempre nos causa medo e arrepios, trazendo ao de cimo, aquela criança que existe dentro de nós. A nossa vaidade, a nossa esperança, a nossa necessidade de coisas novas, nunca nos abandona. Outra história que nos deixa de rastos e com as lágrimas nos olhos, é a da Sarita, contada de uma forma intensamente realista que nos faz sofrer, mas é o retrato fiel, infelizmente, daquilo que se passa na nossa sociedade, fugindo a tanta hipocrisia, de tanta gente, não tão coerente como o autor, mas que muitos preferem ouvir, pelo simples fato de que não os faz sofrer, muito menos, tomar consciência de uma realidade que nos machuca. A Ritinha é outra história que surge no livro, igual a tantas ritinhas que como ela vivem angustiadas, procurando respostas para as fraquezas de seus pais, constantemente escondida na sombra de um passado sem pai, tornando-se numa menina incompreendida, a qual vive obcecada para encontrar um culpado para essa sua desventura. A falsa freira é o retrato fiel de tantos monstros que habitam ao nosso redor, mascaradas de figuras rosadas, esbeltas, perfeitas, nas que escondem um tenebroso coração que conhecido, faz com que qualquer pessoa lhe vote um ódio mortal, nos deixando felizes com a sua morte, o desaparecimento para nunca mais voltar. Deixando-nos livres dela para sempre. Dela sim, mas da doença, não. O mal é mais profundo e outras falsas freiras andam por cá. Ainda há o Lojista, um fraco que se refugia na falsa risada de um suposto comediante e uma família que acaba por pagar os erros do seu chefe, um pai que nunca foi um bom modelo para o filho. Um relato impressionante do autor que nos faz balançar, fustigados por esse vento que nos faz sair da redoma onde estávamos, todos demasiado ocupados a ignorar todos esses problemas, fingindo viver num mundo perfeito. O livro está repleto de críticas escondidas à sociedade, aos diversos paradigmas que existem, e também às características mais desfavoráveis do ser humano. Mas também aponta um caminho que, a mim, particularmente, dá que pensar. A alusão a uma Sentença de Deus. Estou convicta que esse Deus que muitos dizem amar, não existe, mas, ao ver a forma tão categórica, impregnada de lógica, justificada, como o autor relata a intervenção desse mesmo Deus, de repente, na nossa mente, surge a dúvida. Será que esse Deus pode mesmo existir? Afinal, eu não sou a fiel guardiã de toda a verdade. De certeza que estou certa em muitas coisas, mas nalgumas estarei errada e se me apontarem o caminho, não vou ser hipócrita. Não existe ninguém, cem por cento certo, nem ninguém, cem por cento errado. É um bom livro, seja para descontrair ou seja para pensar e refletir, ou até; ambas as coisas. Para ler e reler aprofundadamente.

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Data: 23-05-2016

De: ANA POMBO (BEJA)

Assunto: OBRIGADO POR ESCREVER SOBRE QUESTÕES TÃO DESINTERESSANTES. O POVO AGRADECE!

Adorei este livro “Entre Os Trens E Mar”, muito conciso, muito atual e uma lição para todos nós. O que me leva a lançar o meu grito de revolta: Os senhores comentadores da Quadratura do Círculo não se ocupam de tudo, nem escolhem os assuntos ao calhas. Há assuntos comentáveis; e há, por outro lado, motivos de tumulto inconsequente, não vale a pena gastar com eles tempo e prestígio. Uns e outros distinguem-se de acordo com uma escala de importância medida pela probabilidade de acabarem (ou não) por derrubar ministros. Um bom critério. Temos um Ministério da Cultura, da Educação, mas não sei para que serve? Sucede que após acesa discussão sobre a dita cuja, CULTURA, caiu um ministro, e caiu com estrépito. À exceção de Lobo Xavier, que mencionou a coisa pela superfície (e meio de lado, como quem passa por um embrulho num corredor estreito), ninguém abriu a boca. Deixemos as “bofetadas”, que importam mas pouco. E deixemos também de parte a rudeza da prosa que o Ministro da Cultura, sem medo do ridículo, classificou de “queirosiana”. Nenhum dos comentadores teve o juízo de explicar ao povo que o pensamento (ou a ciência, e em rigor “a cultura”) não evolui sem irreverência e até, muitas vezes, sem uma certa dose de brutalidade. Faltou-lhes em matéria o que lhes sobrou em cobardia. O senhor Ministro mostrou que a crítica lhe era insuportável, que a encarava como um insulto pessoal, e lhe fazia saltar uma mola de incapacidade e desorientação. Decidiu exibir-se em público neste estado de alma, fazendo o que as elites portuguesas fazem melhor sempre que são contrariadas pela opinião dos outros: atribuem a crítica a motivos exteriores. O problema nunca está no comportamento deles, nem nos seus erros, abusos, ou prepotências, mas sim nas circunstâncias dos autores, que estão “bêbados”, ou “dementes”, sofrem “degradação cerebral”, ou “foram pagos” para dizer o que dizem. A crítica, nas cabeças inseguras dos ministros, cuja dignidade vem exclusivamente do cargo e se liberta deles ao mais pequeno pretexto, nunca é legítima nem salutar. Este queria uma cultura mansa e reverente. E há quem diga que “não houve um problema político”. Acima deste estardalhaço está a maneira como o Primeiro-Ministro despediu o indigente, começando por desautorizá-lo na televisão, dizendo dele que não sabia comportar-se “nem à mesa do café” (toda a gente percebeu que “à mesa do café” foi uma elegância de António Costa para não dizer “na taberna”). No dia seguinte, surpreendido com a demissão, agradeceu-lhe os serviços e louvou-lhe os talentos, “lamentando” que o ministro “não tivesse tido a oportunidade” de cumprir o mandato até ao fim. São os processos de d quem tem muito que ensinar á hipocrisia. Restam os ministros que andam agora a agitar o conformismo do povo. A Defesa dá pretextos magníficos, desrespeitando os oficiais do Exército; e a Educação, tutelada por um rústico fanático, promete festa com fogo-de-artifício. Para mencionar os que se alinham na primeira fila. Em matéria de sarilhos já tem abundância: Quando o próximo ministro se expandir receberá o mesmo tratamento, com o mesmo molho de lisonja e desconsideração, e o infeliz vai voltar para casa com as orelhas baixas e a latir a indignidade de ter sido um instrumento descartável. E os Senhores Ministros, Deputados, Politicos vão continuar a brincar à cultura e com a cultura. E grandes talentos como este autor, vão continuar a esperar por uma oportunidade que não têm. Ou então, terão de emigrar para outro qualquer canto do planeta, onde alguém lhes possa disponibilizar uma oportunidade. As editoras não arriscam nada, pois também elas não querem saber da cultura para nada. O que as move é olhar colocado em cima do lucro. O próprio José Saramago, o maior talento literário deste Portugal, apenas por acaso, teve a oportunidade de um dia publicar um livro e mesmo assim, por via de um padrinho do seu partido, bem colocado na Editorial Caminho e desde aí, demonstrou todo o talento, um dos maiores expoentes da literatura MUNDIAL, consagrado com o prémio Nobel. Não fora o tal padrinho, talvez tivesse morrido no anonimato, mas os senhores ministros e politiqueiros da nossa praça, hoje fazem rasgadas homenagens a título póstumo, as editoras dariam rios de dinheiro, para puderem publicar uma biografia, mas escondem a verdade, pois não convém saber-se que durante anos e anos, décadas a fio, não lhe ligaram nenhuma, recusaram sistematicamente os seus livros e escritos, obrigando-o a viver da tradução de livros estrangeiros, alguns de autores muito menos talentosos que o próprio tradutor. Seria talvez mais favorável à cultura, colocar à disposição de novos valores da nossa literatura, como este escritor, meios onde pudessem publicar e divulgar seus livros, é claro, no caso de obras comprovadamente de qualidade e interesse público. Eis aí! Como eu ando distraída! Ainda me não tinha dado conta desse pequeno pormenor. “ENTRE OS TRENS E O MAR” é de facto um livro muito bem escrito, mas realmente, nada interessante: Que interesse pode ter a denúncia de que uma jovem engenheira nuclear russa foi assassinada, no nosso país, por membros da máfia russa que se movimentam completamente à vontade dentro do nosso território, sem que nada, nem ninguém os incomode? Nem convém os portugueses saberem disso. Que interesse poderá ter a denúncia de casos de pedofilia, onde as nossas crianças são violentadas? Nem convém falar dessas coisas. Afinal, deu um trabalhão para silenciar o caso Casa Pia e outros, onde tantos políticos estiveram envolvidos, entre outros nomes sonantes da nossa sociedade e agora querem reacender essa questão? Deixe-se isso lá sossegadinho, sem se mexer mais no assunto. E que interesse pode ter, falar-se da solidão dos nossos idosos, da sua dor? Deixe-se isso bem silenciado. Esses idosos já foram úteis, quando produziam, mas agora, já cumprida essa sua obrigação, não convém perder tempo com eles que são um grave problema, mesmo um empecilho, pois apesar de terem pensões de reforma miseráveis, uma vergonha, fazem o estado gastar dinheiro com eles. Pois é, caro escritor, o meu muito obrigado, por se ter preocupado e escrito sobre todas essas questões tão desinteressantes. O povo agradece.

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