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Livro de Visitas - COMENTÁRIOS

Data: 09-06-2023

De: Leonor Mendes Guimarães, psicóloga Ericeira

Assunto: Basta!

Este livro me deixou profundamente indignada. O autor que conheci através do trabalho com as crianças do Centro de Férias da Ericeira, parece ter ficado alienado na sua passagem pelo Brasil. Afinal quem vai para o Brasil? Alienados em busca de retiros religiosos. Aliás, Portugal tem sido vítima dessa alienação por via dos milhares de Brasileiros que todos os dias chegam aqui, tentando inverter a história. De colonizados, querem agora nos colonizar. JESUS CRISTO, foi apenas uma personagem imaginária.. UM MITO... Usado para calar o povo enquanto continua a ser explorado e escravizado.
Até DEZ MIL ANOS ANTES DE CRISTO, o DEUS mais seguido pelos povos era o SOL.
Há 12.000 ANOS atrás, a sabedoria das grandes massas humanas era quase uma NULIDADE.. As pessoas em esmagadora maioria, incluindo os sábios desses tempos, não raciocinavam como hoje.. viam o mundo de forma estranha, aceitavam a lógica de que por exemplo um trovão era a VOZ de DEUS, ou um ARCO ÍRIS era um aviso de deus sobre acontecimentos invulgares próximos, etc... O raciocínio humano estava desligado da REALIDADE, das LEIS UNIVERSAIS DA FÍSICA.. valia tudo sobre o conceito de deus porque ainda não tinha sido descoberta a LÓGICA DAS COISAS, de tal forma que , se algum líder da crença em Deus afirmasse que Deus gostava de ver as pessoas torturarem-se a si próprias por amor a DEUS, as pessoas aceitavam isso como COISA BOA, como a perfeição, a sapiência e o amor absolutos da consciência do pai de todos nós...
Os humanos de há 10 mil anos atrás tinham pouco a ver com os de hoje. Era-lhes ensinado pelos supostos sábios de então que DEUS (o sol), MORRIA todos os anos no dia 22 de Dezembro, e NASCIA no dia 25 de Dezembro; tal era a alienação e a ignorância das LEIS DA FÍSICA e todas as outras, responsáveis por tudo o que acontece no universo incluindo a vida, as estações do ano, a morte, etc...
Essa crença baseava-se no facto de o nosso planeta girar á volta do sol com uma inclinação tal, que o sol vai baixando no horizonte desde 22 de junho até 22 de Dezembro; e a partir de 25 de Dezembro sobe no horizonte até 22 de junho.. e assim por diante por cada volta que o planeta dá em redor do sol. Mas os sábios desses tempos ignoravam todos esses mecanismos cósmicos, e, tudo era visto em função das lógicas imaginárias talhadas pela ignorância. Fala o autor contra uma das figuras mais proeminentes da história atual, Judith Butler. Desde cedo a mulher foi oprimida e escravizada pelo homem, pelas sociedades dominadas pelo homem. Mas a mulher por via dessa opressão, da forma como foi delineado o seu papel na sociedade pelos opressores, é sim vítima da opressão da natalidade, gestação que querem lhe impor. Ora nenhuma mulher nasce mulher, ou homem, nem tão pouco como máquina reprodutiva. Só que ainda os bebés não abriram os olhos, já a sociedade opressora lhe incute essas coisas, procurando a alienação da mulher para que continue submissa. Cada indivíduo tem de ser liberto para em sua consciência decidir o que quer ser. Menino, menina, ou até cão. Este autor refere o japonês que decidiu viver como cão, como exemplo da degradação humanas. Quando foi que ele falou com o japonês? Sabe se ele se sente degradado? A mim, pelos relatos da mídia, vejo ele feliz, dentro daquilo que ele se sente. Mas é claro que para o autor é fácil falar e acenar com o perigo da extinção da nossa raça humana. Na sociedade opressora ao homem está reservado o papel do prazer, da realização dos seus desejos gestacionais. A mulher enfrenta as dores, o sofrimento, nove meses carregando o peso dentro de si, sujeita-se a dar à luz com grande dor e sofrimento, depois, ainda tem de abdicar de mil e uma coisas para cumprir seu suposto papel materno, enquanto o homem pode continuar a se divertir, ir ao futebol, cinema, e por aí fora. Basta! Chegou a hora de acabar com a opressão gestacional da mulher, a sua opressão. Chegou a hora de permitir a felicidade de todos os indivíduos, dentro daquilo que sentem e como se sentem. Temos de calar as vozes retrógradas.

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Data: 02-06-2023

De: RUTE FARIA (Gil Vicente) Lisboa

Assunto: PROVÉRBIOS 8

Este é um livro que nos fala de Jesus, como só você, Setor sabe fazê-lo, como nos falou, naquela sexta-feira de novembro último, na Palestra para os finalistas do 11º Ano da Escola Secundária Gil Vicente. Se me permite um comentário, sem dúvida que na retrospetiva da sua vida, sua mãe foi a boa alma que salvou sua avó. Mas você também foi. Acredito que Deus vos enviou para salvarem a alma de sua avó. Mas se me permite, coloco-o no mesmo patamar de todos os setores.
… se é jovem, não tem experiência
… se é velho, está superado
… se não tem carro, é um coitado
… se tem carro, chora de barriga cheia
… se fala em voz alta, grita
… se fala em tom normal, ninguém o ouve
… se não falta às aulas, é um tontinho
… se falta, é um turista
… se conversa com outros setores, está a falar mal de nós, alunos
… se não conversa, é um desligado
… se dá a matéria toda, não tem dó de nós, alunos
… se não dá matéria, não nos prepara, os alunos
… se brinca com a turma, arma-se em engraçado
… se não brinca, é um chato
… se chama a atenção, é um autoritário
… se não chama, não se sabe impor
… se o teste de avaliação é longo, não dá tempo
… se o teste de avaliação é curto, tira-nos as chances, alunos
… se escreve muito, não explica
… se explica muito, o caderno não tem nada
… se fala corretamente, ninguém o entende
… se fala a nossa língua, alunos, não tem vocabulário
… se nós, alunos, somos reprovados, é perseguição
… se nós, alunos, somos aprovados, o setor facilitou
Então é isso, setor, os setores sempre estão errados, mas quem estiver a ler este comentário, só está a ler porque existem setores… se não fossem os setores, eu nunca seria capaz de escrever, ler e ser o que sou hoje. Aquela palestra, a forma como falou de Jesus, do judaísmo, islamismo, nos marcou e nos aproximou, uniu, católicos, muçulmanos e outras crenças. Vejo que no seu livro, faz dedicatória à sua + QUE TUDO, sua esposa Ada que sempre é honrada e enaltecida em suas obras e mesmo na Palestra mencionada. São belas palavras, para a esposa, mas são também palavras úteis. Muitos terão palavras tão belas como as suas, mas completamente inúteis, ditas no pós morten… Para serem úteis necessitam de ser ditas enquanto a sua + QUE TUDO está viva, as pode escutar. Ontem o 11º Ano se juntou, para confraternizar e reunir uns trocados para podermos presentear aqueles que sempre estão errados, os setores, mas que nos transmitem a sabedoria de que fala Provérbios 8.

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Data: 08-06-2023

De: + QUE TUDO

Assunto: Re:PROVÉRBIOS 8

Aos amigos e estudantes vicentina se vocês gostaram partilhem por favor

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Data: 12-09-2022

De: Maria Manuela Gomes Duarte (Famalicão)

Assunto: O Nosso Futebol

FUTEBOL EM PORTUGUÊS?
Não! A atual Sociedade.

Eu já nem falo, nem comento. Não vale a pena. Confesso que não li nenhum livro seu. Aliás não leio. Nada contra os livros. É mesmo falta de tempo. Levanto-me às quatro e meia da madrugada, todos os dias, excepto ao domingo. Entro na fábrica da Pastelaria pelas 5 horas. Uma jornada que vai até às 15 horas. Depois, de sair da fábrica ainda vou trabalhar num mini mercado, das 16 às 22 horas. Quando chego a casa, já só tenho olhos para a minha caminha. Bem sei que não foi bem esses horizontes que me levaram a estudar 12 anos e fazer um primeiro ano da faculdade que acabei tendo de desistir. Mas não me queixo. Afinal há quem não tenha sequer emprego. Sou de Famalicão e do Famalicão, do Clube. Sou por ser o clube da terra. Já do S L Benfica sou do coração. Sou a primeira a lamentar tudo o que se passou no jogo.
Mas fico muito triste quando nos acusam, aos de Famalicão, de Animais. Já li bastantes notícias e comentários sobre o episódio. Ninguém deveria ter de despir a camisola do seu clube para poder ver um jogo de futebol num estádio de outro clube. Ninguém deveria ter de esperar 30 minutos (ou mais) para sair de um estádio depois de ver um jogo de futebol em casa adversária. Ninguém merece ver um jogo de futebol com uma rede à frente, depois de pagar um bilhete. Ninguém deveria ser impedido de entrar com guarda-chuva, garrafa de água ou outro qualquer objeto que tenha necessidade de usar. O problema não está na criança que ontem teve de assistir a um jogo de futebol sem a camisola do seu clube vestida. O problema é bem mais profundo e os culpados são todos os que direta ou indiretamente contribuem para esse fenómeno que é o futebol. São as normas e a empresa de segurança as comprio e fez cumprir, sem ter a sensabilidade que o Senhor teve nesse jogo de basquete, protegendo uma criança que apenas empunhava uma bandeira da cor adversaria. Aí soltaram todas as virgens ofendidas de moral duvidosa, a notícia é que o que escrevo acontece em todos os estádios do futebol português. Mesmo que ninguém nos obrigue a despir a camisola do nosso clube, é preciso muita coragem para se vestir com as nossas cores num estádio de uma equipa de outras cores. Por todas estas razões, não iria ao futebol, se tivesse tempo para ir. Não tenho. Mas sempree pensaria duas vezes antes de decidir ir assistir a um jogo de futebol em que o FC Famalicão, ou o Benfica joguem fora. E nunca levsria as minha cores à mostra e não me manifestaria, se me sentasse numa bancada adversária. E nesse caso, nrm fedtejaria as vitórias do meu Benfica ou do meu Famalicão. Não o faria, não por medo, mas por respeito ao adversário. Porque não vou para a casa de alguém mostrar a minha alegria e esfregar a minha satisfação na cara de alguém que não estará tão satisfeito. É uma questão de respeito.
Não me parece bem que agora se faça do FC Famalicão e das suas gentes os maus da fita. Os que não sabem receber, os que até obrigam uma criança a despir a sua camisola no nosso estádio. A situação é fruto do clima que a maioria gosta de criar e contribuir para que assim seja. E a maioria dos que criticam com bastante moral são os mesmos que apelidam o clube de pequenino e desejam a descida de divisão. A minha sugestão é que os três grandes (talvez quatro) façam todos os anos um campeonato entre si, com 6 ou 7 voltas, e levantem as taças que lhes apetecerem, deixando uma outra competição para os restantes. Podem jogar sozinhos. E dessa forma acho também que mais de metade dos problemas do futebol português desapareciam. Para se ganhar e ter mérito nas vitórias são precisos adversários. Pequenos, médios, grandes, melhores ou piores, há que respeitar toda a gente.
Mas essa é apenas uma face da mesma moeda. Será só no Futebol? E na política? Vemos na televisão todos os dias o triste espetáculo dado pelos diversos candidatos às eleições do Brasil? Do Brasil? E os outros? E em Angola? E mesmo por cá, quando há eleições?
Para a maioria das pessoas não interessa a opinião do putro. Por isso, chega de falsos moralismos, indignação e muita admiração. Este é o futebol que a maioria quer e para o qual contribui. Porque é o espelho da nossa sociedade atual. Somos todos intolerantes. Até nas igrejas essa intolerância está bem viva. E só ficamos muito chateados, quando a pedra cai em cima do seu notelhado de vidro.

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Data: 28-08-2022

De: Vanda Simões São Pedro do Sul

Assunto: Sementinha

Educação! É evidente que começa em casa. Mas ao longo da vida vamos nos cruzar com professores, na escola, colegas, chefes, na vida profissional, vizinhos, amigos, com elementos que acabam sendo importantes na nossa educação, no nosso evoluir como seres humanos.
Mister! Você não foi importante. Foi fundamental! Tive a honra de ser uma das suas pupilas. No Programa Para Ti Se Não Faltares. De comum com as outras companheiras, e consigo, Nosso Monitor, a paixão pelo Andebol. A Irene Henriques que escreveu aqui na sua página, uma das nossas guarda-redes, e em de especial a Daniela, também guarda-redes, a Judite, a Vulkova que nos deixou tão cedo e de quem o Mister foi tutor, eram bem mais talentosas que eu.
Foi com o Mister que aprendi, aprendemos todas, a distinguir o que era supérfluo do essencial, o certo do errado. Ensinou-nos a sermos equipe, não um conjunto de miúdas. Ensinou-nos a crescer com as diferenças. Eu era da Amadora, de uma família bem modesta. Havia outras, algumas vivendo ainda com maiores dificuldades que eu, mas também tínhamos as ricaças, oriundas de famílias das classes mais altas, ainda que fossem apenas 3. Até havia duas oriundas de Instituições Sociais de Acolhimento. Histórias de vida, hábitos sociais e culturais, tão díspares que alguns consideraram ser impossível conciliar. Só que o Mister nos incentivou a escutar umas às outras, a expormos nossas ideias e acima de tudo, discutir com o coração aberto algum choque entre nós, acabando por compreender que esse choque era outra forma de viver, outros hábitos, outras culturas e acima de tudo, nos ensinou a pegar nessas diferenças e trocá-las umas com as outras, aprendermos umas com as outras e com isso, as diferenças não nos enfraqueceram. Pelo contrário, nos deram força, nos tornaram mais fortes.
O Mister nos fez ver como o Desporto era importante, muito para lá da vertente competitiva. Era o cuidar do nosso corpo, o corpo que Deus nos deu. E ensinou a nos respeitamos umas às outras, respeitar os adversários, dirigentes, todos. O Mister nos ensinou a viver em sociedade, na comunidade. Nunca esqueci as palavras suas, quando íamos a outras terras. "Todos temos o direito de dar de nós próprios a imagem que entendermos. Podemos até ser conflituosos, arrogantes, quando estamos sós e ninguém nos conhece. Mas em grupo, quando vestimos a camisola do nosso clube, numa terra em que ninguém nos conhece, não podemos manchar a camisola que vestimos. Ninguém sabe quem eu sou, quem é o A, B ou C, mas vêem a camisola que vestimos e vão apontar o dedo, não a mim, ao A, ou ao B, mas ao clube cuja camisola vestimos".
Eu era bem rebelde. Revoltada e confesso, tinha dificuldade em cumprir regras. Também estava habituada a que mas impusessem, obrigassem a cumprir, mas em que aqueles que mas impunham eram os primeiros a não as cumprir. O Mister foi uma grande surpresa. Exigia, era duro, mas sempre cumpria. Isso foi determinante para nós, no respeito por si, no aceitar das normas. Depois, o Mister deixou de ser o Mister, passou a ser o amigo, o confidente, o ombro de apoio, sempre que enfrentávamos algum problema. Se sabia que uma de nós não estava bem, mesmo fora dos jogos e dos treinos, nos telefonava, prontificava-se a se encontrar connosco, a nos ouvir. Discretamente. Confiavamos porque uma conversa, confidência tida consigo, ficava entre si e a confidente.
O seu caráter, a sua conduta foram determinantes para o cimentar da grande união do nosso grupo.
Um episódio que nunca esqueci, foi aquele dia em que jogamos no velhinho Liceu D. João V, com esse liceu, em Sete Rios, bem perto do Estádio da Luz e que ganhamos. Após o jogo, muito felizes, seguimos todos para o Estádio. Noite grande no Pavilhão Nº 2. Era a decisão do Campeonato de Basquetebol, e o adversário era o Porto, um eterno rival. Pavilhão cheio, quase todos adeptos do Benfica. Nunca soube de quem foi o erro? Dá organização? Do homem? Mas de um momento para o outro, entrou um senhor, com uma criança pela mão. Devia ter uns 12 a 15 anos no máximo, para a bancada onde estávamos e que era só para os benfiquistas. Logo um, ou outro adepto mais tacanho entendeu ser uma provocação e dois benfiquistas, resolveram proferir uma infindável onda de ameaças e palavrões dirigidas à criança e ao pai. Um mais exaltado chegou a tirar a bandeira do Porto da mão da criança e fez questão de a queimar. A criança chorava e o pai puxava-a para si, sem pronunciar palavra. Então; vimos o Mister se dirigir ao Benfiquista mais exaltado, pegar a bandeira e devolvê-la à criança. Dizer ao pai que a bancada deles era a oposta, acompanhando-os, abrindo mesmo a porta da pequena vedação que separava o recinto de jogo das bancadas. Com o Comandante dos Stuarts, batalhão da Polícia especial para os recintos desportivos em jogos considerados de risco elevado, a abrir o porta, respeitosamente para o nosso Mister que acompanhou pai e filho até às bancada onde alguns adeptos do Porto estavam e regressar ao seu lugar junto de nós. A verdade é que vi muitos adeptos do Benfica aplaudindo. Um momento que a Benfica TV transmitiu em direto. Essa imagem creio que talvez tenha marcado essa criança. Não sei? A mim marcou-me e num ou outro comentário, nos dias seguintes, na escola, me dei conta de entusiasticamente dizer, orgulhosa:
- É o meu Mister.
Mister, formei-me em Ciências do Desporto e essa sementinha lançada por si, está dando frutos. Hoje vivo em São Pedro do Sul, estou dando os primeiros passos como treinadora das juniores da Associação e ontem, na Apresentação, fiz questão de falar a elas de si e tentar lhes passar todos os valores que me transmitiu.

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Data: 04-09-2022

De: Ada lima

Assunto: Re:Sementinha

Que comentario delicado,obrigada pelo q vc relator acerca do escritor,realmente ele é maravilhoso e os livros sao exelente,gratidao mesmo.

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Data: 21-08-2022

De: Aloisio Augusto da Cruz Ferreira da Casa

Assunto: SÃO RATOS DE ESGOTO

Eles são uma espécie de seres vis e repugnantes. Por vezes até se parecem com gente... Mas não são gente. Mas afinal de que espécie se trata?
São os ratos de esgoto. Vivem atolados em sua ignomínia, miserabilidade e imundice.
Os ratos de esgoto não passam de seres obscuros, em trevas profundas, semeando tempestades. Vis traidores, até se revestem de falsa doçura... Chegam mesmo a serem capazes de beijar e dizer com a maior doçura do mundo... "Eu te amo!". Mas tal declaração não passa de logro, da mais vil das falsidades... Afinal, também foi com um beijo que Judas traiu Jesus.
Ratos de esgoto são traidores e não se deixem enganar por ilusórias máscaras. Não passam de ratos de esgoto.
Por vezes conseguem chegar à mesa do Rei, comer na mesa do rei, mas não são realeza. E não passam de brevissimos fogachos que depressa se esvaiem na negritude das trevas.
Afinal não passam de ratos de esgoto. Nascem ratos de esgoto. Vivem como ratos do esgoto. E morrem como vis ratazanas do esgoto. E nem será preciso lançar-lhes isco mortal... Eles morrem envenenados com o seu próprio veneno. SÃO RATOS DE ESGOTO!

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Data: 12-08-2022

De: Maria Irene Henriques (Lisboa)

Assunto: Inaceitável

Hoje sou Manager e Dirigente do Andebol do nosso glorioso Sport Lisboa e Benfica. Fui surpreendida com determinada entidade que procurava saber informações sobre o Aloisio, este escritor que para nós é e sempre será o Caxito. Quando me foi pedido que testemunhasse dizendo o que sabia sobre ele eu fiz mais que dar o meu testemunho. Falei com o Presidente Rui Costa que de imediato se prontificou a enviar um ofício do Benfica abonatório sobre o amigo Caxito. A minha paixão pelo Andebol não foi ele que me influenciou, mas foi com ele que muito aprendi. Era o nosso Monitor, mas muito mais que isso. O amigo sempre pronto a nós ouvir, a quem podíamos recorrer a qualquer hora, dia e noite, se tínhamos algum problema. Discreto, confiável, sabíamos que ele jamais revelaria a quem quer que fosse nossas confidências. Ele nunca se queixou, nunca disse nada, mas o pai dele, o Ferreirinha, de caráter, respeitado por todos, numa manhã de domingo, as quais ele passava no Estádio da Luz, me disse: - Olhe menina, tenho muito orgulho no meu filho. Não nos podemos queixar da vida, não somos ricos, mas temos conseguido gerir a família. O rapaz (Era assim que ele se referia ao filho). Quando eu fiquei doente, eu nem queria, mas como comissionista ganhava sobre as vendas, 2,5%. Se não fosse fazer a volta, visitar os clientes, não recebia. Duas semanas no Hospital Santa Marta, fui operado a uma úlcera no estômago. E mais um mês para recuperar, era complicado. E o pior era que os clientes podiam fugir. O rapaz tinha concluído o liceu e ia entrar para a faculdade. Eu não pedi. Foi ele, por sua própria iniciativa que se prontificou a fazer a volta por mim, enquanto estive doente. Não é como os rapazes de hoje. Nunca me decepcionou. Sempre pude contar com ele. O meu rapaz conhecia a volta, desde criança que ia comigo visitar os clientes. Hoje não passo de um velho e minha menina, se o remorso matasse... Por minha culpa ele desistiu da faculdade e olhe que ia fazer a volta e me entregava o dinheiro todinho. Um filho como ele já não há. Hoje vejo-o a trabalhar nos Comboios. Olhe que aquilo é duro. Ele podia ter-se formado. Este é um remorso que irei levar para a cova comigo. Nem sei porque lhe contei isto. Desabafos de um velho. Mas agora a menina sabe quem é o vosso monitor.
Tive de confessar que já sabíamos. Um homem bom. Um homem de família e um exemplo. O Ferreirinha tinta todos os motivos para se orgulhar do seu rapaz.

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Data: 31-01-2022

De: ANA PAULA CARVALHO (LOUSÃ)

Assunto: QUEM É VOCÊ?

Afinal quem é você?
Conheço o Caxito há muitos anos, sou amiga da família, ou era, da Tina, do Ferreirinha. Brincamos juntos no Bairro Lopes. Passamos muitos verões na Ericeira, nossas famílias passavam o Verão nessa simpática vila. E como somos ambos pessoas de bom gosto, também íamos juntos ver o nosso Benfica. Muitas vezes ia com meu pai no carro do Ferreirinha e com este amigo. Muitos dias à Benfica.
Para mim foi uma surpresa vê-lo partir para o Brasil e maior ainda a sua carreira literária.
O Caxito criou uma imagem em tudo semelhante à do pai Ferreirinha, pela hombridade, retidão, caráter, com que pautou a sua vida, profissional, nos comboios e em todos os lugares por onde passou, desportiva, como fiel adepto do nosso Glorioso e na sua atividade voluntária como Monitor Desportivo. E no voluntariado no Programa Apoio Solidário aos Idosos da nossa freguesia Bairro Lopes.
Curiosamente, está semana assisti a uma reportagem sobre uma cantina no Algarve, em que a política de adquirir produtos aos produtores rurais locais era enaltecida. Mas não é nada de novo. Este Caxito quando foi Diretor do Campo de Férias Desportivas da Quinta do Forte reduziu imenso as despesas, precisamente adquirindo os produtos agrícolas, mesmo carne e leite, queijos, manteiga, nos produtores da região rural ao norte da Ericeira.
Eu era monitora do Campo. Lamentavelmente a Ericeira hoje é muito diferente. Se o Caxito visitar a vila não vai reconhece-la. Muitos dos velhos habitantes, até as velhas fuscas, morreram, os familiares venderam as casas. Os pescadores venderam as suas casas do Bairro dos Pescadores e se mudaram para outras na zona rural. O SURF tomou conta da vila, do turismo, de tudo. Não é o Algarve no verão, mas já temos dificuldade em encontrar quem fale português, mesmo no inverno. A não ser entre os muitos brasileiros que conseguiram emprego na restauração e hotelaria. Nem o Campo de Férias Desportivas existe mais. A Quinta do Forte deu lugar a um resort turístico. Enfim, os tempos são outros.
Afinal o Caxito lá ficou pelo Brasil e nos últimos quatro anos, desde que publicou o livro ANJOS E DEMÔNIOS NA VIDA DE SARITA o seu primo orquestrou uma campanha contra ele, apontando-o como alguém que denunciou alguns crimes da Farsante Irmã Vera Lúcia, mas fazendo parte da quadrilha. Afinal foi ela quem meteu a cunha nos comboios para que lhe dessem emprego, foi ela que o indicou para a Direção do Campo de Férias e foi ela que no Evento de Apresentação do Livro CORAÇANDO chefiou uma delegação para promover a carreira literária dele a nível internacional. Não sei o que se passou nessa deslocação ao Acre, mas o que todos sabemos é que regressaram de mãos a abanar e nem sequer foram recebidos. Uma amiga que integrou a Delegação disse-me que tentaram fazer regressar o Caxito a Lisboa e que ele deixasse a esposa brasileira, em troca desse empurrão na carreira.
Afinal quem é você, Caxito?
Mas eu me questiono porque razão uma grande parte dos amigos do Caxito, mesmo entre os benfiquitas dão tanto crédito às insinuações do seu primo? Afinal o primo morreu o ano passado, mais uma vítima da Covid, mas estava atolado em trafulhices e com vários processos judiciais. Será que uma pessoa dessas tem credibilidade? Não creio. E muito menos pode ter mais credibilidade que o Caxito que não tem nada que se lhe aponte. E a falsa Irmã enganou todo o mundo. Ainda hoje alguns acreditam que era uma santa. Ainda que tenha metido uma cunha para o Caxito nos comboios? Isso não implica que ele fizesse parte da gang. E quanto ao Paulo que também já partiu? É verdade que ele só conheceu a Vera através do Caxito, mas tornou-se unha com carne com ela. E afinal, depois se soube que ela já conhecia o pai do Paulo. Esse sim era parte da gang.
Quanto ao Paulo eu também fui uma Vicentina. Também cheguei a participar no Teatro O GAJA. Era um bom palhaço, mas não era assim tão humorista como isso. Fazia piada com tudo, de tudo e com todos, mas não tinha estrutura. Quem pertenceu ao Teatro sabe bem e se for mentira pode dizer aqui. O Paulo vivia muito à conta do Caxito. Nos espetáculos em que faziam de palhaços, o Paulo era o rico, o Caxito o pobre. Quem ganhava e arrancava mais aplausos? Sempre o Caxito. Quem venceu a Cornélia do Lumiar? O Caxito que tive a honra ser o par dele. Vencemos o Paulo e a Ildinha. Ganhamos a Cornélia do Lumiar. O Paulo era o tipo da piada brejeira... O Caxito não, era da piada sofisticada, sarcástica mas sofisticada.
Ainda quanto a essa ida ao Acre da tal Delegação a história não foi bem contada. Quem era para ir era o DR. Lourenço que dirigia a Casa da Cultura da Ericeira. Ele ia propor ao Caxito abrirem em sociedade um Hotel Literário na Quinta do Forte. À última da hora foi substituído pela Irmã Vera. Já me aposentei antecipadamente mas trabalhei 46 anos na Conservatória do Registo Civil no Campo Mártires da Pátria, em Lisboa. Os meus colegas do Registo Predial mostraram-me a escritura pública que estava preparada para oficializar a parceria. Não se sabe como o dinheiro e era muito, acabou por ser aplicado no patrocínio de uma tal de Livraria Hebraica??? Ouvi dizer. O que sei é que o DR. Lourenço acabou de afastando. Acho que foi para a Beira Litoral? Nunca mais soube nada dele. Hoje também já não vivo em Lisboa. Moro na Lousã. Herdei a casa de meus pais. Ninguém aguenta viver em Lisboa, o seu custo de vida. Herdamos, eu e o meu irmão. Eu comprei a parte dele.
Amigos, não vos compreendo. Quem é você Caxito? Eu ainda acredito que seja o velho Caxito que todos conhecemos.

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Data: 06-01-2022

De: VALDEIZA MACEDO DA COSTA (OURA)

Assunto: DIA 4 NO MONTE

Não nos conhecemos. Sou uma serva de Deus e Psicóloga Positiva. Estava no Monte, aqui nesta Serra transmontana, orando por meus irmãos, subitamente, meu telemóvel foi direcionado para esta página, Livro de Visitas. O que Deus colocou em meu coração que o questionasse. Olá tudo bem consigo? Espero de todo o coração que esta data tão especial para si, seja o começo de uma nova etapa, não só para si, mas também para a sua família. Sua esposa. Gostaria de lhe relembrar que Deus tem bênçãos especiais para derramar sobre a vida de vocês, o Salmos 91:1 diz que: “Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo, à sombra do Omnipotente descansará.” E o Profeta Isaías acrescenta: “não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou o teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a minha destra fiel. Isaías 41:10
…“Não temas, porque eu te remi; chamei-te pelo teu nome, tu és meu.
Quando passares pelas águas, eu serei contigo; quando, pelos rios, eles não te submergirão; quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem a chama arderá em ti. Porque eu sou o Senhor, teu Deus”… Isaías 43:1-3
Quando depositamos nossa fé em Deus, até podemos passar por grandes provas, mas a promessa de nosso Pai Celestial é que Ele nos protegerá.
O Senhor está no controle de tudo, Ele está sempre ao nosso lado, sabe de tudo o que a gente passou, passa e irá passar, sabe quais são os nossos desejos e sonhos.
Permita que Ele conduza sua vida. Deus vos levou até um lugar onde será o vosso recomeço. É necessário quebrar todas as amarras ao Passado.
Jesus ama vocês, como jamais vocês foram ou serão amados e quer reescrever a história da vossa vida.
Se você estiver triste ou angustiado com alguma coisa, deposite isso aos pés dEle, porque Ele quer dar-lhe uma nova vida. Uma vida cheia de paz e de esperança.
Se em algum momento você chorar, saiba que Ele estará sempre a seu lado, para limpar as lágrimas do seu rosto e curar as feridas do seu coração. Se sua esposa se manifestar ansiosa, relembre-a da necessidade de confiar em Deus. Parem de estar ansiosos. Parem de querer agarrar alguns tentáculos ligados ao passado, recente ou longínquo. É passado. Parem de se preocupar com os recursos, não se atenham ao amanhã, mas ao presente. Deus proviu os recursos do presente como o fez no passado. Nunca os deixou desamparados. Então porque duvidam? Deus vos provirá os recursos do futuro também. Quanto mais se desviarem, mais demorado será a chegada das Bençãos que Deus vos reserva.
Quanto a mim resta-me desejar um feliz Aniversário e muitos Parabéns. Quero lhe dizer que torço para que o ano que você agora inicia, seja um ano muito feliz cheio de vitórias, junto de sua esposa. Como disse, não o conheço, cumpri com o que Deus me mandou passar para si e sua esposa
Agora cabe a vocês aceitarem ou não. Acreditarem ou não.
Com os melhores cumprimentos.

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Data: 04-01-2022

De: ANA PAULA PASCOAL (VILA FRANCA DE XIRA)

Assunto: PRINCÍPIOS

Princípios! É isso mesmo. Estou aqui escrevendo, em primeiro lugar para dar os parabéns por mais um aniversário a este grande homem, com H muito grande. Tive a honra de integrar a equipe Nex 21 do Geração Benfica da Ericeira. E também usufruir do Campo de Férias Desportivas da Ericeira. Um homem asqueroso, repugnante e que sempre me meteu nojo, tentou denegrir a imagem deste grande homem. Realmente eu minha mãe, está com 69 anos, sempre vivemos com muitas dificuldades. Na tal Travessa do Curral. Quero dizer que quando nos juntamos e formamos essa equipe não passávamos de 22 raparigas, jovens, cada uma com seu feitio. Umas eram ricas, filhas de pais com dinheiro. Outras, das quais eu era uma das que vivia com maiores dificuldades. Este grande Homem, nosso Monitor conseguiu que nos transformassemos em 22 partes de um único corpo. Nele encontramos sempre apoio, uma palavra amiga, ensinamentos importantes e um enorme respeito. Mais, quando uma de nós necessitou de um lugar para ficar durante a quadra natalina, abriu as portas de sua casa. Uma de nós ficou sem mãe, só no mundo, foi ele que cuidou dela. Até no emprego, nos comboios, um colega necessitou de abrigo, ele abrigou-o. O que me admira é que haja tantos asnos que ainda hoje dão ouvidos a esse verme que já se foi. Não tenho frequentado muito a Igreja, mas não sou contra Deus. Bem pelo contrário. Não posso dizer que todos os que perderam a vida pelo Covid eram desonestos. Claro que não, mas não creio que seja coincidência que menos de um mês após ter tentado me aliciar a mim e a outras colegas da equipe, a Covid o tenha levado. Acho que Deus se fartou dele e recolheu-o. Por mim, a Covid fez-me perder o emprego, o mercado onde trabalhava fechou. Vivemos com muita dificuldade, há dias em que almoço é apenas um ovo estrelado e uma batata frita. E não jantamos. Mas somos honestas, temos princípios e jamais ousaria ter a ingratidão para com este grande homem, a quem devo uma grande fatia da minha educação, bem como o crescimento como pessoa. De fome não morremos, nem eu nem minha mãe. Mas a ingratidão, essa sim podia nos matar. Cá continuamos no nosso curral. E é tão bom, todos os dias nos levantarmos, sairmos de casa, cabeça bem erguida e a serenidade de quem tem a consciência tranquila. Parabéns Escritor! Parabéns Mister! Obrigada por um dia se ter cruzado comigo.

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Data: 02-01-2022

De: ALOISIO AUGUSTO DA CRUZ FERREIRA DA CASA (ROSSIO AO SUL DO TEJO)

Assunto: PRINCÍPIOS! NO CURRAL

Não é meu hábito responder aqui, neste Livro de Visitas, pois este é um local para os leitores expressarem suas opiniões, tanto os que deixam elogios, como aqueles que deixam criticas. Hoje, e perante fatos que só agora chegaram ao meu conhecimento, venho deixar a minha resposta sobre a questão dos Princípios. E ao mesmo tempo fazer a minha homenagem a uma família, a Paulinha e sua mãe, pelo exemplo de coragem, dignidade e grande caráter...

https://youtu.be/i0YPvCdum_Q

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Data: 23-12-2021

De: MARIA CLEMENTINA CAMPOS (SINTRA)

Assunto: DESABAFOS DE UMA VELHA PROFESSORA

"O Mistério dos Bolos Rei". Encontrei este livro na Amazon Portugal absolutamente por acaso. A maior surpresa foi o autor do mesmo. Recuei ao velhinho ano de 1973... Não sei se este autor naquela tarde de setembro de 73, confesso não lembro o dia. Mas não sei se ele estava com tanto medo como eu. Acho que não. Curiosamente refiro a tarde em que ambos tivemos a nossa primeira vez... Uma primeira vez de muitas. A nossa primeira vez no Liceu Nacional de Gil Vicente. Eu tinha 23 anos, acabara de me formar e essa foi a minha primeira aula como Professora de Português. Ele tinha apenas 14 anos. Era o seu primeiro dia e primeira aula no Liceu Gil Vicente. Como jovem estudante liceal. Por acaso, acompanheio-o ao longo de cinco anos. Vi que tinha muito talento. Era apenas um miúdo, mas marcou-me, como acho que ninguém me marcou na vida. Jamais esqueci o episódio surreal da matrícula no 4⁰ Ano do Liceu. Espero que me perdoe por o revelar aqui. O ano letivo 1974/1975 foi complicado. O 25 de Abril acabaria por originar infindáveis lutas, manifestações, RGAs e RGPs reuniões gerais de alunos e reuniões gerais de professores. Na época era permitido passar de ano, reprovado em no máximo 2 disciplinas, desde que fosse 1 da área de ciências e outra da área de letras. E desde que não fosse, nem Português, nem Matemática. Ora ele, tinha tido 8 no 1⁰ período, e 9 no 2⁰. Precisava tirar 11 no mínimo no 3⁰ período. Era o melhor aluno de Português, um aluno que nunca tirou menos de 17 a Português. A escala ia de 0 a 20. Era um jovem muito ativo, queria participar no processo novo, pós revolução. Ajudar, participar nas campanhas, ir para as aldeias alfabetizar as populações. Sei que se esforçou na Matemática, mas era o seu calcanhar de Aquiles. Em junho, quem da época no Gil Vicente não se lembra do Professor Pimentel, temido por todos. Pois o sempre mal disposto Pimentel, no final do ano disse-lhe que ia dar-lhe um 9 e ele reprovaria o ano. Nem adiantava pedir exceção e que subisse a nota. Não subiria. A meio de junho este agora escritor partiu para uma aldeia de Trás Os Montes. Um atraso na saída das pautas finais do ano levou a que ele não tivesse conferido as mesmas e no final da campanha nas aldeias, as pautas não estavam afixadas, sabendo quem era a peça, o Pimentel, ele matriculou-se no 3⁰ ano preparado para o repetir. Confesso que quase tive um ataque de nervos na reunião do conselho de turma. Eramos 11 professores, das outras disciplinas, contra o Pimentel não aceitando que ele se recusasse a subir a nota, para o 11 e permitir que este miúdo passasse de ano. Água mole em pedra dura... Tanto dá... Depois de 3 horas de discussão o Pimentel acabou cedendo. Deu 11 e o miúdo passou. O liceu chamou o pai de urgência, para retificar a matrícula. Ele passará tinha de se matricular no 4⁰ ano, não no 3⁰. Mais tarde fiquei muito triste. Ele estava entusiasmado, concluira o Liceu e tinha escolhido Medicina. Foi uma surpresa, quando alguns meses depois, o encontrei na baixa de Lisboa e perguntei se tinha conseguido entrar na Faculdade de Medicina? Perguntei por perguntar, pois ele tinha média mais que suficiente para entrar. Ele contou que a família era numerosa. Os avós Viviam com eles, a irmã andava na Universidade, a mãe como modista não ganhava muito. O pai ganhava bem, mas era vendedor de vinhos, ganhava à comissão. Adoecera com uma úlcera no estômago e esteve 4 meses internado. Se não vendia não ganhava. Eram outros tempos, ainda não existia o subsídio de doença. Era complicado. Ele acabou fazendo a volta do pai. Acho que o acompanhava nas férias, conhecia os clientes e acabou assegurando o encargo. Desistiu da Faculdade. Apeteceu-me bater-lhe. Não aceitei. Ainda falei com a mãe dele que confessou que com o pai doente seria complicado. Mas tinha sido o filho a se oferecer. O pai ainda reclamara, mas realmente era uma ajuda. A mãe acabou confessando que o filho fazia a volta direitinho, recebia a fatura dos clientes e no hospital passava ao pai e entregava o dinheiro todo, não ficando com um tostão. Era o pai que depois lhe dava uma mesada. Ele tinha 18 anos na época e nunca esqueci esse aluno... Confesso que sempre senti um misto de raiva por ter desistido da faculdade e de admiração pelo sacrifício. Fui um miúdo que me marcou, sempre disponível para ajudar, colaborar, dar a mão, mas muito tímido, muito humilde, sempre se resguardando num plano secundário. Bom, pedemos um médico, parece que ganhamos um escritor. Me perdoe estes desabafos de uma velha, 70 anos, professora aposentada.

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Data: 24-12-2021

De: ADELAIDE NATÉRCIA ESTEVES

Assunto: Re:DESABAFOS DE UMA VELHA PROFESSORA

Pois é Senhora Professora. Eu sou vizinha, ou fui, aqui no Bairro Lopes, do escritor e da mãe Tina. Por isso eu me interrogo sobre a Bíblia... Vi esse miúdo jovem ser de total entrega a todos. Família, amigos, mesmo se colocando em plano secundário. Ora hoje, não sei se está bem ou mal, mas não tem a notoriedade que merecia. Onde está a colheita do que semeou? Acho que Deus se esqueceu de o recompensar com a colheita da sementeira que distribuiu

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Data: 24-12-2021

De: ANA MARIA JULIANO GOMES (LISBOA)

Assunto: Re:Re:DESABAFOS DE UMA VELHA PROFESSORA

Também sou vizinha. Moro no Bairro Lopes há 78 anos. Aqui cresci. Também acompanhei essa fase. Nunca entendi. A irmã estava na Faculdade na altura. Podia ter tentado se empregar e estudar de noite... Mais a mais, nem 2 meses depois do moço ter desistido do seu sonho, da faculdade, ela deixou a faculdade e empregou-se. Digo sonho, pois desde criança que nós no bairro ouvíamos o garoto dizer que ia ser médico. Era o grande sonho dele. Escritor não é profissão que dê dinheiro. O problema é que toda a vida, todos se aproveitaram da sua bondade, humildade. E hoje viram-lhe as costas. Eu sei o que estou a dizer... Ah se eu pudesse, mas já cá tenho 84 anos em cima.

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Data: 24-12-2021

De: MARY

Assunto: Re:Re:Re:DESABAFOS DE UMA VELHA PROFESSORA

É... Acho que é normal, uma questão de princípio. Quem nasceu para pobre nunca chega a rico

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Data: 27-12-2021

De: Ada Casa

Assunto: Re:Re:Re:Re:DESABAFOS DE UMA VELHA PROFESSORA

É uma questão de princípios.?.

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Data: 20-11-2021

De: RUI MIGUEL CAMPOS (LISBOA

Assunto: MORAL DA HISTÓRIA, PERDI 2 GOLOS E FIQUEI SEM O LIVRO

Há mais de 11anos... Este amigo que não faltava no Estádio do Glorioso... Até decidir ir embora para o Brasil... O maluquinho... Muitos tem sido as discussões, críticas, dito fuxico... Até discutem os anos perdidos... Desse maluquinho... A fortuna perdida... Contabilizam os possíveis anos de vida e respetiva pensão e a perda, diferenças... Não sei que não falo com ele desde que foi embora, agora voltou. Comprei o novo livro dele... Coraçandi No Velho Mundo... Ontem fui levantar na FNAC do Columbo, antes de ir para o Estádio... Não li, estive 8 dias à espera que chegasse... Entrei no Estádio com ele... Saí sem. Lá se vão mais 8,50 euros e 8 dias de espera para receber um novo... Não li mas sei que é um livro sobre a saga de uma família e acima de tudo sobre o amor... Quem sabe sobre perdas e recompensas, sacrifícios. Querem saber porque saí sem ele? Não. Não o perdi no Estádio. Achei quem necessitasse de ouvir histórias sobre o amor.
Vou aqui relatar um episódio que se passou no estádio.
Por trás de mim sentaram se um Sr e o seu filho de para aí 6/7 anos..... o Benfica esteve a perder com o Paços Ferreira.
Antes do livre que deu o golo de Grimaldo,o puto disse que queria ir á casa de banho e o pai disse lhe se ele conseguia ir sozinho tal era o desespero de ver se o livre de Grimaldo daria golo.....logo nessa altura tive vontade de desancar o pai e perguntar lhe se o jogo era mais importante do que o filho,mas calei me....sempre no meu pensamento que algo podia acontecer á criança.....passou se uns 5/6 minutos e o puto não aparecia.....vejo o Homem a correr desesperado escadas abaixo....pensei logo,o puto já se perdeu ...
1 minuto depois o Pai volta sem o puto e nesse momento dirigi me logo a ele a desanca lo....andei uns 10 minutos com ele á procura do puto,não vi o terceiro,nem o quarto golo,mas encontrei o puto,que já estava 2 setores desviados....dei uma lição de moral ao Pai e disse lhe que nada na vida é mais importante do amor que temos a quem realmente e verdadeiramente amamos. Não sei como, dei por mim a dar lhe o livro... Leia precisa aprender sobre o amor...
Pediu me desculpa,agradeceu me e abraçou me....
Nunca,mas nunca e em qualquer situação deixem as crianças por aí.....
O Benfica é um amor,mas o maior amor das nossas vidas são as pessoas,o carinho,o amor e a bondade....
A maior vitória de hoje para mim foi aquela criança Bem... Moral da história, perdi 2 golos do Glorioso e fiquei sem o livro... Viva o Amor.

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Data: 18-10-2021

De: DIANA LUISA BORGES MENDONÇA (CANEÇAS)

Assunto: 2 PALAVRAS

Tenho quase a certeza que o escritor não se lembra de mim. Sinto-me envergonhada ao confessar que livros não são o meu forte. Soube que este escritor estava publicando suas obras por acaso. Uma colega me disse que ele era escritor. Só a curiosidade me fez baixar o livro. Já lá vão mais de 7 meses. Tão preguiçosa sou que ainda não vou a meio. Desde que deixei de estudar é o primeiro livro que estou lltentando ler. Conheci o escritor nos primeiros dias de trabalho, no Posto de Saúde de Cabeças. Acabada de me formar estive quase a desistir. Foi trabalhar no Posto de Saúde e não tinha paciência, muitas vezes cheguei a casa a chorar. O público, muitos nem bom dia, boa tarde davam. E alguns xingavam-nos, diziam que éramos empregadas deles eles é que pagavam o nosso ordenado e nos ofendiam. Este escritor era conhecido por mim e por todas as minhas colegas, sempre muito educado. Não era só o bom dia, boa tarde... Sempre tinha duas palavras que para nós eram mágicas. Por favor e Obrigada. Ia tratar de qualquer coisa, marcar uma consulta, sempre pedia por favor, ainda que fosse seu direito e sempre terminava com o Obrigada. E não é que nos dias em que ia lá, aquelas simples palavras nos faziam o dia correr muito bem, aguentavamos as más criações com outro ânimo. Teve o condão de mudar-me. Inspirada por ele passei a utilizar essas palavras, bom dia, boa tarde, por favor, obrigada, com todos os utentes que atendia. Acreditem. Resultou deixaram de me xingar e já sorriam, correspondiam e também agradeciam. Hoje já estou aqui no Posto de Saúde de Cabeças à 18 anos. Bem... Prometo que vou tentar acabar de ler o livro e caro escritor... Por favor! Obrigada!

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Data: 18-09-2021

De: ANA CAROLINA TOMÁZ SANTOS (TORRES VEDRAS)

Assunto: CERTAMENTE APROVADO

Fui Diretora do Centro Cultural Efhemera. Sou uma das fundadouras da Book Mundo. Conheço alguma coisa da carreira deste escritor. Inclusivé, tive o privilégio de escrever o prefácio do seu livro: O Julgamento do Pinheirinho. Como responsável pelo Programa Editorial da Book Mundo, tenho selecionado criteriosamente as obras que aceitamos publicar. Os tempos estão difíceis. Espero que esta Pandemia passe o mais rápido possível, para retomarmos a normalidade. Fomos forçados a adotar medidas especiais. Recebemos as eventuais encomendas e editamos os exemplares requisitados. Desde 1 unidade, até milhares. Hoje, nem os escritores mais conhecidos e na moda, como Isabel Alçada Batista ou até o nosso Prémio Nobel que não pública na nossa editora, estão vendendo muito pouco. Tem sido muito difícil manter as portas abertas. Se este escritor nos brindar com um novo livro e aceitar submetê-lo à nossa apreciação, pelo conhecimento que tenho de suas obras, para mais agora que aguardo com expectativa este seu regresso a Portugal, acredito que publicaremos a próxima narrativa sua, se estiver de acordo com as grandes narrativas que publicou. Deus As Ovelhas E A Serra, Entre Os Trens E O Mar e O Amor E O Terror são os meus favoritos. Este Deus, também é interessante, assim como A III Guerra À Luz Da Bíblia. Confesso que tenho alguma curiosidade em saber se o Aloisio A C F Casa vai continuar sua carreira literária em Portugal? É que nunca publicou nada por cá.

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Data: 04-09-2021

De: JOSÉ AUGUSTO MENEZES DA CRUZ (AMADORA)

Assunto: MILAGRE DE NATAL

Não sou a pessoa mais indicada para comentar este, ou qualquer outro livro. Meu primo descobriu essa veia literária depois que emigrou para o Brasil. Confesso que não li todos os seus livros, não por achar que não são bons, mas porque confesso que ele escreve sobre um tema que não me cativa muito. Deus e a religião. Ainda que em pequemos nossa tia Júlia nós levasse na igreja e fizemos a catequese. Hoje creio que meu primo nem sequer é católico? Mas respeito. Esta é mais uma história de amor bonita, com momentos tristes, como o são os dos nossos tempos. Está Pandemia... Acho que todos perdemos alguém e muita coisa. Eu perdi meu irmão. Sei que tinha alguns processos e havia suspeitas sobre ele, não me compete julgar, mas não merecia ser mais uma vítima desta Pandemia. Voltando ao livro, A Anita e o amigo conseguem ser em algumas passagens personagens divertidas. Mas tudo gira em volta de Deus. Muito bem, respeito. E será que o livro catapultou meu primo para um novo milagre? Milagre de Natal. Alguns boatos dão conta de que ele estaria de volta a Portugal, com a esposa? Mas teria ido para uma aldeola ribatejana? Talvez a Maria João saiba? Mas ela mudou de telemóvel e de casa. Perdi o seu contato. Há mais de quatro anos que não sei nada dela. Não acredito que meu primo se deixasse ficar longe do Estádio da Luz e do nosso Glorioso Benfica. Só um milagre natalino, afinal faltam só 111 dias para o Natal. É já ali. Já nos bate a porta. Acredito que ainda esteja no Brasil. Estive no Estádio da Luz e o pessoal também não soube esclarecer o mistério? Onde está? Ou estará tramando um enredo para um novo livro. Milagre de Natal... Mistério....

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Data: 10-08-2021

De: CATARINA PIMENTEL FLORES (ABRANTES)

Assunto: DEUS

Confesso que nem sonhava que este escritor existia. A curiosidade fez-me ler este livro. Curiosidade nascida quando o escritor me contatou. Ou antes, contatou o SMAS Abrantes, onde sou funcionária há bons 14 anos, pretendendo contratar o abastecimento de água. Parece que vamos ter o Escritor morando por aqui? Quando vi que era escritor e tem vivido no Brasil, a curiosidade foi maior e acabei baixando este livro, Deus. Apenas porque é o seu mais recente. Não sei dos anteriores, se são bons ou maus? Mas este é espetacular porque vamos percebendo lentamente, Quem é Deus! Somos levados através de uma realidade da Anita que é a nossa, nestes longos meses de Pandemia a perceber, colher, entender o grande amor de Deus. Confesso que tenho andado muito afastada da igreja. E não pensava muito em Deus. O mais interessante é que ao ler o livro fiquei claramente convencida que Deus existe e mais, nos ama. Foi sem dúvida um livro que me levou a explorar várias emoções. Rapidamente mudou minhas concepções sobre Deus. Fui invadida por uma onda de desejo absolutamente impossível de reprimir de saber mais, conhecer melhor esse Deus Amor. Caro escritor se vier para estas paragens seja Bem-vindo.

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Data: 28-08-2021

De: Ada lima

Assunto: Re:DEUS

Agora que chegamos a terra do escritor, ninguém mais escreve ou comenta aqui neste espaço,onde estão os amigos ,os admiradores, os que se diziam a gostar dos seus escritos,estou desconfiada que todo problema é o calor muito mais intenso q da região dos Lagos onde residimos por longos oito anos

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Data: 23-07-2021

De: MANUEL DOMINGOS RESENDE (CASCAIS))

Assunto: LI NO FIM DE SEMANA

Deus! Adorei! Não consegui largar o livro li durante o fim de semana! Muito bom.

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Data: 12-07-2021

De: ERMELINDA MARTINS DE ALMEIDA CARDOSO (FEIJÓ)

Assunto: QUE MAIS SURPRESAS NOS RESERVARÁ

A premissa era boa e apelativa mas confesso que este livro conseguiu superar as minhas expectativas que já eram elevadas. Há grande coerência entre a personalidade das personagens descrita e as atitudes e modo de estar das mesmas. Parece que este livro não surgiu por acaso. Vemos o evoluir da personagem central que vai aprendendo a conhecer Deus. O final é arrebatador com o autor, meu grande amigo, desde os nossos tempos de juventude, do liceu e do grupo de teatro. Nele, todos vamos conhecer Deus de uma forma completamente inovadora. E... De repente sentimos que algo ficou em aberto... O autor habituou os leitores a não esperarem mais de 3 meses por um novo livro. Agora o silêncio de vários meses. Entretanto, surge com uma nova face. A Missão AdaLu e seus Sermões maravilhosos. O de ontem fui muito bom e na parte em que aborda o casamento, relembrei o meu, em que Aloisio, o nosso Caxito esteve presente. O outro, infelizmente também. O Paulo. Era um excelente humorista, mas totalmente incapaz de discernir quando devia fazer paródia e quando não o fazer, sendo demasiadas vezes inconveniente. No meu casamento, a balbúrdia que ele fez, no decorrer da cerimônia na Igreja da Penha de França foi de péssimo gosto e uma falta de respeito para com todos, eu, meu esposo e respetivas famílias, para não falar do Padre. Não sei como ele o não expulsou da igreja. Estou deveras surpreendida com está nova face do escritor? E com a sua capacidade revelada como pregador? Que mais surpresas o velho Caxito nos reservará?

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